Capítulo 4

Valeska Suhai

Dormi muito, estava mesmo precisando, depois de tantas emoções esse descanso foi merecido. Já são dez horas, vou me arrumar para ir encontrar as meninas na boate. Hoje quero me produzir, ficar bem bonita, como o abusado do Lipe diz, estou a fim de desencalhar, saciar o desejo que está me consumindo, esquecer o Misterioso e o Dylan. Nesses últimos dois dias estou me comportando como uma tarada, nunca me comportei assim por causa de nenhum homem e agora essa, ambos não saem dos meus pensamentos. Depois do Ricardo não me senti envolvida por mais ninguém, e agora estou com minha libido nas alturas por causa de dois deuses gregos, além de ser insano é muita pretensão minha, uma reles mortal.

Colocarei o vestido de grife que a Cat me deu, ele modela bem o meu corpo, deixa meus seios sobressaltados, marca minha cintura, sua saia é bem soltinha, tem o fundo branco com uma tímida estampa amarela.

— Isso aqui está cheio hoje.

— Não importa Val, eu só quero me acabar na pista, claro que ela não se importa, se tratando de Catarine, quanto mais cheio, melhor.

— Eu também, completa Raquel e Priscila.

— Então vamos, vocês sabem que amo dançar.

Me acabo de dançar com as meninas na pista, aos poucos os rapazes vão se chegando, mas nenhum me interessou, mesmo disposta a ficar com alguém, não consigo os tirar do meu pensamento. Dylan e o senhor Misterioso me estragaram para outros homens sem se quer terem me tocado.

Como sempre as meninas encontraram rapazes do seu interesse, cada uma está em um canto dançando com seus ficantes, para mim, agora o que importa é curtir a música, dançar como se não houvesse amanhã. Alguém me toca no mio das minhas costas, já ia ser truculenta quando me viro e vejo Ricardo, meu ex. Nos cumprimentamos com dois beijinhos no rosto, um de cada lado, conversamos um pouco. Notei que ele estava com más intenções, toda hora pega em meu braço, me desvencilho de suas investidas.

Ricardo e eu namoramos durante um ano, ele é primo da Catarine, terminamos sem problemas, da minha parte não havia mais sentimento. Continuamos a dançar e resolvo ser clara, para que ele não pense que quero algo com ele.

— Ricardo não vai rolar nada entre nós dois.

— Não entendo porque, você não namorou mais ninguém depois que terminamos.

— Isso não significa que quero voltar para você.

— Tem oito meses que nos separamos e pretendo continuar sozinha. Saio da pista um pouco chateada com as investidas dele, Ricardo está um pouco alcoolizado, não desiste e vem atrás de mim.

 Dilam Parker

As horas que antecederam antes de eu ir para a boate foram de muita ansiedade, nos meus pensamentos a imagem da Val e o desejo de a ver novamente. Quando disse a Raquel que tinha compromisso, foi sincero, meus sábados sempre se resumiram a sexo, não era muito de frequentar boates e sempre tinha uma boceta disponível para mim. Como CEO de uma grande empresa, trabalho muito e o sexo no final de semana me tira toda a tensão do estressante mundo empresarial. Hoje em especial não queria mais ninguém, meus pensamentos estão na Val, dispensei Joana com quem tinha marcado um encontro, meu foco é a bela negra, somente ela.

Na boate encontro alguns amigos e ficamos conversando, devido ao meu trabalho na Parker quase não tenho uma vida social, raramente saio para bater jogar conversa fora, meus encontros nos últimos anos em sua maioria, profissionais ou carnais, onde não cabe conversas aleatórias com pessoas que gosto. Os que mais tenho contato são Arthur, Robert e Paulo que são meus amigos desde a época da escola.

Há todo tempo meus olhos procuram pela Valeska. Saio do bar e vou até ao camarote na intenção de ter mais facilidade na minha busca.

Do camarote a vejo na pista, linda, seus cabelos soltos e a forma com que ela movimenta o corpo, exala sensualidade. Alguns rapazes estão entorno dela e das meninas, cada uma se envolve com um, ela dispensa os que tentam a sorte. Isso alivia minha tensão e me deixa contente, quero ser o único a tocar em seu corpo.

Val dança como só estivesse ela na pista, linda e sensual, não canso de a admirar, ao mesmo tempo, o ciúme me corrói de ver as investidas dos homens. Para minha sorte ela sempre recusa, creio que bem lá, no fundo, sente que é minha.

De repente um rapaz a pega pelo braço, ela vira como fosse bater no rapaz, faz uma expressão de surpresa e o cumprimenta com dois beijos no rosto. Aperto a grade do camarote com tanta raiva que meus dedos ficam brancos. Eles conversaram um pouco e então ela volta a dançar. O bastardo a todo momento dá um jeito de a tocar, não para com suas mãos bobas, minha vontade é de as cortar. A raiva vai crescendo dentro de mim, não estou me reconhecendo, nunca fiquei assim por causa de uma mulher, uma mulher que nunca nem se quer toquei.

Ela fala algo para o rapaz e sai furiosa da pista, ele a persegue, bastardo filho da... Soco a grade e desço rapidamente atrás deles, não posso os perder de vista. Passo igual um louco no meio da multidão os procurando, quando encontro me aproximo. Val está alterada e o canalha segura em seu braço, perco a cabeça e dou um soco no abusador que é tão alto quanto eu.

— Tire as mãos dela, grito.

Atordoada, Val diz o meu nome, olha para mim, para a merdinha no chão que prontamente se levanta e vem em minha direção. Digo-o para não encostar nela e deixo bem claro que ela é minha. Pego em sua cintura e a levo comigo.

Estou com a respiração alterada e ela assustada, chegamos a um canto da boate próximo ao banheiro, a encosto na parede, olho em seus olhos e a digo.

— Você é minha

A beijo com sofreguidão, ela corresponde prontamente com a mesma intensidade. Ficamos nos beijando até nos faltar o ar, estamos desesperados um pelo outro, muito tesão, acumulado. Minha ereção chega a doer de tão dura, sinto meu membro liberar pré gozo, estou precisando de alívio, mas tenho que me segurar, Val não é mulher de ir para cama na primeira noite.

Passo minha mão pelo seu seio enquanto a outra segura a sua nuca, a beijo. Desço minha mão e ponho por baixo do seu vestido, passo por cima da sua calcinha, sinto o tamanho da sua excitação, ela estava úmida.

Prontamente coloco meu dedo em seu clitóris por cima da calcinha, ela geme abafado com nossos lábios colados. Faço movimentos circulares, ela se contorce excitada, seus gemidos são manhosos, me deixam maluco. Afasto sua calcinha e introduzo o dedo em seu sexo. Ela está tão molhada que introduzo mais um. Faço movimento de vai e vem, sua carne macia engole meus dedos, imagino meu pau sendo engolido da mesma forma. Val geme ainda mais, nossa sorte é que o som alto impede que ouçam nossos sons de prazer, que se dane se ouvirem, bom que todos saibam que eu que a proporcionei tamanho, tesão. Ela goza e amolece em meus braços.

Sinto-me orgulhoso, quando minha menina derramou seu prazer disse meu nome, toda manhosa. Estou quase gozando nas calças, essa cena, os seus gemidos, seu corpo entregue, é fodidamente perfeito. A beijo com ternura, nunca fui dado a essas coisas, porém, com ela, sinto a necessidade de ter algo mais. Val me olha com um misto de tesão, preocupação e vergonha, passo a mão em seu rosto e pergunto o que está acontecendo.

— Estou com vergonha.

— De que, deusa, sou homem e você uma mulher linda, qual é o problema?

— Não te conheço Dylan, o que acabamos de fazer nunca fiz antes com ninguém, com meu ex levei mais de um mês até ter intimidade. Ainda mais em um lugar como esse, público. Que vergonha, eleva suas mãos ao seu rosto, sem me olhar sai correndo, sigo-a sem pensar duas vezes.

— Val, Val, espera, a chamo, ela não para, saiu da boate, pago a conta e a procuro do lado de fora.

— Calma deusa, espera. Envolvo meus braços em sua cintura, a fazendo parar. O que aconteceu foi resultado da atração que sentimos um pelo outro, não se preocupe, ninguém viu nada além de um casal dando um amasso.

— Nós não somos um casal.

— Val será que você ainda não entendeu que eu te quero e você me quer?

— Dylan preciso pensar, está tudo muito confuso para mim, me dá um tempo.

— Então olha nos meus olhos e diz que não me deseja.

— É claro que te desejo, você acabou de ter a prova, ela diz envergonhada, mas preciso refletir um pouco, depois nos falamos.

— Como?  Eu não sei seu telefone, não sei onde mora. Ela me observa, não sei o que se passa em sua cabeça. — Deixa-me te levar, está tarde.

— Dylan, Val, está tudo bem?

—Oi Pri, Dylan quer me levar em casa, mas prefiro ir sozinha.

— Isso está fora de questão, já é tarde, se não quiser ir com ele, te levo.

— Não precisa, não quero atrapalhar o seu encontro. Val diz isso porque a Priscila está com o cara que conheceu na boate.

— Está decidido, vou te levar e não aceito recusas.

— Obrigada Dylan. — Por nada Priscila.

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