Eu tinha passado a noite anterior fazendo sexo com uma desconhecida, uma mulher na qual eu nem sabia o nome. Conheci por um acaso depois de sair para jantar com uns amigos, trocamos olhares e ela acabou na minha cama...como sempre acontecia.
Nada melhor do que sexo para aliviar as tensões da vida. Ainda mais se você não precisar ligar para a mulher na qual dormiu no dia seguinte.- Vaaaaai...isso Mariana isso...vai gata..vai pra mim baby - A mulher parou de se remexer quando eu estava quase lá...- Que droga, meu nome é Marina e não Mariana! - Cacete,eu já tinha errado o nome da mulher umas duzentas vezes.- Foi mal gata mas continua vai, tá gostoso - Fiz de tudo para ela continuar - Vai Marina...Sim, eu tinha um vício, eu confesso. Sexo sempre foi minha perdição. Se eu estava triste sexo, se eu estava feliz sexo. Qualquer ocasião para mim era sexo. Eu me sentia realizado dentro das mulheres e gostava de fazer- las feliz.[...]Acordei com uma ressaca imensa, como eu estava de férias eu não ligava de beber e viver na farra. O mês de dezembro para qualquer jogador de futebol, era o mês de jogar tudo para o alto, de ser quem eu realmente era sem precisar de controle ou andar na linha.Eu tinha me tornado goleiro do Flamengo e graças a isso eu acabei conquistando fama, dinheiro e status. Eu tinha tudo em minhas mãos. Vivia numa mansão, tinha carros de luxo e tudo mais.Porém isso não foi necessário para Giselle ficar ao meu lado. O dinheiro não foi suficiente, eu fiz de tudo. Paguei o melhor hospital para tentar salvar a vida dela mas infelizmente, ela se foi. Eu me lembro de cada detalhe daquele maldito dia.- Nós fizemos de tudo para salva - Lá mas infelizmente sua esposa não resistiu. Os ferimentos foram bem graves e...- O médico me olhou com o semblante cansado.- Não! - Gritei desesperado pensando somente nas crianças - Esse é o melhor hospital do Rio de Janeiro, Você tem que fazer alguma coisa doutor...- Seu desgraçado! - Olga lançou um tapa na minha cara - Minha filha morreu por culpa sua! Você vai sofrer muito Miguel Henrique, você vai ser muito infeliz.Demorou para ficha cair que eu tinha perdido Giselle. Pode até ser pecado mas não, eu não amava a Giselle, eu tinha ficado com ela pelas circunstâncias da vida e pelo seu companheirismo.Eu me vi desamparado e com 2 filhos com 08 anos para criar, sozinho. Enquanto minha mulher era viva, ela tinha toda responsabilidade mas Giselle tinha me deixado e eu me vi num beco sem saída.- Miguel Henrique! - Quando minha mãe me chamava pelo nome completo, eu sabia que vinha bomba - Temos que ter uma conversa séria.- Tá, quando eu acordar serve?? - Cobri o rosto com o lençol e ela puxou bruscamente.- Agora! Miguel Henrique - Fedeu, ela gritou mais alto e começou a me estapear - Levanta logo.Pelo 2% de juízo que ainda me restava eu levantei. Fui até o banheiro,molhei meu rosto e tratei de me sentar no sofá do quarto para ouvir Helena, ela estava com o semblante triste e na mesma hora eu me senti culpado. Eu sabia muito bem que minha mãe não estava satisfeita com o jeito que eu estava vivendo.- Olha filho,você não pode continuar levando a vida desse jeito - Eu disse, eu sabia - Rique, meu amor você é uma figura pública e outra você tem que dá exemplo para os seus filhos. Lavínia e Heitor não podem continuar presenciando seus escândalos. Você está todos os dias nos jornais com um problema diferente. Ou sendo falado de forma negativa.- Mamãe! - bufei massageando minha testa - Meus filhos tem muito vídeo games, viagem e outras coisas para se preocupar tá? Eles nem sabem o que eu faço ou deixo de fazer. Crianças não param para ler jornal. Eles nem sabem o que eu faço ou deixo de fazer.- Eu vou te dar um conselho de mãe Miguel - Ela estava com os olhos cheios de lágrimas - Bens materiais não podem substituir carinho ok? Ainda mais para crianças que perderam a mãe como eles. Faz 02 anos que a Giselle morreu e você abandonou eles. Simplesmente fechou os olhos para tudo e largou essas crianças.Por mais que fosse errado, depois da tragédia com Giselle, eu tinha me distanciado dos meus filhos, eu não conseguia ser o pai de antes e só me importava em agradar com presentes e não com carinho de pai. Era difícil para mim ter que lidar com aquilo tudo sozinho.- Mãe, eu não posso ser a mãe deles ok? - Passei a mão pelo os cabelos nervoso - Eu nem tenho tempo para isso, como pai só posso dar dinheiro e regalias além de claro os 2 podem viver sem se preocupar com nada.- Deus! Meu filho, não. Não é assim - minha mãe já chorava - Não é possível. Você está sendo egoísta. Eles precisam de carinho de pai. Eles só tem 10 anos de idade, são crianças. Acorda pra vida enquanto é cedo, dinheiro é bom mas para crianças que sofrem traumas carinho é muito melhor...olha não vai ter jeito. Eu vou ajudar a mãe da Giselle a conseguir a guarda dos gêmeos.- Não, não! - A bruxa da Olga não - Mãe, ela só quer dinheiro, pelo menos aqui eles tem a senhora.- Então você larga essa vida e passa a cuidar dos seus filhos como homem ou eu ajudo a Olga - balancei a cabeça em negação, eu estava perdido - Tá na hora de você tomar vergonha na cara Miguel Henrique e voltar a ser o homem que eu criei.Eu estava em um beco sem saída. A avó materna dos meus filhos só pensava em dinheiro e se caso as crianças fossem morar com ela seria pior ou igual a viver comigo. Pelo menos na minha casa elas podiam contar com meus pais.Eu respirei fundo e comecei a pensar nas palavras de minha mãe, talvez começar a dar um pouco de carinho e atenção para as crianças fosse o melhor, talvez parar de agir feito um menino de 15 anos e encarar a realidade iria me fazer uma pessoa melhor. O problema era que eu já não sabia mais como me comportar com meus filhos.- Droga! Cacete! - Gritei revoltado - Por que Giselle?? Por que você foi embora? Eu precisava tanto de você! Me ajuda aí?!De repente ouvi a porta da sacada bater com força...um vento forte invadiu meu enorme quarto deixando ele gelado...será que minha ajuda viria? Se caso viesse eu iria ser obrigado a tomar vergonha na cara.- Mas isso é um absurdo! - A mulher gritava na minha cara - Sabe quanto eu pago nesse colégio? Pago muito caro querida! Você uma professorinha de quinta, pensa que pode reprovar meu filho?? O que você ganha como professora, meu marido como empresário ganha em um dia.- Senhora? Seu filho não tem condições de acompanhar a turma - Tentei não receber o espirito da barraqueira. - E fico feliz pelo seu marido, só prova o quanto professor nesse país é desvalorizado.Eu não estava aguentando mais...a ironia começou a despertar!Aquela mãe estava gritando comigo fazia bastante tempo e eu já não aguentava mais ter que explicar para ela que o filho teria que ser reprovado porque não tinha nenhuma condição de acompanhar os colegas de turma, o menino não sabia absolutamente nada.- Querida? Quanto você quer para aprovar meu filho? - Como é isso? Essa senhora estava louca - Fale mil, dois mil? Eu pago!Não, mas o que é isso? Ah agora o espírito vem...- Olha senhora,com todo respeito pegue seu din
Depois da noite turbulenta e ter o desprazer de reencontrar com Miguel Henrique, eu finalmente consegui chegar em casa, bem e sem mais nenhum incidente. Assim que entrei tratei de contar o ocorrido no colégio para minha família. De inicio todos me olharam assustados e com um certo medo. Minha mãe não cansava de repetir que eu era louca e sem juízo.Ah, para, quero novidades!- Como você faz uma coisa dessas? - ela me olhava assustada e gritando - Quando eu falei para você ser uma professora, pedi que sua inspiração fosse eu. E eu jamais faria uma coisa dessas. Ah, para, mamãe com certeza iria fazer pior...- Lógico que não mulher! - Mamãe olhou para meu pai com olhar de reprovação - Você iria fazer pior do que a Olíviah, eu teria que te buscar na cadeia.Mas eu deixei bem claro para minha mãe e para todos que eu era inocente e o quanto tinha sido libertador me livrar da minha ex diretora abusiva.- Mãe? Fica calma ok? - Tentei tranquiliza-la - Eu vou conseguir outro emprego. Tenho r
Eu estava tentando a todo custo me aproximar dos meus filhos, eu tentava dar presentes, levar para passeios e fazer a vontade deles mas estava cada vez mais difícil ter uma relação paternal com eles.Heitor era bem mais complicado do que Lavínia. Talvez ele tivesse puxado meu gênio difícil e também graças a bruxa da Olga o menino não me respeitava mais. Já Lavínia era mais doce e menos complicada de lidar, ela me lembrava muito a mãe.- Olá crianças, eu trouxe uma coisa para vocês - Mostrei o embrulho transparente - Para o Heitor um carrinho de controle remoto e uma Barbie para você Lavínia! Gostaram?- Pai? - Heitor me olhou com desprezo - Eu não sou mais criancinha ok? Carrinho de controle remoto? Aff!- Na sua idade eu adorava ganhar um desse! - franzi a testa - E você filha?- Olha, eu iria preferir ganhar um Iphone - Olhei assustado para minha filha! Como assim? - Mas ta bom papai, fiquei feliz que você pensou na gente.Eu tentava conversar, Perguntar sobre a escola, amiguinhos e
Eu estava super animada para o meu primeiro dia de trabalho. Seria uma experiência nova,tá eu era professora mas daquela vez eu iria me dedicar somente para 2 crianças e também seria um desafio novo e se tinha uma coisa que me deixava disposta eram desafios.A história das crianças me tocou muito,para eles ter perdido a mãe ainda novos deveria ser uma barra,eu imaginava a todo momento como o psicológico deles poderia estar.Para o meu primeiro dia de trabalho eu decidi colocar um vestido florido até os joelhos,soltinho e uma sandália rasteira. Os cabelos soltos.Após uma última conferida no espelho, desci as escadas com a minha bolsa e parei para tomar café com a minha familia.- Olíviah,assim que chegar no trabalho liga para mim,sabe que eu me preocupo né filha? - Mamãe pensava que eu tinha 10 e não 28 - Fico tão feliz que você esteja trabalhando.- Também fico mamãe - Bebi o meu café - Só espero que o meu chefe seja uma delícia de gostoso, chega de chefe mulher.- Aí sim,se ele for
Os primeiros dias na casa não foram tão complicados. Eu cheguei a pensar que seria pior,que seria como nos filmes em que as crianças amarram ou fazem da vida da pessoa um caos total. Pensei que eu não iria durar o primeiro dia.Eu não tinha conseguido me aproximar de Heitor,ele realmente era uma criança complicada de lidar porém a irmã Lavínia eu tinha conseguido uma aproximação. Ela era um doce e seu jeito e lembrava muito o de Giselle quando tinha a mesma idade. Calma,serena e doce.Só espero que ela não roube o namorado das amigas...Tá,era um pecado eu pensar isso até porque Giselle estava morta e Lavínia era apenas uma criança. Eu tinha que respeitar a memória de minha amiga mas não é porque ela tinha morrido que tinha virado santa né?!- Olíviah? - A menina me tirou dos meus pensamentos - É verdade que você conheceu a mamãe? Escutei a vovó comentando.- Sim! - Balancei a cabeça positivamente - Nós éramos amiga,conheci ela quando tinha sua idade.- Ah sim - Ela sorriu - Eu tenho
Assim que a Assistente Social saiu pela porta,eu tive 1 certeza,eu ia morrer ou apanhar feio de Olíviah. Mas eu não tinha opção e inacreditávelmente quando a mulher falou de noiva,casar ou formar família,eu olhei para o lado e vi Oly.Era ela ser minha noiva falsa ou eu estava 100% fodido e sem meus filhos que eu vinha fazendo bastante esforço para ter de volta.Não,eu não queria ter que contar com minha ex namorada para me ajudar e muito menos ela ia querer me ajudar nessa.- Meu filho! Que ótima ideia você teve - minha mãe sorria - Bom,vou deixar vocês conversando ok?! Esperei mamãe sair e nos deixar a sós,eu sabia que ela iria gritar ou arrasar com a minha vida de alguma maneira mas na frente da minha mãe seria vergonhoso.- Olha,primeiro me escu....- Senti minha cara arder depois do estalo do tapa - Sua maluca! O que foi isso?- Você é muito cara de pau né Miguel Henrique?! - Os olhos dela exalavam ódio - Você enlouqueceu? O que você tem na cabeça?- Olíviah?! Na boa,o que custa?
Eu só podia está tendo um pesadelo ou vivendo em um filme de terror. Como assim? Como assim eu iria me casar com Miguel Henrique? Ele era o homem que eu mais odiava na face da terra.Sim ,ok poderia até ser por uma boa causa, mas se eu não tivesse que lembrar que ele era um safado traidor toda vez que olhasse na cara dele seria bem mais fácil.- Irmã,Olha,pensa nas crianças ok? - Fazia horas que a Rebeca estava tentando me convencer - Já deve ser ruim viver sem a mãe e sem o pai vai ser pior ainda.- Olha Beck. Eu adoro aquelas crianças sabe?! Principalmente a Lavínia que eu converso mais - Eu respirei fundo - Mas não posso me casar com aquele idiota assim do nada,eu odeio ele. Argh.- Tô começando a achar que é ao contrário...- Olhei com raiva para ela - Não me olha assim...é..só alguns meses. Oly,deixa de ser boba,aproveita essa situação e faz ele sofrer. Sei lá tira dinheiro dele,viagens ou faz ele se arrepender se ser um traidor.- Rebeca? - Balancei a cabeça em negação - Tirar di
Olga me olhava com sangue nos olhos. Enquanto todo mundo que estava naquela sala sorria. Aliviado.Tá,eu não sei o que tinha me dado e talvez eu tivesse enlouquecido (Mais uma vez) Mas eu acabei entrando na loucura de fingir ser a noiva/futura esposa de Miguel H. Eu não ia deixar Olga se dá bem facilmente.- Amor..acabei de chegar do salão de festas e tá tudo ok! - Abracei Miguel - Bebê, estou tão feliz!Ahá se minha mãe me visse agora,ela ia ver que sou boa em mentir....- Que palhaçada é essa? - Olga perguntou nervosa.- Palhaçada? - Henrique sorriu vitorioso me segurando pela cintura.Ele estava se aproveitando...safado...!!- Ma..mas..você era amiga da minha filha! - Ela gritou - Quer manchar a imagem dela? Traidores!- Que eu saiba,aqui - Helena apontou para nós - São 2 pessoas que se amam e irão se casar. E meu filho tem o direito de seguir com a vida dele.- Até porquê meu amor pelo Miguel já é de anos...- Sorri erguendo a Sobrancelha - Apenas estamos reacendendo a paixão de an