Thomás Caputo, é o CEO da Connessione incorporata. O próprio é um homem poderoso, bem-sucedido e insuportavelmente dominante.
O italiano de 37 anos, com 1.98 de altura, ombros largos e de físico em forma, é dono de uma personalidade egocêntrica devido a uma grande perda e desde então preferiu enxergar somente a si do que as diversas possibilidades à sua frente.
Por ser dono de uma beleza imensurável, mesmo tendo marcas profundas em sua pele e na alma, trajado de uma boa vestimenta pode ter a mulher que quiser em sua cama, mas não é com sentimentos que isso acontece, pois seu único objetivo é puramente carnal.
Thomás é estoico tanto na vida profissional quanto pessoal. Ele é organizado, sabe lidar com os problemas caóticos a sua volta com muita serenidade e raros são os momentos em que demonstra suas emoções.
Só que isso não significa que seja imune e todo seu controle vai pelo ralo quando uma mulher entra em sua vida trazendo à tona certas lembranças.
Cibele Floros é uma jovem de 23 anos que acaba de finalizar sua faculdade em gestão empresarial e obviamente está a procura do seu lugar ao sol, mas sua vida vira de cabeça para baixo quando descobre que seu noivo estava mantendo um relacionamento às escondidas com sua suposta melhor amiga.
Decidida a largar tudo para trás e seguir em frente, já que nada a prendia na Grécia, pegou suas economias e partiu em busca do seu sonho sentido a Itália.
Em Florença, ela conseguiu uma oportunidade de trabalhar com o CEO de uma grande corporação empresarial, onde será sua assistente pessoal e acreditou que tudo estava perfeito, mas dois meses depois seu mundo colidiu com uma nova realidade, que por uma fração de segundos tirou essa jovem mulher do eixo.
Sentindo-se perdida, assim como sozinha, suas atitudes acaba mexendo profundamente com o viúvo que tem atualmente chamado de chefe e sem perceber ela vai quebrando sua armadura e quando Thomás se dá conta, Cibele já preencheu o grande vazio que tinha em sua vida.
Prologo
DOIS ANOS ATRÁS | FLORENÇA/ITÁLIA
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— Thomás, acorda! — Rose me sacudia insistentemente — Se não levantar, irei sozinha à última consulta, está me ouvindo?
— Calma! — pedi, porque sabia faltarem duas horas para o horário marcado, mas minha amada esposa é totalmente o oposto de mim e vive agitada pela casa quando o assunto é nossa filha — Vem cá, deita aqui!
— Não! Vamos Thom, a essa hora o trânsito de Florença está um caos, em falar nessas ruas estreitas que sempre me causam estresse — reclamou, contudo, sabe que não vai adiantar essa euforia toda comigo.
— Respira, amor. Moramos quase ao lado do hospital e se formos a pé serão dez minutos de caminhada. — sabendo que não tem argumento que me faça sair da cama às 5h da manhã, se juntou a mim e pude fechar meus olhos novamente.
— Estou ansiosa, só isso! — justificou-se e me virei para beijá-la brevemente — Para! Sua calmaria me deixa com inveja
Achei graça da sua voz manhosa e para não vê-la chorar, me levantei e segui para a cozinha, pois estou com fome e como minha sombra ela veio junto comigo.
— Independente do que fizer para você, faça para mim também! — peguei uma vasilha com comida e coloquei para esquentar — É sério que vai comer o jantar de ontem?
— Sim! — dei a ela uma curta resposta, pois estou procurando por pratos — Se não quiser como tudo sozinho. Estou cheio de fome.
— É óbvio que vou — confirmou o que eu já sabia, enquanto se acomodava na pequena mesa da cozinha — Thom, como será com as coisas da empresa? Quero dizer, depois do nascimento da Matilda terei que fazer tudo sozinha junto com a babá? Digo, sem você?
— Sei que me encontro um pouco ausente, mas estou tentando adiantar o máximo de pendências da empresa para que Thiago possa cuidar das coisas para mim, enquanto me dedico a vocês aqui em casa!
Esclareci tirando o pote recém aquecido do micro-ondas e levando para mesa.
— Pode ficar despreocupada, não passará por tudo isso sozinha. Também sou pai da Matilda e executarei o meu papel, meu amor.
— Tudo bem, só não quero te ver saindo 5h da manhã e chegando em casa 11h da noite. Ontem a gente nem se viu e quando acordei já estava dormindo. — concordo sem reclamar, visto que estou fazendo o possível para não sobrecarregar meu irmão.
Nos servi e obviamente que coloquei mais para mim, ontem passei o dia inteiro com um café e um pedaço de bolo no estômago.
— Vem cá, você sabe que estou grávida, né? E digo mais, da sua filha! — achei graça da sua cara de pau de pegar o meu prato.
Como estou em casa na parte da manhã, não reclamei e me acomodei em minha cadeira para matar minha fome. Durante a refeição, só se ouvia os barulhos de talheres agredindo o fundo do prato.
Obviamente que finalizei primeiro, beijei sua cabeça e fui colocar o prato na pia. Como sabia que pediria água, já me adiantei, bebi e peguei um pouco para ela. Voltei a me sentar e uma sensação estranha me atingiu, como se algo ruim fosse acontecer.
Neguei com a cabeça de modo a afastar qualquer negatividade e fiquei admirando-a comer tranquilamente. Os minutos foram passando e às seis decidimos tomar um banho.
— Não dormi bem essa noite. — seu desabafo me chamou a atenção — Estou com medo, Thomás… Já tem alguns dias que venho sentindo um temor muito grande, tanto que passei boa parte da madrugada te admirando dormir.
Permaneci em silêncio, pois sentia que ela queria falar algo mais e simplesmente aguardei o seu tempo.
— Será que nossa menina está bem? — afirmei que sim — deve ser só ansiedade, não é mesmo?
— Claro que sim, querida! Sua gestação não teve nenhuma complicação e fizemos o acompanhamento do pré-natal certinho. Tenho total certeza que seu parto será perfeito, Matilda virar ao mundo repleta de saúde para ser amada e protegida por nós.
Puxei-a para dentro dos meus braços e juntei nossos lábios tentando lhe passar um pouco de tranquilidade.
— Acredito que não deve pensar em nada negativo, sabe que não faz bem para você e nem a nossa princesinha.
— Eu sei, mas é algo maior do que eu — alisei sua imensa barriga de oito meses.
Pela primeira vez em 12 anos de relacionamento, optei por não dizer o que realmente estou sentindo. — Medo!
Ao finalizar, ajudei a colocar suas roupas e prontamente vesti as minhas. Depois dessa conversa durante o banho tomei a decisão de não trabalhar hoje, visto que é visível que Rose não se encontra bem.
— Estou sentindo muita dor nos pés, esse inchaço está acabando comigo, mesmo que o hospital seja aqui próximo, prefiro ir de carro — neguei com a cabeça —, por favor, Thom! Não aguento andar 500 metros.
— Suzan disse que deve caminhar, Rosemere!
— Por que me chamou por meu nome? Está brigando comigo? Chamando a minha atenção ou me repreendendo? — disse que sim para todos os sinônimos citados — Está decidido, você vai a pé, eu vou de carro!
— Ok! Você venceu — concordei, pois não sou maluco de deixá-la dirigir com essa barriga imensa — Vamos!
Cuidadosamente tirei as chaves da sua mão e entrelacei nossos dedos. Moramos no centro de Florença. Comprei os dois últimos andares de um prédio muito bem localizado e como não possuímos elevador, calmamente descemos os quatro lances de escada.
— Nossa, que vento frio! — foi ela a reclamar da brisa gélida que nos atingiu — O céu está tão azul, não entendo que vento é esse!
— Estamos no outono, querida. O céu azul não significa nada. Sabe que a temperatura aqui nessa época do ano é muito oscilante, tem hora que faz calor, como também faz frio. Bom, vamos nos adiantar. — apoiei minha mão em suas costas e dei um leve toque para que continuasse andando.
— Estou ansiosa para ver a nossa menina! — declarou no segundo em que me juntei a ela no carro — Logo você se tornará CEO e vamos nos mudar daqui, Dionísio me estressa, repetindo a mesma música o dia todo! Já sei cantar a mesma e me pego cantarolando ela quando ele não está escutando.
— Por falar nele! — exclamei vendo o próprio seguir para seu carro mais adiante — Vamos deixar nosso vizinho com sua música favorita em paz! Sabe do porquê dele a ouvir demasiadamente, então só aceite!
— Você tem rasão.
Girei a chave e não sei explicar ao certo o que aconteceu. Lembro-me que a última coisa que ouvi foi um estrondo muito alto seguido de um calor insuportável.
Thomás CaputoTEMPOS ATUAIS | FLORENÇA/ITÁLIA · • • • • • • · ·Acordei no horário habitual e segui para tomar um banho rápido, pois preciso malhar um pouco antes de ir para casa do meu pai. — Tenho que arrumar uma nova assistente. A última conseguiu me tirar do sério e olha que não costumo me estressar. — grunhi seguindo para minha academia pessoal.Meu telefone tocou e vi ser Dionísio.— Thom! Acorda, porra!— O que você quer me ligando às 6h da manhã? — questionei seguindo para a porta, porque sei que está atrás da mesma.— Malhar! Hoje é de lei meu amigo, ninguém mandou me acostumar mal. — gargalhei da sua cara de pau de vir malhar na minha casa todos os sábados — Anda!Abri a porta e dei de cara com ele, que tem uma xícara de café na mão e me ofereceu com um sorriso cínico no rosto. — Pagamento! — aceitei, pois minha empregada só trabalha de segunda a sexta — E aí? Já comprou o presente do Tierry?— Claro, mesmo que seu aniversário seja só segunda, já me antecipei. — comparti
Thomás CaputoCASA DO TIERRY CAPUTO | 11:00 · • • • • • • · ·Estacionei na casa do meu pai e Thiago veio me abordar na entrada.— Thom, o que aconteceu? — levantei os ombros, pois acabei de chegar e não faço ideia do que esteja falando.— Não sou adivinho, de que se refere? — ele revirou os olhos por responder sua pergunta com outra e para não estragar meu sábado com as baboseiras dele, continuei seguindo meu caminho. — Outra assistente? — Ah! Isso? Bom, não se preocupe, já consegui uma — tentei sair, mas segurou meu braço —, me solta! Sabe que não gosto dessa aproximação.— Desculpa! — me soltou e ficou na minha frente me impedindo de entrar na casa — Quem é? Digo, pegou alguma, de outro setor? — Isso não é da sua conta! — esclareci, pois ele tem uma mania muito feia de ficar xeretando minha área — As que arrumou só me deram trabalho, agora me dá licença. Tentei mais uma vez e me impediu. Respirei fundo, pois ia passar a todo custo, mas minha visão foi além e vi meu pai.— Cri
DIA SEGUINTE | ATENAS/GRÉCIA · • • • • • • · ·Ontem tive uma noite inesquecível com Érico e um casal de amigos, saímos para jantar e conversamos sobre nosso casamento que acontecerá daqui a dois meses. Girei na cama e admirei seu semblante calmo, dormindo ao meu lado.Olhei as horas no telefone dele e algo me chamou atenção. Uma mensagem junto a um coraçãozinho. O estranho é que quem mandou foi seu colega da faculdade, Daniel. Respirei fundo, pois fui tomada pela curiosidade e abri a mensagem.Ontem 19:00 Nos vemos outro dia. Sairei com a Belle hoje!Hoje 07:40❤️Vamos nos ver hoje? Estou com saudades!Liguei para o Dani, porque tenho certeza que mandou mensagem para o número errado e não perderei a oportunidade de fazer uma piada com ele, já que estávamos juntos ontem e ele jurou que não era apaixonado pela namorada, assim que ela saiu para ir ao banheiro.— Já chegou em casa? — a voz da Melissa entrou na linha — Descansa que hoje é minha vez de dormir contigo. Agora estou indo l
Cibele FlorosCASA DA ANTONELLA | 09:00 · • • • • • • · ·Liguei para avisar que estava na frente do seu prédio e minha entrada foi liberada.Segui suas instruções e fui até o quinto andar, quando as portas do elevador foram abertas, ela estava à minha espera.— O que aconteceu? — cautelosa como sempre, veio me dar um abraço.— Descobri que meu noivo é um filho da puta e a pessoa que acreditei ser minha amiga é uma vadia desgraçada. — resumi o máximo que pude. — Bom, vamos falar de possibilidades, o que me diz? — concordei sendo guiada para seu apartamento luxuoso demais para uma professora de faculdade pública — Vamos à cozinha que prepararei um chá.Durante o preparo da bebida, colocou uns biscoitinhos que derretem na boca e duas xícaras vazias na mesa.— Vamos falar do futuro, depois você me conta o motivo desses olhos vermelhos. — veio com uma chaleira fumegante e se sentou à minha frente — Meu irmão do meio, Thomás, está a procura de uma assistente pessoal, estou proibida de fa
Cibele FlorosCASA DA CIBELE | 16:00 · • • • • • • · ·Acordei com o despertador e fui tomar um banho, quando finalizei o barulho de uma mensagem apitou no meu telefone e fui ver quem é e era Antonella.Hoje 16:00 Vem para minha casa, sairemos juntas daqui. - AntonellaOk, Já estou pronta, chego aí em 30 minutos - CibeleVem de táxi, deste modo seu carro não fica na rua. - AntonellaBoa ideia, obrigada e até logo. - CibeleLarguei o celular e terminei de me arrumar. Faltavam 40 minutos, me sentei na minha pequena sala e puxei pela memória todas as lembranças que vivi aqui junto ao Érico e a peçonhenta, da Melissa. — Vou colocar essa casa à venda assim que me estabilizar na Itália, não quero sequer lembrar que já vivi um amor aqui nesse lugar — murmurei deixando algumas lágrimas rolarem — Adeus, Atenas!Peguei minhas malas e fui para o elevador. Passei na portaria para avisar que estou indo embora e que em alguns meses volto para buscar meu carro e colocar meu apartamento à venda.
Cibele FlorosFLORENÇA/ITÁLIA | 19:00 · • • • • • • · ·— Seja bem-vinda, Cibele. — o meu novo senhorio me cumprimentou. Me despedi brevemente da Antonella com a certeza de que nos veremos amanhã na empresa, a própria falou que faz questão de estar presente quando eu iniciar o trabalho.— Até amanhã, vou te passar o endereço direitinho por mensagem — fiquei de acordo —, por favor, não se atrase, tem que deixar uma boa impressão no primeiro dia. Thomás é extremamente chato com isso e se tem uma coisa que não atura é atrasos.— Pode deixar! Amanhã às 7 estarei na porta da empresa. — fiquei admirando o carro ganhar velocidade nas ruas de Florença e quando sumiu de vista me voltei para o senhor à minha frente.— Vamos, vou te ajudar a subir com as suas malas. — agradeci e juntos fomos para o elevador — Espero que goste. Até tenho um apartamento todo mobiliado, mas já foi alugado.— Não se preocupe, logo estarei mobiliando esse aqui, muito obrigada por me ajudar. — peguei meu telefone
Thomás CaputoSEGUNDA-FEIRA | 06:00 · • • • • • • · ·Despertei no meu horário habitual e rapidamente mandei uma mensagem de feliz aniversário para o meu pai e confirmei a minha presença para o jantar. Hoje tenho duas reuniões muito importantes, se não fosse isso partiria para sua casa agora mesmo. Ontem fui a um baile beneficente e acabei saindo de lá com uma mulher muito bonita e por opção dela, fui para sua casa, porque não queria ser vista entrando em um motel. Não discuti, o desejo que rolou entre a gente foi maior que qualquer objeção.— A noite estava propicia para um sexo bem gostoso, mas assim como as outras, essa não diferiu e fez a mesma pergunta. — respirei fundo me recordando do fim de noite corriqueiro — o questionamento é sempre o mesmo: por que você não tirou a roupa? Para não pensar na parte frustrante do fim da noite de ontem, segui para o banheiro e me despi.— É por isso que não tiro o caralho da roupa na frente de ninguém! — exclamei trocando minha prótese —
Thomás Caputo Connessione incorporata | 08:00 · • • • • • • · ·Enumerei todas as minhas prioridades como me sugeriu e foquei em tentar recuperar o contrato do meu drive. Cibele não me pediu ajuda em nenhum momento demonstrando ter muita confiança e isso me deixou desconfiado. Acredito que esteja fingindo estar trabalhando, visto que é impossível alguém no primeiro dia de trabalho conseguir dominar tão bem suas funções em um território totalmente novo.— Bom dia! — suspendi o olhar e vi Thiago parado na minha porta. O que me incomodou um pouco, porque seu olhar caiu sobre Cibele e não foi de um jeito comum, conheço muito bem o meu irmão e esse sorrisinho ridículo me diz muita coisa— Posso ajudar em alguma coisa? — ela se levantou e foi atendê-lo na porta, acabei tendo a mesma atitude e me juntei a eles — o Sr. Caputo está resolvendo algumas pendências que exigem muito do seu tempo, se eu puder te ajudar fique à vontade e diga o motivo da sua visita. — Desejo um café, tome aqui —