Clarissa sentiu seu corpo fraco, seus joelhos perderam a força e ameaçaram deixá—la cair no chão, mas ela sabia que não poderia se deixar derrotar, que tinha que tirar forças de onde não tinha e lutar .—Deixa—, disse ela ao homem na janela. Ela estava com o braço em volta do pescoço do professor, que começava a ficar muito vermelho, e a arma apontada para ele. —Deixa!— — Clarissa gritou para ele, o medo começando a se transformar em raiva.—A criança não está mais aí, nem o namorado falso, e não vou permitir que mais ninguém interfira entre nós—disse o homem.Clarissa olhou para o morcego que havia deixado ao lado dos móveis, mas estava muito longe e não chegaria a tempo.—Não existe nós—, Clarissa disse a ele, —você é apenas um perseguidor doente, eu nem sei quem você é—, o homem acenou com a cabeça.— Se você sabe, olhe para mim, você sabe quem eu sou, você sabe que nasceu para mim, desde o primeiro momento que te vi eu sabia que você seria meu.—Eu não sou doente de ninguém—, ele
Quando Clarissa acordou, uma névoa estranha cobriu sua visão, como se seus olhos estivessem cheios de sangue.Ele ergueu a cabeça e mal conseguiu distinguir algumas formas iluminadas por uma vela sobre uma mesa de madeira.Ele piscou e balançou a cabeça e sua visão começou a ficar mais clara. Ele estava em um lugar estreito com cheiro de terra molhada e fria, iluminado apenas por uma vela que brilhava sobre uma mesa com pratos de porcelana e uma garrafa de champanhe em um balde com gelo.O lugar era horrível, com teias de aranha e insetos rastejando na escuridão.—Você finalmente acordou,— uma voz lhe disse do outro lado da mesa e Clarissa levantou a cabeça, era Gabriel olhando para ela, seu rosto inteiro estava arranhado e em carne viva, provavelmente pela queda na motocicleta.— Onde estamos? — Ela perguntou a ele e o homem pigarreou.— É um lugar especial — ele se mexeu nervosamente na cadeira — é nosso primeiro encontro, espero que gostem.— Clarissa tentou se levantar, mas estava
Os quatro homens esperaram atrás do barranco que alguém saísse e, quando o boxeador saiu com a arma apontada para a escuridão, Emilio sentiu a raiva rastejar por seu peito como um animal selvagem.Johan se preparou, pegou outra pedra que estava ao seu lado e olhou para Emilio.— Vá buscar meu amigo, vamos distraí—lo — e com a melhor mira que Emilio já tinha visto, ele jogou a pedra assim que apareceu do barranco e acertou a mão de Gabriel que segurava a arma, causando um tiro para escapar e ele caiu no chão.Johan correu em direção ao homem dando um grito de guerra e os outros dois homens o seguiram, quando o pequeno corpo do menino colidiu com o do boxeador, o mais novo quicou como se tivesse batido em uma parede, pior quando Luis o atacou como se fosse um Jogador de futebol americano, acertando—o com o ombro na lateral, aquele golpe o levou longe.Johan estava rastejando para encontrar a arma, e quando a encontrou apontou para o boxeador que a chutou voando e em seguida deu um soco
Fora uma das piores noites de Clarissa em toda a sua vida.Embora Johan tivesse passado a noite nos móveis ao lado de sua cama, o som da bala passando pelo crânio de Gabriel a manteve acordada a noite toda.Ele poderia estar grato por Emilio tê—lo salvado de ter que ver tudo isso, ou certamente seu trauma seria maior.—Ainda não consigo acreditar que foi ele—, Johan disse a ela, quando o amanhecer chegou, ele provavelmente também não tinha conseguido dormir. —As pistas não apontavam para ele, e de acordo com como você o descreveu, ele era mais alto.— Clarissa não queria falar, mas o silêncio do quarto a estava matando.— Eu vi que na caverna dele ele tinha ombreiras, talvez por isso ele parecesse mais alto e na tarde em que foi para o refeitório usou maquiagem para cobrir o ferimento que eu havia feito nele na noite anterior — Johan suspirou.— Eu nunca imaginei o quedoente pode ser... Clarissa sentou—se e recostou—se na cabeceira da cama.— Sim, todas as pessoas sempre escondem algum
Clarissa sentiu os intestinos se acumularem no peito ao dobrar a esquina da rua.Havia moradores de rua nas esquinas e pessoas de reputação duvidosa aglomerando—se nas ruas.A noite já começava a cair e embora seu corpo estivesse entorpecido de cansaço ele não deu um passo para trás.—Tem certeza que quer fazer isso sozinho? —Johan que a acompanhava perguntou e ela assentiu com a cabeça.— Eu tenho que fazer isso, tenho que ouvir a versão dele — Johan estalou a língua.— Até hoje de manhã você nem queria saber da existência dele — quando Clarissa olhou para ele Johan fechou a boca — você se apaixonou — não foi uma pergunta e ela desviou o olhar dele.—Não importa, preciso ouvir, seja para jogar no ralo ou para...—Ele não vai deixar você perdoá—lo—Clarissa olhou para ele.— Porque?— Porque isso não é uma brincadeira, Clari, pelo que sei seu irmão é perigoso, Emilio deve ter medoenvolver—se — Clarissa embranqueceu os olhos.—Bem, isso é o que ele deveria ter pensado antes de mexer com
Xavier não era especialmente um homem muito organizado, muito pelo contrário, era distraído e distraído e isso lhe trouxera muitos problemas como advogado, e se não fosse sua secretária metade do tempo ele não conseguiria. até encontrar sua própria caneta.Ele havia melhorado com o tempo, a pressão do pai o ajudou um pouco, ele era um homem firme e um advogado formidável, exceto no último julgamento.Incluso él había logrado notar lo sucio y ruin que había sido con Clarissa, y los medios lo habían destrozado, pero su padre no parecía afectado por su reputación, cosa que lo sorprendió en sobre manera, su reputación era lo único que pareció importarle durante toda sua vida.—Você está saindo tão cedo, advogado? — perguntou o porteiro do prédio e Xavier assentiu com a cabeça.— Eu voupor meu filho para a escola — o homem sorriu mal e Xavier entrou no carro.De vez em quando as palavras que Clarissa lhe dissera voltavam à sua mente: —Talvez você devesse ser um pouco mais o pai que Maxwell
Clarissa nem se lembrou de pegar o bolo de presunto que rolava no chão, seu coração batia tão forte que uma onda avassaladora atingiu sua cabeça e a deixou tonta.A polícia empurrava as pessoas que se aproximavam do cordão que separava o hotel onde estava Emilio, e a primeira coisa que lhe ocorreu foi que o tinham matado.A polícia nãoacordonaba a área onde eles estavam fazendo uma prisão, então só restava uma opção.Ele caminhou em direção ao meio—fio com os joelhos trêmulos e a visão turva, enxugou os olhos algumas vezes, mas sua visão não clareou.— O que aconteceu? —perguntou a um homem de chapéu e cigarro que estava parado observando a situação e primeiro deu uma olhada no corpo de Clarissa antes de responder.—A polícia capturou alguém, mas ninguém sabe quem é—Clarissa nem agradeceu, seu corpo se encheu de energia e ela se virou e correu na mesma direção por onde veio.Ele se sentiu fraco no início, mas o coração batendo forte nas têmporas o ajudou a acompanhar.Ela correu como
Emilio não sabia como se sentir, parecia que estavam fazendo uma brincadeira de mau gosto com ele, mas a mulher do outro lado da mesa olhou para ele com uma seriedade assustadora.—Você realmente acha que sou inocente? —ele perguntou e ela suspirou.— Acho que não, é — ela se levantou e caminhou pela sala estreita que cercava os homens que estavam com ela — Há anos acompanho Luciano, sei como ele trabalha e o que faz, é não foi por acaso que logo após seu retorno à Transportes Imperio tudo isso aconteceu — então ele voltou à mesa e apoiou as mãos sobre ela para olhar Emilio nos olhos.» — Eu sei que você é inocente, mas as provas que o acusam são tantas e tão bem executadas que um juiz nunca acreditará em você. Você sabe quantos anos eles vão lhe dar, Sr. Olázaga? — Emilio balançou a cabeça — bom, nada menos que cinquenta — Emilio cerrou os punhos sobre a mesa.— E o que você quer que eu faça? — a mulher perguntou e ela jogou para o lado as tranças que chegavam quase até a cintura.—