3. visita Incoveniente

Sarah

Estou na minha sala analisando os balanços dos últimos anos, quando Giulia e sua mãe entram na sala.

— Até a sala dele você tirou, como pode ser tão oportunista. — Giulia diz.

— Quem te deu permissão para entrar na minha sala?

— Posso entrar a hora que eu quiser, meu marido é acionista aqui.

— Não, minha querida, seu amante, porque infelizmente ainda não saiu a merda do divórcio, devido às burocracias, sendo assim ainda é meu marido. Sai da minha sala, eu tenho mais o que fazer, não tenho tempo para perder com vadias desqualificadas. — Do nada a louca começa a se bater e a arranhar o próprio rosto. — Para de fazer isso, você é louca? — Eu disse sem acreditar no que via.

— Quem você pensa que é para agredir a minha filha? — a mãe dela me dá um tapa no rosto, essas mulheres só podem estar loucas, neste momento o Enzo chega para socorrer a amante, como se ela precisasse, na verdade, o que ela precisa é ser internada. A mãe dela vem para cima de mim de novo, eu seguro sua mão.

— O primeiro eu permiti, porque não estava esperando tal atitude, mas o segundo pode ter certeza que revido. — A mãe dela permanece em silêncio e se afastou de mim, mas Enzo tenta me agredir verbalmente e eu faço um gesto com a mão, para que ele se calasse. Dessa forma, a louca da Giulia parte para cima de mim com a mãe dela. Revido bloqueando e até mesmo agredindo-as, mas, com a roupa que estou usando, não é possível acabar com duas mocreias.

Os seguranças chegam e as tiram de cima de mim, eu solicito com a equipe de TI, as imagens da câmera de segurança da minha sala, causando espanto nelas e no digníssimo ex-marido, deixando-as nervosas. Ignoro a presença delas e peço para que o segurança me acompanhe até a delegacia.

— Não há necessidade disso. — Diz Enzo apreensivo.

— É melhor que me acompanhe, para não passarem vergonha quando os polícias virem buscar vocês.

Alguns minutos depois na delegacia…

— Por favor, senhora, me acompanhe. — O policial falou olhando para mim, eu o acompanhei até uma sala. Contei tudo o que aconteceu ontem e hoje na empresa e entreguei a cópia da gravação de uma câmera que fica dentro da minha sala para provar que não fui eu quem começou a briga e que foi a louca que se machucou sozinha. Depois que saí da sala, todos tiveram que fazer o mesmo, entrara um de cada vez na sala para dar a sua versão da história. Como já tinha feito a minha parte, fui liberada para ir para casa.

Joseph

Estou na minha sala, estudando alguns projetos, quando meu celular começa a tocar, olho no identificador é o Tomas, atendo, pois ele está responsável pela Sarah.

— Fala.

— Chefe acabaram de informar que a senhorita Sarah se envolveu em uma briga na empresa, ela está indo à delegacia denunciar as agressões.

— Estou a caminho. — Desligo a ligação e sigo para a delegacia.

Ao longe, observo sua saída da delegacia e fico extremamente furioso ao avistar sua roupa suja de sangue, com ferimentos no rosto e nas mãos. Fico tão nervoso que deixo a mão em punho para conter minha vontade de ir até a delegacia e agredir o ex-marido dela, ou quem quer que fosse que tenha agredido ela. Meus dedos ficam brancos devido à força que estou empregando para me controlar. Como eu queria ir até ela e cuidá-la pessoalmente, mas meu orgulho não deixa, então me acalmo e peço ao Tomás.

— Vá e compre os medicamentos necessários para a senhorita poder cuidar de seus machucados, duvido que ela vá fazer isso, entregue-os quanto antes. — Viro as costas e vou para o meu carro.

Sarah

Depois que sai da delegacia, decidi ir direto para o hotel, assim aproveito e pesquiso apartamentos mais próximo da casa da minha mãe, para poder ficar com o meu filho. Decido ligar por chamada de vídeo para minha mãe, esses dias, não consegui ir ver o Ian.

Oi, mãe, o Ian está bem? — Digo assim que minha mãe atende.

— Está, sim, filha, como andam as coisas? — Minha mãe responde.

Está indo mãe, mas uma coisa é certa, eu não ficarei chorando por ele.

— Ele não merece suas lágrimas, meu amor, por mais que doa, ele não merece, eu vou chamar o Ian.

— Oi, mamãe. — Como amo o som da voz dele, me traz paz na hora.

— Oi, meu anjinho, a mamãe está morrendo de saudades.

— Eu também estou, cadê o papai?

— Ele não está no momento, e você, está obedecendo à vovó e o vovô?

— Estou, sim, mamãe, o vovô me comprou um carrinho, olha que lindo! — Ele me mostra o carrinho todo empolgado.

Que carrinho mais lindo meu amorzinho, logo a mamãe vai aí poder brincar com você! — Ele dá o sorrido mais lindo do mundo, então pergunto séria. E você está tomando o medicamento certinho?

— É ruim, mamãe. — Ele faz uma careta linda.

Sei que é meu amor, mas precisa tomar, é para o seu bem meu amorzinho.

— Está bom, mamãe. — Ele faz um bico fofo, que foi? Sou babona mesmo.

Filho, a mamãe está procurando uma casa pertinho da casa da vovó, aí vou te buscar e moraremos juntinhos de novo. — Ele começa a pular de alegria.

Oba mamãe. — Fico um bom tempo conversando com ele, por mais que ele tenha apenas quatro anos, é muito inteligente para a idade dele.

— Meu amor você sabe que não pode ficar pulando assim, agora a mamãe precisa desligar, eu te amo muito meu filho, nunca se esqueça disso.

— Desculpe mamãe, eu também te amo mamãe, muito, muito, muito… daqui até o universo.

Após desligar, volto a olhar os classificados, estava concentrada quando o interfone do quarto toca.

Senhorita Bummer, deixaram um pacote para a senhorita na portaria, posso pedir para entregar, ou a senhorita vem buscar.

Pode me entregar por favor, obrigada. — O que será que é? 

Passam alguns minutos batem na porta, eu pego o pacotinho, quando abro acho estranho, tinha medicamentos para dor, pomada cicatrizante, gases, antisséptico, band-aids e faixas. — Que merda é esta? Quem mandou? — Decido ligar na recepção.

Oi, por favor, a pessoa que me deixou o pacote, deixou o nome dele ou dela?

— Não senhora, apenas pediu para entregar em mãos, algum problema?

— Não, não, obrigada, boa noite. — Verifico se estão tudo lacrado, e estão, então decidi usar.

Após cuidar dos pequenos ferimentos, voltei aos anúncios de casas ou apartamentos para alugar, encontrei duas opções, mas estou cansada, quase não dormi na noite anterior devido aos eventos, fiquei revirando na cama. Voltei tarde da casa da Mariah, preciso relaxar um pouco. Decido tomar um banho de banheira, preparo um banho com sais relaxantes, e fico na banheira até a água esfriar, saio da banheira, enrolo na toalha e coloco uma roupa confortável, ligo a televisão, coloco em um canal aleatório, deito na cama e acabo dormindo.

No dia seguinte, chego na empresa e está um caos, então chamo minha secretária para saber o que aconteceu.

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