Capítulo 5

Alina

Estou irritada, mal humorada e aquele idiota invade meu quarto e fala:

— De nada — Ele se jogo na minha cama e eu lanço um olhar irritado — Te salvei das duas loucas te obrigarem a ouvir um discurso longo por você ter fugido do restaurante e é assim que me agradece?

— Vai para o inferno, Bernardo! Se estou nessa situação é por sua culpa. Já que não consegue deixar de ser infiel em lugar público.

— Está com ciúmes, querida noiva? Faça comigo melhor do que ela e talvez eu fique só com você.

— Ciúmes? Só se tem ciúmes de pessoas que amamos e eu odeio você. Sai do meu quarto, agora serei obrigada a trocar a minha roupa de cama por sua culpa. — Estou de costas para ele, já que não quero olhar para sua cara, ele me pega e me j**a na cama me prendendo embaixo dele — Já pedi para sair.

— Repete o que disse sobre a roupa de cama. Repete olhando na minha cara. Por que vai trocar a roupa de cama?

— Porque você sujou colocando esse seu corpo imundo. Quer que eu repita em voz alta?

— Sabe que você acabou de acender em mim a vontade de sujar seu corpo limpo com meu corpo imundo. — Ele se esfrega em mim, eu tento sair do seu aperto e não percebo que estou me esfregando ainda mais nele e só para me irritar ainda mais ele provoca — Se continuar assim vai me fazer gozar sem nem entrar em você.

— Você pode, por favor, ir embora e me dar pelo menos um dia sem ouvir sua voz ou ver a droga da sua cara?

— Para sua sorte ganhei dois dias para a minha despedida de solteiro. Então mais tarde estarei viajando com a minha namorada para um curta lua de mel, mas fique tranquila vou guardar energia para a nossa lua de mel. — Ele olha nos meus olhos e dá um beijo nos meus lábios, mesmo eu tentando tirar ele daqui ainda consigo sentir sua língua enquanto a minha tenta escapar da dele a todo custo, até que eu mordo a língua dele — Espero que pare com isso depois do casamento.

— Espero que você pare de me obrigar a algo que não quero depois do casamento. Afinal esse é apenas um casamento de aparências, não é mesmo?

— Depois que eu tiver de você o que é meu te deixo em paz. Claro que não poderá me trair.

— Hipocrisia, não? Já que você tem uma "namorada" mesmo casando comigo.

— Você fica tão fofa com ciúmes. — Ele fala saindo de cima de mim.

— Não é... Quer saber, pense o que quiser. Eu não ligo. — Ele sai dando gargalhada — Babaca. 

Depois que ele sai e eu troco a minha roupa de cama já que ficou com o perfume dele. Tomo um banho também para tentar esquecer o que ele fez comigo.

Depois do banho ligo para Alice, meu pai trouxe minha mala que está com meu diário e tenho muito o que escrever nele. Depois de dois toques Alice atende dizendo:

— “Você tem noção do quanto me deixou preocupada? Você viu a quantidade de ligação e mensagens que eu... Se explique agora.”

— “Minha vida está um inferno.” — Começo a chorar assim que eu falo isso para ela que diz para mim:

— “Amiga? Amiga não chora. Por favor... Eu vou chorar também. Se acalma e me explica o que está acontecendo.”

Respiro fundo e conto para ela tudo o que aconteceu comigo desde o dia em que voltei até agora.

— “E foi isso.”

— “Volta. Pode vim que aqui damos um jeito para que você tenha um emprego e um lugar para ficar. Nem conheço ele e já o odeio profundamente.”

— “Não posso. Meus documentos e passaporte estão com meus pais, uma medida deles para que eu não fuja. Eles foram bem espertos. Juro que na primeira oportunidade que eu tiver de fugir depois desse casamento, eu vou.”

— “Eles não podem pegar seus documentos assim. Te obrigando a algo que você não quer.”

— “Eu sei... O pior não é nem isso. Eles querem herdeiros. Querem que eu engravide se possível na "lua de mel". Aquele tarado, pervertido só quer tirar minha virgindade porque ele sabe que fui prometida a ele.”

— “Mas depois que vocês estiverem sozinhos acho que não vai dar para você se manter assim por muito tempo, ele vai usar maneiras para te seduzir e conseguir o que quer.”

— “Vou dormir em um quarto que seja só meu e vou trancar ele todas as noites para que ele não entre.”

— “Mas na lua de mel vocês dormirão no mesmo quarto. Isso não vai dar certo. Droga, amiga, acho que vou até aí para te ajudar a fugir disso tudo.”

— “Até entendo sua aflição já que estou aqui sentindo na pele tudo à minha volta, mas não venha até aqui. Se eu precisar de ajuda na lua de mel te aviso.”

— “Só não deixa ele te machucar mais. Eu te amo, amiga.”

— “Eu te amo. Diga para a tia Yulia que eu a amo. Não quero ligar para ela, vai perceber que estou triste e não quero que ela se preocupe comigo.”

— “Vou falar com ela... Sabe que não gosto de mentir para ela, né?”

— “Eu sei... Te ligo quando essa loucura acabar. Tchau.”

Ela desliga e logo deixo tudo à minha volta para dormir um pouco, é o que eu mais faço recentemente. Acho que é porque eu desejo que tudo não passe de um pesadelo idiota

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