Um amigo? (II)

- Lembro de ter ouvido quando você chegou a pergunta se foi daqui que pediram “amigo” – o encarei – Pedi amigo e recebi um inimigo?

- Não sou seu inimigo. Pelo contrário, sou mais que seu amigo. Sou seu padrinho, alguém que zela por você e a ama. E quando sugeri que fizesse uma viagem para distrair-se não pensei que iria mudar toda sua vida por conta de um homem.

- Não é um homem qualquer... É o homem que eu amo, entende?

- Theo fugiu de você.

- Mas... Ele me ama. – Enruguei a testa.

- Não duvido disto. Ainda assim, precisa se colocar em primeiro lugar. Se você não se amar, ninguém vai amá-la, entendeu?

- Eu me amo.

- Não, não se ama. Você passou a vida mudando tudo em si mesma... Para se parecer com Bárbara. Por mais que tente fugir da realidade, Salma é sua mãe biológica. Se ela agiu errado? Agiu. Se a família dela é praticamente um bando de criminosos desclassificados? Sim, são. Só será você mesma quando se aceitar, Maria Lua. Retire sua máscara, aceite-se como realmente é. Ame-se
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