Minha Pequena
A história se passa em Sicília - Itália. A Catarina tem adorado realizar os seus atendimentos em dois hospitais da cidade, ela ama poder ajudar pessoas que precisam. Ela tem dobrado alguns plantões, para poder ajudar a sua avó com as contas da casa. A dona Brígida já está bem velha, um pouco doente e as reservas que fez durante sua vida, está gastando com os remédios para os seus tratamentos. O pai de Catarina, fez uma dívida de aposta um pouco alta, não conseguiu pagar com o pouco que recebeu naquele dia e acabou sobrando para a dona Brígida pagar. Cat é pega de surpresa quando chega em sua casa, depois de ter dobrado o plantão daquele dia, ela vê alguns homens parado em frente a casa dela, vestidos todos de preto, eles são muito mal encarados. Cat passa por eles e entra correndo para ver a sua avó, ela acaba trombando com dois dos brutamontes que estavam dentro da casa, eles a olham de cima a baixo, não falam nada, só saem da casa e entram no carro indo embora. Quando ela vê a sua avó sentada no sofá, chorando desconsolada, ela corre para abraça-la. C: O que esses homens fizeram vovó? B: Eles não fizeram nada minha filha, só vieram dar um aviso. C: Como assim um aviso vovó? Dona Brígida olha para a Cat com tristeza, ela tenta pensar em como contar tudo para a neta. A Cat já havia brigado algumas vezes com o pai, devido à sua falta de responsabilidade, ele já a colocou em apuros outras vezes. Dona Brígida queria evitar colocar a neta, no meio das falcatruas do pai. B: Eles vão retornar aqui, em dois dias para receber cem mil, caso não tenhamos o dinheiro, eles ficaram com a nossa casa. C: O QUE?! Isso é coisa do meu pai neh? Como ele pode fazer isso vovó? Como ele pode nos colocar na rua? Dessa vez ele passou de todos os limites. Eu vou atrás dele, vou acabar com essa palhaçada agora mesmo. Catarina saiu feito um foguete, ela esta muito nervosa e apreensiva. Ela foi atrás do irresponsável do seu pai, ela sabe exatamente onde ele deve estar neste momento. É uma casa de apostas muito bem frequentada, um lugar muito sofisticado, ela já foi lá uma vez, pagar outra divida que ele tinha feito. Chegando à tal casa de apostas, ela entra feito louca procurando pelo o pai, logo ela o vê em volta de uma mesa de apostas, rodeada por homens cheio da grana. Ele é o único pobre no meio daqueles homens, que aparentemente têm dinheiro para rasgar, eles exalam riqueza, mas o seu pai não tem um real e ainda está apostando mais. C: O senhor não tem a mínima responsabilidade neh?! Não tem vergonha de ser um pobre, pé rapado, que não tem onde cair morto e ainda vir aqui apostar o que não tem?! Ele se vira e olha para uma Catarina furiosa, ele levanta a mão e dá um tapa estalado no rosto da sua filha. Cat chega a virar o rosto com o impacto do tapa, mas ela não deixa barato. C: Eu tenho ódio de você, ódio do homem que você é, se é que posso te chamar de homem, pois você não honra as calças que veste. Ele levanta a mão para dar outro tapa nela, mas alguém segura o seu braço, o imobilizando e segurando ele pelo pescoço. - Quem você pensa que é para bater em uma mulher? R: Ela é... minha filha senhor... eu só... só queria que ela me respeitasse... e se calasse... - Isso não te da o direito de bater em uma mulher. Leve-os até a minha sala! Dois homens bem fortes seguram a Catarina e o pai pelo braço e os conduzem até uma sala, no andar de cima. A Catarina achou estranha a forma que o seu pai falou com aquele homem, ele parecia ter medo dele. Ela ficou intrigada em saber quem era ele, o achou muito bonito, mas também muito frio e rude. - O que a senhorita está fazendo em um lugar como este? C: Eu não devo satisfações da minha vida a ninguém, mas eu vou abrir uma exceção neste caso, pois acho que tenho muito que conversar com você. Eu vim tentar colocar o mínimo de juízo, na cabeça desse irresponsável que vive nos colando em problemas. A: Quem você pensa que é para falar assim comigo?! Eu sou o seu pai e mereço respeito sua atrevida. O homem misterioso olha para a Catarina muito sério, mas com um olhar penetrante, deixando ela desconcertada. - Tire ele daqui, o meu assunto será com ela! Os seguranças levam Antônio para outra sala isolada. A Cat fica sozinha com o homem, ele se ajeita na sua cadeira e continua a olhando fixo, ela começa a se sentir incomodada. - Você já deve saber da dívida que o seu pai tem comigo, mas eu tenho uma proposta para fazer a você, hoje é seu dia de sorte. C: Que tipo de proposta? - Eu aceito perdoar a divida do seu pai, se você aceitar se casar comigo. Resolveremos dois problemas de uma só vez! C: Você só pode estar brincando comigo! Eu nem te conheço, nunca vi você na minha frente. Eu não vou me casar com você. Você é maluco. - Ok!! Você tem dois dias para arrumar o dinheiro que ele me deve, ou arrumar uma casa nova para poder morar. Ele se levanta todo imponente e sai da sala, deixando a Catarina indignada com a proposta direta que ele fez. E agora, será que a Cat vai aceitar se casar com ele, para não perder a casa da avó e deixá-la morar na rua?Catarina Conti Quem esse homem pensa que é?! Ele só pode ser um completo maluco. Onde já se viu me pedir em casamento assim, sem nem me conhecer, só pode ser um alucinado para achar que eu aceitaria. Eu vou dar um jeito, vou conseguir arrumar esse dinheiro, mas não vou deixar minha avó na rua e também não vou me casar com ele. Me levanto, saio daquela sala, tentei procurar pelo irresponsável do meu pai, mas não o vi em lugar nenhum. Resolvi ir embora, a voz daquele homem misterioso, não sai da minha cabeça. Eu nem sei quem ele é, por que ficar pensando nele, eu só pretendo vê-lo daqui dois dias para entregá-lo o dinheiro e depois nunca mais vou vê-lo. Quando eu saio na porta da casa de aposta, tem um carro preto parado bem em frente, aqueles mesmos seguranças que estiveram em minha casa mais cedo, estão plantados feito vazo me olhando fixo, com aquelas caras de quem comeu e não gostou. Começo a caminhar para fora, mas um deles me chama a atenção, ele começa a falar comigo e eu
Catarina Conti Eu fico olhando indignada para aquela cena, coloco a minha bolsa em cima do sofá e a vovó me olha com o seu olhar julgador, isso quer dizer que ela já sabe de tudo. C: Vocês são surdos?! Eu não disse que não queria vocês aqui?! Segurança: Senhora, por enquanto nós só cumprimos as ordens do chefe. C: E vocês não passaram o meu recado para ele?! Segurança: Sim, passamos. Eu fico parada olhando para eles esperando a continuação, mas eles continuam tomando o café tranquilo, com aquelas caras sem expressão nenhuma. C: Eee…?! Ele calmamente pega o celular em seu bolso, ergue o volume no último, abre um áudio para reproduzir e aproxima-o de mim, para que eu possa ouvir sem erros. Áudio: “Querida noiva, não perca o seu tempo, tentando convencer os meus homens a te obedecer, você só terá esse luxo, quando aceitar a minha proposta e se tornar a senhora Bianchi.“ Aquela voz… é o homem misterioso. Aquele ser lindo de olhar penetrante… PARE já com isso Catarina. C: Colo
Mateus BianchiHoje o meu dia começou uma bosta, o conselho da máfia está me cobrando casamento, já me mostraram algumas mulheres, mas nenhuma me chamou a atenção.Eu não quero e não vou me casar, preciso arrumar um jeito de me livrar disso. Eu preciso assumir o controle da máfia, mas não pretendo me casar para ter isso, não tem porque eu me casar, o amor é uma perda de tempo, isso não existe.Hoje é o dia de fazer as cobranças, mandei os meus homens ir na casa de cada um dos malditos apostadores, que apostam o que não tem e fica enrolando para me pagar.Eu não estou em um bom dia, se eu fosse fazer esse serviço, eu acabaria matando a maioria deles. Instrui os meus seguranças, a irem de casa em casa, dando um aviso e um prazo para eles pagarem, depois disso não terei mais piedade.Fui para uma das minhas casas de aposta, a mais movimentada de todas, lá tem as putas que fazem de tudo para ter um momento comigo. Eu preciso mesmo me aliviar, vou beber e me afundar na primeira que aparece
Mateus Bianchi Ela olha fundo nos meus olhos, parece que ficou meio frustrada por eu ter me afastado. C: Você precisa procurar um psiquiatra, ou um psicólogo, vai te ajudar muito com esses problemas mentais. Se quiser posso indicar alguns conhecidos. Ela me afronta mais, passa por mim para entrar no hospital, mas eu puxo o seu braço com força a trazendo de volta para mim. M: Você é minha, não quero que fique de conversa fiada com homens pelo corredor. Saiba que eu sei de tudo que você faz e tudo o que acontece com você. C: Agora eu tenho certeza de que você realmente é louco. Me solta, está me machucando! Eu solto um pouco o seu braço, mas me aproximo da sua boca e colo os nossos lábios, ela tem a boca gostosa, macia, quente e doce. C: Por que fez isso? M: Apenas marcando Território. A solto de vez e deixo que ela vá, ela se vira de costas para mim, entra no hospital meio depressa e com a cabeça nas nuvens. Antes de ir embora eu vejo que um homem, de meia idade, ele chama
Catarina ContiHoje o dia no hospital passou voando, não pude dobrar o plantão, pois o diretor do hospital disse que eu preciso descansar. A Sofi me chamou para sair hoje e eu aceitei. Preciso me distrair um pouco e também quero contar a ela o que aconteceu com o “Senhor intimidador”. Amanhã é o último dia para eu pagá-lo, mas preciso aguardar uma resposta do banco.Mensagem OnnC: Oi Sofi, já estou saindo do hospital. Vou correr para casa tomar um banho e trocar de roupa.S: Aaiii amiga, eu vou te levar em uma boate maravilhosa. Fica próxima do centro…Mensagem desligadaEu saio do hospital ouvindo o áudio que a Sofi me mandou.Caminho rapidinho até em casa, chego e vejo a vovó assistindo a novela que ela ama. Vou até ela, dou um beijo e um abraço, ela me retribui.C: Vovó eu combinei de sair com a Sofi, eu não pude dobrar o plantão pelo terceiro dia. O meu chefe disse que eu preciso descansar.B: Pois ele tem toda razão, eu já falei que você não precisa ficar se matando de trabalha
Catarina ContiOlho para ele indignada, como ele consegue ser tão arrogante, mandão e lindo ao mesmo tempo… para já com isso Catarina! C: Você é maluco? Eu não sou um saco de batatas, para você me carregar assim. M: É você quem está me deixando maluco. Porque você veio até aqui? Porque saiu de casa com essa roupa? Estava querendo dar para aquele filho da puta?Olho para ele furiosa, dou um passo a frente, ficando mais perto dele. Ergo minha mão e dou um tapa estalado na cara dele. M: Quem você pensa que é para eu bater? Você não tem noção do perigo.Ele segura forte meu braço, se aproxima ainda mais de mim. Nossos corpos estão praticamente colados um ao outro. Eu consigo sentir o seu hálito de whisky misturado com cigarro, uma coisa que eu odeio. Mas o seu perfume inconfundível me invade com força, eu engulo seco.Mateo me olha profundamente, eu começo a sentir meu corpo todo esquentando. Eu sinto vontade de beija-lo, mas não quero dar o braço a torcer. M: Você é minha Catarina.
Catarina Conti Ele levanta rápido da cama, me deixando sozinha e cheia de perguntas. Abro os olhos devagar para ver se ele já foi, vejo ele de cueca boxer, pegando uma calça jeans. Eu chego morder os lábios quando vejo seu corpo todo descoberto, eu nunca vi um homem só de cueca, ainda mais assim pertinho.Solto uma respiração pesada, admirando a beleza do Mateo. Ele precisa ser tão arrogante e querer mandar em tudo? M: Eu sei que você está me olhando Catarina.Minhas bochechas coram no mesmo instante, tento disfarçar fechando os olhos, mas é tarde demais.Mateo acaba de colocar a calça e se vira de frente para mim. Eu babo ainda mais vendo o seu peitoral todo definido, vendo ele assim, dá até vontade de aceitar a proposta indecente que ele me fez. M: A partir de hoje eu serei todo seu, por um ano.Eu olho para ele confusa, o que será que ele quis dizer com um ano? C: Como assim por um ano? M: Eu disse que sou todo seu e você só se atentou a essa parte? C: NÃO… eu já sei que não
Catarina ContiO gerente respira fundo, pega os papéis que estavam sobre a mesa, coloca na minha frente e eu pude ler “Sem propostas no momento”.Eu fico ali olhando aquele papel, o meu mundo parece que parou. Eu não acredito que não consegui nenhum valor, nenhum valor baixinho para pelo menos, poder ganhar mais tempo.C: Não tem nada que eu possa fazer?Gerente: Infelizmente não, vamos precisar esperar pelo menos seis meses para tentar um novo pedido. Eu concordo com a cabeça, pego os papéis que ele me entregou, levanto e saio da sala. Eu não sei o que sentir, eu não posso me casar assim com quem eu não amo e não está nem aí para mim. Mateo só está pensando nele mesmo, ele só quer se casar por causa da máfia. Eu sonho desde menina em me casar de verdade, com um homem que me ame e me trate como uma princesa, mas sei que com o Mateo não será assim. A começar pela forma que ele me propôs o casamento. Vou caminhando com meus pensamentos fervilhando. Ainda bem que hoje é meu dia de fol