- Você deve retornar ao planeta Inc, Móretar.
- Eu não seguirei os mandamentos de Elaryan - ele respondeu sem pestanejar.- Entendo sua fúria, mas você deve redirecionar seus impulsos.- Não preciso fazer isso.- E se eu disser que todo povo das fadas, de todos os níveis estão em perigo?- O que você quer dizer com isso?- Você culpa Elaryan, mas você chegou a ver como sua irmã estava quando foi com seus pais para Key e eles ficaram doentes? Chegou a pensar em voltar para lá, antes de seguir outros caminhos e talvez ter evitado o contágio pelo vírus dos Elfos?Moretar parou para pensar no que ele disse.- Pois bem, também deixaram Freya livre, junto com Loki e com Odin ocupando um outro trono que estava vago, o das profundezas. Eles acabaram conseguindo dominar o povo mais poderoso do Universo. E sua irmã está com eles- Isso significa adeus? - Adwig perguntou para Dafa e Móretar.- Pela visão de Athos, espero de verdade que seja só um até logo. Afinal, se você quem vai ser a grande salvadora no final da história, eu gostaria muito de estar junto nesse momento e algo me diz que será muito em breve.- Eu espero que seja! - Adwig abraçou Dafa e a beijou intensamente.- Boa sorte, Móretar. - Ela se aproximou, acariciou seu rosto e deu um leve toque dos seus lábios nos dele.- Eu sabia que ela tinha gostado mais de mim mesmo. Mas ela sabia que eu gostei mais de você... Fazer o que, né? - Dafa brincava com Móretar, pegava ele, envolvendo seu braço por seu pescoço e bagunçando seu cabelo.- Você sabe que ela está preocupada com Mantelar. Imagine como seria, você ter uma pessoa com quem se envolveu por tanto tempo e ela ser apagada de sua memória - ele tentou fazer Dafa pensar sobre o que Adwig tinha sentido.- Em muitos casos isso se chamaria alívio - ela contin
- Mas o que é isso? Que coisa mais absurda é essa? - Dafa perguntou, mas todos com Móretar ficaram surpresos, mesmo não sabendo como era antes.Se havia uma cidade ali antes, agora, o que sobrou do subterrâneo eram poucas ruínas. Enxergava-se, no horizonte o céu escuro, era como se não estivéssemos no subterrâneo, mas em um espaço aberto. E do outro lado, encaixado na vertical, como se fosse um disco gigantesco, uma cidade inteira, deitada para nós. Assim como, do lado oposto, um rio fluía, também deitado. Era como se estivéssemos numa dobra do espaço, na perpendicular entre o topo de um planeta numa ponta da reta e um rio na outra ponta.- Eu já vi coisas inexplicáveis, mas acho que nada se igualaria a isso. - Bel exclamou sem conseguir fechar a boca.- Odin se isolou como prometido. Não tivemos notícias dele até que ouvimos a explosão... Não... Foi muito mais impactante que uma explosão. Era como se o planeta tivesse começado a ser destruído, depois do impacto
Móretar voou e sentiu a atração do campo gravitacional de Ux agindo. Ele pousou na cidade e conseguia ver um pouco da caverna deitada no horizonte e um rio fluindo em parte do céu. Era realmente muito insana aquela configuração. Por onde Móretar passava, portas e janelas se fechavam e as poucas pessoas com quem cruzava, saiam das ruas.Passou pela sua cabeça que seria difícil encontrar onde as fadas poderiam estar escondidas, mas ele observou que havia uma espécie de anexo a cidade, que já não tinha muito espaço, que eram de casas criadas em árvores. Apenas de olhar de longe todo um emaranhado verde já indicava para Móretar que muito possivelmente essa comunidade estaria ali.Ele usou super velocidade para chegar e adentrou ao local que lhe parecia muito familiar. Assim que chegou, encontrou uma pessoa, muito mais parecida com ele e com as fadas que conhecia do q
- Qual seu nome? - Móretar lembrou de perguntar. - Iduna...- O nome dela é não te interessa! - A frase veio acompanhada de uma flecha que quase acertou Móretar se ele não tivesse percebido e sacado a Excalibur, conseguindo desviar o tiro com o seu cabo.- Ele disse que também é uma Fada, Meili! Talvez possa nos ajudar. - Iduna parecia acreditar mais nas pessoas do que Meili.- Ele se parecer conosco não faz dele alguém de nosso povo. - Meili retrucou. - Não faz mesmo. Mas isso não significa que eu não seja o que eu digo que sou e não possa ajudar - Móretar tentou argumentar. - O que mais me confirma que somos da mesma raça é que a primeira vez que ouvi sobre vocês, o nome Fada veio na minha mente. Todos falamos línguas que nosso cérebro escuta e assimila para nosso vocabulário. Eu não teria reconhecido o nome Fada se ele não fosse falado com as mesmas características do que se referia na mente da pessoa que falo e na minha mente. Porém, minha raça de fadas veio da
Móretar não conseguia acreditar. Finalmente havia encontrado uma igreja da qual gostaria de fazer parte.- Você nem imagina como fico contente de saber que exista um templo de fadas como esse... Mas não querendo parecer muito apressado e até mal-educado, você acha que tem alguma forma de eu ajudar, com base no seu conhecimento?- O que eu te disser, agora, sim, é baseado em fé e não em fatos, então, não acho que possa ter muita validade, mas, na existência de uma teoria qualquer, talvez possa valer a pena te contar. Odin não deve conseguir usar qualquer poder. Alguém como você deve facilmente neutraliza-lo, pois ele deve utilizar quase toda sua energia, administrando nosso poder e subjugando nossos Reis. - Syn disse para Móretar que não pensou duas vezes em se dirigir para encontrar Odin, cara a cara. - Obrigado! Farei de tudo para comprovar essa sua f&e
- Quando Odin me procurou, a chegarmos aqui, ele me ofereceu a salvação. - A Rainha das Fadas, Titania, contava para Móretar, e quanto Odin desferiu um soco que Móretar sequer previu. - Eu já não era mais pura, já tinha sido completamente violada, não tive o amparo e o apoio de meu marido e na verdade não queria mais. Era como se tudo que eu já tinha sentido fosse uma mentira. Odin precisava do poder das Fadas e eu precisava dele.Móretar já não conseguia mais se livrar da sequência de golpes. Todas as respostas que ele pensava em manipulação pu técnicas de luta eram anuladas por Odin.Dafa e os outros surgiram e atacaram Odin, tentando retirar ele de cima de Móretar que era golpeado duramente. Ele disparou raios de energia para todos os lados ferindo-os. Móretar se levantou e começou a contra-atacar. Ele usou a Exca
Relâmpagos cruzavam o céu incessantemente seguidos de seus trovões. Cada rajada de eletricidade acompanhava quase que em sincronia o movimento entre as espadas que se chocavam. A noite densa, a garoa fina, as folhas das árvores guiadas pelo vento desigual, que não tinha direção, imitando os outros seres que ali batalhavam também, entre fugas e quedas, cortes e mortes. Mas o confronto mais longo se destacava sob a luz inconstante do luar que se escondia e aparência. As técnicas eram perfeitas dos dois lados, apesar de diferentes. Os movimentos das pernas de um contracenava diretamente com os dos braços do outro. O primeiro com duas espadas curtas e o segundo com uma espada longa. A velocidade e a força. A leveza e a fúria. Na dança da luta, no impacto de cada golpe, eles foram aos poucos se afastando do ponto onde começaram aquele embate,
Móretar viu o velho pular em direção daquele lampejo de luz e sem pensar muito bem, saltou, agarrando a perna do idoso no ar e com ele atravessou o portal.Por um momento era como se estivesse sendo massacrado por apedrejamento. Seu corpo sofria pressões de fora pra dentro e de dentro pra fora, ele não conseguia se mexer. Até que se sentiu completamente entorpecido. Conseguia ver alguns flashes de imagens. Viajava pelo espaço, flutuava por entre luzes de estrelas coloridas em alta velocidade. Tudo ficava escuro, breu total, depois luz intensa. E, então, nenhum dos seus sentidos mais existia.Começou a ouvir vozes.- Apagamos a memória dele, devolvemos ele pro seu planeta e pronto. - Dizia uma das vozes.- Não é tão simples assim, não sabemos como ele sobreviveu, nem se conseguiria sobreviver a um retorno. - Outra voz respo