Carl trazia notícias que eram dignas da continuação da floresta que devorava pessoas.
- As casas começaram a ficar malucas. Elas estão atacando seus donos, atirando coisas na rua. Ninguém tem onde ficar, o povo está abrigado ou nas construções rústicas mais afastadas ou no campo. - Carl contava as novidades e apesar de parecer um problema grave, o grupo não teve como controlar o riso.- Onde está Hermes? - Móretar perguntou para Carl.- Continua desaparecido. - Logo após o evento dos Vampiros, Hermes já tinha deixado o grupo e Móretar achou que ele precisava mesmo de um tempo para pensar.- Tenho certeza que ele quem está por trás desse ataque das casas. - Móretar sobrevoou as construções, que agora não se moviam, com as ruas completamente vazias e chamou por Hermes. Ao fazer isso, as casas começaram a- Pessoal, mudança de planos, Trovar vai com vocês e eu vou acompanhar André atrás da irmã dele. - Afrodite veio dar a notícia depois de ter sido chamada por Trovar.- Quer dizer que você vai me abandonar assim? Me trocar, simplesmente - Krakor começou a brincar.- Você sabe que já se tornou insubstituível, não é Krakor? Seu ego e auto-estima jamais permitiriam você acreditar que eu poderia te trocar por alguém. Na verdade, acho que você é incrível e poderoso que pode dar conta de sua aventura. Sendo assim, decidi ajudar o garoto. - Afrodite, obviamente, entrou na brincadeira e deixou ele sem resposta, rindo baixo sozinho.- Tenho que reconhecer que foi boa - falou como que para si mesmo. - Então, meu caro Móretar, somos eu, você e aquele rapaz! Trovar! - Krakor falou, gritando em seguida o nome do braço direito de Athos,
A missão de Móretar e Trovar era extremamente difícil: estar com Krakor num bar e mantê-lo quieto. A anterior também não havia sido fácil. Móretar ter que roubar a carteira de um rapaz, passar o dinheiro para Trovar replicar e devolver a carteira para a vítima como se ele tivesse deixado cair, precisou de técnica e coragem, já que era algo que eles nunca haviam feito e eles ainda tinham que se preocupar em não serem pegos novamente por guardas. E agora, com dinheiro, Krakor já estava na quinta Charfita.- Sabe o que eu mais adoro no bar, meu caro Móretar? Não importa a sociedade, não importa o tipo de planeta, não importa se é uma comunidade moderna ou antiga, em guerra ou em paz, festiva ou depressiva. A maior constância que existe no Universo é o bar!Trovar nunca se sentia à vontade nesses ambientes. Não conseguia
- Sei que vocês podem se teletransportar e tudo mais, mas a forma como Teleret está preso, não deve ser das mais fáceis para um resgate. Mesmo com essa espada Excalibur, com todo o poder que vocês estão demonstrando ter, o que eu achei incrível, mas ele foi aprisionado com uma arma que não é desse mundo, chamada Pasha. É feita de metal, mas tem a maleabilidade de um laço, de uma corda. Foi utilizada aqui para prender seres muito poderosos que vinham de outros lugares e que não podiam ser contidos. Foi o caso de Teleret. Na verdade, ele foi o mais poderoso que passou por aqui. O problema é que esse laço retira qualquer poder de qualquer um que se aproxima dele, mesmo da pessoa que o segura. O xerife desse lugar, Cannigham, é a autoridade máxima, foi ele quem encontrou o laço Pasha. Quando ele dá um nó na corda e corta com a faca, que faz parte do conjunto
Quando retornaram, praticamente pouco tempo havia se passado em Fóster. Krakor tirou o Tridente que havia deixado na mão de Drácula que estava ainda no mesmo lugar de quando partiram, o grupo ainda conversava, trocando histórias, no meio da praça.- Hermes está chamando turmas para ir construindo suas casas e nesse meio tempo, ficamos por aqui, são muitas histórias interessantes. - Drácula parecia encantado com as aventuras que Hertho e Bel contavam. - Vejo que a missão de vocês foi um sucesso. Os irmãos serão reunidos novamente, então, pois Athos conseguiu trazer Adwig de volta.- Ela está aqui? Adwig está aqui? - Teleret abraçou o pai, emocionado. - Imagino que uma pessoa possa querer estar aqui, nesse reencontro - Móretar sugeriu. Um portal abriu-se diante deles e Athos apareceu. Ele trazia Médera, que correu para abraçar
Móretar correu para verificar o que tinha acontecido. Ele tinha pulsação, estava vivo, respirava normalmente. Ainda assim, parecia em coma, num sono profundo. Ao fundo da sala havia dois guardas caídos, desacordados também.- O que aconteceu aqui? - Bornurar perguntou, enquanto Magibre olhava para Scélor e não se conformava com a semelhança dele com o filho, seu marido. - Esperem, deixe eu verificar uma coisa. - Krakor se teletransportou e alguns segundos depois voltou. - No bar, na igreja, nas casas, estão todos assim, a cidade só tem pessoas adormecidas. - Ele desapareceu por um portal novamente e voltou em seguida. - As fadas, os Coraces, os Gigantes, estão todos dormindo. O Planeta inteiro caiu numa espécie de feitiço do sono. - Um vírus na verdade. Transmitido pelo ar, inclusive ou vocês saiam logo daqui ou não respirem. Acho que nenhum de vocês
- Não aguento mais essa mulher. Chega, joga a bomba e vai embora? O pior que se isso é um vírus, não podemos nem levar ele daqui. - Krakor concluiu.- Sei que seguir o que ela diz, praticamente abandonando ele aqui, é algo difícil de se fazer, mas não acho que temos muita alternativa. De qualquer forma ela disse algo como "pelo menos não por enquanto", o que significa que vamos resolver em algum momento.- Mas se Hypnos está solto por aí pelo Universo, com um vírus desse, acordando os Elfos Primordiais, isso vai se tornar um problema muito sério, se não fizermos nada agora. - Krakor insistiu.- Mas nem Elaryan pensou em fazer algo... - Móretar insistiu.- Pessoal, não quero parecer inoportuno e atrapalhar mas... - Magibre estava desmaiada nos braços de Bornurar e ele próprio parecia que não estava aguentando ficar em pé. - Krakor im
- Isso é mesmo necessário? - Móretar perguntava para Hermes, que alisava todo seu corpo, sob o pretexto de alinhar a roupa que ele tinha acabado de vestir.- O senhor é o Rei aclamado. Por mais que não queira ser mais. Pode ser que seja a única festa que participe. Nós convidamos quase toda a população. O certo é que esteja vestido de forma compatível. - Hermes estava realmente empenhado com o evento.Móretar olhou no espelho e, no final das contas, estava bastante satisfeito com o resultado. Parecia um misto de oficial de alta patente de um exército com os sacerdotes das Fadas, de visual que ele considerava mais moderno, com uma roupa azul marinho e vinho e detalhes dourados. A Excalibur, em suas costas, agora se destacava.- Agora, eu que pergunto, isso é mesmo necessário? - Krakor saia vestindo uma roupa vermelha que nitidamente não tinha caído bem. - Sou o palhaço da corte, né? É isso que você quis dizer, Hermes? - Meu caro, percebe-se que não tem o mínimo de noção
Móretar foi com Adwig para a pista central. Pelo menos essa parecia a expectativa dela, enquanto o guiava, mas tendo em vista que andaram muito e não chegavam nunca, o que era um absurdo, pois eles conseguiam ver o lugar desde que entraram, ficaram confusos. Athos explicou que havia uma ilusão de ótica: uma leve inclinação, praticamente imperceptível, no chão e uma quebra na estrutura espacial, que permitia uma ampla visualização do que acontecia lá dentro, mesmo com o espaço sendo elástico, ele se ampliava conforme a necessidade de comportar mais pessoas. Hermes ainda estava tentando demonstrar como tudo seria preparado mas a música tocando fazia os convidados se sentirem à vontade e se mostrarem com pouca disposição à organização que ele buscava. - É um conceito diferente de música, pelo menos pra mim - Móretar falou para Adwig. - Tocada por esses instrumentos tão estranhos, sem ninguém os controlando. Não imagino como Hermes possa ter conseguido isso. - Ele é muito po