NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV OZIÇIVIT Desde que descemos do carro o Formiga olha encantado para tudo, é engraçado sua expressão. Vou ao seu lado e o Khalil vai empurrando sua cadeira, a casa já está toda adaptada para ele. -Essa é sua casa Formiga. - digo abrindo a porta, entramos e ele sorri animado olhando para a sala de estar. -É enorme! Igual dos filmes.- comenta, mas então seu olhar vai até as escadas, e imagino o que passa em sua cabeça. -Aqui tem elevador, não será necessário se preocupar com as escadas. - ele arregala os olhos. -Isso é incrível, obrigado por me adotarem. -Não me agradeça por isso.- peço alisando seu cabelo. - Seu quarto ainda não está decorado, porque quero que escolha cada detalhe.- explico empurrando sua cadeira de rodas até o elevador. -É muito chique.- comenta quando as portas do elevador se fecham. - Tem perigo de cair? - Não pense nisso garoto, é seguro.- responde bagunçado o cabelo dele, que ri gostando da interação. A interação deles é natura
KHALIL IVANKOV ÖZIÇIVIT -Você entrou silenciosamente, o que foi? Estava me observando? - indago revertendo a situação. -Ah me perdoe, deveria pedir permissão na minha própria casa? Eu acho que não. Aliás, esse escritório é meu, então pode se retirar da minha poltrona. - fala debochada. -Vamos deixar uma coisa clara aqui, eu também moro nessa casa, sou seu marido. Portanto, tenho direito ao escritório tanto quanto você.- sorriu. -Não me importa, ele é mais meu que seu, eu que escolhi a casa - implica e revira os olhos. Está parecendo que quer encrenca, algo a irritou. -Está bem, o que aconteceu? Você está com um humor do cão agora, sendo que a algumas horas não estava assim. - comento curioso, apesar de estarmos casados a 1 dia, já consigo decifrá-la um pouco -Não finja que me conhece, mas aconteceu um problema e terá uma reunião de última hora no bunker e tenho que ir, coisa que não queria fazer hoje.- diz e deixa os ombros caírem, ela parece cansada. -E por que não? -P
MINE ÇELIK Ver o homem da sua vida sair da sua vida de uma hora para outra, e pior, para se casar com outra, é uma das piores coisas do mundo, e está me destruindo. Eu sempre acreditei que os pais do Khalil, uma hora ou outra iriam me aceitar, ou pelo menos ele iria obrigá-los. Mas aqui estou eu, em uma sexta-feira a noite, bebendo sozinha em meu quarto. Não consigo compreender porque as coisas ficaram assim, mas eu sei de quem é a culpa, da maldita família dele, da máfia. Se eu pudesse... mataria cada um deles, ou iria fazê-los sofrer, assim como estou sofrendo. Agora, ele está na Itália, em lua de mel. Eu não sou a Sra. Öziçivit, sou apenas uma pateta que viu o homem que ama ir embora e não pode fazer nada. Queria poder fazer alguma coisa, até o último minuto tive esperanças que ele não se casaria, mas ele disse "sim" e isso me faz questionar o amor que dizia sentir por mim. Nosso amor, deveria ser maior que tudo, superar qualquer obstáculo, mas, a meu ver, o Khalil foi um belo
NEFERTARI AMBROGETTI IVANKOV ÖZIÇIVIT -Eles chegaram querida. - diz mamma entrando na sala de jantar, tirando meu foco de quem é Mine. -Ótimo. Irei atrás do Khalil então. - respondo e ouço risadas vindo do corredor e logo eles aparecem na sala. - Seus pais acabam de chegar. - aviso. O Khalil traz o Aquiles e o deixa ao meu lado. -E se eles não gostarem de mim? - pergunta temeroso. Sorriu de lado, isso é lá possível? Quem não gostar desse garoto certamente boa pessoa não é, penso. -Então só irá confirmar que eles são uns idiotas.- respondo. -Nefertari. - me repreende mamma, mas ignoro. - Sempre falando palavras feias. - diz meu filho balançando a cabeça negativamente. -Vamos lá ragazzo, hora de conhecer seus avós.- falo e tomo a posição atrás de sua cadeira. -Mas já vou avisando, que eles são a parte chata da família. - avisa Ramsés e o Aquiles sorri. - Vamos de uma vez, é feio deixá-los esperando - diz mamma saindo da sala de jantar. Empurro a cadeira do Aquiles em direção
ATENA AMBROGETTIEntro na biblioteca com dois copos de chocolate quente e algumas torradas. Como um bom ragazzo o Aquiles me espera sentado no sofá. Nefertari e Khalil saíram para jantar e deixaram meu neto comigo. Eu obviamente adorei a ideia, e fiquei toda boba quando o ragazzo disse que queria saber sobre a história de Aquiles, o herói grego que foi o motivo de seu nome.Entrego o seu copo de chocolate quente e me sento na poltrona a sua frente. Pego um dos meus clássicos mais amado, a Ilíada, para ler alguns trechos da história de Aquiles, obviamente irei arredondar algumas partes, resumir.A Ilíada é um clássico, assim como a Odisseia, ambos livros do Homero, um pseudônimo dado para o autor ou autores, não se sabe quem foi Homero, se foi um homem, mulher, ou um grupo de pessoas. Sou suspeita a dizer, mas são livros clássicos que todos deveriam ler. Entretanto, por ser um clássico, sua leitura não é de fácil compreensão, mas é formidável quando compreendida.-Então ele era um semi
Alguém estava apaixonado, ou pensava estar, penso pelo seu jeito contrariado e desconfortável. Ele me olha um tanto quanto irritado e responde.- Sim. Eu achava que um dia me casaria com ela. - fala e desvia o olhar.- Se era tão forte, então por que não lutou por esse sentimento, esse desejo? - indago e ele balança a cabeça negativamente.- Eu temi. Temi por muitas coisas, inclusive por ela. Mas e você? Tinha alguém? - tenta mudar de assunto, sorriu de lado.- Ninguém importante. - dou de ombros.- O que você fazia naquele dia em Las Vegas? - ele ficou realmente incomodado pelas minhas perguntas. Mas tudo bem, depois descubro mais sobre isso.- Negócios. Estava em... missão. - Posso saber o que era a missão? Você estava vestida como mulher fatal. - Negócios confidenciais. Mas e você? O que fazia lá?- Férias. - diz e ri de lado. E o garçom traz nosso vinho.- Aqui está o vinho tinto Brunello Di Montalcino. - diz servindo nas taças. - Boa degustação. Com licença. - Delicioso. - fal
KHALIL IVANKOV ÖZÇIVITAMBROGETTIArregalo os olhos quando vejo a Mine a poucos passos de mim, saindo da sala da Nefertari. Mas que merda. O que diabos ela veio fazer aqui? Ela para no corredor e me olha e sorrir, mas depois tenta disfarçar quando a Nefertari fala alguma coisa para ela. Posteriormente elas dão um aperto de mão em despedida.Espero a Nefertari entrar em sua sala, e vou até a Mine. Olho em volta me certificando que ninguém presta atenção em nós.- Vem comigo. - falo rude e saiu andando pelo corredor, ela me segue sem dizer nada, entramos no almoxarifado. Fecho a porta quando ela entra. - O que diabos faz aqui?-Khalil. Allah, como eu senti sua falta. - fala ignorando minha pergunta e me pega de surpresa com um beijo. E a saudade dela vem, porra! -Mine. - falo como repreensão quando paramos o beijo, mas quando vejo seu rosto amoleço, aliso seu rosto. Tão linda.-Eu vim porque o Max conseguiu um negócio com essa empresa. O que você faz aqui? - indaga e vejo que ela real
MINE ÇELIKEu o esperei, esperei e esperei... ele não veio, deixou-me sozinha. Limpo minhas lágrimas e me levando do chão, me sinto tão humilhada! Vou até a bancada da cozinha e pego o vinho que animada tinha escolhido para nossa noite. Estava bem gelado, agora está quente, ficou a noite toda aqui fora.-O que signifiquei para você Khalil? O quê?! - exaspero segurando firme a garrafa de vinho e a jogo contra a parede e ela se quebra derramando todo seu líquido pelo chão.Talvez eu deva te perguntar isso pessoalmente, penso e me sento no sofá.Não deve ser difícil chegar na sua casa, e se ousar não me atender eu faço um barraco, eu faço o que for preciso. Não sairei da Itália antes de ouvir da sua boca o que signifiquei, o que fui, o que eu sou, o que significou todas às vezes que dizia me amar!***Levou três horas e algumas ligações, mas eu consegui o que queria. Irei ir vê-lo.Não faz nem três minutos que desliguei o celular, liguei para a empresa Pierre's, me passei pela secretária