Mary Anne estava muito cansada e necessitava de um banho mais do que nunca, por isso ela mesma se intitulou como a primeira a conferir o funcionamento daquele chuveiro. Sob as preces das demais mulheres devido a vontade de que aquele chuveiro estivesse funcionando perfeitamente de modo a liberar água morna, elas ficaram na sala com os ouvidos atentos ao que Mary Anne teria para falar do seu primeiro banho na casa nova.
Como elas escutaram a amiga cantarolando embaixo do chuveiro, Ana Bel e Joana imaginaram que o chuveiro estivesse funcionando perfeitamente devido à alegria e à demora em sair do banho. Enquanto isso no banheiro, estava acontecendo tudo completamente diferente do que as meninas estavam imaginando, pois Mary Anne estava tentando driblar a torneira do chuveiro que não funcionava muito bem. Ou ela abria, esguichando água através de um forte jato, cuja direção era para todos os lados, molhando o banheiro todo.
Conforme os quilômetros da estrada avançavam, ela ficava ainda mais longe da casa que ela tinha alugado junto com as suas amigas. Com o tempo, ela foi percebendo que a estrada estava muito esburacada, fazendo-a se sentir confusa, pois mais cedo ela não tinha percebido tantos incômodos ao passar por ali, pois a estrada não estava daquele jeito. E devido à dificuldade na obtenção da claridade, pois os seus faróis não estavam clareando de forma tão satisfatória por eles já estarem com as lâmpadas enfraquecidas, ela começou a ficar nervosa. Pensando em parar o carro para ligar para Ana Bel ou para a Joana, a lembrança de que aquela era uma região que não tinha qualquer sinal de aparelho de celular, voltou como um monstro em sua mente, fazendo com que ela ficasse ainda mais trêmula, pois ela percebeu que poderia estar perdida e sem conseguir falar com as suas a
Thiago já estava muito nervoso, assim como os outros rapazes, que por sua vez, estavam sedentos para se vingar de Mary Anne, devido ao soco que ela tinha dado em seu rosto há algumas horas antes. Ele tocou a maçaneta da porta do carro, envolvendo-a com os seus dedos, enquanto batia com a outra mão no vidro, pressionando Mary Anne para que ela abrisse a porta e descesse do carro. Mas devido ao terror que ela estava sentindo, ela não conseguia fazer nada a não ser chorar e gritar:– Por favor, me deixem em paz!Como resposta a esse grito de Mary Anne, Thiago soltou a maçaneta e se virou de costas para o carro, deixando a sua vítima ainda mais apreensiva com o que ele poderia fazer em seguida.Mary Anne parou de gritar por alguns segundos, mas de repente Thiago se virou novamente e com um golpe quebrou o vidro da porta do motorista, de forma que os estilhaços pontiagudos voaram para todos os lados
Enquanto isso na estrada, Mary Anne continuava vivendo aquele pesadelo no meio da imensa escuridão e dependendo da sorte de ser vista na estrada, caso ela conseguisse se arrastar até lá.Conforme ela apoiava a sua mão sobre os matos, os insetos que ali estavam subiam pelos seus punhos e seguiam caminhando pelos seus braços. Algumas formigas maiores por se sentirem ameaçadas, davam picadas na pele de Mary Anne, as quais faziam doer, inchar no mesmo instante. Entretanto, como ela já estava tendo muito mais motivos para sentir dor, ela não se importava com as picadas de insetos. Ela só tinha um único objetivo em sua mente, o qual era ser resgatada por alguma equipe de polícia ou de saúde.Por um momento de pura sorte, Mary Anne escutou um som de pessoas conversando na estrada. Tentando driblar as suas dores para ouvir e tentar reconhecer as vozes, felizmente ela percebeu de que não
Conforme as horas passavam, Ana Bel e Joana ficavam cada vez mais preocupadas, principalmente quando Ana Bel perguntou:– E se Mary Anne encontrou novamente com aqueles rapazes encrenqueiros? Existe esse risco?Joana passou pensativa e por alguns segundos ficou calada, mas logo quebrou o silêncio, respondendo:– Não acredito que isso possa ter acontecido, até porque eles foram embora. E nós nem sabemos se eles moram aqui na cidade ou se estavam apenas de passagem.Tomada pela preocupação, pois já era madrugada, Ana Bel disse: – Vou procurar Mary Anne. Nós não podemos ficar paradas, de braços cruzados dentro de casa, imaginando que algo de ruim possa ter acontecido com a nossa amiga.– Você que está muito preocupada, evite pensar pelo lado negativo.– E se ela se perdeu? E se aconteceu alguma coisa de ruim com ela? Eu vou agor
Enquanto isso, na casa abandonada, Mary Anne tentava recuperar as forças mesmo sem alimento a fim de se soltar daquela corda que tinha sido muito bem amarrada a fim de prendê-la ali por tempo indeterminado.Mas por um momento de sorte, quando o dia amanheceu, ela ouviu um som proveniente da porta principal e ficou atenta olhando para a porta do quarto, querendo que por um golpe de sorte uma de suas amigas estivesse entrando por aquela porta a fim de salva-la. Entretanto, não era nenhuma de suas amigas, e sim o policial César, que estava segurando uma sacola.Mary Anne ficou assustada e preocupada com o que deveria estar dentro daquela bolsa. Mas logo ficou aliviada quando viu que se tratava de um sanduíche com uma garrafa de plástico preenchida por água.Quando ela sentiu o cheiro daquele sanduíche, ela sentiu o seu estômago reclamar, avisando sobre a fome que estava sentindo. E quando ela deu a primei
Enquanto Ana Bel continuava procurando Mary Anne por cada canto daquela cidade, ela percebia que o seu corpo estava ficando cada vez mais enfraquecido, pois tinha mais de vinte e quatro horas que ela não comia nada. De repente a sua mente foi invadida por uma lembrança de quando ela falou a Joana de que voltaria ao nascer do sol, caso ela não encontrasse Mary Anne, o que poderia ter deixado Joana muito nervosa. Entretanto, ela não poderia voltar todo aquele trajeto, pois ela já tinha chegado longe demais. Ana Bel só conseguia torcer para que Joana tivesse conseguido comunicar com alguém a fim de ajudá-la nas buscas.Enquanto isso na casa que elas tinham alugado, Joana ficava tentando ligar o rádio novamente a fim de ouvir alguma notícia que remetesse tanto a Ana Bel quanto a Mary Anne, mas até o momento, suas tentativas haviam sido sem sucesso.A fim de descansar um pouco, Ana Bel se sentou um
Pela terceira vez, Mary Anne tentou novamente fazer com que o isqueiro gerasse uma fagulha e felizmente deu certo. Ela então observou a chama que estava razoavelmente alta e a encostou em uma parte da corda, que não era tão grossa, mas era suficiente forte para mantê-la presa ali por muito mais tempo.Vendo que o fogo gerava transformação na corda, fazendo com que ela ficasse com as extremidades escurecidas e depois mais enfraquecidas, até que ela rompeu. Entretanto, aquele ponto de ruptura não foi o suficiente para que Mary Anne se soltasse, pois o nó que o policial havia dado tinha muitas voltas, de modo a garantir para si mesmo de que ela não conseguiria se soltar sozinha. Então ela teve que repetir o procedimento. E torcendo para que o isqueiro ainda tivesse uma quantidade considerável de gás, ela novamente gerou uma chama e encostando-se à outra parte da corda, antes que ela
Enquanto Ana Bel torcia, enchendo a sua mente de pensamentos positivos, para que os seus instintos e pesadelos estivessem corretos, e que não estivessem levando-a para um caminho sem volta, ou que poderia conduzi-la à morte, ela caminhava olhando para todos os lados ao redor de si mesma, a fim de se certificar de que ela estava caminhando sozinha e em segurança.De repente, Ana Bel ouviu o som de um carro que estava longe, mas que era possível ouvir o ruído de seu motor, por isso, ela se jogou no chão e rolou para que ela pudesse se esconder em meio àqueles matos. Sentindo que o seu corpo estava ficando cada vez mais tenso e enrijecendo os seus músculos, ela ficou parada apenas tentando se guiar pelo som que o motor do carro estava emitindo, e pelo som que os pneus faziam sobre aquele cascalho da estrada.Depois que o carro passou, Ana Bel não sabia se já deveria sair de dentro daquele matagal ou se