Minha doce Mia
Capítulo 2 – Uma obra do destino
James Carter
Depois do meu primeiro encontro com Mia, que se resumiu em eu correndo para fora do quarto por não aguentar vê-la daquele jeito e saber que, de certo modo, eu fui o culpado, me exilei no meu quarto pela noite inteira.
Eu tramei todo um acidente para que Dylan sumisse da nossa vida, no entanto, queria que Mia tivesse os mínimos danos possíveis. Pensei milimétricamente em um plano, eu sabia dos riscos, mas decidi arriscá-lo mesmo assim. Eu já estava preparado para lidar com todo o sofrimento de vê-la sofrer pela perda do outro. Já tinha me preparado para dar o suporte necessário a ela.
Mas eu não estava preparado para perdê-la.
Abrir a porta e encontrar seu olhar vago para mim foi dilacerante. Mais dilacerante ainda foi a culpa que gritava sem parar dentro da minha cabeça.
Eu precisava pensar... E foi só pela madrugada que eu consegui olhar tudo por uma nova perspectiva.
Tudo isso foi obra do destino. Uma obra do destino colaborando para que eu e Mia finalmente tenhamos a nossa chance. A chance de sermos felizes juntos. Agora, ao invés de viver o luto por Dylan, ela poderá ter a alegria de gerar o filho que será nosso.
Finalmente é como se Dylan nunca tivesse existido.
Eu, Mia e o bebê seremos uma família. Eu serei para eles tudo o que eles precisam. Seremos felizes, isso é certo.
— Olá, Dr. Edwin... — Cumprimento o médico assim que o vejo na porta de Mia.
— Olá, Sr. Carter! Está se sentindo melhor? — Ele olha para o buquê de flores e os balões na minha mão.
— Me desculpa, eu me senti um pouco mal... Na verdade, eu e Mia éramos noivos. Brigamos antes do acidente, ela não estava bem para dirigir e tudo aconteceu. — Minto enquanto passo a mão pelo meu rosto. — Saber do nosso filho e vê-la daquele jeito me deixou muito mal, culpado, sabe?
— Lamento, filho. — Ele parece se compadecer da ideia. — Eu realmente sinto muito. Mas olha, você precisa reconquistá-la e ajuda-la nessa fase tão difícil. Ela vai precisar muito de você nesse processo de recuperação.
— É por isso que estou aqui, doutor. — Sorrio fraco. — Por ela, pelo nosso filho.
— Fico feliz, rapaz. — Sorri e aponta para a porta. — Ela estava conversando com a terapeuta. — Olhamos pela janela e conseguimos ver Mia enxugando algumas lágrimas. — Ela está muito bem, apesar da perda de memória. Acredito que amanhã pela manhã você consiga levá-la embora. O que acha?
— Ficarei muito feliz, doutor. — Sorrio para o médico.
A porta do quarto de Mia se abre e eu vejo sair de lá a psicóloga de Mia.
— Dr. Edwin, ela se nega a falar. — Dra. Simons, como leio em seu jaleco, diz em frente a Henry que me olha rapidamente.
— Esse é Sr. Carter, noivo de Mia. Acredito que ele ajudará a moça bastante nesse processo de recuperação.
— Posso vê-la? — Pergunto e Edwin não demora a abrir a porta para mim. Ele abre a porta e logo consigo ver Mia sentada na cama com o olhar vago.
Seu rosto hoje parece menos pálido, seus lábios estão um pouco mais rosados e seus cabelos penteados em uma perfeita trança que recai sobre o seu ombro.
— Mia? Minha querida, tudo bem? — Edwin entra no quarto e eu o acompanho com as flores e os balões. Mia desvia o seu olhar do nada e encara seu médico que anda até a ponta da cama dela onde apoia as mãos.
— Estou bem. — Ela diz com sua doce voz. Seu olhar logo recai sobre mim e consigo ver seu cenho franzir por estranhar a minha presença. — Esse é o homem que veio aqui ontem e saiu correndo. — Seus olhos, antes secos, agora brilham. Não por felicidade, mas pelas lágrimas que surgem neles.
Vê-la chorar é a minha fraqueza.
— Sou eu mesmo, meu amor... — Tomo a liberdade de caminhar até ela e sentar-me ao lado de sua perna na cama. — Sou James, seu noivo... — Ofereço-lhe as rosas vermelhas que trouxe.
Os olhos castanhos e curiosos de Mia analisam milimetricamente as flores antes que suas mãos as peguem e levem ao nariz.
— Eu gostava de flores? — Pergunta enquanto absorve o cheiro das mesmas.
— Vou deixá-los a sós. — Dr. Edwin diz ao se afastar.
— Obrigado, Doutor. — Digo e me levanto para colocar os balões flutuantes sobre as mesas. — Amava. — Respondo Mia e sorrio ao lembrar-me da paixão que Mia sempre teve pelas flores. — Ama. — Me corrijo. — Sempre amou. — Declaro e sorrio quando vejo um sorriso tímido em seus lábios.
— Obrigada. — Ela fala e seu olhar me encara. — Éramos mesmo noivos?
— Sim... — Digo enquanto me levanto para deixar os balões perto da janela. — Também trouxe balões... Não sabia muito o que trazer para o nosso filho. — Coço a cabeça e sorrio enquanto caminho de volta para a cama... — Foi uma surpresa...
— Por que foi embora daquele jeito ontem? — Mia ignora minha última fala e abaixa seu olhar para o seu colo onde, acaricia a barriga de forma protetora. A mulher que eu amo nem parece notar seu gesto maternal, mas o faz e é lindo.
— Antes de tudo acontecer, tínhamos brigado. — Pego uma de suas mãos e entrelaço nossos dedos. — De certa forma, me senti culpado. Te ver assim, saber do nosso filho... Foi difícil para mim. — Levo sua mão até meus lábios e deposito ali um beijo. — E eu quero pedir perdão por não ter ficado ontem.
— Tudo bem. — Diz seca e puxa sua mão da minha. — Por que brigamos? — Persiste em perguntar.
Seu olhar é desconfiado, mas eu a entendo. Se fosse eu, também questionaria muitas coisas.
— Ciúmes, meu amor. Você sentiu ciúmes e nós brigamos. — Tento sorrir a fim de disfarçar minha mentira. — Foram ciúmes bobos. Você pegou o carro e, bom, você sabe. — Paro de falar a fim de não a fazer sofrer.
Na verdade, desejo poupar a mim mesmo. Mentir sob o olhar de Mia está sendo mais difícil que o imaginado por mim.
— James, nos amávamos? — Pergunta.
— Muito, meu amor. Eu sou completamente apaixonado por você. Sempre fui... — Encaro-a no fundo dos seus olhos e espero que ela consiga ver a sinceridade que veste cada uma das minhas palavras em tal declaração.
— Eu me sinto estranha. — Sua mão repousa sobre a minha perna e minha noiva suspira aparentando estar exausta. Não demora muito para que eu veja lágrimas enfeitarem seus olhos novamente. — Eu não sei quem eu sou. Não consigo sentir nada por você, muito menos por esse filho que carrego dentro de mim.
As lágrimas descem pelo seu rosto, mas Mia não demora para enxuga-las.
— Eu estou com medo, James. Medo de nunca mais saber quem eu sou, medo de não ser uma boa mãe... Eu nem sei se queria esse filho, James! — Meu nome soa agudo com a sua voz ao demonstrar agonia.
Mia desaba diante de mim. Tudo o que eu consigo pensar em fazer é abraça-la forte. Seus braços me agarram com necessidade. Sua cabeça repousa no meu peito onde ela derrama lágrimas incontroláveis.
— Eu estou aqui, meu amor... — Digo enquanto afago sua cabeça e suas costas em forma de consolo. — Eu te amo e jamais te deixarei sozinha. — Continuo a dizer. — Olha, esse filho é tudo o que queríamos, sabe? — Digo e sinto uma breve pausa em seu choro. — Meus pais foram péssimos. Seus pais também, então tudo o que sempre sonhamos era formar uma família e ser os pais que nunca tivemos. — Declaro.
Meus pais realmente sempre foram horríveis. Digo o mesmo dos pais de Mia, já que eles tiveram a coragem de renegar a própria filha por causa da escolha que ela fez sobre a vida amorosa. Eu nunca desejei um filho, mas sempre desejei uma vida ao lado de Mia, então, se a vida está me proporcionando formar uma família ao lado dela, eu serei o melhor marido e o melhor pai.
Por Mia. Sempre por ela.
— Verdade? — Mia solta meu corpo e se afasta de mim lentamente a fim de me encarar. Seus olhos castanhos cor-de-mel, agora vermelhos, me encaram com uma certa curiosidade. — Você sempre quis uma menininha. — Sorrio de lado lembrando, me das vezes que Mia brincava com as crianças do orfanato em que fazia trabalho voluntário durante sua faculdade. Liz seria o nome dela...
— E se fosse menino? — Se ajeita sob a cama e encolhe as pernas abraçando-as e colocando o queixo sobre os joelhos.
— Jayden... Você me deixou escolher esse. — Declaro e tiro uma mecha da franja de Mia do olho dela. — Significa agradecido. Era o nome do meu avô. — Sorrio. — Ele era incrível. — Pisco meu olho para ela que sorri.
— É estranho falar sobre isso... — Ela ri. — É como se eu estivesse falando sobre meu filho com um estranho. Mas, por favor, não me leve a mal. — Diz e vejo suas bochechas ficarem vermelhas.
— Eu entendo, meu amor. — Coloco minha mão sobre as de Mia que se estremece brevemente com o meu toque. — Vamos com calma. Pouco a pouco você vai se sentindo mais à vontade.
— O doutor disse que é possível que eu tenha alta amanhã. — Ela revela com o olhar cabisbaixo.
— Isso mesmo. — Confirmo.
— Eu tenho uma casa?
— Moramos juntos em uma casa lá em Malibu, bem na beira da praia. — Informo com cautela. — Suas coisas estão te esperando lá em casa, meu amor. Acredito que sua recuperação vai ser bem melhor lá em casa.
— Ok... — Seu olhar recai novamente, é como se ela estivesse triste com a notícia.
— Não quer ir para casa? — Pergunto tentando controlar minha decepção por vê-la assim.
— Desculpe-me, James. É que é tudo estranho demais. De repente eu acordo, estou grávida, descubro que tenho um noivo, que moramos juntos à beira da praia... — Ela lista as coisas e parece realmente confusa com tudo. — E eu só conseguia nem lembrar do meu nome, muito mal, aliás. Nada contra você. Você parece realmente ser um cara legal, que me amava...
— Que te ama. — A corrijo. — Você não morreu, meu amor. Você está aqui comigo. — Pego em sua mão e deixo mais um beijo ali.
— Ok. — Ela diz depois de puxar a mão da minha novamente. — Tudo só é novo e estranho.
— Eu entendo perfeitamente você estranhar tudo isso, tudo bem? — A encaro com paciência. — E você pode acreditar que eu serei o noivo mais paciente do mundo.
— Não te julgo se quiser correr. — Ela sorri tímida e dá de ombros ao declarar a própria ideia.
— Eu não vou a lugar algum. — Ela pode não saber, mas é uma promessa. — Temos uma longa história, meu amor, eu lutei demais por nós e eu não vou te deixar sozinha nessa. Vamos superar tudo juntos, vamos ser felizes!
— E se eu nunca mais conseguir recuperar a minha memória? E se eu nunca mais for a sua Mia? Por que, eu não sei você, mas eu me sinto uma completa estranha!
— Você ainda é a minha Mia. — Digo segurando seu queixo e fazendo-a me olhar nos olhos. — A minha doce Mia...
Minha doce MiaCapítulo 3 - O amor tudo suportaJames CarterPara a chegada de Mia, tudo precisava estar perfeito. Espalhei pela casa algumas fotos que tínhamos juntos, sem Dylan, e acomodei as coisas dela no meu quarto que, agora, seria o nosso quarto. Porém, tratei de me mudar temporariamente para um dos quartos de hóspedes, pois eu sei que ela ainda não se sentirá à vontade com a ideia de dormir junto com um estranho.Ficar com Mia ontem e escutá-la só fez crescer em mim a ideia de que teremos um caminho difícil pela frente, no entanto, eu a amo demais para desistir. Seguirei em frente com tudo para garantir que ficaremos juntos. Eu não tirei Dylan do nosso caminho à toa.Mia é a mulher da minha vida, a minha escolha e eu vou honrá-la até o meu último suspiro.— Jay? Filho, quando conhecerei a sua noiva, meu anjo? — Louise, a governanta que me criou, aparece na sala com uma bandeja de café da manhã em mãos. — Vi que não comeu o que eu deixei ontem para você. — Coloca sobre o meu co
Minha doce MiaCapítulo 4 - Azul James CarterMeu celular toca e eu desperto dos meus pensamentos enquanto arrumo mais alguns detalhes na casa. Comprei tintas, telas, cadernos de desenhos, lápis, entre outras coisas que Mia gostava de fazer. Acredito que seja bom para ela no processo de se sentir mais perto de seu verdadeiro eu. Tiro o aparelho do meu bolso e sorrio ao ver o nome de Henry Edwin.— Doutor, tudo bem? — Pergunto assim que atendo.— Olá, James! Só estou passando para informar que Mia acordou muito disposta hoje e eu estava imaginando que posso dar alta para ela. O que acha?— Uma maravilha, doutor! — Deixo de lado alguns materiais e vou até a varanda com o telefone ainda no ouvido.A tarde está ensolarada, a maré está cheia e as ondas furiosas. A brisa fresca permite-me fechar os olhos e sorrir por finalmente sentir que tudo finalmente está tomando o devido rumo.— Posso ir buscá-la? — Pergunto sentindo a brisa fria tocar meu rosto sorridente.— Sim. Venha quando puder
Minha Doce Mia Capítulo 5 – Lar James Carter — A gente mora aqui? — Mia ficou encantada desde que começou a escutar o barulho do mar unido ao som das gaivotas. Quando me viu estacionar com vista para a praia, ela ficou ainda mais admirada. — Nós moramos aqui, amor. — Saio do carro e abro a porta do carro para que ela saia. — Você veio morar comigo algumas semanas antes do acidente. Digamos que aqui é o seu lugar preferido no mundo. Quando Mia chegou a Malibu, se encantou com todos os detalhes possíveis, mas quando chegou aqui em casa, ela se apaixonou ainda mais. Acordar e ficar olhando para o mar por alguns minutos, era o seu ritual matinal. Ela também amava admirar o céu noturno estrelado... Costumava muito fazer isso à noite quando ficava agarrada a Dylan enquanto eu o invejava de longe. Ele tinha sorte por tê-la. Tinha sorte de ter o amor tão puro de uma mulher tão incrível, linda e doce. — Uau, aqui é lindo! — Diz enquanto tenta dividir sua atenção entre os degraus que subi
Mia sempre amou pintar e expor suas telas, mas deixou tudo de lado quando decidiu vir para Malibu com Dylan. Ele não tinha nada, não teria futuro nenhum e não se importou quando ela deixou tudo que construiu de lado por ele. Mia poderia facilmente ter conquistado o mundo com seu talento, mas preferiu desistir de tudo por ele. — E eu não trabalho mais? — Pergunta e eu consigo ver seu olhar triste voltar para o seu rosto. — Podemos ver isso futuramente... Se você quiser, pode se recuperar, voltar a pintar e aí a gente procura por alguma galeria que aceite expor suas telas. O que acha? Amar é isso, apoiar o outro em suas paixões. Minha Doce Mia, se você pudesse ver o quanto eu te amo! — Ok... — É tudo o que ela fala antes de sair da minha frente e se colocar ao meu lado novamente. — Vamos lá? — Pergunta me encarando. — Essa é uma sala de tv aqui de cima. — Falo para Mia apontando para a ampla sala do segundo andar. — Lá embaixo tem mais uma sala de estar com tv, essa é a daqui de cim
Minha Doce Mia Capítulo 6 – Perdendo o sono James Carter Logo depois da janta que Louise fez questão de preparar para nós, Mia sentiu-se enjoada, passou mal mais uma vez e decidiu ir dormir antes que eu a levasse novamente para o hospital. Lou me tranquilizou falando que grávidas são assim mesmo e que eu poderia deixá-la dormir um pouco a fim de que ela se sentisse melhor. Só consegui ficar em paz quando vi o semblante sereno da mulher a dormir ao meu lado. Só então eu consegui levantar-me da cama dela e começar a trabalhar. Com tudo o que aconteceu, há alguns dias eu não vou ao escritório oficial e tenho me restringido a trabalhar em casa por pouquíssimas horas. Transformar a casa em um lar para Mia, levou tempo de mim. Tempo e concentração, já que, eu só conseguia pensar nela. Então agora, cada minuto em frente ao computador estudando processos, é precioso. Quando finalmente consigo desligar a tela do computador e dar fim à noite de trabalhos, me assusto quando vejo a hora no m
Minha Doce Mia Capítulo 7 – Um beijo memorável Mia Smith O relógio do criado-mudo sinaliza que são 6:59 da manhã, então eu poupo-o do trabalho de me despertar já que o sono não me abraçou por mais uma noite. Levanto-me da cama e encaro o meu reflexo no grande espelho do quarto. Meu cabelo está desgrenhado, minhas olheiras cada dia mais aparentes e o olhar vazio ainda está ali. Eu ainda me sinto estranha o suficiente para não querer me olhar no espelho por mais de três segundos, sendo assim, ignoro o reflexo da mulher que não conhece a si mesma e me preocupo em abrir as cortinas da suíte. O barulho do mar furioso se une com o barulho das gaivotas e me faz sorrir com a perfeita harmonia praiana. Quando a brisa do mar toca o meu rosto, forço-me a sorrir com seu delicado toque. — É, filho... Bom dia. — Toco minha barriga e converso com o filho que carrego em meu ventre. — Aqui parece um bom lugar para recomeçar. Às vezes eu me culpo por me sentir tão estranha, sendo que eu tenho mot
Seus olhos castanhos escuros brilham para mim. Brilham ao mesmo tempo em que ele sorri e desvia o olhar de mim para Louise, como se estivesse se certificando de que não estou a contar-lhe uma mentira. — Volto antes do almoço para almoçarmos juntos. — Entrelaça nossos dedos e beija a minha mão. — Tudo bem. — Sorrio. O toque do celular de James quebra o silêncio recém instaurado à mesa e faz com que meu noivo se levante e limpe sua boca com o guardanapo de pano antes de atender o aparelho. — Amo vocês. — São as últimas palavras de James antes de deixar um beijo sobre a minha testa e acenar para Louise. — O trabalho o chama. — Louise brinca e me faz sorrir. — Ele trabalha muito? — Pergunto despejando mel sobre meu morango e devorando a fruta melada. — Há alguns meses... — A senhora se delicia com biscoitos e um aromático chá. — Antes de ir para Chicago, ele não passava de um surfista que só se preocupava em gastar a herança dos pais. — Ri no final da declaração. — Mas, desde que vo
Minha Doce MiaCapítulo 8 – Um guerreiro3 semanas depois...James CarterUma vez, há muito tempo, eu beijei Mia. Foi o nosso primeiro e único beijo até algumas semanas atrás. Foi muito antes de eu saber que ela e meu melhor amigo já se conheciam e estavam saindo juntos. Foi dias depois de eu começar a conversar com ela no Central Park. Em um encontro, e foi incrível. Como em uma cena clássica de filmes de romance. Era inverno, nosso encontro já estava chegando ao fim, trocamos sorrisos e, eu fui tomado por uma onda de adrenalina que me impulsionou em direção à boca da mulher que não me negou naquele momento.Seus lábios ainda tinham o gosto do vinho que desfrutamos durante o jantar. Suas pequenas mãos repousaram sobre o meu ombro, enquanto as minhas sustentavam seu corpo ao segurar sua fina cintura. E durante todo o beijo eu só conseguia pensar que eu finalmente tinha encontrado a mulher da minha vida.Mas as coisas mudaram drasticamente alguns dias depois... Dylan arruinou tudo. De