Ele está parado na minha frente.
Theo está aqui. Eu sei que ele me viu, percebi seus olhos em mim e o pânico neles ao me reconhecer.
Agora ele está aos beijos com uma ruiva e sinto meu estomago revirar, fazendo a bile queimar em minha garganta.
Não devia estar com ciúmes, mas... Inferno! Estou queimando de ciúmes.
Ele me beija de volta. Suas mãos sobem para os meus cabelos e ele os puxa com força, me fazendo gemer contra o seu lábio.Ele geme de volta e sinto meu coração dobrar de tamanho, meu corpo queimar e minha alma sorrir satisfeita.Ele ainda me ama.Ele pressiona seu corpo contra o meu e me beija com vontade, com brutalidade, saudade e desejo.
Não consigo pensar direito, minha mente ta uma bagunça.Vê-la, me deixou uma bagunça.— Inferno! — sussurro, não querendo chamar a atenção das pessoas ao meu redor.Por que diabos ela tinha que retornar?
Eu sei que isso é errado, não moralmente falando. Não estamos fazendo nada de errado, de fato. Mas, é errado para mim.Para os meus sentimentos e a minha mente. É errado porque assim eu nunca vou conseguir esquecê-la.É errado, porque esse dia ficará martelando em minha mente por anos.Mas por que, mesmo sendo errado, não consigo tirar minhas m&
Acordo numa cama vazia. Já sabia que isso iria acontecer.Então por que, mesmo assim, ainda estou surpresa com isso? A ausência dele me dói o peito e se não fosse pelo cheiro que ele deixou no travesseiro, poderia facilmente dizer que tudo não passou de um sonho bem vivido.Pego o travesseiro que ele usou e abraço, inalando profundamente o seu cheiro e sinto meus
Nove anos depois— Murilo! — Grito do quarto. — Vai logo menino, senão você vai se atrasar! — falo, enquanto termino de arrumar minha bolsa.Tenho que estar na emissora dentro de 40 minutos e tirando que o caminho até lá leva quase o dobro disso, eu realmente estou terrivelmente atrasada. Pelo menos eu sou a gerente do local.— J&aac
Não é possível. Só pode ser uma miragem.Cecília está parada bem na minha frente. Depois de nove anos, desde a última vez que nos vimos, ela está aqui. E acompanhada de um belo garoto, que me olha confuso. — Mãe? — o garoto chama pela mãe que permanece muda. — Você está bem? Ele olha de mim para a mãe, tentand
Agradeço o fato de não ter nenhum outro paciente marcado e no momento em que ela sai da minha sala, eu arrumo minhas coisas e vou embora.Preciso de ar, é muito para assimilar e não consigo respirar com tudo isso na minha mente.Tiro o jaleco e enfio dentro da mochila enquanto caminho até a saída do hospital. Os funcionários passam por mim e se despedem, me deixando um boa noite e um até amanhã, mas a única coisa que eu consigo fazer é acenar de volta. Vou sufocar, estou sentindo que vou morrer asfixiada.Preciso de ar.Preciso sair daqui.Olho ao redor, as paredes brancas do hospital me sufocam e acho que a enfermeira vê meu completo estado de pânico, pois ela olha para mim sem parar e se não estivesse retirando sangue do Murilo nesse exato momento, sei que já teria vindo até mim.Último capítuloCapítulo Sessenta e Quatro — Cecília Prado