Móretar achou que trazer mais gente para o planeta, antes de testar a morte ali, era temeroso. Não conseguiu acreditar que Athos, tão inteligente e com boas intenções, como parecia, não se importasse, como prioridade, com o fato da possibilidade de alguém morrer, ou pior, acontecer uma tragédia de grandes proporções, e ninguém saber o que aconteceria com essas pessoas. Ele deu um salto por cima de Athos, de forma tão inesperada que o deixou completamente atônito, tirou a espada do alado da bainha, de suas costas, arma que ele ainda não havia tido sequer a oportunidade de ver em uso, segurou-a de forma que podia prever a sua retomada por parte de Athos e quando ele pegou a arma de volta, sem tempo para nada, arremessou-se de peito na lâmina. Ouviu os gritos de Dafa e de Athos e desapareceu.
Móretar despertou no vazio. Não parecia ser o espaço. Não haAthos questionou Móretar se ele conseguia acessar algum pensamento, alguma memória do animal, mas fora poucas escamas que brotaram em sua pele, nada tinha mudado. Parecia o mesmo de antes. Isso preocupava o alado pois indicava que provavelmente Móretar ainda não tivesse controle completo de sua simbiose e, se ela viesse à tona, poderia ter consequências devastadoras. O questionamento sobre o acesso às memórias também tinha como objetivo saber de onde os dinossauros vieram. O mistério sobre aquele lugar era, de fato, a principal preocupação de Athos, mas não teria como conseguir, portanto, respostas sobre isso ainda. Decidiu que seria melhor voltarem para a superfície e dar continuidade com seus planos. Se teletransportaram para o que seria a cidade dos Elfos daquele planeta. Dafa se dirigia para perto de Krakor, para aprender com ele mais sobre a criação de construções, de cidades inteiras, de vida simples, vegetação, etc. Ficou realmente interessada no plano de reproduzir planetas.
Quando finalmente pararam, Móretar já não conseguia mais segurar a respiração, estava no limite e começou a demonstrar que estava se afogando, o que chamou a atenção de algumas pessoas por perto. Médera tocou em seu pescoço e foi como se tivesse colocado algo nele. Uma espécie de guelra surgiu no local onde ela tocou e ele recuperou o ar.- Você tem esse poder? - Perguntou, ele baixinho, disfarçando.- Só em quem tem simbioses com peixes ou répteis. Já tinha ouvido que era seu caso. - Respondeu, ela.A água ali tinha uma densidade diferente. Não era como o ar, portanto ainda deixava os movimentos um pouco mais lentos, mas nem de longe se comparava com o que Móretar podia estar acostumado, ao ficar submerso.Médera puxou ele pela mão e o guiou por alguns caminhos. Era um pouco estranho caminhar ali, era possível flutuar levemente, então o movimento misturava o andar com o nadar. A Cidade, apesar de ter elementos arquitetônicos que lembravam um pouc
A dúvida de Móretar era se Médera conseguia ainda transformar as pessoas em pedra e perguntou.- Eu, agora, consigo controlar a Górgona. Na verdade, voltamos a nos tornar parceiras. Não percebi no início, mas ela foi mais afetada do que eu pelo feitiço de Afrodite. - Respondeu, Médera.O plano dela era bastante ousado. Ela pretendia procurar Poseidon diretamente, levando Móretar junto como um subordinado que conseguiu sintetizar sangue e acordá-la.Seguiu o que tinha planejado, depois de ensaiarem bastante diversas possibilidades de situação.Atlas era um planeta incrível e o fato de tudo ser embaixo d'água, mas a água não ser exatamente como Móretar estava acostumado, deixava tudo mais surpreendente para ele. Era como se ele tivesse redescobrindo como andar. E no caminho até o Palácio das Sereias, morada de Poseidon e Afrodite, Médera decidiu que precisava ambientar um pouco mais o rapaz, que ainda olhava muito com cara de espantado para as coisa
O ambiente todo em que adentraram tinha um força gravitacional reversa no centro do espaço. Isso significava que podiam andar no chão, na parede, no teto e uma força empurrava-os para essas regiões. Em alguns momentos a força era tão grande que quase derrubava as pessoas. Móretar, na verdade, não sabia ao certo se era mesmo essa força ou o estado das pessoas que já estavam fora do normal, a grande maioria muito alterada. As drogas ingeridas eram poderosas ao afetar os sentidos, tinham efeitos imprevisíveis mas que causavam sensações incríveis. Normalmente potencializavam as percepções.Havia ainda um último nível, mas não haviam instruções de como passar. O controlador de acesso não permitia a passagem de ninguém, dizia que não haviam cumprido a exigência e mais nada. Por mais que perguntassem a ela o que era, ele não falava nenhuma outra frase. As pessoas tentavam de tudo, a troca de beijos, em alguns casos até mais que isso, era constante. A injestão de bebidas variadas t
Médera abriu a boca e sua expressão de angústia não foi sequer percebida por Poseidon que estava no auge do seu vigor e auto-admiração. Enquanto Móretar não conseguia sequer pensar no que fazer, um grupo de pessoas, todos vestidos, aproximava-se, a frente deles uma mulher exuberante.Chegando junto dela, apressando-se para chegar primeiro, um homem franzino, que veio a ser chamado de Dr. Ferne, interrompeu o movimento final de Médera, desculpando-se pela interrupção do momento e introduzindo Adwig.- Adwig!? - Poseidon e Móretar falaram juntos. Móretar tentou disfarçar a surpresa por vê-la ali, fazendo umas caretas, movimentando o rosto como se fosse um pouco confuso.Poseidon por sua vez ficou contente em receber aquela que ele chamou de princesa de um planeta entre Universos criado por um homem. O meio-gigante que acompanhava o grupo, provavelmente alguém m
- Estamos prestes a descer ao submundo de Ux para enfrentar um ser muito poderoso que aprisiona as pessoas de um povo. Esse ser me matou no passado. Não é um momento e um local muito propício para vocês estarem agora. Decidi que o melhor local para nos esperarem seria seu planeta Natal de primeira vida. Eu havia trazido Krakor para cá, a pedido dele e pretendo reunir todos novamente aqui, quando acabarmos nossas missões. Daí, então, vamos com força total ao resgate de Adwig. O tempo aqui passa mais rápido, então, num piscar de olhos devemos estar de volta. - Athos explicou a situação e desapareceu, deixando Móretar e Médera no planeta Zen. Eles estavam em algo que parecia uma floresta.- Fico pensando se existe escolha quando eles se teletransportam para planetas, se eles pensam bem onde ir. Por que uma floresta? - Médera perguntou para Móretar, mais como uma cr
Móretar decidiu que deveria tentar treinar. Fazia muito tempo que não praticava tanto feitiços, quanto artes marciais. Sentia que estava ficando para trás em relação às pessoas com quem se relacionava. A quantidade de mortes e o que isso significava para a evolução deles parecia para ele uma forma artificial de desenvolvimento. Sempre aprendeu que só conseguiria ficar mais poderoso e mais forte com treinamento e dedicação. Pensar em Adwig deixava-lhe inconformado. Não parecia justo o universo permitir que alguém nascesse imortal e super poderosa de forma natural. Não que ele também não fosse descendente dessa linhagem, podendo manipular elementos mesmo em sua primeira vida, mas o fato de Adwig ser uma elfa invulnerável em seu primeiro nascimento, realmente não parecia justo. Ainda assim, ela teve a chance de controlar suas mortes e com isso evolu
Athos surgiu diante deles e, para alguém que podia parar o tempo, ele estava sempre com muita pressa.- É injusto eu pedir que voltem para Atlas? Poseidon surgiu de um portal e apunhalou Silency, para resgatar Hades, depois que já tínhamos vencido-o. Estou indo, sem cerimônias, direto para enfrentá-lo, mas achei que seria bom se vocês estivessem na retaguarda. - Athos contou a versão resumida da história e sem sequer pensarem, os quatro o seguiram pelo portal.- Deixei Adwig e Mantelar lá em cima, no topo do Castelo e vocês dois aqui por trás. Vou entrar pela porta principal. Imagino que esse local tenha várias passagens secretas, espero que consigam alcançar a sala do trono, onde provavelmente Poseidon está, de forma que não sejam percebidos. Vou deixar que sintam o momento de agir por vocês mesmos. Obrigado por aceitarem vir! - Athos os deixou ali e sumiu novamente pelo portal que ainda estava aberto.- Cá estamos nós de novo. Por sorte, sei exatamente o caminho que devem