Short
Morri no Dia do Meu Casamento

Morri no Dia do Meu CasamentoPT

História Curta · Romance
Gugu  concluído
goodnovel4goodnovel
2
1 Classificação
8Capítulos
72leituras
Ler
Adicionado
Resumo
Índice

Como noiva de Anselmo Leal, fui trancada em um porão por dez dias e dez noites como punição, apenas para que ele pudesse vingar sua amiga de infância. Para piorar, ele cortou meu braço, e minha doença sanguínea impediu a coagulação. Sangrei até a morte. No dia do casamento, ele se irritou com minha ausência, sem imaginar que eu já não estava mais viva. Cego pela mentira de sua amada de infância, me acusou publicamente de traição, destruindo minha reputação e matando minha mãe de desgosto. Mas quando finalmente abriu os olhos e viu meu corpo pálido e ressequido, a insanidade o consumiu.

Ler mais

Último capítulo

Também vai gostar

Romances Relacionados

Livros interesantes do mesmo período

Comentários Digitalize o código para ler no App
user avatar
Flavia Braz
a mesma história dos outros livros
2025-03-31 04:23:38
0
8 chapters
capítulo 1
No dia do meu casamento com Anselmo Leal, eu morri.Como não apareci, ele, tomado pela fúria, casou-se com sua amiga de infância, Eliana Conde, e declarou diante de todos:— Clarissa Barros me traiu antes do casamento e decidiu fugir!Os boatos destruíram minha mãe. Ela não suportou e teve um infarto ali mesmo.Mas ele se esqueceu... Foi ele quem cortou meu braço para vingar Eliana, e me trancou no porão por dez dias.Supliquei de todas as formas, mas só ouvi sua frieza:— Fique aqui e sinta na pele o que fez Eliana sofrer! Talvez isso acabe com sua maldade!Mas quando ele finalmente encontrou meu corpo, devorado por vermes, enlouqueceu....— Onde está Clarissa? Ela morreu ali e não consegue mais se mexer?Minha consciência voltava quando ouvi o grito furioso de Anselmo.— Sr. Anselmo, procuramos por toda parte, mas não encontramos nenhum sinal da Srta. Clarissa... Será que aconteceu alguma coisa? — Seu assistente falou, hesitante.Anselmo ouviu e, num acesso de raiva, arremessou o co
Ler mais
capítulo 2
— Anselmo, o que vamos fazer agora? Tem tantos convidados lá fora!Eliana piscava seus grandes olhos inocentes, como se fosse um anjo puro e intocável.— A culpa é minha! Clarissa deve estar com raiva de mim, por isso não quis vir! Me perdoa, Anselmo!Assim que viu as lágrimas brilhando nos olhos dela, Anselmo imediatamente suavizou sua expressão.Ele a puxou delicadamente para seus braços, afagando seus longos cabelos.— Como isso poderia ser culpa sua? Clarissa não veio ao casamento porque preferiu se jogar nos braços de outro homem! A culpa é dela!Eliana choramingou em seu peito, como se carregasse o maior sofrimento do mundo.— Não chora, meu amor! Eu sei que você só está triste por mim... Mas aquela mulher desprezível nunca mereceu ser minha esposa!Ele usou as palavras mais cruéis que conseguiu para me descrever.E, como sempre, para ele, Eliana era pura, perfeita.Mas sua verdadeira face, sua malícia implacável, só eu conhecia.No dia em que fui provar meu vestido de noiva, foi
Ler mais
capítulo 3
Sob as luzes entrelaçadas, ela caminhava ao lado dele, parecendo o casal perfeito que todos invejavam.Ninguém percebeu que a noiva não era eu.Ninguém se importou com o meu paradeiro.Todos ali pareciam simplesmente aceitar que Eliana era a verdadeira esposa de Anselmo.Mas minha mãe percebeu que algo estava errado.Diante dos murmúrios do público, ela avançou, a voz firme e cortante:— Onde está Clarissa? Por que você trouxe essa mulher?!Todos os olhares se voltaram para ela.Eliana, fingindo preocupação, segurou a mão dela com doçura:— Senhora, Clarissa decidiu não vir ao casamento. Não foi culpa do Anselmo!Mas minha mãe não se deixou enganar.Imediatamente afastou a mão dela e cuspiu, furiosa:— Você! Você já armou tantas vezes contra minha filha! Dessa vez, o que fez para impedi-la de vir?! Fala logo! Onde está minha filha?!Seus olhos estavam vermelhos, a voz embargada pela angústia.Os convidados começaram a cochichar entre si.— Espera... Ela não era a noiva do Sr. Anselmo?
Ler mais
capítulo 4
Todos imediatamente cobriram o nariz e a boca, mas ainda assim, não conseguiram conter o impulso de engasgar.— Que fedor horrível! Parece que alguma coisa morreu aqui! — Eliana comentou, com visível repulsa.Anselmo apenas franziu o cenho e continuou avançando.O porão permanecia mergulhado na escuridão.Mas eu não sentia mais medo.O escuro nunca foi o verdadeiro monstro.O que realmente devia ser temido... eram as pessoas.Um feixe de luz entrou pela porta entreaberta, iluminando o chão.Eles caminharam lentamente até que o assistente acendeu a lâmpada do ambiente.A luz repentina fez Anselmo apertar os olhos.Já Eliana gritou no mesmo instante:— Ahhh!Ela tremia, apontando para algo próximo, fingindo estar apavorada.Mas sua farsa era óbvia.Seus lábios já estavam curvando em um sorriso discreto, difícil de conter.Anselmo seguiu a direção do dedo dela.E então, ficou paralisado.Como eu poderia não reconhecer meu próprio cadáver?Mas o que estava diante deles... já não parecia hu
Ler mais
capítulo 5
Ele apertou ainda mais minha mão.Mas, de repente, ele me soltou.Meu corpo cedeu e desabei no chão, respirando com dificuldade.— Anselmo, eu juro... Eu não fiz nada disso!Tentei segurar sua camisa, desesperada.Mas ele me afastou com um movimento brusco.— Clarissa, eu vou me casar com você. Mas não espere mais nada de mim.Dizendo isso, virou-se e saiu, batendo a porta com força.Me deixou ali, sozinha, no chão frio.A noite inteira.E justo naquele dia... era meu aniversário.Eu tinha preparado o jantar, acendido velas, comprado um bolo.Esperei por ele, ansiosa para celebrar um momento especial juntos.Mas ele destruiu tudo com uma única frase.E o que restou foi apenas a minha ilusão quebrada.Acreditei que nosso amor era suficiente.Mas bastou Eliana dizer uma palavra para toda a confiança entre nós ruir.Agora, olhando para trás, percebo que nem doeu tanto.Apenas uma leve pontada no peito.Talvez seja um bom sinal....— Sr. Anselmo, essa é a Srta. Clarissa! O corpo dela está
Ler mais
capítulo 6
PÁ!O bastão acertou minha cabeça com força.A dor foi instantânea. E então... tudo se apagou.Quando acordei, vi apenas um teto branco acima de mim.Tentei me levantar, mas uma mão firme me conteve.— Não se mexa! Sua ferida pode abrir! — Murilo disse, preocupado.Olhei ao redor e percebi que estava no hospital.Mas, de repente, a lembrança de Anselmo tomou conta de mim, e agarrei a manga da camisa de Murilo.— Anselmo... Ele está bem?Murilo suspirou, exasperado.— Ele está ótimo! Perfeitamente bem! Como você ainda se preocupa com esse cara?!Mas eu precisava vê-lo.Insisti até que Murilo me levou até a porta de um quarto.Foi só um olhar.E senti como se uma mão invisível apertasse meu coração com força.Pela fresta da porta, vi Anselmo sentado ao lado de uma cama.Acariciava o rosto de Eliana com uma ternura que eu nunca tinha recebido.E, com o maior dos cuidados, levava uma colher de mingau até a boca dela.A expressão em seu rosto era de puro amor.Mais uma vez, ele cravou uma f
Ler mais
capítulo 7
Murilo agarrou Anselmo pela gola da camisa, os olhos ardendo de fúria.— O que você fez com a Clarissa?! Onde ela está?! FALA!Mas Anselmo parecia petrificado, perdido em um pesadelo do qual não conseguia acordar.Murilo, tomado pela raiva, desferiu um soco direto em seu rosto.— A Clarissa quase morreu tentando te salvar, seu desgraçado! E você sequer perguntou por ela?! Você não passa de um maldito animal!Outro golpe.Anselmo caiu no chão com o impacto, olhando para Murilo, atordoado.— Quem me salvou... foi a Clarissa? Não... não pode ser. Não deveria ter sido a Eliana?Ele murmurou, como se não conseguisse acreditar.— O maior erro da vida da Clarissa foi ter cruzado o caminho de um lixo como você!Murilo se jogou sobre ele e começou a socá-lo, golpe após golpe, sem piedade.E Anselmo... não revidou.Não levantou as mãos para se defender.Simplesmente ficou ali, apanhando, como se não sentisse nada.Até que Murilo, exausto, parou.— Nunca mais apareça na minha frente!Com isso, Mu
Ler mais
capítulo 8
Eu também não entendia como tudo tinha chegado a esse ponto.Quando eu era pequena, minha mãe e eu nos mudamos para um porão úmido e apertado.Foi uma época difícil.Ela não podia me colocar na escola, então eu apenas espiava as aulas do lado de fora, sentada num galho de árvore próximo ao muro da escola.Um dia, me desequilibrei e caí.Fiquei ali, encolhida, chorando baixinho.Então, um garotinho da minha idade apareceu.Me ofereceu um doce, embrulhado num plástico transparente.— Não chora... Toma, come esse doce!Olhei para ele, fungando.Aquele caramelo parecia tão bom...Não resisti.Peguei o doce e, aos poucos, parei de chorar.Ficamos sentados ali por um tempo.Ele me contou histórias que eu nunca tinha ouvido.E, no final, segurou minha mão e me levou para casa.Na época, eu não sabia seu nome.Só guardei as letras bordadas na plaquinha do uniforme dele.Só muito tempo depois descobri que aquelas letras formavam um nome: Anselmo.Talvez, para ele, aquele dia não tenha significa
Ler mais
Digitalize o código para ler no App