AlinaEstou distraída arrumando as rosas pela casa e sou surpreendida por Bernardo, me abraçando por trás e beijando meu pescoço. — Chegou mais cedo do que ontem. — falo soltando as rosas no vaso.— Sim... Queria te ver. Então pensei: vou terminar logo tudo por aqui para ficar com quem realmente quero. E aqui estou eu. Você parece nervosa, aconteceu alguma coisa?— Nada demais... Só que temos que ir para a casa dos seus pais! E não saímos daqui para ver ninguém desde que voltamos. Sinceramente, até prefiro assim.— Eu entendo. Mas temos que ir. Qual seria o motivo para você não querer ir? Seja sincera como sempre.— Vou lembrar de tudo o que você fez comigo naquela casa e não sei se estou pronta para isso, já que você anda se esforçando bastante para me conquistar.— Ok! Não iremos até lá. Eles virão aqui. Resolvido, não sabemos cozinhar, mas se quiser tentar.— Quem disse que não sei cozinhar? Se quiser uma aula é só me acompanhar. E obrigada por entender. Só não sei se eles vão ace
AlinaO jantar foi repleto de perguntas que nem eu e nem o Bernardo queríamos responder. Nossos pais apenas sorriam, mas nossas mães atacavam nós dois como se fossemos animais premium reprodutores.— Vocês estão casados há dois meses, não é possível que não tenha alguém no forninho. — Minha mãe fala indignada.— Seu pai foi mais rápido do que você, Bernardo.— Eu pensei que esse jantar seria para uma leve harmonia em família. Mas me enganei. Vocês estão aqui para saber quantas vezes a gente faz amor e se fizemos direito para que venha logo um herdeiro. É o que somos para vocês? Apenas dois reprodutores? — Bernardo pergunta irritado.— Acho que já está na hora da sobremesa. Comemos e somos obrigados a ouvir mais um pouco da conversa dos nossos pais. Por final Bernardo me arrasta para o quarto dele. — Você foi rude com eles lá embaixo, mas mereceram e muito.— Se eles não tem limites nós colocamos um. — Ele olha para a cama e depois para mim — Como pode ver, dá para dormir quatro pess
Bernardo Descemos porque nossas mães são sem noção e insistem em nos irritar... Olho para Alina que está simplesmente perfeita nessa luz da manhã e minha vontade era estar no quarto com ela, mas aqui estou eu sentado tomando café da manhã e ainda mais irritado com as perguntas das duas doidas.— Achei estranho ver suas coisas em outro quarto, Alina. — Minha mãe fala desconfiada— Não mintam para nós. Vocês estão mesmo juntos ou estão nos enganando? — Minha sogra pergunta.— Vocês viram com seus próprios olhos que estávamos dormindo juntos e de forma íntima. Não sei o motivo de tantas perguntas. Está ficando invasivo demais. — Meu amor se irrita.— Concordo com ela. Já nos obrigaram a casar, quando era bem claro que não queríamos, mas agora estamos muito bem juntos, beleza. E agora isso? Vocês estão passando dos limites.— Meu filho, elas criaram muitas expectativas em vocês e querem muito um neto para bajular e mimar. — Meu pai fala.— Não as entendam mal, são apenas ansiosas. — Meu
Bernardo Chego em casa e a vejo estudando. Ela decidiu fazer uns cursos para poder ampliar seu leque de opções no mercado de trabalho. Ela quer montar sua própria empresa e eu estou a apoiando. Me aproximo dela devagar e a surpreendo com um beijo em seu pescoço.— Oi, meu amor, está indo bem ai?— Veio almoçar comigo? Está cedo. Vou até a cozinha ver o que posso fazer.— Não precisa. Não vim te atrapalhar. Só quero ficar com você, e quanto ao almoço eu posso fazer alguma coisa para nós dois. Só precisa esperar eu tomar um banho e mudar de roupa.— Não vai voltar para a empresa hoje? Não quero te atrapalhar com o seu trabalho. Principalmente por estar me apoiando no que quero fazer.— Você não atrapalha em nada. Eu não vou contra o que eu sinto, e senti vontade de ficar com você. O trabalho ainda vai estar lá amanhã quando eu chegar, fica tranquila, está tudo bem.Dou outro beijo nela só que dessa vez em seus lábios. Subo para tomar um banho e depois quando desço vou direto para a coz
AlinaMeus sentimentos estão me deixando desorientada, não sei o que fazer. Por que fui tão ingênua? Ele sempre me falou com todas as letras que ama aquela mulher. Por que cai tão fácil nas palavras doces dele? Será que é castigo por eu ter usado o presente que a Alice me deu? Estou no táxi e o taxista me leva para o aeroporto e diz para mim:— Senhorita? Já chegamos no aeroporto.— Mas eu não pedi para me trazer para o aeroporto.— Me perdoe, vi que estava triste e com uma mala, pensei que iria viajar para longe. Para onde devo levá-la?Olho para o aeroporto e depois para o taxista.— Para onde eu vou? Nem eu sei moço. — Respondo para o taxista.— Tem um hotel ao lado do aeroporto! Pode ficar lá até decidir o que fazer.Quando eu ia responder ao taxista, meu celular começa a tocar, olho para a tela e vejo que é ele, Bernardo.Enquanto ela olha para a tela com os olhos cheios de lágrimas, ele está desesperado sem saber dela.— Atende, meu amor. Atende, por favor. Eu amo você, Alina. A
AlinaContinuo a contar para tia Yulia como tudo aconteceu.— Ele vinha para casa no meio do dia só para fazermos amor e dizer que... Me amava, e eu acreditei. Eu acreditei, tia. — Falo ainda mais alto enquanto choro ao perceber o quão burra eu fui — Tia, eu fui ingênua e burra. Eu tinha que ter visto nas entre linhas.— Meu anjo, pelo o que está me contando, ele realmente estava agindo feito um homem apaixonado. O que houve de fato para que você fugisse dele?— Ela ligou para ele, depois dele sair dizendo que tinha algo do escritório para resolver. Ele voltou bêbado e ainda assim depois de passar horas com aquela mulher na cama ele foi capaz de fazer amor comigo. Quando amanheceu ela ligou para ele e pensou que ele tinha atendido e não poderia falar porque eu estava por perto. Ela disse que ele foi romântico e gentil e que ela provavelmente estava grávida... Eles vão ter um filho.— Meu Deus… Meu pequeno anjo. Tem certeza que eles se encontravam? Não foi armação dela para separar voc
Bernardo Eu já procurei ela pela casa inteira e não a encontro. Vi que está faltando uma mala e algumas coisas dela, ela não pode ter me abandonado assim. Eu tenho certeza que não fiz nada para que ela me abandonasse desse jeito.Será que ela soube da Isabela? Será que a Isabela fez alguma coisa? Eu tenho que descobrir, mas primeiro eu tenho que avisar meus pais e os meus sogros que ela não está aqui. Mas que droga. Tenho certeza que eles vão fazer da minha vida um inferno. Não sei o que eu vou fazer.E sinceramente falando, não estou nem um pouco a fim de aturar chiliques da minha mãe e da minha sogra, não estou afim dos sermões do meu pai e do meu sogro.A única coisa que eu quero no momento é encontrar a Alina bem e que ela venha conversar comigo, que conte para mim o que está acontecendo. Eu não posso perdê-la, eu a amo demais. E já liguei mais de mil vezes, ela não atende o telefone.Eu não sei o que fazer. Vou começar a investigar, vou tentar ver para onde ela foi. E vou pagar
Bernardo Eu olho para a minha mãe e para a minha sogra e mostro para elas o número de Isabela na tela e quanto tempo a chamada ficou em curso e elas dizem para mim:— Precisa descobrir o que essa mulher falou para a Alina, Bernardo? Você precisa descobrir isso agora. — Minha mãe fala.— Pode ter dito muita coisa, mas duvido muito que ela vai ser sincera com você, Bernardo. Acredite em mim. — Minha sogra fala.— Me dêem um minuto, por favor. — Vou até o escritório e vou ligar para ela. Ligo para Isabela e o telefone toca, toca e toca, até que cai. E eu ligo novamente toca, toca e cai. Quando eu desisto vejo uma ligação dela e atendo no mesmo momento e pergunto para ela: — "Você me ligou mais cedo, o que você falou para mim no telefone? Fala a verdade, Isabela."— "Mas, amorzinho, eu não liguei para você, pelo contrário, meu telefone vibrou e eu coloquei ele na bolsa. Eu não liguei para você, pode ter acontecido dele ligar sozinho, mas juro que não liguei para você. Eu sei que não poss