- Sei que vocês podem se teletransportar e tudo mais, mas a forma como Teleret está preso, não deve ser das mais fáceis para um resgate. Mesmo com essa espada Excalibur, com todo o poder que vocês estão demonstrando ter, o que eu achei incrível, mas ele foi aprisionado com uma arma que não é desse mundo, chamada Pasha. É feita de metal, mas tem a maleabilidade de um laço, de uma corda. Foi utilizada aqui para prender seres muito poderosos que vinham de outros lugares e que não podiam ser contidos. Foi o caso de Teleret. Na verdade, ele foi o mais poderoso que passou por aqui. O problema é que esse laço retira qualquer poder de qualquer um que se aproxima dele, mesmo da pessoa que o segura. O xerife desse lugar, Cannigham, é a autoridade máxima, foi ele quem encontrou o laço Pasha. Quando ele dá um nó na corda e corta com a faca, que faz parte do conjunto
Quando retornaram, praticamente pouco tempo havia se passado em Fóster. Krakor tirou o Tridente que havia deixado na mão de Drácula que estava ainda no mesmo lugar de quando partiram, o grupo ainda conversava, trocando histórias, no meio da praça.- Hermes está chamando turmas para ir construindo suas casas e nesse meio tempo, ficamos por aqui, são muitas histórias interessantes. - Drácula parecia encantado com as aventuras que Hertho e Bel contavam. - Vejo que a missão de vocês foi um sucesso. Os irmãos serão reunidos novamente, então, pois Athos conseguiu trazer Adwig de volta.- Ela está aqui? Adwig está aqui? - Teleret abraçou o pai, emocionado. - Imagino que uma pessoa possa querer estar aqui, nesse reencontro - Móretar sugeriu. Um portal abriu-se diante deles e Athos apareceu. Ele trazia Médera, que correu para abraçar
Móretar correu para verificar o que tinha acontecido. Ele tinha pulsação, estava vivo, respirava normalmente. Ainda assim, parecia em coma, num sono profundo. Ao fundo da sala havia dois guardas caídos, desacordados também.- O que aconteceu aqui? - Bornurar perguntou, enquanto Magibre olhava para Scélor e não se conformava com a semelhança dele com o filho, seu marido. - Esperem, deixe eu verificar uma coisa. - Krakor se teletransportou e alguns segundos depois voltou. - No bar, na igreja, nas casas, estão todos assim, a cidade só tem pessoas adormecidas. - Ele desapareceu por um portal novamente e voltou em seguida. - As fadas, os Coraces, os Gigantes, estão todos dormindo. O Planeta inteiro caiu numa espécie de feitiço do sono. - Um vírus na verdade. Transmitido pelo ar, inclusive ou vocês saiam logo daqui ou não respirem. Acho que nenhum de vocês
- Não aguento mais essa mulher. Chega, joga a bomba e vai embora? O pior que se isso é um vírus, não podemos nem levar ele daqui. - Krakor concluiu.- Sei que seguir o que ela diz, praticamente abandonando ele aqui, é algo difícil de se fazer, mas não acho que temos muita alternativa. De qualquer forma ela disse algo como "pelo menos não por enquanto", o que significa que vamos resolver em algum momento.- Mas se Hypnos está solto por aí pelo Universo, com um vírus desse, acordando os Elfos Primordiais, isso vai se tornar um problema muito sério, se não fizermos nada agora. - Krakor insistiu.- Mas nem Elaryan pensou em fazer algo... - Móretar insistiu.- Pessoal, não quero parecer inoportuno e atrapalhar mas... - Magibre estava desmaiada nos braços de Bornurar e ele próprio parecia que não estava aguentando ficar em pé. - Krakor im
- Isso é mesmo necessário? - Móretar perguntava para Hermes, que alisava todo seu corpo, sob o pretexto de alinhar a roupa que ele tinha acabado de vestir.- O senhor é o Rei aclamado. Por mais que não queira ser mais. Pode ser que seja a única festa que participe. Nós convidamos quase toda a população. O certo é que esteja vestido de forma compatível. - Hermes estava realmente empenhado com o evento.Móretar olhou no espelho e, no final das contas, estava bastante satisfeito com o resultado. Parecia um misto de oficial de alta patente de um exército com os sacerdotes das Fadas, de visual que ele considerava mais moderno, com uma roupa azul marinho e vinho e detalhes dourados. A Excalibur, em suas costas, agora se destacava.- Agora, eu que pergunto, isso é mesmo necessário? - Krakor saia vestindo uma roupa vermelha que nitidamente não tinha caído bem. - Sou o palhaço da corte, né? É isso que você quis dizer, Hermes? - Meu caro, percebe-se que não tem o mínimo de noção
Móretar foi com Adwig para a pista central. Pelo menos essa parecia a expectativa dela, enquanto o guiava, mas tendo em vista que andaram muito e não chegavam nunca, o que era um absurdo, pois eles conseguiam ver o lugar desde que entraram, ficaram confusos. Athos explicou que havia uma ilusão de ótica: uma leve inclinação, praticamente imperceptível, no chão e uma quebra na estrutura espacial, que permitia uma ampla visualização do que acontecia lá dentro, mesmo com o espaço sendo elástico, ele se ampliava conforme a necessidade de comportar mais pessoas. Hermes ainda estava tentando demonstrar como tudo seria preparado mas a música tocando fazia os convidados se sentirem à vontade e se mostrarem com pouca disposição à organização que ele buscava. - É um conceito diferente de música, pelo menos pra mim - Móretar falou para Adwig. - Tocada por esses instrumentos tão estranhos, sem ninguém os controlando. Não imagino como Hermes possa ter conseguido isso. - Ele é muito po
O som recomeçou depois de uma pausa e agora era uma valsa. Uma linda e encantadora valsa. Realmente, mesmo que não quisessem dançar, os casais se tornaram verdadeiras marionetes. E a coreografia era incrível. Móretar queria agir por conta própria, mas acabou sendo dominado e parecia que ele estava brigando consigo mesmo. Decidiu parar e percebeu o olhar de Adwig, diretamente nos seus olhos. Enquanto isso, os passos eram executados com perfeita precisão. Eram malabarismos incríveis e ele a fazia voar pelo ar, como se fosse uma boneca de pano. Conseguiam ouvir o eco do público espantado. Ele mesmo quase fez coro junto, a cada finalização de movimento fantástico.- Seu perfume é muito gostoso. - Móretar disse ao pé do ouvido dela, quando ficaram por um tempo maior dançando colados. - Eu não uso perfume, esse é meu cheiro mesmo - respondeu Adwig sorrin
- É sério que isso saiu mesmo da sua cabeça? - Dafa perguntou para Adwig, depois de analisar as contradições que a decoração demonstrava por onde passavam. As cores das paredes, rosa, azul claro e preto, misturadas, já demonstravam um cenário que fazia parte do conceito de princesa clássica com rebeldia. - A forma como Hermes conseguiu refletir isso aqui, nem eu poderia descrever - Adwig respondeu. - E pra chegar na Torre é longe, né? - Móretar observou, depois de já terem subido bastante. - Confesso que chego a ficar receosa sobre o que vamos encontrar. - Adwig comentou e deixou os dois apreensivos. Ao chegarem, deram de cara com uma porta gigantesca, o que já indicava que não era algo simples qualquer coisa que houvesse do lado de dentro. Adwig abriu e eles se surpreenderam com uma espécie de templo místico. Parecia muito com os Temp
Móretar encontrou com Teleret e as outras duas mulheres que estavam na companhia de Emma. - Móretar, meu Salvador! Venha conosco, nós estamos indo procurar uma sala de visões do passado, que temos certeza que existe aqui - disse Teleret. - Como seria isso? - Móretar perguntou de volta. - Uma sala que remonte alguma lembrança nossa, algum lugar que gostaríamos de rever. - A moça que Móretar lembrava por Leiva quem explicou. Ele não sabia se tinha algum lugar que gostaria de rever sem que houvessem as pessoas que ele gostaria de reencontrar. De repente veio em sua cabeça a ideia de que poderia ter alguma simulação, algum cenário que pudesse haver algo que representasse as pessoas, talvez um holograma.- Sabe o que eu pensei? Essa sala pode muito bem criar as pessoas que gostaríamos de ver nesses locais, nem que fosse de faz de conta. - Teleret fez