— Você fez um ótimo trabalho! — Eu encarava minha família no jardim. Meus filhos, mostrando que iriam seguir os caminhos do pai.Anos se passaram, Miguel Henrique e eu, naquele dia estávamos comemorando nosso aniversário de casamento. Apesar de anos, era uma união feliz e saudável, claro em certos momentos existia brigas e desentendimentos mas nada que pudesse fugir da nossa essência como casal.— Papai! — Heitor disse nervoso, e tentando convencer o pai de que ele era merecedor de ser convocado. — Abre os jornais ou qualquer programa de esportes todos dizem que sou essencial para estar na copa...só o senhor não consegue enxergar?— Meu filho, não depende só de mim...sou o técnico mas por trás existe uma comissão. — Meu marido alisou a testa nervoso. Tenso — E Por ser meu filho, você precisa ser cem vezes melhor. E não cometer nenhum erro, ou motivos para questionar sua capacidade.Após se aposentar como goleiro lendário pelo Flamengo, anos depois Miguel foi convidado para ser técnico
— Olíviah, o que te leva a crer que isso vai funcionar com o Heitor? — Miguel me olhava admirado e assustado ao mesmo tempo. — Deu certo com a gente...— sorri. Era uma tentativa, ainda que arriscada de fazer aquele menino e o meu marido realizarem o sonho deles.Eu não conseguia encontrar outra maneira ou outro plano para conseguir recuperar a boa imagem de Heitor. E eu me sentia na obrigação, por motivos inexplicáveis . Era só conseguir contornar a mídia e todo resto iria dar certo.— Mas aí é que tá, nem a pessoa em si eu consigo para que seja uma namorada falsa...— Heitor bufou e as mãos levantaram em redenção — Não adianta, melhor jogar tudo para o alto.— Eu tenho a pessoa ideal! — Lavínia sorriu do outro lado da sala. — Tenho uma amiga que tá precisando se livrar de um padrasto abusivo, ela tá enfrentando grandes problemas com isso e vocês fingindo um relacionamento ela tem um motivo para sair de casa.— Mas eu nem se quer conheço essa sua amiga. E se ela não for confiável? Pode
Eu observava aquele menino de olhos verdes, alto, atlético e cabelos castanho claro e agradecia a Santo Antônio por ter sido tão generoso comigo. Acho que ele tinha cansado de me ver nas missas aos domingos e todo ano seguido no dia 13 de junho. E tinha me mandado aquele colírio que era Miguel Henrique. A voz rouca era como música para os meus ouvidos. Eu estava loucamente, perdidamente e incondicionalmente apaixonada.A maioria das garotas não aceitavam, que por eu não ser "linda e loira" como elas, fosse a namorada de um promissor goleiro, todas achavam que eu era inferior a ele. Miguel Henrique já era cobiçado pelas meninas da escola por ser de uma família tradicional e rica do Rio de Janeiro...já eu? Uma bolsista de um colégio caro na zona sul, graças aos amigos da minha mãe. Lógico que as meninas do colégio não iam aceitar esse relacionamento. Mas fazer o que? Ele tinha se apaixonado por mim e eu por ele.- Eles não vão ficar junto muito tempo...ela é totalmente diferente dele...
Eu tinha passado a noite anterior fazendo sexo com uma desconhecida, uma mulher na qual eu nem sabia o nome. Conheci por um acaso depois de sair para jantar com uns amigos, trocamos olhares e ela acabou na minha cama...como sempre acontecia.Nada melhor do que sexo para aliviar as tensões da vida. Ainda mais se você não precisar ligar para a mulher na qual dormiu no dia seguinte.- Vaaaaai...isso Mariana isso...vai gata..vai pra mim baby - A mulher parou de se remexer quando eu estava quase lá...- Que droga, meu nome é Marina e não Mariana! - Cacete,eu já tinha errado o nome da mulher umas duzentas vezes.- Foi mal gata mas continua vai, tá gostoso - Fiz de tudo para ela continuar - Vai Marina...Sim, eu tinha um vício, eu confesso. Sexo sempre foi minha perdição. Se eu estava triste sexo, se eu estava feliz sexo. Qualquer ocasião para mim era sexo. Eu me sentia realizado dentro das mulheres e gostava de fazer- las feliz.[...]Acordei com uma ressaca imensa, como eu estava de férias
- Mas isso é um absurdo! - A mulher gritava na minha cara - Sabe quanto eu pago nesse colégio? Pago muito caro querida! Você uma professorinha de quinta, pensa que pode reprovar meu filho?? O que você ganha como professora, meu marido como empresário ganha em um dia.- Senhora? Seu filho não tem condições de acompanhar a turma - Tentei não receber o espirito da barraqueira. - E fico feliz pelo seu marido, só prova o quanto professor nesse país é desvalorizado.Eu não estava aguentando mais...a ironia começou a despertar!Aquela mãe estava gritando comigo fazia bastante tempo e eu já não aguentava mais ter que explicar para ela que o filho teria que ser reprovado porque não tinha nenhuma condição de acompanhar os colegas de turma, o menino não sabia absolutamente nada.- Querida? Quanto você quer para aprovar meu filho? - Como é isso? Essa senhora estava louca - Fale mil, dois mil? Eu pago!Não, mas o que é isso? Ah agora o espírito vem...- Olha senhora,com todo respeito pegue seu din
Depois da noite turbulenta e ter o desprazer de reencontrar com Miguel Henrique, eu finalmente consegui chegar em casa, bem e sem mais nenhum incidente. Assim que entrei tratei de contar o ocorrido no colégio para minha família. De inicio todos me olharam assustados e com um certo medo. Minha mãe não cansava de repetir que eu era louca e sem juízo.Ah, para, quero novidades!- Como você faz uma coisa dessas? - ela me olhava assustada e gritando - Quando eu falei para você ser uma professora, pedi que sua inspiração fosse eu. E eu jamais faria uma coisa dessas. Ah, para, mamãe com certeza iria fazer pior...- Lógico que não mulher! - Mamãe olhou para meu pai com olhar de reprovação - Você iria fazer pior do que a Olíviah, eu teria que te buscar na cadeia.Mas eu deixei bem claro para minha mãe e para todos que eu era inocente e o quanto tinha sido libertador me livrar da minha ex diretora abusiva.- Mãe? Fica calma ok? - Tentei tranquiliza-la - Eu vou conseguir outro emprego. Tenho r
Eu estava tentando a todo custo me aproximar dos meus filhos, eu tentava dar presentes, levar para passeios e fazer a vontade deles mas estava cada vez mais difícil ter uma relação paternal com eles.Heitor era bem mais complicado do que Lavínia. Talvez ele tivesse puxado meu gênio difícil e também graças a bruxa da Olga o menino não me respeitava mais. Já Lavínia era mais doce e menos complicada de lidar, ela me lembrava muito a mãe.- Olá crianças, eu trouxe uma coisa para vocês - Mostrei o embrulho transparente - Para o Heitor um carrinho de controle remoto e uma Barbie para você Lavínia! Gostaram?- Pai? - Heitor me olhou com desprezo - Eu não sou mais criancinha ok? Carrinho de controle remoto? Aff!- Na sua idade eu adorava ganhar um desse! - franzi a testa - E você filha?- Olha, eu iria preferir ganhar um Iphone - Olhei assustado para minha filha! Como assim? - Mas ta bom papai, fiquei feliz que você pensou na gente.Eu tentava conversar, Perguntar sobre a escola, amiguinhos e
Eu estava super animada para o meu primeiro dia de trabalho. Seria uma experiência nova,tá eu era professora mas daquela vez eu iria me dedicar somente para 2 crianças e também seria um desafio novo e se tinha uma coisa que me deixava disposta eram desafios.A história das crianças me tocou muito,para eles ter perdido a mãe ainda novos deveria ser uma barra,eu imaginava a todo momento como o psicológico deles poderia estar.Para o meu primeiro dia de trabalho eu decidi colocar um vestido florido até os joelhos,soltinho e uma sandália rasteira. Os cabelos soltos.Após uma última conferida no espelho, desci as escadas com a minha bolsa e parei para tomar café com a minha familia.- Olíviah,assim que chegar no trabalho liga para mim,sabe que eu me preocupo né filha? - Mamãe pensava que eu tinha 10 e não 28 - Fico tão feliz que você esteja trabalhando.- Também fico mamãe - Bebi o meu café - Só espero que o meu chefe seja uma delícia de gostoso, chega de chefe mulher.- Aí sim,se ele for