— 22/08/2023 — Dias atuais — Gregory Davis
A luz do sol invade o quarto, despertando-me de um sono profundo. Com um bocejo, passo a mão pela cama, buscando por Selene, mas a superfície está vazia. Uma irritação momentânea surge em mim. Onde ela se meteu desta vez? Levanto-me com um resmungo, os pés tocando o chão frio. Desço as escadas, esfregando os olhos sonolentos. A casa está quieta, mas o cheiro tentador vindo da cozinha indica que ela está por perto. Não deveria me surpreender. Selene faz isso de vez em quando, dorme aqui. Eu, claro, finjo que não gosto, mas a verdade é que adoro acordar e encontrá-la ao meu lado. Ao chegar à cozinha, a visão de Selene mexendo nas panelas me faz esquecer momentaneamente minha irritação matinal. Seus cabelos desalinhados caem sobre os ombros, e o aroma do café fresco preenche o ambiente. — Não acredito que já acordou, Gregory! — ela exclama, virando-se com um sorriso travesso. Minha expressão se suaviza ao abraçá-la por trás, envolvendo-a com os braços. — Você sabe que detesto acordar sozinho. — Faço manha, mesmo sabendo que ela entende o jogo. — Desculpe, meu caro. Acordei com fome, e não quis te incomodar. — Ela pisca, e eu não posso deixar de sorrir. Selene é a única pessoa capaz de quebrar minha carranca matinal. A irritação se dissipa conforme a sensação de tê-la perto toma conta de mim. O café pode esperar; abraçar Selene é a melhor maneira de começar o dia. — Já disse que gosto de acordar e ver você lá. — Esfrego meu rosto em suas costas e suspiro. — Meu Deus, homem, que drama! Você está precisando de uma mulher. A provocação dela me faz rir, e eu aperto o abraço. — Pois saiba que estou pensando seriamente nisso. Que tal a mulher que está cozinhando para mim agora? — E quem disse que essa mulher está cozinhando para você? — Selene retruca com um sorriso malicioso. — Ah, meu erro. Estou presumindo demais. — Solto-a e faço uma expressão pensativa. — Talvez ela esteja cozinhando para um hóspede indesejado. Selene ri, e eu a vejo revirar os olhos de brincadeira. — Ou talvez ela esteja apenas aproveitando a chance de me mostrar suas habilidades culinárias incríveis. — Bom, se for isso, ela está desperdiçando seus talentos. — Brinco, observando-a voltar a atenção para o fogão. — Não se preocupe, Gregory. Se eu não cozinhasse para você, quem mais o faria? Faço uma pausa dramática, colocando a mão no peito. — Estou destinado a morrer de fome sem você, Selene. Ela ri novamente, e o som preenche a cozinha, dissipando qualquer resquício de irritação que possa ter existido minutos antes. Selene sempre tem o dom de tornar até a manhã mais mal-humorada em algo especial. Enquanto Selene continua a preparar o café da manhã, eu a observo com um misto de admiração e gratidão. Cinco anos se passaram desde aquele momento em que a vi pela primeira vez no evento social. Cinco anos de amizade, risadas compartilhadas, desafios superados e momentos que moldaram a conexão entre nós. Durante esse tempo, nossas vidas se entrelaçaram de maneiras que eu nunca poderia ter imaginado naquela noite. Tornamo-nos melhores amigos muito próximos. Recordo-me dos primeiros passos desajeitados dessa amizade, das conversas que duravam a noite toda, das risadas compartilhadas nos momentos mais simples. Selene se tornou uma parte indispensável da minha vida, e eu, sem dúvida, me tornei uma parte fundamental da dela. Enquanto observo Selene cozinhar, penso nos planos que fiz há cinco anos, naquelas ideias malucas que passaram pela minha mente enquanto imaginava um futuro ao seu lado. O plano era simples, mas cheio de esperanças e anseios. E, surpreendentemente, muitos desses planos tornaram-se realidade. Começamos a nos aproximar aos poucos, como eu havia imaginado. Nos tornamos confidentes, compartilhando nossos segredos mais profundos e apoiando-nos mutuamente em todas as fases da vida. Os sentimentos evoluíram, mas de uma forma que nunca poderia ter previsto. Ao longo desses anos, Selene se tornou não apenas minha melhor amiga, mas uma peça fundamental no quebra-cabeça da minha vida. Ela desafiou minhas ideias preconcebidas, me inspirou a ser uma versão melhor de mim mesmo e, acima de tudo, preencheu meu mundo com uma alegria que eu nunca soube que estava faltando. E quanto ao plano de fazê-la se apaixonar loucamente por mim, bem, isso é algo que ainda está em andamento. E olha que eu não escondo o meu amor, a minha paixão, a minha obsessão, o meu ciúmes quando qualquer homem se aproxima dela. A cada olhar, a cada toque, eu deixo claro o que sinto. Não há espaço para sutilezas quando se trata do que Selene significa para mim. Meu coração b**e mais forte toda vez que ela está por perto, e a simples ideia de perdê-la para alguém é o suficiente para despertar um ciúme que eu nem sempre consigo controlar. Mas meu Deus, essa mulher parece não notar o quanto eu a desejo. Seus olhos não captam a intensidade do meu amor, ou talvez ela esteja escolhendo não enxergar. Às vezes, acho que sou transparente demais, que cada olhar meu grita o que as palavras não dizem. Eu me pergunto se ela percebe a maneira como meu corpo reage na presença dela, a eletricidade que percorre minha pele quando nossas mãos se tocam. Será que ela sente o calor do meu olhar quando a observo de longe, admirando cada detalhe que a torna única? Talvez eu precise ser mais ousado, mais direto em minhas intenções. Mas há algo assustador em revelar tão abertamente o que se esconde no âmago do meu ser. E se ela não corresponder ao que sinto? E se essa amizade, que é a base de tudo, se desfizer diante das palavras não ditas? Enquanto esses questionamentos ecoam na minha mente, continuo a admirá-la, a desejar que ela perceba a paixão que queima dentro de mim. Porque, no final das contas, é ela quem domina meus pensamentos, quem habita meus sonhos, e não consigo mais imaginar minha vida sem a presença constante dessa mulher incrível. Enquanto Selene termina de preparar o café da manhã, eu a abraço por trás, apertando-a todinha. — Bebê, cê tá me sufocando! — Ela diz rindo. O calor do seu corpo se encaixa perfeitamente nos meus braços, e eu aproveito cada segundo desse abraço. O som da sua risada é música para os meus ouvidos, e não há nada que eu ame mais do que ouvir essa melodia. — Desculpa, não resisti. Você está tão irresistível de manhã. — Dou um beijo suave no topo da sua cabeça, sentindo o perfume do shampoo que ela usa. Ela se vira para mim, ainda sorrindo, e eu me perco por um momento na profundidade dos seus olhos. Como é possível que ela não perceba o quanto eu a desejo? Talvez eu precise ser mais claro, mais direto, mas o medo de estragar essa amizade tão preciosa ainda me segura. — Gregory, você é um bobo apaixonado, sabia? — Ela cutuca meu lado com um sorriso brincalhão. — E você é a única que não percebe o efeito que tem sobre mim. — Dou de ombros, tentando disfarçar a seriedade da minha confissão com um sorriso. Selene franze a testa, como se estivesse processando minhas palavras. — Vamos comer? Me ajuda a arrumar as coisas na mesa. — Ela diz se afastando dos meus braços. Sentamo-nos para o café da manhã, e enquanto Selene mergulha na conversa, meu olhar se perde nela. Cinco anos de amizade intensa, de momentos compartilhados e segredos trocados. Cada risada, cada lágrima, tudo isso construiu um vínculo tão profundo que às vezes chego a me perguntar se é possível ir além da amizade. Ela é a peça central do meu universo, o sol que ilumina até os dias mais sombrios. — Então, qual seus planos para hoje? Acho bom ter algo em, afinal deixei meu final de semana de farra para passar com você. — Ela diz cortando um frango no meu prato. Adoro quando ela cuida de mim. — Bem, pensei em preparar algo especial em casa. Um jantar, talvez. O que acha? — Parece uma ótima ideia, Greg. E depois do jantar? — Bem, depois do jantar... pensei em assistir a um filme. Na verdade, a gente poderia passar a madrugada vendo filmes. — Respondo, tentando manter a naturalidade, mesmo que minha mente esteja a mil por hora. — Uuuuu sim, sim, sim! Devíamos maratonar a saga crepúsculo! — Ela diz com animação para ver essa saga horrorosa. — Aí sério? — Digo fazendo uma careta. — Uau, maratona Crepúsculo, hein? Estou dentro! Prepare-se para ouvir todos os meus comentários sobre como o Edward é um gostoso. — Ela diz e ri. — Não entendo todo esse tesão nesse vampiro gay! — Digo sentindo o ciúmes em meu peito. Selene ri da minha expressão enquanto terminamos o café da manhã. — Ah, Greg, você é hilário! Mas, sério, eu assisti a esses filmes quando era adolescente. Vai ser divertido revisitar esse mundo. — Ela dá de ombros, ignorando completamente meu comentário ciumento sobre o vampiro fictício. — Como quiser, Selene. Só espero que você esteja preparada para ouvir meus comentários sobre como a trama é ridícula. — Brinco, tentando esconder a pitada de ciúmes em minhas palavras. — Não seja tão dramático! — Não estou sendo, só é muito ruim mesmo! — Ruim é você! — Ela diz jogando o guardanapo em mim e saindo da mesa com o prato dela. Eu gargalho, levantando-me para ir atrás dela na cozinha. A encontro lavando os pratos, e a abraço por trás, envolvendo seu corpo com meus braços. — Não fica bravinha, meu amor. Só estou brincando. Você sabe que sou o maior fã do seu gosto peculiar para filmes. — Sussurro em seu ouvido, sentindo a suavidade de sua pele contra a minha. Ela vira para me encarar, os olhos brilhando com uma mistura de diversão e carinho. — Você é impossível, Gregory. — Ela acaricia meu rosto, e meu coração parece dar cambalhotas dentro do peito. — A propósito, estou pensando em um plano para o próximo final de semana. — Digo, mudando de assunto enquanto mantenho o abraço. — Um plano? Com licença, senhor Davis. Está achando que pode me alugar em todos os finais de semanas é? — Não posso? — Não, meu amigo. Não pode! — Minhas mais sinceras desculpas, senhora Selene. Não era minha intenção monopolizar todos os seus finais de semana. Aceito a reprimenda e prometo ser mais comedido nos meus planos futuros. Ela ri novamente e balança a cabeça. — Você é ridículo, sabia? — Sim, mas sou ridículo por você. Selene sorri, e o brilho em seus olhos é o suficiente para iluminar meu dia.Ao voltar da loja com duas garrafas de vinho, o aroma delicioso de pipoca feita em casa enche a sala. Selene está concentrada na cozinha, mexendo uma panela cheia de pipocas estourando. Seus cabelos caem delicadamente sobre os ombros, e a luz suave da cozinha realça sua beleza.— Hum, algo cheira incrível por aqui. — Digo, entrando e me aproximando.Selene olha para cima, um sorriso contagiante iluminando seu rosto.— Gregory! Que bom que voltou. Estava começando a ficar entediada sozinha na cozinha.— E eu estava começando a sentir sua falta. O que está fazendo?— Pipoca e doces para a maratona crepúsculo. Afinal, você precisa de alguma coisa para acompanhar o vinho, não é?— Você é a melhor, sabia? — Digo, roubando um pedaço de pipoca diretamente da panela.— Ei, isso é roubo! — Selene protesta, mas seus olhos brilham de diversão.— Roubo ou não, está delicioso. Você realmente sabe como animar uma noite.Enquanto Selene termina de preparar a pipoca, pego a garrafa de vinho e abro, s
Acordei novamente, só, e a irritação se espalhou em mim como um fogo. Já estava ficando cansado de começar o dia sem a presença reconfortante de Selene ao meu lado. Levantei da cama cheio de raiva, pronto para descer e descontar minha frustração em qualquer coisa.Ao me aproximar da sala, vozes animadas e risadas enchiam o ambiente. A curiosidade superou minha raiva, e quando entrei na sala, deparei-me com Selene, Gael e Ebony na minha sala.— O que diabos está acontecendo aqui? — soltei, uma mistura de surpresa e indignação na voz.Selene virou-se para mim com um sorriso travesso estampado no rosto.— Bom dia, dorminhoco. — Bony diz e meu irmão ri. — Viemos te visitar, maninho. — Gael diz.— Essa hora da manhã? Vocês têm filhos porra.— Relaxe, Greg. Ebony fez alguns muffins deliciosos. — Selene disse, apontando para a mesa cheia de guloseimas.Ainda meio atordoado, esbocei um sorriso. Talvez a irritação da manhã pudesse ser dissipada por um café forte e a companhia inesperada de mi
— 13/09/2023 — Gregory Davis Caramba, hoje foi um dia daqueles no escritório. Estou estressado até o último fio de cabelo. Essa reunião com os sócios não podia ter sido pior. As divergências estavam tão evidentes que era possível cortar o clima com uma faca.Não entendo como as coisas chegaram a esse ponto. Todos nós começamos esse projeto com a mesma visão e objetivo, mas ao longo do tempo, as prioridades e estratégias foram se desviando. Resultado? Uma sala de reuniões cheia de egos inflados e ninguém disposto a ceder.Brigar com sócios é como brigar com a própria sombra. Você se cansa, mas ela nunca deixa de estar lá, te seguindo em todos os lugares. Hoje, porém, eu não estava com paciência para diplomacia. Algumas verdades precisavam ser ditas, mesmo que doessem.Sentei-me em minha ampla mesa, as linhas de expressão marcando minha testa enquanto analisava os relatórios financeiros da empresa. O estresse e a tensão pairavam no ar, e eu podia sentir a pressão aumentando a cada minu
— 15/09/2023 — Gregory DavisAo entrar na casa da minha mãe, o cheiro acolhedor de comida caseira preenchia o ar. A sala estava iluminada, e risadas vindas da cozinha indicavam que a noite prometia ser agradável.— Greg, finalmente! — Meu irmão, Gael, exclamou, levantando-se do sofá onde conversava com Ebony, sua esposa.— Ei, maninho! — Ebony acenou com um sorriso caloroso.As crianças, Kai e Adrian, correram em minha direção, seus rostos iluminados de alegria.— Tio Greg! — Kai gritou, abraçando minhas pernas.— Oi, pequenos! — Sorri ao me abaixar para abraçá-los.Minha mãe, com um sorriso afetuoso, apareceu na entrada da cozinha.— Greg, que bom que chegou! Estávamos ansiosos por sua presença.— Oi, mãe. Oi, Elaine. — Cumprimentei minha prima, que estava ajudando na cozinha.— Greg, querido! — Minha mãe me abraçou ternamente.— Mãe, precisa de ajuda na cozinha? — Ofereci, olhando ao redor.Ela sorriu, agradecida.— Claro, querido. Pode cortar esses vegetais para a salada, por favor
Selene e eu fomos para a sala, e para criar um clima mais aconchegante, peguei um edredom e fechei as cortinas para dar uma amenizada na luz da rua.Enquanto eu arrumava as coisas, Selene observava com um sorriso gentil. Quando tudo estava no lugar, me juntei a ela no sofá, pronto para curtir a noite.— Agora sim, podemos relaxar um pouco. — Comentei, me jogando no sofá. Minhas mãos ainda latejavam um pouco, mas Selene já tinha feito um bom trabalho cuidando delas.Ela se sentou ao meu lado, e eu a puxei suavemente para mais perto, nos cobrindo com o edredom. Olhei nos olhos dela, um brilho de gratidão misturado com cansaço.— Fica aqui comigo, Sel. A noite ainda é longa, e eu adoraria ter você por perto. — Falei, meio manhoso.— Claro, Greg. — Ela respondeu. — Ainda está cedo, fico aqui umas horinhas.Enquanto relaxávamos no aconchego do sofá, não pude deixar de sussurrar, meio implorando:— Fica aqui comigo a noite toda, por favor. Vai ser mais fácil dormir com você ao meu lado.Sel
— 18/09/2023 — Selene Adentrei a casa dos meus pais com um misto de saudade e ansiedade. O ambiente, repleto de lembranças calorosas, contrastava com a inquietação que me trouxera até ali. "Mamãe? Papai?" chamei, minha voz ecoando pelos corredores. A casa, cheia de recordações, parecia mais silenciosa do que nunca.Meu coração deu um salto ao vê-los lá, imersos em um cenário de tranquilidade. Mamãe relaxava em uma espreguiçadeira, folheando um livro, enquanto papai nadava de um lado para o outro, fazendo braçadas suaves na água cintilante.— Mamãe, papai! — chamei, um sorriso aliviado aparecendo em meu rosto.Mamãe ergueu os olhos do livro, um sorriso se formando ao me ver.— Selene, querida! Você veio nos visitar. — Ela acenou animadamente.Papai interrompeu sua natação e saiu da piscina, a água escorrendo pelo corpo bronzeado.— Filha, como vai? — Ele me abraçou, uma expressão calorosa em seu rosto.— Eu estava preocupada, não atendiam o telefone. Aconteceu algo? — perguntei, preoc
Saí da casa dos meus pais com o coração cheio de boas vibrações. A tarde tinha sido daquelas que renovam a alma, sabe? O sol se despedindo no horizonte, a sensação de pertencimento àquele lugar especial. Enquanto dirigia, relembrava as risadas compartilhadas e os momentos que aquecem o peito.No banco do passageiro, meu telefone começou a vibrar. Atendi e logo reconheci a voz empolgada da Ebony.— Sel, amiga! Como foi o rolê em família?— Incrível, Eb. Churrasco à beira da piscina, histórias engraçadas, daqueles momentos que a gente quer guardar num potinho.— Awn, que delícia! E aí, topa um jantar? Descobri um restaurante italiano novo.A proposta dela me animou. A ideia de encerrar o dia com uma boa comida e uma conversa descontraída era irresistível.— Com certeza, Eb! Estou dentro. Vamos matar essa vontade de massa italiana.Combinei de nos encontrarmos no restaurante, desliguei o telefone e segui pelas ruas, grata pelos amigos que transformam dias comuns em pequenas aventuras. A
— 03/10/2023 — Gregory DavisAcordei animado com a manhã ensolarada. O cheiro do café invadia a cozinha enquanto eu me dirigia até lá. Selene estava prestes a aparecer, então resolvi preparar um café da manhã especial para nós.A cafeteira fazia aquele som característico, e eu observava as torradas dourando na torradeira. Sabia que Selene amava um café forte e pão quente de manhã. Detalhes assim faziam parte do nosso ritual matinal.Peguei a geleia de morango, a favorita dela, e coloquei em um potinho. Morangos frescos da geladeira completavam o cenário. Queria que cada detalhe fosse perfeito, afinal, era nossa rotina especial.Enquanto arrumava a mesa, lembrava das muitas manhãs que Selene e eu compartilhamos. A risada dela enchia a casa, tornando tudo mais aconchegante. Era engraçado como pequenas tradições como essa podiam se tornar tão significativas.Com tudo pronto, ouvi a batida suave na porta. Sabia que era Selene antes mesmo de abrir. Quando ela entrou, seu sorriso iluminou o