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— 15/09/2023 — Gregory Davis

Ao entrar na casa da minha mãe, o cheiro acolhedor de comida caseira preenchia o ar. A sala estava iluminada, e risadas vindas da cozinha indicavam que a noite prometia ser agradável.

— Greg, finalmente! — Meu irmão, Gael, exclamou, levantando-se do sofá onde conversava com Ebony, sua esposa.

— Ei, maninho! — Ebony acenou com um sorriso caloroso.

As crianças, Kai e Adrian, correram em minha direção, seus rostos iluminados de alegria.

— Tio Greg! — Kai gritou, abraçando minhas pernas.

— Oi, pequenos! — Sorri ao me abaixar para abraçá-los.

Minha mãe, com um sorriso afetuoso, apareceu na entrada da cozinha.

— Greg, que bom que chegou! Estávamos ansiosos por sua presença.

— Oi, mãe. Oi, Elaine. — Cumprimentei minha prima, que estava ajudando na cozinha.

— Greg, querido! — Minha mãe me abraçou ternamente.

— Mãe, precisa de ajuda na cozinha? — Ofereci, olhando ao redor.

Ela sorriu, agradecida.

— Claro, querido. Pode cortar esses vegetais para a salada, por favor?

Assenti e me juntei a Elaine na bancada, onde ela já estava preparando alguns pratos.

— Oi, primo! — Elaine acenou com um sorriso. — Sua mãe estava reclamando que você está trabalhando demais. Como anda a vida?

— Corrida, como sempre. — Respondi enquanto começava a cortar os vegetais. — Mas hoje é um alívio estar aqui com todos vocês.

Elaine riu.

— Bem, você merece uma pausa. A vida é mais do que trabalho, sabia? Você realmente precisa relaxar, Greg. — Ela disse, com um toque suave no ombro. — Sabe, talvez seja hora de tirar uns dias de folga.

— Pode ser uma boa ideia. — Admiti, sentindo o peso da exaustão. — Vou pensar nisso.

Após a agitação na cozinha, nos dirigimos à mesa de jantar. O aroma delicioso da comida caseira preenchia o ambiente, criando uma atmosfera acolhedora e familiar. Cada prato foi colocado estrategicamente, e todos se acomodaram ao redor da mesa.

Gael levantou seu copo, propondo um brinde.

— À família e aos momentos que compartilhamos! — Ele sorriu, e todos seguiram o brinde, expressando palavras de concordância.

Durante o jantar, as conversas fluíam, misturando risadas, histórias antigas e novidades do dia a dia. Meu sobrinho Adrian, com seus olhos curiosos, fazia perguntas sobre meu trabalho, enquanto Kai, o mais novo, compartilhava suas últimas aventuras na escola.

— Na escola, a professora passou um trabalho legal. Posso te contar, tio Greg?

— Claro, Kai, estou curioso.

— Tio Greg, a professora mandou a gente escrever sobre nossa pessoa favorita. Eu escolhi você! — Ele diz, radiante.

Todos na mesa sorriem, e eu, genuinamente tocado, olho para Kai.

— Sério, Kai? Por que escolheu o tio Greg?

Ele acena com a cabeça.

— Porque você é o único que me escuta quando falo de dinossauros o dia inteiro. E você me ensinou a fazer panquecas!

— Isso é incrível, Kai! Fico honrado por ser sua pessoa favorita. Dinossauros e panquecas são uma combinação imbatível, não é mesmo? — Digo, rindo.

— E você, Adrian, qual foi o tema do seu trabalho? — Pergunto ao sobrinho mais velho.

Adrian, um pouco mais tímido, responde:

— Escolhi a mamãe. Falei sobre como ela é a melhor cozinheira do mundo.

Ebony, sua mãe, solta uma risada.

— Essa é uma ótima escolha, Adrian. Estou muito feliz, meu amor. E você, Gael, quem escolheria? — Pergunta com um sorriso sacana no rosto.

Gael ri antes de responder:

— Eu escolheria a minha Bony. O motivo? Ela é a melhor parceira de crime que eu poderia ter.

Ebony e Gael trocam olhares cúmplices, e o clima leve e descontraído da noite continua.

Após um jantar alegre e descontraído, nos encontramos na sala, aproveitando os momentos finais antes das despedidas. Elaine se levanta para ir embora, lançando um sorriso caloroso para todos.

— Foi ótimo estar com vocês, como sempre. Precisamos fazer isso mais vezes. — Elaine diz enquanto se despede.

— Com certeza! — responde minha mãe, abraçando Elaine. — Cuide-se, minha querida.

Ebony, com um brilho travesso nos olhos, se aproxima de mim.

— E aí, Greg, o que acha de uma noite na balada? Gael está chamando, e os meninos vão dormir aqui. E Selene estará lá. — Ela diz com uma voz sugestiva.

Olho para Gael, que acena com a cabeça animadamente.

— Ah, uma noite na balada parece uma ótima ideia. Vamos nessa! — Respondo, com vontade de ver a minha Deusa.

— Vou para casa com Gael para nos arrumarmos. Nos encontramos lá na balada, tudo bem?

— Certo! Vou me arrumar também e ligar para Selene, para ver se ela quer que eu a busque.

Enquanto Ebony e Gael se preparam para a noite agitada, sigo para casa empolgado. A ideia de uma balada com Selene e amigos parece um ótimo plano para quebrar a rotina estressante. Ao chegar em casa, tomo um banho rápido e escolho uma roupa adequada para a ocasião.

Com o telefone em mãos, ligo para Selene, esperando que ela esteja igualmente animada para a noite que se desenha à frente. O telefone toca algumas vezes antes de ela atender.

— Alô? — Sua voz suave ecoa do outro lado da linha.

— Hey, Sel! Está animada para a balada? Ebony e Gael estão indo se arrumar agora. Eles vão nos encontrar lá. Quer que eu passe aí para te pegar? — Pergunto, sorrindo com a expectativa do que a noite nos reserva.

— Oi, amore. Não precisa se incomodar em me buscar. Vou direto para lá e nos encontramos. Estou terminando de me arrumar. — Ela responde com entusiasmo.

— Tudo bem, Sel. Mal posso esperar para te ver lá. Vamos nos divertir muito. Até já! — Desligo o telefone, deixando o sorriso se espalhar em meu rosto.

Terminando de me arrumar, saio de casa e me encaminho para a balada. A noite promete ser animada, e a expectativa de encontrar Selene só aumenta a empolgação. Chegando ao local, sinto a energia pulsante da música e das luzes, indicando que a diversão está prestes a começar. Entro no local e vou direto para nossa área VIP, já encontrando Gael e Ebony lá.

— Ué, a Selene não veio com você? — Ebony perguntando quando me sento.

— Não, ela preferiu ir direto e nos encontrar aqui. Ela está animada para a noite. Tenho certeza de que ela não vai demorar. — Respondo, observando a pista de dança se encher aos poucos.

Gael, com um sorriso malicioso, cutuca meu ombro.

— Ansioso para ver a Selene, hein, irmão? — Ele comenta, rindo.

— Claro, ela sempre faz a noite ficar mais interessante. — Respondo, também rindo. A expectativa só aumenta.

O ambiente pulsante da balada parecia diminuir de intensidade quando vi Selene adentrar o local. Seu vestido preto era uma obra de arte, abraçando cada uma de suas curvas de maneira irresistível. A elegância do tecido contrastava com a sensualidade daquele que o vestia, e a visão dela fez meu coração bater descompassado.

Ela caminhava em minha direção com uma confiança que só ela tinha, e eu, sem conseguir desviar os olhos, senti uma onda de calor percorrer meu corpo. O vestido tinha um decote generoso que, apesar de despertar a inveja de muitos, me causava um ciúme latente. Mostrava mais do que eu gostaria, e a visão de seus seios bem delineados era um desafio ao autocontrole.

— Você está deslumbrante, Sel. Esse vestido... — Minha voz saiu um pouco rouca, e eu lutei para recuperar a compostura. — Realmente destaca todas as suas curvas.

Ela sorriu, ciente do efeito que causava.

— Obrigada, amor. Gostou da escolha? — Perguntou, dando uma volta para exibir melhor o vestido.

— Gostei, claro. Só... não precisava mostrar tanto, não acha? — Murmurei, tentando soar casual, mas a pontada de ciúmes era evidente em minha voz.

Ela riu, colocando uma mão carinhosa em meu braço.

— É um vestido, Greg. Apenas um vestido.

— Eu sei..., mas para quê mostrar todo esse copinho gostoso? — Digo puxando-a pela cintura. — Os abutres daqui vão ficar em cima de você.

— Graças a Deus, quero beijar muita boca hoje.

Selene riu, achando graça na minha expressão ciumenta. A verdade é que eu não podia culpá-la; ela estava deslumbrante e sabia disso.

— Ciumento, né? Relaxa, amor. É só um vestido. — Ela provocou, brincando com uma mecha do meu cabelo.

— Eu sei, eu sei. Só não estou acostumado a ver todos olhando para a minha mulher assim. — Respondi, tentando manter o bom humor.

— Sua mulher? Só nos seus sonhos, queridinho. — Diz se afastando e indo para o colo de Ebony, a abraçando.

A certa altura, enquanto estávamos próximos ao bar, Selene se aproximou e sussurrou em meu ouvido:

— Está se divertindo, meu ciumento?

Sorri, abraçando-a pela cintura.

— Muito. Ainda bem que você é minha... nos meus sonhos, como você disse.

Enquanto Selene e eu aproveitávamos a proximidade no bar, Ebony se aproximou animada.

— Ei, Sel, vamos dançar! Essa música é incrível. — Ebony sugeriu, puxando Selene pela mão.

Selene sorriu para mim antes de seguir Ebony em direção à pista de dança. Eu as observei dançando animadamente, perdendo-me na visão da mulher incrível que um dia será minha.

Gael, que estava aproveitando a noite comigo, sugeriu:

— Que tal voltarmos lá para cima?

Concordei, deixando a pista de dança para trás e retornando à área reservada. O ambiente lá era mais tranquilo, permitindo-nos conversar e relaxar enquanto observávamos o movimento da balada.

Gael e eu continuamos observando, enquanto Selene e Ebony se entregavam à música na pista de dança. As luzes coloridas dançavam ao ritmo da batida, destacando suas silhuetas graciosas. Por um tempo, perdemos a visão delas entre a multidão animada.

— Essas duas são fogo! Precisamos ficar de olho. — Gael comentou, rindo enquanto continuávamos a observar.

Concordei com um aceno de cabeça, apreciando a alegria contagiante delas. Um tempo depois, Ebony voltou sozinha da pista de dança, com um sorriso animado no rosto.

— E aí, gente? Curtindo a noite? — Ela perguntou, pegando um dos drinks na mesa.

— Claro, foi uma ótima ideia vir para cá. — Respondi, enquanto Gael assentia.

— Selene ainda está lá na pista de dança, aproveitando ao máximo. Vocês decidiram encerrar a noite ou vão esperar mais um pouco? — Ebony perguntou.

Gael e eu trocamos olhares, ponderando a sugestão.

— Acho que vou lá ver como a Sel está se divertindo. — Comentei, levantando-me da cadeira.

— Boa ideia. Se decidirem voltar, nos encontramos aqui. — Ebony disse, sorrindo.

Caminhei pela pista de dança, procurando por Selene entre as luzes pulsantes e a multidão animada. Levei alguns segundos até encontrá-la, dançando com uma energia contagiante, os cabelos se movendo no ritmo da música. Seu jeito sensual e cativante era hipnotizante, fazendo-me sorrir ao vê-la se divertindo.

No entanto, minha expressão mudou quando observei um sujeito se aproximar dela de maneira invasiva. Ele parecia não respeitar os limites pessoais, e meu sangue começou a ferver de frustração. Vi o homem ousadamente pegar na bunda de Selene, e minha paciência atingiu seu limite.

Selene, surpreendida, empurrou o sujeito para longe, claramente desconfortável com a situação. Aquela cena acendeu uma chama de raiva em mim, e eu avancei na direção do intruso.

— Ei, cara, não é assim que as coisas funcionam. — Afirmei, mantendo a voz firme enquanto me aproximava dele.

Ele olhou para mim com uma mistura de surpresa e desafio.

— Quem você pensa que é?

— Alguém que a conhece muito bem. E você está prestes a conhecer o chão se não se afastar dela agora.

— Vou me esfregar nessa vadia gostosa o quanto eu quiser. — Ele diz chegando perto do meu rosto.

— Vamos embora, Greg. Por favor — Selene sussurrou, tocando suavemente meu braço, mas nem dei ouvidos.

A raiva fervia dentro de mim diante das palavras ofensivas do sujeito. Sem hesitar, mandei um soco certeiro nele, fazendo-o dar uns passos para trás. A galera ao redor percebeu a briga e começou a se afastar, criando um círculo ao redor da gente.

A raiva pulsava em cada soco que eu dava no sujeito. Soquei o filha da puta sem dó, senti minha mão doer e ignorei completamente. Estava cego.

— Vou matar você, filho da puta.

Meus punhos voavam, acertando em cheio, com uma expressão de determinação na cara. O cara tentava se defender, mas a fúria me fazia continuar indo com tudo.

Vejo o sangue em seu nariz e ouço os gritos ao meu redor, mas nada me faz parar.

— Seu idiota! — Rosnei, mandando outro soco certeiro na cara dele.

Num ímpeto de raiva e proteção, desferi um golpe que fez o sujeito cambalear e finalmente cair no chão. A energia da briga ainda pulsava através de mim, e, antes que pudesse conter meus instintos, desferi alguns chutes contra o desgraçado.

A voz de Gael cortou através da confusão, chamando meu nome em um misto de preocupação e repreensão. Ele se aproximou rapidamente, afastando-me do sujeito caído no chão. Minha resistência inicial foi substituída pela consciência de que a situação estava fora de controle.

— Greg, cara, o que diabos você está fazendo? — Gael exclamou, segurando meu braço com firmeza.

Olhei para o sujeito caído, respirando fundo, tentando acalmar os resquícios da raiva que ainda queimavam dentro de mim.

— Ele... ele estava... — Tentei explicar, mas as palavras pareciam perder força diante da realidade da briga.

Gael sacudiu a cabeça, visivelmente irritado.

— Vamos sair daqui antes que a segurança chame a polícia.

A contragosto, permiti que Gael me afastasse da cena da briga. Selene permanecia ao meu lado, seus olhos ainda cheios de preocupação.

Saímos da boate, a noite ainda carregada com a tensão da briga recente. Gael tentava me guiar para longe do local, mas a raiva ainda pulsava em minhas veias. Em um momento impensado, soltei-me bruscamente dos braços do meu irmão, deixando escapar palavras ríspidas.

— Não preciso da sua ajuda, Gael. — Murmurei com uma voz áspera.

Selene permaneceu ao meu lado, com Ebony a abraçando, seu olhar fixo em mim, uma expressão de preocupação misturada com compreensão. A brisa noturna tentava acalmar a atmosfera carregada, mas eu ainda me sentia envolto pela frustração e pela raiva.

Gael, visivelmente chateado com minha reação, tentou manter a calma.

— Greg, sei que agiu por impulso, mas precisamos lidar com isso de uma forma mais racional.

— Racional? — Ressoei, uma risada amarga escapando de mim. — Aquele idiota estava assediando Selene, Gael! Não sei o que você esperava que eu fizesse.

Selene tocou meu braço suavemente, tentando acalmar a tempestade dentro de mim.

— Precisa manter a calma.

Gael suspirou, parecendo resignado diante da situação tensa.

— Pessoal, vamos para casa! Todo mundo está nervoso, é melhor irmos descansar. — Ebony diz dando um abraço em mim e um beijo no rosto de Selene.

Após isso, sai em direção ao meu carro, na direção onde Gael já tinha ido sem se despedir. Ótimo, agora deixei meu irmão puto também. Ficamos apenas eu e Selene.

— Não devia ter falado daquele jeito com o Gael. — Comentei, olhando para Selene.

Ela apertou suavemente minha mão, buscando conforto.

— Você agiu por impulso, Greg. Entendo o que aconteceu. Amanhã deve se desculpar com ele, estamos todos cansados.

— Eu vou me desculpar.

— Você me salvou hoje! Obrigada, meu herói. — Diz dando um beijo em minha bochecha.

— Não precisa agradecer, Sel. Eu faria qualquer coisa por você. — Murmurei, olhando em seus olhos escuros, onde a gratidão e o carinho se refletiam. — Vamos para casa comigo? Preciso de alguém para cuidar de mim. — Levanto minhas mãos doloridas e ela as vê sangrando.

Ao ver minhas mãos machucadas, Selene expressou uma preocupação imediata.

— Meu Deus, Greg, suas mãos estão machucadas! Precisamos cuidar disso. — Ela pegou uma de minhas mãos delicadamente, examinando as feridas com preocupação.

— É só um arranhão. Não se preocupe, vou cuidar disso em casa. — Tentei minimizar a situação, mas a preocupação persistente nos olhos de Selene me fez reconsiderar.

— Não, Greg, isso parece sério. Vamos ao hospital. Não quero correr o risco de uma infecção. — Ela insistiu, segurando minha mão com cuidado.

— Não, minha preta! Por favor... cuida de mim em casa!

— Meu Deus, que homem irritante. Está bem, vamos para sua casa.

Selene guiou o carro até minha casa, com um olhar atento em minhas mãos enquanto dirigia.

Chegamos em casa, e Selene me levou para dentro e direto para o banheiro. Enquanto ela procurava suprimentos de primeiros socorros, aproveitei a oportunidade para apreciar a forma como ela se movia com confiança pelo meu espaço.

— Sente-se aqui. Vou cuidar dessas mãos. — Ela disse, indicando a cadeira diante da pia.

Observei enquanto ela limpava com cuidado as feridas, sua expressão concentrada. Sentia-me grato por ter alguém tão atencioso ao meu lado. Após terminar os curativos, Selene olhou-me nos olhos, seus dedos traçando suavemente o contorno de minha mão.

— Pronto, meu herói. Agora, vamos para a sala e descansar um pouco. — Ela sugeriu, e eu não pude deixar de concordar.

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