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Acordei novamente, só, e a irritação se espalhou em mim como um fogo. Já estava ficando cansado de começar o dia sem a presença reconfortante de Selene ao meu lado. Levantei da cama cheio de raiva, pronto para descer e descontar minha frustração em qualquer coisa.

Ao me aproximar da sala, vozes animadas e risadas enchiam o ambiente. A curiosidade superou minha raiva, e quando entrei na sala, deparei-me com Selene, Gael e Ebony na minha sala.

— O que diabos está acontecendo aqui? — soltei, uma mistura de surpresa e indignação na voz.

Selene virou-se para mim com um sorriso travesso estampado no rosto.

— Bom dia, dorminhoco. — Bony diz e meu irmão ri.

— Viemos te visitar, maninho. — Gael diz.

— Essa hora da manhã? Vocês têm filhos porra.

— Relaxe, Greg. Ebony fez alguns muffins deliciosos. — Selene disse, apontando para a mesa cheia de guloseimas.

Ainda meio atordoado, esbocei um sorriso. Talvez a irritação da manhã pudesse ser dissipada por um café forte e a companhia inesperada de minha cunhada e meu irmão.

— Bem, já que vocês estão aqui... Pode deixar que eu preparo o café.

Selene se aproximou, dando-me um beijo rápido no rosto.

— Vamos, vou te ajudar! — Ela diz me acompanhando e andamos até a cozinha, deixando Ebony e Gael na sala de pegação.

— Por que não esperou acordar? — Pergunto ao entrarmos na cozinha. — Sabe que gosto de acordar com você do lado, e sempre você levanta primeiro.

Selene sorri, parecendo genuinamente arrependida.

— Desculpa, Greg. Eu tive que levantar e abrir a porta, né?

Seus lábios tocam meu ombro, e o gesto delicado é como um pedido silencioso de perdão. A suavidade de seu toque faz com que qualquer resquício de irritação desapareça.

— Eu desculpo, mas só se acordar comigo amanhã. — Brinco, tentando manter uma expressão séria, mas o sorriso entrega meu verdadeiro estado de espírito.

Selene ri, concordando com a condição de bom grado.

— Trato feito, senhor Davis.

Continuamos a preparar o café juntos, aproveitando a companhia um do outro. A presença de Gael e Ebony na sala só adiciona mais alegria à atmosfera. A vida parece mais leve quando compartilhada com aqueles que amamos.

— Onde estão meus sobrinhos? — Pergunto para meu irmão, mas Bony responde.

— Estão na casa de sua mãe, mais tarde vamos para lá!

— Eles estão com saudades do tio Greg! — Meu irmão diz.

— Eu prometo que vou visitar vocês, as coisas estão corridas na empresa.

— Acho bom mesmo! — Bony diz dando um empurrãozinho no meu braço.

Depois do café animado, a manhã se desenrolou em um cenário descontraído. Ebony e Selene optaram por relaxar juntas na área da piscina, compartilhando risadas e histórias enquanto aproveitavam o sol. Enquanto isso, Gael e eu nos acomodamos na sala, mergulhando em uma conversa animada sobre a empresa de design de interiores que ele estava desenvolvendo.

— Cara, você precisa ver as últimas propostas que recebemos. Algumas são absolutamente incríveis. — Gael compartilhou sua empolgação, mostrando-me algumas imagens no tablet.

Eu me inclinei para frente, examinando as propostas com interesse genuíno. A paixão de Gael pelo design de interiores sempre foi contagiante, e eu não conseguia deixar de me envolver nas ideias e nas inovações que ele apresentava. Por isso criamos uma empresa juntos.

— Isso é incrível. — Elogiei, genuinamente impressionado.

— E a propósito, Greg, ouvi dizer que você está planejando algumas mudanças na sede da empresa. Alguma dica sobre o que vem por aí? — Ele levantou uma sobrancelha com curiosidade.

Sorri, mantendo um certo ar de mistério.

— Ainda é segredo, mas prometo que vou compartilhar contigo em breve. Acho que você pode ter algo valioso para contribuir.

A conversa continuou misturando negócios e momentos descontraídos. Selene e Ebony eventualmente se juntaram a nós, trazendo uma atmosfera ainda mais animada para a sala. A manhã transcorreu em uma combinação perfeita de trabalho e lazer, consolidando a ideia de que a presença de entes queridos torna tudo mais especial.

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Saindo do escritório após algumas horas de trabalho concentrado, decidi procurar Selene pela casa. Chamei seu nome, percorrendo os cômodos à sua procura. A ausência de sua resposta me fez continuar minha busca, e acabei indo em direção à área da piscina.

Quando cheguei lá, adivinha só quem estava aproveitando o sol? A própria Selene, de biquíni, deitada de bruços com aquele rabão pra cima. A cena era digna de fazer o coração dar uns pulinhos.

— Selene? — chamei, um pouco mais baixo, sem querer atrapalhar a vibe de sol dela.

Ela virou a cabeça na minha direção, com um sorriso bem-vindo.

— Greg, resolveu se juntar a mim? O sol tá um arraso.

Olhei pra ela, capturado pela cena. Selene toda relax curtindo o sol, a luz dando um show nos cabelos dela, e a vibe naturalmente sensual que ela emanava. Não tinha como não ficar atraído.

— O trabalho tava me sugando, mas agora acho que posso arranjar um tempinho pra curtir a vista. — Brinquei, chegando mais perto e encontrando meu lugar ao lado dela.

— Essa minha bunda gorda estava precisando tomar um sol. — Ela diz e vira o rosto para mim. — E você? Devia tomar um solzinho nessa bunda branquela também.

— Quer que eu coloque minha bunda para fora, é, minha neguinha?

Selene riu, e aquilo fez o sol parecer ainda mais brilhante. Sentamos ali, conversando sobre coisas aleatórias, aproveitando o momento e deixando as horas passarem sem pressa. Às vezes, eram esses momentos descontraídos que faziam a vida ficar mais leve e divertida.

— Falando sério, Sel, é bom ter esses momentos. Amo ter você aqui!

— Eu também amo estar aqui, querido! Sabe que amo passar o meu tempo com você.

— Que tal um mergulho noturno para fechar o dia com chave de ouro? — Sugeri, levantando-me do lugar.

— Claro, por que não? — Selene respondeu, levantando-se com um sorriso.

Os risos ecoavam pela área da piscina enquanto nos jogávamos na água noturna. A luz da lua transformava a cena em algo mágico. Peguei um pouco de água com as mãos e joguei na direção de Selene, fazendo-a dar um gritinho.

— Opa, jogando sujo, é? — Ela provocou, retalhando água de volta na minha direção.

Em meio às brincadeiras, agarrei-a pela cintura e ela prendeu as pernas ao redor da minha cintura, rindo enquanto eu girava pela piscina. O contato próximo e a sensação da água fresca nos mantinham envolvidos naquele momento.

O abraço apertado de Selene ao redor do meu pescoço e as pernas dela envoltas na minha cintura criavam uma proximidade única entre nós. A água da piscina parecia intensificar as sensações, e eu não pude evitar agarrar a bunda dela com uma risadinha maliciosa.

— Você é um safado, né? — Ela brincou, os olhos brilhando com uma mistura de diversão e provocação.

— Acho que você gosta disso. — Retruquei, piscando para ela.

— Tira essa mão daí, Gregory! — Ela ri, me dando um tapa no peito.

— Aí, minha neguinha, não quero. — Falei, meio manhoso, enquanto afundava meu rosto em seu pescoço.

— Não consegue ficar longe do meu corpo, é?

— Tá ficando frio, né? — Comentei, levando em consideração a brisa noturna que começava a se fazer presente.

Nos encaminhamos para fora da piscina e fomos assistir filmes em casa.

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