Às treze horas, depois de café tomado, apresentações feitas e muitas histórias acompanhadas de muitas risadas, a Doutora e a Marcela, vão para suas casas dizem voltar a noite, são substituídas por Marcos, Ronan e Alan, com pretexto de não deixar as meninas sozinhas comigo, afinal sabe-se lá o que passa na cabeça de um investigador que manda a chefe enfiar o distintivo no rabo.
Claro que o motivo é outro, eles me conhecem, são anos trabalhando juntos e sabem que eu não abandonaria o caso nem largaria na mão da Major, então extraoficialmente iremos fazer uma reunião:
Cinco horas da manhã e estamos prontos para uma viagem de quase nove horas e vamos em dois carros o de Marcela e o de Ronan, rumo a Riachos das Fortalezas, onde pretendo vasculhar a vida do doutor perfeito e das vítimas.Num carro vão Ronan, Marcos, Alan e eu, no outro vão as meninas, Marcela, Doutora Alana e as duas Rainha. Decidimos assim, primeiro por que achamos um espaço justo para elas falarem suas coisas e sobre seus assuntos maiores e claro o motivo não oficial, eles querem arrancar o que puderem de mim a respeito da viagem. Eles não falaram, mas sei o que pensam, eu não falei o objetivo central da viagem na reunião informal em casa, por conta da
A viajem segue, revezamos os motoristas afinal somos quatro condutores muito bom, não que eles confiem tanto em mim assim para isso, já que sempre pareço que estou com uma viatura, aliás, dos quatro eu fui o único que ainda não assumi a direção.Quatro horas e meia comendo estrada resolvemos parar para tomar um café, estamos próximos à cidade de Esperança de Conquista, uma cidade com um pouco mais de cento e quatro mil pessoas e um pouco mais de uns trezentos milhões de arvores a maior parte da população. ─ Vai nos manter vivas né, Beto?─ Pretendo. Mas não garanto ─ falo brincando com a doutora─ Aproveita que estamos a sós e nos conta o que tem em mente?─ Em mente, bom, agora é saber se estas placas de limitações de velocidade fazem algum sentido, saber o quanto o teu carro é potente e se a Rainha consegue me acompanhar─ Bom, lembra que a gente está sem distintivo então não dá para dar “carteirada”Penso em dizer que o meu continua intacto, mas prefiro apenas sorrir, elas não são como Ronan, que teria ficado incomodado com a resposta, elas já levam mais na brincadeira. Na verdade a doutora Alana em si, se eu fosse definir em um doce, seria uma trufa de limão, doce, gostoso, da vontade de sempre ter, ajuda a quebrar o ácido e não deixar a trufa enjoativa, porém lá no fundo bem lá no finzinho voc&eCapítulo 24
No hotel, eu espero todos se trancarem nos quartos, ficamos em duplas, as duas Rainha, Marcela com Alana, Ronan com Alan e Marcos comigo. Preferimos assim e não me pergunte o porquê, pois eu também não faço ideia nem o porquê da divisão nem o porquê de Regiane se hospedar conosco mesmo tendo casa, só decidimos e ponto.Eu espero Marcos dormir e saio na ponta dos cascos, para que nem ele e nem ninguém me veja e seria um plano perfeito se não trombasse com Marcela assim que abro a porta, como se me esperasse: Paro o carro na delegacia local, subo os vidros faço sinal para que ela desça eu desço junto e ando ao lado dela.─ Você deixou a chave no contato.─ Foi proposital! ─ Respondo baixo ─ Olha a sua direita!Ela ver um homem, o mesmo que desceu do carro quando peguei, ele se dirige ao carro e da partida.─ É um carro do governo local, ninguém pode saber que eu estou usando-o.─ Ah entendi!Entramos na delegacia, não paro para falar com ninguém apesar de muitos ali nos encararem, entro numa sala escrita "RESTRITA" dou a volta à mesa e pego um distintivo com meu nome, ligo o computador, digito algumas coisas, imprimo, pego a folha, assino e entrego a ela:─ Se quer mesmo me acompanhar vai precisar assinar issoEla pega a caneta, aproxima o papel dos olhos e ler:Eu Agente Roberto Gomes Marques Junior, diretor da Agência Internacional de Investigaç&atilCapítulo 26
Fabi retorna à sala, ela ficou um bom tempo fora, não há muito motivo para isso a menos que o Ozzi precisasse dela para capturar a assassina.─ Oi Meninos se divertindo?─ Um pouco e vocês lá, como foi com a acrobata?─ Tivemos que rastrear um jatinho, advinha onde ela estava? Às vinte e duas horas estamos no hotel, prontos para sair, seja lá aonde for que a Rainha mais velha queira nos levar, ela garantiu umas duzentas e cinquenta e cinco quinhões de vezes, que era o melhor ponto noturno de Riachos das Fortalezas. Se você me perguntar, eu estou louco é pra cair na cama e dormir até amanhã, porém como eles acham que Marcela e eu fizemos isso, não ir ao tal lugar, levantaria muitas surpresas.Por ironia o lugar é ao lado do hospital, não poderia ser mais conveniente para mim, é meio que um bar com música ao vivo e uma pequena pista de dança para quem quiser se aventurar com a música e seCapítulo 28
Vinte minutos depois, estou de banho tomado e com a mochila abastecida com algumas tranqueiras para comer durante a madrugada saímos. Não que seja relevante para o caso, mas ao passarmos pelo quarto de Renata conseguimos ouvir os sons de uma "noite feliz" e devo confessar que mesmo estando feliz pelo meu parceiro, sinto uma ponta de inveja, por não estar aproveitando a noite como ele. Seguimos para fora do hotel, eu guio Marcela bem escondido para que nem os funcionários nos vejam, dou a volta no hotel e o carro está lá me esperando com o motor ligado.─ Sempre assim? ─ Marcela pergunta quando entramos no carro─ O que?─ Tudo isso! ─ Ela fala séria e eu realmente não faço ideia do que seja esse "Tudo isso" que ela se refere. ─ Tudo isso Beto. O modo furtivo, o carro te esperando, não fala nada com ninguém, não abre o caso com ninguém. Parece que o Roberto que conheç