— Aonde você vai? — Ele inquire exasperado, mas eu não olho para trás e sigo direto para o bar para pegar outro copo de vodca no balcão. Me sento a mesa onde a Ana e o Luís conversam intimamente. Eles param a conversa de repente e me olham com olhos especulativos e depois voltam a sua conversa como se nada tivesse acontecendo. Marcos também vem para mesa e nós ficamos nos encarando, como um duelo de olhares. Ninguém pisca e ninguém diz nada. Em algum momento, Luís e Ana resolvem ir dançar e Marcos continua a me encarar do outro lado da mesa. — Qual é a tua, garota? — Ele cospe uma pergunta afetada.— O quê, do que você está falando? — faço-me de desentendida.— Eu só pedi a porra de uma dança, precisava daquele teatro todo com aquele cara? — pergunta entre dentes.— Não era um teatro. Qual é? Eu não sou nenhuma traíra tá bom? Você pode ficar com quem quiser, só me deixa em paz cara! — Não escondo a minha indignação.— Que mané traíra o quê? Do que você está falando garota? — Quero sa
Marcos AlbuquerqueNunca precisei correr atrás de uma mulher na minha vida e não vai ser agora que vou começar. Se ela quer distância, é distância que ela vai ter. Fica até melhor para eu cumprir a promessa que fiz ao Luís. Ainda estou aqui na festa, sentado no banco do bar, tomando o meu uísque e observando as pessoas se divertindo ao meu redor.— O que está rolando? — Gui se aproxima perguntando e se acomoda no banco ao meu lado. Levo o copo a boca e sem pressa alguma tomo um gole da minha bebida. Continuo observando as pessoas e lhe respondo com um tom seco.— Não sei do que você está falando, Guilherme. — Esvazio o meu copo em seguida e torno a enchê-lo.— Como não sabe, Marcos? E por que essa cara emburrada caramba? Nem parece que está em uma festa — comenta.— Eu não estou com a cara emburrada! — respondo irritado e dessa vez olho pra ele.— Cadê a morena? — questiona e eu desvio o meu olhar, focando na pista de dança.— Não sei de quem você está falando, Guilherme! — repito e e
— Prometeu? Prometeu para quem? — inquire ainda desconfiada.— Para o Luís.— Filho de uma... Por que ele pediria isso pra você? — indaga com interesse, mas eu sei que ainda não está acreditando em mim.— Ele tem medo de atrapalharmos o relacionamento dele com a Ana. — falo de uma vez e ela balbucia.— Então, você não é? — Mônica parece atordoada e eu me atrevo a dar um meio sorriso.— Não. — Mônica me olha por um tempo, parece pensar no que acabei de falar.— Ok, eu já entendi. — fala se levantando do sofá e erguendo as mãos em sinal de paz. — Agora, você pode me levar de volta? — pergunta segurando seus materiais que estavam largados em cima do meu sofá. O quê, nem pensar! Penso indignado.— Como assim te levar de volta, Mônica? — Eu quase grito a indagação.— Eu tenho faculdade, Marcos Albuquerque e eu levo isso muito a sério. Inclusive eu já perdi.... — Ela mal começa a falar e eu a surpreendo a puxando para os meus braços e a beijo com muita vontade. Que porra de faculdade que na
Mônica SampaioSabe quando tudo dentro de você parece que está de cabeça para baixo? Pois é, assim que a minha vida está agora. Minha amiga está no hospital e ainda em coma induzido. Tem um cara gostoso no meu pé que eu quero manter bem longe de mim, e para pior a situação estou correndo feito uma louca com o excesso de trabalho na empresa e os incontáveis trabalhos da faculdade e eu ainda tenho que conciliar tudo isso dando um pouco de atenção para Isabelly, para o meu pai e ainda tenho que visitar a Ana no hospital. Eu a vejo pelo menos duas vezes por dia. Durante o meu horário de almoço e quando saio da faculdade. Essa manhã recebi o telefonema que me fez sorri. A Ana finalmente acordou do coma.— Você nos deu um grande susto, dona Ana! — digo assim que a vejo acordada na cama ao lado do seu chefinho. — Como está se sentindo? — procuro saber e lhe beijo a testa que ainda está com algumas escoriações. A Ana é mais do que a minha melhor amiga, ela é como uma irmã pra mim. Saber desse
Ele ainda está de pé na minha frente, me olhando a espera de que eu diga alguma coisa e como não esboço nenhuma reação, ele continua. — Bom, é que como você disse que estava muito sobrecarregada e não ia sair para almoçar, eu tomei a liberdade de trazer o almoço até você. Espero que não se importe — diz enquanto tira algumas bandejas de isopor de dentro das sacolas, as arrumando sobre a mesinha de centro.— Hã, é... — pigarreio antes de falar. — Não, tudo bem! — Me pego dizendo e me levantando da minha cadeira. — O que você trouxe? Confesso que estou surpresa com a minha reação e com o sorriso estampado na minha cara também.— Comida chinesa, você gosta? Se não gostar, eu posso pedir outra coisa.— Adoro comida chinesa! — digo o interrompendo. Me aproximo dele para olhar a comida, sentindo o cheiro maravilhoso que vem dela. Marcos se acomoda no tapete e eu faço o mesmo, me sentando de frente pra ele. Depois me estende uma caixinha e eu a pego. O singelo toque do seu dedo em minha mão
Marcos AlbuquerqueDepois daquele almoço no escritório da minha morena... Caralho! O quê que eu estou dizendo? Minha morena? Não vai por aí Marcos. Me repreendo. Suspiro audível. Como estava dizendo, depois daquele almoço com a morena, adeus concentração no trabalho. Não consegui focar em mais nada a não ser na noite que teremos em meu barco. Cacete!!! Não posso vacilar com ela. Tá na cara que Mônica é uma mulher diferente das outras. Portanto, tudo tem que está perfeito. Deixo as reuniões por conta do Luís e os documentos e contratos se acumulam como pilhas sobre a minha mesa. Há uma ansiedade se acumulando dentro de mim... Um nervosismo que não entendo. Pego o meu telefone e começo a fazer alguns telefonemas importantes... Importantes para essa noite, claro. Fecho os olhos levando as mãos ao rosto e me pergunto, que porra está acontecendo comigo? Nunca fui de perder a cabeça por causa de uma mulher, nunca precisei correr atrás delas, elas que sempre correram atrás de mim e definitiv
— Mônica, sei que eu programei uma conversa com você essa noite, mas eu não estou aguentando mais esperar morena. — Não esperei ela dizer nada e tomei a sua boca em um beijo nada calmo e cálido e não demorou muito para esse beijo se enchesse de fúria, de desejo, de paixão e de tesão. A minha língua invadiu a sua boca com pressa, com gana... Guio o seu corpo delicioso junto com o meu até encontrar a parede mais próxima e imprensá-la ali mesmo. Minhas mãos ávidas escorregam palas suas costas e vão para suas coxas grossas, subindo lentamente para sua bunda e as suas mãos vão para os meus cabelos, me puxando mais para si. Paro o beijo por alguns instantes para poder olhá-la, estamos ofegantes e o desejo lancinante e febril chega a ser palpável entre nós dois. Eu a quero. Quero muito, mas por algum motivo, o meu corpo, mente e alma não tem pressa alguma em possuí-la. — Calma aí, morena. — falo com dificuldade. — Essa noite eu sou todo seu. — Um sorriso safado surge nos meus lábios e a minh
Tomo a sua boca carnuda e a beijo com desejo, com paixão, com fúria e ela corresponde com a mesma intensidade. Dessa vez não há delicadeza, nem calmaria, nem a espera... Eu a quero de novo e é só isso que me interessa. Viro o seu corpo bruscamente contra uma parede molhada. Suas mãos se apoiam no azulejo frio e molhado do box e o seu rosto fica colado lá também. Seguro firme o seu quadril, e a sua bunda fica deliciosamente empinada para mim. Não resisto e dou-lhe dois tapas seguros no globo redondo e moreno e depois puxo seus quadris em minha direção, entrando na minha menina mais uma vez e merda!! Me sinto em casa. Pensar isso me causa medo, pânico. Não é normal isso acontecer. E mais uma vez me pego jogando os meus medos e receios para trás, para bem longe e me concentro no momento. O resto vem depois. Escorrego delicioso para dentro dela e ali faço amor sem pressa alguma, saboreando o seu corpo como deve ser, e mais uma vez o orgasmo nos rompe nos deixando sem forças, sem fala. Ter