Como Clarissa suspeitava, ponto por ponto da denúncia de Xavier, seu principal objetivo era demonstrar que Clarissa não tinha dinheiro suficiente para dar uma boa qualidade de vida a Max, mas ela e seu advogado já estavam preparados para essa mudança.— Se for preciso, o contrato que você acabou de assinar com aquele candidato estrangeiro será atendido — disse—lhe o advogado — esse trabalho chegou até você em boa hora, o dinheiro pode não ser muito, mas o pagamento é em dólares e assim Se você ganhasse com os dos stories, estaria ganhando mais que um salário mínimo, o que coloca a balança muito a seu favor —o advogado foi muito mais sério que o normal,—Se isso a inclina a meu favor, por que ela tem essa cara? — Clarissa perguntou a ele e o advogado enxugou o suor de seu rosto com um pano.— Imagino que você não tenha lido as alegações completas que o advogado do seu ex—companheiro lhe trouxe, certo? — A verdade é que Clarissa não havia lido mais do que uma das cinco páginas do docume
O que mais incomodou Clarissa na entrevista com o psicólogo foi a insistência em perguntar—lhe como ele se sentia em relação aos múltiplos abortos que fizera, e Clarissa passou metade da sessão tentando explicar que isso era falso, mas o homem pareceu cair em ouvidos surdos.Estava mais do que claro que o suposto especialista estava do lado de Xavier e ele temia que lhe desse um diagnóstico como o de Omaira.Quando ela voltou para a sala de espera, o estresse já a deixava tensa e irritada.Xavier nem olhou para ela quando chegou a sua vez e ela se sentou ao lado de Maxwell. O menino tirou os fones de ouvido e olhou para Clarissa.—Eu ouvi tudo—, ele disse a ela e ela beliscou a ponta do nariz.— Já te contei que quando coloco seus fones no volume máximo para você não ouvir, é para que você não ouça — o menino esticou o corpo e apoiou—se nas pernas da mãe.—Você acha que o papai está feliz? —ele perguntou e ela olhou para ele, seus olhinhos azuis olhando para ela com intensidade.— Não
Johan era um homem completamente teimoso, disseram—lhe sua mãe e também seu ex—namorado. Por donde metía la cabeza metía todo el cuerpo y no había poder humano que lo hiciera cambiar de opinión, ni siquiera él mismo, por eso estaba ahí en frente de la puerta de su ex con el corazón en un puño y el celular bien apretado en a mão.Quando a porta se abriu, o homem que colocou a cabeça para fora estava irreconhecível.Já fazia mais de um ano que eles se separaram e embora se falassem ocasionalmente não se viam novamente e a morena tinha o dobro de músculos.—Olha só—, ele comentou, —pensei que você não queria.—volte para Veja, ou essa foi a última vez que você me contou quando me viu pessoalmente — Johan cruzou os braços.—Parece que minha maldição se cumpriu, você sempre terá um pau maior que seu juízo — o homem franziu a testa.— Não sei se isso é um insulto a um elogio — ele brincou e Johan clareou os olhos.— Um pouco dos dois. Jhon, preciso de um favor — o homem passou os dedos pelo
Johan chutou o chão e também acertou a lateral do corpo de Emilio, mas o homem o segurou bem por trás e com a mão que tapava sua boca para evitar que ele gritasse, começava a sufocá—lo.Ele sentiu o coração disparar, tanto que pensou que teria um ataque cardíaco devido ao medo terrível que sentia.dormente os músculos.Pensou se seria assim que sua vida terminaria enquanto Emilio o arrastava para a escuridão e ele se sentia estúpido acima de tudo.Como lhe ocorreu dizer seu nome verdadeiro na cara dela? Era preferível que ele tivesse contado mentiras para ela, para conseguir falar com Clarissa, mas naquele momento ele não teve outra opção a não ser tentar se libertar dos braços fortes do homem que continuava a arrastá—lo e ele deu uma última olhada na casa de Clarissa antes de se perder na escuridão da rua.Emilio prendeu a respiração enquanto arrastava Johan para onde não pudessem ouvi—lo, não sabia se era a melhor forma de agir, mas o havia identificado e se contasse a Clarissa...Le
Johan entrou no carro, embora todo o seu corpo lhe dissesse que era uma má ideia, e rezou aos céus para não aparecer morto no esgoto no dia seguinte.O homem entrou e bateu a porta, ligou o carro e desceu a rua.Ao passarem pela casa de Clarissa ele deu uma rápida olhada e conseguiu vê—la na frente da máquina de lavar louça.—Você não pode contar nada a ele—, comentou o homem.— Ela tem que saber — insistiu Johan — se Emanuel tiver que ficar para acompanhar o show então deixe—o ficar, mas ela tem que saber.— Emilio — disse—lhe o homem — você já sabe, o nome dele é Emilio. E já que você conhece tanto sua amiga, o que você acha que ela fará? Você acha que vou deixar o Emilio ficar e entender que o melhor para eles é continuar fingindo? — Johan não respondeu, provavelmente Clarissa chamou a polícia, embora certamente não pudesse mais ter certeza do quanto havia se envolvido romanticamente com Emilio.—E se aquele Emílio é inocente, por que não se entrega? A polícia vai te ajudar — bufou
Clarissa sentiu como se seu coração bater tão rápido que um nó subiu por seu peito e atingiu sua cabeça enquanto observava o homem na janela correr em direção a Gabriel com a chave levantada.O boxeador inclinou o corpo quando o homem deu um golpe com a chave e ele passou, e aproveitando esse descuido, Gabriel deu—lhe um soco forte na lateral que o jogou no chão.—Corra, Clarissa—, ele disse a ela, mas ela ficou lá, que melhor oportunidade para pegar o homem na janela do que com um boxeador experiente?— Cuidadoso! —ela gritou para Gabriel.O homem havia se levantado e quando o boxeador se descuidou, bateu com a chave nas costas dele, jogando—o no chão, depois caminhou em direção a Clarissa.À luz do entardecer, ela podia vê—lo com mais detalhes, ele não era tão alto quanto ela lembrava e também parecia um pouco acima do peso, mas só um pouco, parecia muito forte. — Fugir! — Ela gritou com ele e assim que tentou fugir ele agarrou seus cabelos e a jogou no chão.—Se você não é meu, não
—Como você sabia que era ele? —Emanuel perguntou. Eles estavam na delegacia onde Clarissa deveria prestar depoimento. De novo.A mulher que cuidava do caso desde a primeira denúncia do homem na janela mostrou—lhes uma fotografia do corpo que Clarissa não quis ver.— Encontraram as chaves da casa de Clarissa ainda presas nas costas dela, tinham um pedaço de madeira com o nome dela gravado — Clarissa guardou a fotografia antes que se sentisse tentada a olhar para ela.— Quem o matou? —ele perguntou com a voz rouca. Emanuel parecia incomodado na delegacia, nem queria entrar, mas ela o convenceu a acompanhá—la.A polícia Ele encolheu os ombros e balançou a cabeça.—Ainda não sabemos—, disse ele, —mas pode ter sido por roubo.— Nós o encontramos em uma área bastante perigosa e mais à noite, com certeza o atacaram quando ele o viu ferido e ele resistiu, havia sinais de violência no local, como se ele tivesse tentado bater em alguém com a chave que tinha em seu mão e bateu nas paredes.— Quem
—E o que Gabriel estava fazendo com você? — Johan perguntou a Clarissa enquanto ela preparava o chocolate. Emanuel bufou.— Boa pergunta — Clarissa bateu na chocolateira e clareou os olhos.—Ele me convidou para tomar um sorvete, como amigos, e que bom que foi porque se ele não tivesse vindo, talvez o homem da janela tivesse entrado furtivamente em casa e eu ficaria sozinho.—Ainda não consigo acreditar que ele está morto—, disse Johan. Clarissa estava preocupada com o amigo, ele parecia cansado e era óbvio que havia dormido pouco nos últimos dias, e ela aproveitou para pedir—lhe assim que Emanuel foi ao quarto de Maxwell para trazer—lhe seu chocolate e queijo.—Estou bem—, ele disse a ela, —tive um pouco de insônia, mas sério, estou bem, já estou.—— O que aconteceu? — Clarissa o viu salivar, mas não disse nada, apenas tomou um grande gole de seu chocolate fumegante.— Eu vi como você e o Emanuel chegaram de mãos dadas — ele disse com um sorriso zombeteiro e Clarissa mexeu o chocolat