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6. O novo cooperado da empresa

Sarah

Passam-se alguns dias e Pedro retorna na empresa, percebo que, na verdade, ele não está lá para prestar ajuda e sim para zombar de mim, como se ele tivesse ganhado de mim, pela primeira vez a propósito, coitado (risos), então que os jogos comecem. 

— Está querendo ser contratado Pedro? — Ele olha para mim e sorri com deboche.

— Não, minha cara, eu tenho uma empresa sólida.

— Então, ao que devo a honra da sua visita?

— Vim reforçar que eu e minha empresa estamos aqui para ajudar.

— Fico feliz em saber que posso contar com você e sua empresa — Sei que ele sempre teve uma quedinha por mim, então vou usar os meus dotes femininos. Vou até ele seguro sua gravata, ele engole em seco e dá um sorrisinho de lado, achando que finalmente vai ficar comigo, então vou até seu ouvido e falo: — Posso ser a mocinha ingênua, quer saber como? — Ele ajeitou sua postura, como se realmente esperasse algo, então eu começo a gargalhar, ele olha para mim sem entender o que está acontecendo. — Você é um ridículo, eu não preciso da sua ajuda, nem de esmola, minha empresa segue firme no meu comando, e você achou mesmo que eu estava flertando com você, se enxerga Pedro, nunca fiz antes, por que faria agora?

– Eu vou fazer de tudo para ajudar o Enzo a acabar com esta empresa e com a sua família, você merece ficar na rua da amargura, eu vou ver a sua queda e estarei lá para rir de você, como riu de mim agora. Você é uma mulher amarga sem coração, por isso Enzo te traia, nenhum homem gosta de mulheres como você. Você vai acabar sem nada, e sozinha.

– Estou tremendo de medo de suas ameaças, olha – eu mostro minhas mãos tremendo propositalmente e fico rindo da cara dele – Nem para fazer ameaças presta, saia da minha sala seu idiota. – Ele se retira da sala me xingando de bruxa, vadia… e muito mais, e eu fiquei linda e plena rindo na minha sala, quem manda ele ser idiota.

Eu estava envolvida em meus projetos, desenhando um colar de pedras brasileiras, ele era delicado, tinha traços finos… quando minha secretária liga:

— Sarah, tem alguns designs na recepção querendo pedir demissão.

— Ok, peça para entrar um a um. — Ambos já haviam pedido demissão no RH, então eu só precisaria assinar suas demissões, foi o que fiz, desejei sucesso a cada um deles. Assim que finalizo com os colaboradores, eu ligo e pergunto para Paloma se ela tem notícias sobre o vazamento, a mesma responde que não, e isso me deixa nervosa. Eu não sei quem fez isso, mas eu vou descobrir, nem que seja a última coisa que eu faça. Preciso pensar… pensa, Sarah, pensa…

Fico fazendo meus designs até dar a hora para mais uma m*****a reunião do conselho.

Na sala de reunião…

Narrado pela autora

Enzo e os conselheiros haviam combinado de chegar na reunião antes de Sarah, para assim eles poderem intimidá-la… foi o que fizeram, quando Sarah chega, todos já estão em seus lugares.

— Boa tarde, senhores! — Diz Sarah ao entrar na sala de reunião.

— Boa tarde! — Respondem todos juntos.

Sarah estava sentada na sala de reunião, enquanto os acionistas discutiam, a ofendiam e ofendiam um ao outro. Ela sabia que tinha que encontrar uma maneira de acalmar os ânimos para que a empresa pudesse sobreviver. De repente, ela se levantou da sua cadeira e disse: 

– Eu entendo que este é um momento difícil para nós, mas eu acredito que podemos superar isso. Se nós trabalharmos juntos, podemos encontrar uma solução para nossos problemas. Vamos nos concentrar naquilo que podemos fazer para melhorar a situação, e não em ofendermos uns aos outros. 

Mas mesmo com a declaração dela, eles ainda a ofendiam, até que a mesma perde a paciente.

— Ok, então faz assim, vendam as suas ações para mim, assim eu acabo com minha empresa e não a “de vocês”, mas eu compro por um euro.

— Está louca mulher, cada cota vale no mínimo cinquenta euros. — Um dos acionistas fala.

– Engraçado a sua cota vale, mas a minha empresa não tem capacidade de seguir em frente, desculpe, mas estou confusa, minha empresa vale ou não vale? – Todos se entre olham, então ambos falam que a empresa não está valendo nada na bolsa de valores, alguns concordam, outros mantém-se em silêncio, mas se mantém falando que a empresa não valia nada, Sarah está muito irritada com as atitudes machistas e sem escrupulosos dos acionistas.

— Depois, mulher burra, vou desenhar para vocês. — Ela levanta-se, vai até a lousa e desenha uma empresa. Em seguida, desenha as cotas de cada um, explicando tudo sobre as ações da empresa e os contratos de cada um. No entanto, todos continuam a criticar, a chamar de ridícula, burra e muito mais. Eles não concordam com a sua teoria e a responsabilizam pelo vazamento da coleção. Ela estava frustrada, pois eles estavam na sala para atacá-la e fazê-la desistir, claro com o apoio do Enzo que quase não falou. Então Joseph entra e já senta em uma cadeira, como se fosse um rei.

— Boa noite, senhores, me chamo Joseph Martinelli, e vim a esta reunião ridícula de conselho para falar a vocês que eu sou o novo cooperador da empresa. E esta senhorita que os senhores estão massacrando é quem veio até mim, e os designs que ela me apresentou, são simplesmente perfeitos em todos os sentidos, na ideia, nos traços… a apresentação dela foi espetacular como ela. — Ele vira para a Sarah — Será uma grande hora trabalhar ao lado de uma mulher de garra como você. Então podemos finalizar esta reunião com a venda da cota de vocês, ou vão desistir de vendê-las? — Ele aguarda e ninguém fala nada — Bom, como ninguém falou nada, acredito que tenham desistido de vender suas cotas. — Todos os conselheiros continuam atônitos, processando o que acabaram de ouvir.

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