Mary Anne é uma mulher que possui cabelos longos e lisos, na cor castanho escuro, com alguns fios dourados. Seu cabelo a deixou com um visual de morena iluminada, cujo comprimento se estende até a altura da cintura. Possui olhos castanhos e pele clara. Por ela passar a maior parte do dia em um escritório de contabilidade, ela precisa usar saia e sapatos de salto, mostrando uma elegância que se renova todos os dias.
Ana Bel, por sua vez, também possui olhos castanhos, cabelos longos e castanhos escuros, entretanto, ela costuma dar preferência a penteados que precisem reunir todos os fios de seu volume capilar em um elegante coque, mantendo-o preso devido ao seu trabalho de exploração geológica.
Por fim, Joana é uma mulher loira, de pele clara e de cabelos lisos. Com os olhos verdes, ela acaba sendo mais atraente do que as demais, ainda que todas sejam lindas. Devido ao seu trabalho de estilista, ela prefere sempre utilizar vestidos, ou saias, os quais foram desenhados por ela mesma, a fim de divulgar ao longo dos dias o seu trabalho e a sua marca.
Devido à imensa agitação da cidade grande, com os seus tráfegos intensos; à tamanha movimentação de pessoas, em qualquer lugar onde elas estejam e para quaisquer ambientes para o qual elas se dirijam, e aos seus corridos, e muito cansativos, dias de trabalho, elas se sentem muito exaustas.
As três amigas moram na mesma residência e dividem desde as contas da casa até os serviços domésticos, de modo que seja justo para cada uma delas.
Mesmo que elas trabalhem em locais diferentes, elas se esforçam para que as férias sejam sempre na mesma época a fim de que elas possam viajar juntas, e conhecerem a cada ano, lugares ainda mais lindos. Quando chegou o mês de maio, que era o mês no qual elas poderiam tirar suas férias, Mary Anne, enquanto estava no aconchego do sofá de sua casa, estava distraída em seus pensamentos, os quais até o momento não eram conhecidos por Ana Bel e Joana. Mas de repente, Mary Anne disse:
– O que vocês acham da gente fazer uma viagem juntas para uma cidade do interior?
Sentindo-se surpresa com a pergunta, Ana Bel deixou de lado o seu celular em cima da mesa e voltou os seus olhos para Joana, que por sua vez, deixou de beber o café quente e cheiroso que estava dentro da xícara e voltou o seu olhar também para Ana Bel. E sentindo a conexão que crescia entre ambas, elas disseram juntas em uma só voz:
– Acho uma ótima ideia.
Mary Anne ficou tomada pela alegria, abrindo um largo sorriso no rosto. E no mesmo instante, pegou o seu celular e começou a pesquisar hotéis e pousadas que tivessem o valor mais em conta para elas, mas ao mesmo tempo, que oferecesse boas condições, pois elas estavam com a intenção de passar algumas semanas.
Enquanto Mary Anne pesquisava as melhores cidades, Joana que, por sua vez, ainda estava tomando o seu café da manhã, deixou o seu pedaço de pão sobre o prato e sugeriu:
– Seria uma boa ideia uma cidade que ficasse no interior e próxima as montanhas. O que vocês acham?
– Interior é sempre a melhor escolha para sairmos dessa agitação que é a cidade grande. – Complementou Ana Bel.
Depois de algumas horas de busca na Internet pela melhor cidade, Mary Anne encontrou a cidade de Pierce, que localiza próximo a montanhas. Com a aprovação das amigas, ela fez a reserva para um mês em um chalé que ficava em uma parte mais afastada, e mais rural daquela cidade, de modo que elas ficassem completamente isoladas da civilização.
Alguns dias depois, vendo que já se aproximava a data da viagem, elas começaram a retirar as malas de seus armários e, abrindo as gavetas das cômodas, passaram a escolher as roupas que elas levariam, consultando a previsão e a tendência do tempo, para que elas não passassem nem frio nem calor.
Sentindo a ansiedade se transformar em adrenalina e atravessar todo o seu corpo, Mary Anne tratou de escolher e separar tanto as suas roupas, quanto os seus outros pertences como o nécessaire, dentro do qual ela optou por levar alguns pincéis que tinham diferentes tamanhos, cujas finalidades eram diferentes para cada parte do rosto e para cada componente da maquiagem. Junto com os pincéis, Mary Anne separou uma paleta de sombras, cujos tons eram mais voltados para a cor nude; a fim de deixar as maçãs do rosto com uma cor mais viva, ela optou por levar consigo um estojo com apenas uma cor de blush, o qual era um rosa mais claro. A fim de iluminar algumas partes do seu rosto, ela escolheu levar uma paleta de iluminadores, cujos tons eram diferentes e por isso deixava um efeito bonito em seu rosto. Os batons que ela escolheu possuem cores diferentes, mas todos apresentam efeito matte nos lábios. Por último, ela pegou a única base que ela tem e que é apropriada ao seu tom de pele. Ao deixar a sua bagagem pronta para a viagem, ainda que faltassem cerca de quatro dias, Mary Anne se dedicou a cobrar de suas amigas para que elas também começassem a se organizar, a fim de que não se esqueçam de absolutamente nada que possa atrapalhar a curtição de seus dias na cidade interiorana.
Vendo que Joana não estava tendo muito interesse de arrumar as suas coisas, Mary Anne a perguntou o que estava acontecendo, e ela respondeu dizendo que por mais que ela estivesse animada para a viagem, ela não gostava de arrumar as suas bagagens, pois se ela pudesse, ela pagaria uma pessoa apenas para fazer isso em seu lugar. Diante dessa resposta, Mary Anne propôs que ela mesma escolhesse as roupas de Joana, desde que ela dissesse para quais tipos de peças ela daria preferência. Respondendo esse questionamento, Mary Anne tomou a liberdade de abrir a gaveta de roupas de Joana e escolheu algumas peças de acordo com o que ela tinha optado.
Quando Mary Anne deslizou o zíper da mala, de modo a fechá-la, ela foi surpreendida por uma pergunta de Joana:
– Você pegou o shampoo, condicionador e creme de pentear?
Devido a esse esquecimento, que para elas é muito grave, Mary Anne levou as mãos ao rosto e foi caminhando até o banheiro a fim de pegar o que faltava para guardar tanto na sua mala quanto na mala de Joana.
Ao abrir novamente as bagagens, Mary Anne se decepcionou com a falta de espaço que tinha disponível para que ela pudesse armazenar os recipientes com produtos voltados para o cuidado com os cabelos. Para a sua surpresa, Ana Bel estava voltando da área de serviço com alguns recipientes de plástico transparentes e pequenos, os quais pareciam ter o objetivo de guardar tais produtos, mas sem ocupar tanto espaço. E quando ela se aproximou de Mary Anne, ela a entregou algumas das unidades que ela tinha em mãos, e em seguida deu uma piscadela para Joana, fazendo-a sorrir.
– Você já terminou de arrumar tudo? – Perguntou Mary Anne a Ana Bel, que por sua vez, respondeu que sim. E logo trouxe a sua bagagem, fazendo barulho enquanto as suas rodinhas tocavam o piso da casa. E surpreendendo a todas devido a sua agilidade.
No único quarto que a casa que elas moravam tinha disponível, o espaço era dividido pelas três, tendo cada uma a sua cama de solteiro e um único closet, onde elas guardavam as suas roupas, as quais não podiam ser em grande quantidade. De frente para a porta do quarto, tinha uma grande janela, a qual permitia uma visão para as paredes elevadas de uma escola. De modo que a paisagem não fique completamente cinza, na época em que essa escola foi construída, a prefeitura ordenou que fosse plantada uma árvore em suas proximidades. E essa árvore desde então foi crescendo e proporcionando uma vista que tranquiliza cada uma das meninas nos primeiros minutos do seu dia. A cama mais próxima a janela é a de Joana. A do meio é a de Mary Anne e a cama que fica mais perto da porta é onde Ana Bel descansa.Quando finalmente chegou o dia de viajarem e começarem a curtir
Depois que Ana Bel verificou a distância desde a casa delas até a cidade de Pierce, ela teve a ideia de fazerem a viagem de carro, pois as duas cidades não eram tão distantes entre si. Ao planejar como seria feita essa viagem, ela comunicou as demais meninas os seus prós e contras e depois que elas entraram em consenso, elas combinaram entre si que o carro mais econômico e mais adequado para fazer esse trajeto seria o de Mary Anne, o qual era o único que tinha a possibilidade de se locomover utilizando o gás como combustível veicular. Mary Anne era uma mulher muito simpática e solícita, entretanto, tinha um pouco de ciúme das suas coisas, principalmente do seu carro. Contudo, ela aceitou que Ana Bel assumisse a direção de seu carro, pois como ela já tinha feito todo o planejamento, incluindo as rotas que elas deveriam seguir, Ana Bel era a única das mulheres que estava se se
Quando eles se aproximaram e pararam bem ao lado de Ana Bel, elas puderam perceber que o motorista era alto, de pele clara, de cabelo curto na cor castanha. E quando ele se apresentou, ele estendeu a mão para que ele pudesse cumprimentara todas e devido a esse gesto, elas puderam observar que ele tinha uma tatuagem, a qual era equivalente ao desenho de uma faca na mão esquerda. Depois de se cumprimentarem, elas tomaram conhecimento de que o seu nome era Thiago. O rapaz que estava sentado no banco do carona, ao lado de Thiago também era muito bonito, mas tinha o cabelo liso, loiro e um pouco longo, até a altura dos ombros. Seus olhos eram grandes, permitindo que elas vissem que a cor era verde, parecendo com a nuance de uma relva fresca. Quando os olhos de Ana Bel encontraram esse homem, ela reparou que ele tinha uma tatuagem com o desenho de um diamante no ombro. Em seguida, elas ouviram Thiago apresentar esse amigo, cujo nome era Daniel.Segundos
Quando elas começaram a identificar a paisagem, a qual era repleta de montanhas, com alguns pinheiros ao longe, elas se lembraram das fotos que viram enquanto pesquisavam a melhor acomodação na internet. E por isso passaram a se sentir ainda mais tranquilas, tanto que o seu semblante que antes era de medo, foi substituído por um semblante de paz.Seguindo confiante com o carro, elas se lembraram de que deveriam se dirigir até o endereço indicado no site de hotéis para que elas pudessem pegar a chave com o proprietário. Ao seguir por mais um tempo naquela estrada de chão, elas avistaram novamente aquele grupo de rapazes, mas eles estavam ao longe, no meio do mato, e parecia que eles estavam brigando com alguém, pois elas conseguiram escutar alguns gritos. Pensando que seria melhor que elas não fossem vistas por eles, resolveram acelerar o veículo, a fim de passar mais rápido por aquela &
Mary Anne estava muito cansada e necessitava de um banho mais do que nunca, por isso ela mesma se intitulou como a primeira a conferir o funcionamento daquele chuveiro. Sob as preces das demais mulheres devido a vontade de que aquele chuveiro estivesse funcionando perfeitamente de modo a liberar água morna, elas ficaram na sala com os ouvidos atentos ao que Mary Anne teria para falar do seu primeiro banho na casa nova.Como elas escutaram a amiga cantarolando embaixo do chuveiro, Ana Bel e Joana imaginaram que o chuveiro estivesse funcionando perfeitamente devido à alegria e à demora em sair do banho. Enquanto isso no banheiro, estava acontecendo tudo completamente diferente do que as meninas estavam imaginando, pois Mary Anne estava tentando driblar a torneira do chuveiro que não funcionava muito bem. Ou ela abria, esguichando água através de um forte jato, cuja direção era para todos os lados, molhando o banheiro todo.
Conforme os quilômetros da estrada avançavam, ela ficava ainda mais longe da casa que ela tinha alugado junto com as suas amigas. Com o tempo, ela foi percebendo que a estrada estava muito esburacada, fazendo-a se sentir confusa, pois mais cedo ela não tinha percebido tantos incômodos ao passar por ali, pois a estrada não estava daquele jeito. E devido à dificuldade na obtenção da claridade, pois os seus faróis não estavam clareando de forma tão satisfatória por eles já estarem com as lâmpadas enfraquecidas, ela começou a ficar nervosa. Pensando em parar o carro para ligar para Ana Bel ou para a Joana, a lembrança de que aquela era uma região que não tinha qualquer sinal de aparelho de celular, voltou como um monstro em sua mente, fazendo com que ela ficasse ainda mais trêmula, pois ela percebeu que poderia estar perdida e sem conseguir falar com as suas a
Thiago já estava muito nervoso, assim como os outros rapazes, que por sua vez, estavam sedentos para se vingar de Mary Anne, devido ao soco que ela tinha dado em seu rosto há algumas horas antes. Ele tocou a maçaneta da porta do carro, envolvendo-a com os seus dedos, enquanto batia com a outra mão no vidro, pressionando Mary Anne para que ela abrisse a porta e descesse do carro. Mas devido ao terror que ela estava sentindo, ela não conseguia fazer nada a não ser chorar e gritar:– Por favor, me deixem em paz!Como resposta a esse grito de Mary Anne, Thiago soltou a maçaneta e se virou de costas para o carro, deixando a sua vítima ainda mais apreensiva com o que ele poderia fazer em seguida.Mary Anne parou de gritar por alguns segundos, mas de repente Thiago se virou novamente e com um golpe quebrou o vidro da porta do motorista, de forma que os estilhaços pontiagudos voaram para todos os lados
Enquanto isso na estrada, Mary Anne continuava vivendo aquele pesadelo no meio da imensa escuridão e dependendo da sorte de ser vista na estrada, caso ela conseguisse se arrastar até lá.Conforme ela apoiava a sua mão sobre os matos, os insetos que ali estavam subiam pelos seus punhos e seguiam caminhando pelos seus braços. Algumas formigas maiores por se sentirem ameaçadas, davam picadas na pele de Mary Anne, as quais faziam doer, inchar no mesmo instante. Entretanto, como ela já estava tendo muito mais motivos para sentir dor, ela não se importava com as picadas de insetos. Ela só tinha um único objetivo em sua mente, o qual era ser resgatada por alguma equipe de polícia ou de saúde.Por um momento de pura sorte, Mary Anne escutou um som de pessoas conversando na estrada. Tentando driblar as suas dores para ouvir e tentar reconhecer as vozes, felizmente ela percebeu de que não