Depois do jantar eu faço mais um tempo com as meninas até elas irem se deitar, a Rainha fica no meu quarto as outras duas no de hospedes eu fico na sala mesmo e enquanto elas se acomodam lá eu fico mais um tempo com a Rainha, ela tenta parecer forte e que está lidando bem com a situação, mas depois de oito anos de convivência é impossível esconder a fraqueza de um detetive, principalmente de mim que sou tão próximo. Talvez ela e o Marcos sejam os que eu mais converso na delegacia, ela é minha confidente, quando estou puto desabafo com ela, quando estou feliz conto primeiro a ela, quando tenho alguma ideia ela é a primeira a saber, quando preciso de algo é a primeira que eu peço e quando preciso chorar é a primeira a me pôr o ombro a disposi&
Sete e Cinquenta, corri que nem um desgraçado, Ma me perdoe se eu tomei alguma multa, mas foi precisa e a gente nem paga isso mesmo.Chego e antes de eu descer do carro mando mensagem a Edgar avisando que cheguei e ele me diz que ela foi avisada por ele que iria um técnico para ver o que há com as câmeras. Com isso desço com uma maleta que não tem nada dentro, crachá pendurado no pescoço, respiro fundo e toco sua campainha:─ Oi bom dia!─ Bom dia dona Regiane, sou o técnico das câmeras─ Ah sim ─ ela fala checando meu crachá ─ Veio cedo, entre!─ Deseja algo? Uma água, um suco, um café...─ Que tal um minuto de tua atenção?─ Como?─ Então, deixa eu me apresentar, eu me chamo Roberto Marques sou investigador da polícia, e esse papo todo foi só para eu poder entrar e conversar contigo.─ Eu n&a
Às treze horas, depois de café tomado, apresentações feitas e muitas histórias acompanhadas de muitas risadas, a Doutora e a Marcela, vão para suas casas dizem voltar a noite, são substituídas por Marcos, Ronan e Alan, com pretexto de não deixar as meninas sozinhas comigo, afinal sabe-se lá o que passa na cabeça de um investigador que manda a chefe enfiar o distintivo no rabo.Claro que o motivo é outro, eles me conhecem, são anos trabalhando juntos e sabem que eu não abandonaria o caso nem largaria na mão da Major, então extraoficialmente iremos fazer uma reunião:
Cinco horas da manhã e estamos prontos para uma viagem de quase nove horas e vamos em dois carros o de Marcela e o de Ronan, rumo a Riachos das Fortalezas, onde pretendo vasculhar a vida do doutor perfeito e das vítimas.Num carro vão Ronan, Marcos, Alan e eu, no outro vão as meninas, Marcela, Doutora Alana e as duas Rainha. Decidimos assim, primeiro por que achamos um espaço justo para elas falarem suas coisas e sobre seus assuntos maiores e claro o motivo não oficial, eles querem arrancar o que puderem de mim a respeito da viagem. Eles não falaram, mas sei o que pensam, eu não falei o objetivo central da viagem na reunião informal em casa, por conta da
A viajem segue, revezamos os motoristas afinal somos quatro condutores muito bom, não que eles confiem tanto em mim assim para isso, já que sempre pareço que estou com uma viatura, aliás, dos quatro eu fui o único que ainda não assumi a direção.Quatro horas e meia comendo estrada resolvemos parar para tomar um café, estamos próximos à cidade de Esperança de Conquista, uma cidade com um pouco mais de cento e quatro mil pessoas e um pouco mais de uns trezentos milhões de arvores a maior parte da população. ─ Vai nos manter vivas né, Beto?─ Pretendo. Mas não garanto ─ falo brincando com a doutora─ Aproveita que estamos a sós e nos conta o que tem em mente?─ Em mente, bom, agora é saber se estas placas de limitações de velocidade fazem algum sentido, saber o quanto o teu carro é potente e se a Rainha consegue me acompanhar─ Bom, lembra que a gente está sem distintivo então não dá para dar “carteirada”Penso em dizer que o meu continua intacto, mas prefiro apenas sorrir, elas não são como Ronan, que teria ficado incomodado com a resposta, elas já levam mais na brincadeira. Na verdade a doutora Alana em si, se eu fosse definir em um doce, seria uma trufa de limão, doce, gostoso, da vontade de sempre ter, ajuda a quebrar o ácido e não deixar a trufa enjoativa, porém lá no fundo bem lá no finzinho voc&eCapítulo 24
No hotel, eu espero todos se trancarem nos quartos, ficamos em duplas, as duas Rainha, Marcela com Alana, Ronan com Alan e Marcos comigo. Preferimos assim e não me pergunte o porquê, pois eu também não faço ideia nem o porquê da divisão nem o porquê de Regiane se hospedar conosco mesmo tendo casa, só decidimos e ponto.Eu espero Marcos dormir e saio na ponta dos cascos, para que nem ele e nem ninguém me veja e seria um plano perfeito se não trombasse com Marcela assim que abro a porta, como se me esperasse: Paro o carro na delegacia local, subo os vidros faço sinal para que ela desça eu desço junto e ando ao lado dela.─ Você deixou a chave no contato.─ Foi proposital! ─ Respondo baixo ─ Olha a sua direita!Ela ver um homem, o mesmo que desceu do carro quando peguei, ele se dirige ao carro e da partida.─ É um carro do governo local, ninguém pode saber que eu estou usando-o.─ Ah entendi!Entramos na delegacia, não paro para falar com ninguém apesar de muitos ali nos encararem, entro numa sala escrita "RESTRITA" dou a volta à mesa e pego um distintivo com meu nome, ligo o computador, digito algumas coisas, imprimo, pego a folha, assino e entrego a ela:─ Se quer mesmo me acompanhar vai precisar assinar issoEla pega a caneta, aproxima o papel dos olhos e ler:Eu Agente Roberto Gomes Marques Junior, diretor da Agência Internacional de Investigaç&atilCapítulo 26
Fabi retorna à sala, ela ficou um bom tempo fora, não há muito motivo para isso a menos que o Ozzi precisasse dela para capturar a assassina.─ Oi Meninos se divertindo?─ Um pouco e vocês lá, como foi com a acrobata?─ Tivemos que rastrear um jatinho, advinha onde ela estava?Último capítulo