Um ano depois.
Hoje faz exatos 12 meses desde quando sai da vida dela e resolvi recomeçar a minha de vez.
E hoje é o último dia de aula do semestre.
— Passei cacete! — Betina grita pelo corredor, vindo na minha direção. — Pelo menos foi o que o professor disse ao olhar minha prova. — ela diminui o tom de voz, dando de ombros e me beijando a bochecha. <
O relógio marca 19:15h quando estaciono a caminhonete na frente da casa dela. Betina mora a algumas quadras da minha casa. Ela mora com a irmã mais velha e o cunhado. A mãe delas morreu a alguns anos e deixou a casa para elas. A irmã é arquiteta e o cunhado advogado, ambos são gente boa e super simpáticos. Bruna, a irmã dela, torce para ficarmos juntos, já sei da onde ela tira o poço inesgotável de esperança. Buzino, esperando-a sair e ela abre a porta alguns minutos depois. Ele está parado na minha frente.Theo está aqui. Eu sei que ele me viu, percebi seus olhos em mim e o pânico neles ao me reconhecer.Agora ele está aos beijos com uma ruiva e sinto meu estomago revirar, fazendo a bile queimar em minha garganta.Não devia estar com ciúmes, mas... Inferno! Estou queimando de ciúmes. Ele me beija de volta. Suas mãos sobem para os meus cabelos e ele os puxa com força, me fazendo gemer contra o seu lábio.Ele geme de volta e sinto meu coração dobrar de tamanho, meu corpo queimar e minha alma sorrir satisfeita.Ele ainda me ama.Ele pressiona seu corpo contra o meu e me beija com vontade, com brutalidade, saudade e desejo.Capítulo Cinquenta e Seis — Cecília Prado
Capítulo Cinquenta e Sete — Cecília Prado
Não consigo pensar direito, minha mente ta uma bagunça.Vê-la, me deixou uma bagunça.— Inferno! — sussurro, não querendo chamar a atenção das pessoas ao meu redor.Por que diabos ela tinha que retornar?
Eu sei que isso é errado, não moralmente falando. Não estamos fazendo nada de errado, de fato. Mas, é errado para mim.Para os meus sentimentos e a minha mente. É errado porque assim eu nunca vou conseguir esquecê-la.É errado, porque esse dia ficará martelando em minha mente por anos.Mas por que, mesmo sendo errado, não consigo tirar minhas m&
Acordo numa cama vazia. Já sabia que isso iria acontecer.Então por que, mesmo assim, ainda estou surpresa com isso? A ausência dele me dói o peito e se não fosse pelo cheiro que ele deixou no travesseiro, poderia facilmente dizer que tudo não passou de um sonho bem vivido.Pego o travesseiro que ele usou e abraço, inalando profundamente o seu cheiro e sinto meus
Nove anos depois— Murilo! — Grito do quarto. — Vai logo menino, senão você vai se atrasar! — falo, enquanto termino de arrumar minha bolsa.Tenho que estar na emissora dentro de 40 minutos e tirando que o caminho até lá leva quase o dobro disso, eu realmente estou terrivelmente atrasada. Pelo menos eu sou a gerente do local.— J&aac
Não é possível. Só pode ser uma miragem.Cecília está parada bem na minha frente. Depois de nove anos, desde a última vez que nos vimos, ela está aqui. E acompanhada de um belo garoto, que me olha confuso. — Mãe? — o garoto chama pela mãe que permanece muda. — Você está bem? Ele olha de mim para a mãe, tentand