Catarina Conti
Eu fico olhando indignada para aquela cena, coloco a minha bolsa em cima do sofá e a vovó me olha com o seu olhar julgador, isso quer dizer que ela já sabe de tudo. C: Vocês são surdos?! Eu não disse que não queria vocês aqui?! Segurança: Senhora, por enquanto nós só cumprimos as ordens do chefe. C: E vocês não passaram o meu recado para ele?! Segurança: Sim, passamos. Eu fico parada olhando para eles esperando a continuação, mas eles continuam tomando o café tranquilo, com aquelas caras sem expressão nenhuma. C: Eee…?! Ele calmamente pega o celular em seu bolso, ergue o volume no último, abre um áudio para reproduzir e aproxima-o de mim, para que eu possa ouvir sem erros. Áudio: “Querida noiva, não perca o seu tempo, tentando convencer os meus homens a te obedecer, você só terá esse luxo, quando aceitar a minha proposta e se tornar a senhora Bianchi.“ Aquela voz… é o homem misterioso. Aquele ser lindo de olhar penetrante… PARE já com isso Catarina. C: Coloque esse celular para gravar. O segurança aperta o botão de gravar e aproxima o celular da minha boca. Áudio: “Caro senhor Mateo, não sei o que você anda usando, para te deixar neste estado de loucura, mas saiba que eu não sou nada sua e nem serei. Passe bem! Aahhh… mande os seus capachos voltarem de onde saíram!“ A vovó começa a gargalhar, o outro segurança chega a se engasgar com o café. Eu pego a minha mochila, dou um beijo na vovó e saio, mas antes eu escudo o celular do segurança começar a tocar. Eu ainda consigo escutar o segurança dizer “sim senhor”, eu fecho a porta e vou caminhando para o hospital. No caminho me pego pensando em como seria me casar com aquele homem, só de ouvir a sua voz o meu corpo começa a esquentar. Eu nunca senti essas coisas antes, nem quando me apaixonei por um rapaz que fiquei na faculdade. Eu levo um susto quando ouço a voz rouca desse diabo, bem próximo de mim. Acabei tropeçando na calçada e quase caio no chão, se não fossem as mãos fortes dele me segurar. Sinto a sua respiração bem próxima de mim, consigo sentir o seu hálito de menta e olhando assim de perto, ele é mais bonito. Parece que ele estava malhando, o seu perfume másculo misturado com suor, invade as minhas narinas, o meu corpo inteiro se arrepia. C: O.o que… você… fa.az aqui?! Mas que merda, eu não consigo nem formular uma frase. Ele me olha nos olhos, com um sorriso de canto, eu estou quase derretendo em seus braços, como pode ser tão bonito e tão maluco? A minha cabeça está fervilhando, eu tenho tantas perguntas, tantos questionamentos e não estou gostando nada do que esse homem está me causando. M: Surpresa?! Você achou que poderia me insultar e ficar por isso mesmo?! Eu vim te ensinar a me respeitar querida noiva. Eu não gosto de mandar recados, muito menos gosto que meus homens fiquem no meio da minha vida íntima. C: Você ainda não entendeu que nós não temos e nem teremos nada?! Eu tento me recompor e me afastar dele, mas ele aperta ainda mais forte a minha cintura, grudando de vez os nossos corpos. Sinto um fogo me consumindo, minha intimidade pulsa, ele aproxima sua boca do meu pescoço. M: Quem ainda não entendeu foi você… Ele da um leve beijo no meu pescoço, me causando um arrepio intenso, as minhas pernas ficam bambas. Acabo soltando um gemido involuntário e sinto sua mão apertada mais forte a minha cintura. M: Você já é minha, desde o momento que resolveu entrar na casa de apostas. Eu só te dei esses dois dias, para ir se acostumando com a ideia do casamento. Ele se afasta de mim, eu fico aliviada e ao mesmo tempo frustrada, o seu toque é muito bom, mas eu não posso ficar perto dele. C: Você precisa procurar um psiquiatra. Acho que vai te ajudar com esses problemas mentais. Se quiser posso indicar alguns conhecidos. Passo por ele para poder entrar no hospital, mas meu braço é puxado bruscamente, acabo trombando com seu peitoral enorme e duro. O seu sorriso sumiu, seu olhar ficou sério, seu aperto em meu braço começa a me machucar, eu tento puxar meu braço, mas ele aperta mais. M: Você é minha Catarina, não quero que fique de conversa com homens. Saiba que eu sei de tudo que você faz e tudo o que acontece com você. C: Agora eu tenho certeza que você é maluco. Me solta, está me machucando! Ele solta um pouco o seu aperto, mas aproxima sua boca da minha e encosta os nossos lábios, eu quero me afastar, mas não consigo. A sua boca é macia, quente e tem um gosto maravilhoso. C: Por que... você fez isso? M: Marcando Território. Ele solta de vez o meu braço, se afasta e me olha antes de entrar no carro. Eu busco me recompor, recuperar os meus sentidos. Entro no hospital sem olhar para trás, que homem mais doido, o pior de tudo foi o beijo, assim do nada e eu boba, ainda gostei. -Dra Conti? Está tudo bem? O Dr. Rosso chama a minha atenção, procuro me concentrar no que tenho que fazer. C: Olá, estou bem. Obrigada! Falo e sigo para a sala dos médicos, guardo as minhas coisas e começo a passar as visitas. Coloco o meu jaleco, pego os prontuários com a enfermeira chefe e vou para os quartos dos pacientes. Vou passando de quarto em quarto, vendo como estão os meus pacientes, eu sempre dou um jeito de usar uma tática emocional, para convencê-los a fazer tudo certo e tem dado certo. Eu aproveito que está tudo tranquilo hoje, volto para a sala dos médicos, pego meu celular para poder ligar no banco, vou tentar pedir um empréstimo. Fico uns quarenta minutos esperando alguém me atender, quando finalmente consigo, eles me pedem para enviar os meus documentos pessoais, para poderem avaliar uma proposta. Estou confiante que vou conseguir esse empréstimo, sei que vai dar tudo certo, vou entregar o dinheiro para aquele homem maluco e voltar a viver minha vida feliz. Dr. Rosso: Dra Conti, estou te achando diferente hoje, tem certeza de que está tudo bem?! C: Está sim, só problemas pessoais. Obrigado pela preocupação! Dr. Rosso: Eu já te disse outras vezes, mas vou repetir se precisar de qualquer coisa pode me pedir. Eu dou um sorriso com os lábios fechados, tenho a impressão que ele esta com um olhar diferente, não como um colega de trabalho, eu até estava gostando quando comecei aqui no hospital, mas agora parece que não tem tanta graça assim.Mateus BianchiHoje o meu dia começou uma bosta, o conselho da máfia está me cobrando casamento, já me mostraram algumas mulheres, mas nenhuma me chamou a atenção.Eu não quero e não vou me casar, preciso arrumar um jeito de me livrar disso. Eu preciso assumir o controle da máfia, mas não pretendo me casar para ter isso, não tem porque eu me casar, o amor é uma perda de tempo, isso não existe.Hoje é o dia de fazer as cobranças, mandei os meus homens ir na casa de cada um dos malditos apostadores, que apostam o que não tem e fica enrolando para me pagar.Eu não estou em um bom dia, se eu fosse fazer esse serviço, eu acabaria matando a maioria deles. Instrui os meus seguranças, a irem de casa em casa, dando um aviso e um prazo para eles pagarem, depois disso não terei mais piedade.Fui para uma das minhas casas de aposta, a mais movimentada de todas, lá tem as putas que fazem de tudo para ter um momento comigo. Eu preciso mesmo me aliviar, vou beber e me afundar na primeira que aparece
Mateus Bianchi Ela olha fundo nos meus olhos, parece que ficou meio frustrada por eu ter me afastado. C: Você precisa procurar um psiquiatra, ou um psicólogo, vai te ajudar muito com esses problemas mentais. Se quiser posso indicar alguns conhecidos. Ela me afronta mais, passa por mim para entrar no hospital, mas eu puxo o seu braço com força a trazendo de volta para mim. M: Você é minha, não quero que fique de conversa fiada com homens pelo corredor. Saiba que eu sei de tudo que você faz e tudo o que acontece com você. C: Agora eu tenho certeza de que você realmente é louco. Me solta, está me machucando! Eu solto um pouco o seu braço, mas me aproximo da sua boca e colo os nossos lábios, ela tem a boca gostosa, macia, quente e doce. C: Por que fez isso? M: Apenas marcando Território. A solto de vez e deixo que ela vá, ela se vira de costas para mim, entra no hospital meio depressa e com a cabeça nas nuvens. Antes de ir embora eu vejo que um homem, de meia idade, ele chama
Catarina ContiHoje o dia no hospital passou voando, não pude dobrar o plantão, pois o diretor do hospital disse que eu preciso descansar. A Sofi me chamou para sair hoje e eu aceitei. Preciso me distrair um pouco e também quero contar a ela o que aconteceu com o “Senhor intimidador”. Amanhã é o último dia para eu pagá-lo, mas preciso aguardar uma resposta do banco.Mensagem OnnC: Oi Sofi, já estou saindo do hospital. Vou correr para casa tomar um banho e trocar de roupa.S: Aaiii amiga, eu vou te levar em uma boate maravilhosa. Fica próxima do centro…Mensagem desligadaEu saio do hospital ouvindo o áudio que a Sofi me mandou.Caminho rapidinho até em casa, chego e vejo a vovó assistindo a novela que ela ama. Vou até ela, dou um beijo e um abraço, ela me retribui.C: Vovó eu combinei de sair com a Sofi, eu não pude dobrar o plantão pelo terceiro dia. O meu chefe disse que eu preciso descansar.B: Pois ele tem toda razão, eu já falei que você não precisa ficar se matando de trabalha
Catarina ContiOlho para ele indignada, como ele consegue ser tão arrogante, mandão e lindo ao mesmo tempo… para já com isso Catarina! C: Você é maluco? Eu não sou um saco de batatas, para você me carregar assim. M: É você quem está me deixando maluco. Porque você veio até aqui? Porque saiu de casa com essa roupa? Estava querendo dar para aquele filho da puta?Olho para ele furiosa, dou um passo a frente, ficando mais perto dele. Ergo minha mão e dou um tapa estalado na cara dele. M: Quem você pensa que é para eu bater? Você não tem noção do perigo.Ele segura forte meu braço, se aproxima ainda mais de mim. Nossos corpos estão praticamente colados um ao outro. Eu consigo sentir o seu hálito de whisky misturado com cigarro, uma coisa que eu odeio. Mas o seu perfume inconfundível me invade com força, eu engulo seco.Mateo me olha profundamente, eu começo a sentir meu corpo todo esquentando. Eu sinto vontade de beija-lo, mas não quero dar o braço a torcer. M: Você é minha Catarina.
Catarina Conti Ele levanta rápido da cama, me deixando sozinha e cheia de perguntas. Abro os olhos devagar para ver se ele já foi, vejo ele de cueca boxer, pegando uma calça jeans. Eu chego morder os lábios quando vejo seu corpo todo descoberto, eu nunca vi um homem só de cueca, ainda mais assim pertinho.Solto uma respiração pesada, admirando a beleza do Mateo. Ele precisa ser tão arrogante e querer mandar em tudo? M: Eu sei que você está me olhando Catarina.Minhas bochechas coram no mesmo instante, tento disfarçar fechando os olhos, mas é tarde demais.Mateo acaba de colocar a calça e se vira de frente para mim. Eu babo ainda mais vendo o seu peitoral todo definido, vendo ele assim, dá até vontade de aceitar a proposta indecente que ele me fez. M: A partir de hoje eu serei todo seu, por um ano.Eu olho para ele confusa, o que será que ele quis dizer com um ano? C: Como assim por um ano? M: Eu disse que sou todo seu e você só se atentou a essa parte? C: NÃO… eu já sei que não
Catarina ContiO gerente respira fundo, pega os papéis que estavam sobre a mesa, coloca na minha frente e eu pude ler “Sem propostas no momento”.Eu fico ali olhando aquele papel, o meu mundo parece que parou. Eu não acredito que não consegui nenhum valor, nenhum valor baixinho para pelo menos, poder ganhar mais tempo.C: Não tem nada que eu possa fazer?Gerente: Infelizmente não, vamos precisar esperar pelo menos seis meses para tentar um novo pedido. Eu concordo com a cabeça, pego os papéis que ele me entregou, levanto e saio da sala. Eu não sei o que sentir, eu não posso me casar assim com quem eu não amo e não está nem aí para mim. Mateo só está pensando nele mesmo, ele só quer se casar por causa da máfia. Eu sonho desde menina em me casar de verdade, com um homem que me ame e me trate como uma princesa, mas sei que com o Mateo não será assim. A começar pela forma que ele me propôs o casamento. Vou caminhando com meus pensamentos fervilhando. Ainda bem que hoje é meu dia de fol
Mateus Bianchi A Catarina está me deixando louco, como ela saiu de casa com essa roupa minúscula? Eu não vou permitir que minha mulher saia assim, acabamos discutindo quando levei ela até a sala vip. Ela me deu um tapa na cara, fiquei furioso, mas ao invés de puni-la, eu acabei beijando ela. Que beijo gostoso, sua boca macia, ela não parece ter muita experiência, mas seu beijo é doce e viciante. Tive que fazer uma força enorme, para conseguir me afastar dela. Ela ainda teve a ousadia de falar mal do meu hálito de cigarro. Fico parado feito um bobo pensando nas coisas que ela falou e está fazendo comigo. Recobro meus sentidos quando vejo ela abrindo a porta, sou rápido e puxo seu braço para ela não sair. Fecho a porta atrás de mim, provoco ela falando sobre o nosso casamento. O rosto dela fica todo vermelho, será que ela está com vergonha? Fico olhando para ela curioso e intrigado, me aproximo do pescoço dela, começo a falar que quero fode-la com força, ela começa a gemer próximo
Catarina Conti Mateo permanece parado me encarando fixo, eu engulo seco, ele está tão lindo hoje. Não consigo desviar o meu olhar do dele. C: Você precisa de alguma coisa? M: Sim, eu preciso conversar com você, mas primeiro preciso de um banheiro. C: É só seguir reto o corredor. Finalmente desvio o meu olhar e ele segue até o banheiro. Eu já imagino o que ele quer conversar, estou triste, porque infelizmente, eu não consegui outra saída, vou ter que me casar com ele. Me levanto para sair do quarto, quando o Mateo aparece na porta, me dando um susto. C: Aaiii, você quer me matar?! M: É claro que não, quero você bem viva, para podermos aproveitar bastante o nosso ano de casamento. C: Porque eu Mateo?! Porque não escolheu daquela loira aguada, que estava se oferecendo para você lá na boate?! Vejo seu olhar ficar sério, ele fecha a cara no mesmo instante. Estou olhando para ele, aguardando uma resposta. M: Quero você amanhã às 9h em minha casa. C: O que?! Não, eu não posso. Ama