HenryEu deixei Emma acompanhada de minha mãe me sentindo um pouco contrariado, eu não queria sair do lado dela, principalmente conhecendo seus temores, porém minha mãe não me deu opção. Eu desci até o primeiro andar onde os Cunningham recepcionavam os Madson. — Uma total brutalidade! — Eu ouvi Jamie exclamar antes que sequer entrasse na sala — E ninguém fez absolutamente nada para ajudar a pobre Jovem. — Mas isso aconteceu no meio de todos? — O homem questionou.Os Madson eram uma família de uma fortuna razoável, eles levavam uma vida confortável, mas nada extravagante. Porém eram muito queridos por todos em Bibury e sua opinião era respeitada.Ao ouvir aquela conversa, comecei a desconfiar que Jamie marcara aquela reunião com um propósito.Eu adentrei a sala cumprimentando os presentes com polidez antes de me sentar.— Sr Dashwood, o Sr Cunningham está nos inteirando dos eventos que ocorreram ontem — A Srª Madson exclamou — Estamos horrorizados. — Nós ouvimos muitos comentários
Henry — Eles estão se conhecendo Henry, você sabe o quanto é importante que os Madson tenham uma boa opinião sobre Emma. — Eu não me importo com a opinião deles — Eu murmurei, seguindo até eles, deixando minha mãe para trás. — Srtª Ferguson, você não deveria se ausentar do quarto por tanto tempo — Harriet se levantou apressada ao notar minha aproximação — Sinto muito senhores, mas devo insistir que minha hóspede volte para a cama! — Eu estou bem — Emma respondeu incerta procurando minha mãe com o olhar. — Por favor não se preocupem. — A pobre garota parece mais pálida — A Srª Madson observou. — Sr Dashwood — Harriet se colocou ao meu lado — O Senhor teria a bondade de me ajudar a levar a Srtª Ferguson para o andar superior? — Não é necessário, eu garanto que estou bem — Emma assegurou. — Você não parece bem — Harriet a ajudou a se levantar — Está pálida. — Sinto muito — Ela pediu aos Madson. — Vá descansar, criança — A senhora sorriu de forma acalentadora. Eu ofereci meu b
Emma Henry cumpriu sua palavra, no dia seguinte, ele passou a manhã organizando nosso retorno para Casterly Park que aconteceria em alguns minutos. — Emma, por favor — Harriet insistiu enquanto estávamos sentadas em sua sala pessoal — Pelo menos considere a proposta. — Harriet, o Sr Dashwood jamais consideraria isso — Eu suspirei — Além disso, sinto falta de Casterly Park. Harriet e seu marido, desde que descobriram nosso plano de retorno, estavam insistindo que eu deveria continuar ali com eles por mais algum tempo, ou talvez até o casamento. — Bem, mas você deveria — Ela me lançou um olhar suplicante — Seria muito mais adequado se você se mantivesse ao nosso lado, nós cuidaremos de você como uma família, e quem sabe. — Eu agradeço tudo o que fizeram por mim, de verdade — Eu respirei fundo — Mas eu preciso retornar para casa, eu estou há tanto tempo vagando de um lado para outro, eu só quero me estabelecer em um único lugar. — Vocês não podem ficar para o jantar pelo menos? Fa
Emma Henry se afastou, me oferecendo uma leve reverência enquanto eu tentava não encarar Katherine, posicionando o instrumento para voltar a tocar. Ela se sentou em uma poltrona, e Kitty se aproximou me observando. — É verdade? — Ela perguntou incerta antes mesmo de eu começar a música. — O que? — Eu abaixei novamente o instrumento. — O que eu ouvi, é verdade? — Ela insistiu. Apesar de Katherine ter falado que ela me visitaria, ela nunca chegou a ir, esse era nosso primeiro contato desde a minha exposição. Será que ela vai se afastar de mim também por descobrir que eu sou uma cigana? — Sim, eu sou uma cigana — Eu a encarei, esperando sua reação. — Não isso — Ela revirou os olhos — Eu já estava desconfiada de algo desse tipo. — Eu... — É verdade que meu irmão te pediu em casamento? — Ela insistiu. — Ohh isso? Sim ele me pediu em casamento há alguns dias — Eu desviei o olhar. — Há alguns dias? — Ela exclamou. — Sim, logo após o baile — Eu confirmei. — E por que você não me
HenryEu estava tentando escolher um livro na biblioteca enquanto os outros jogavam cartas na sala de música. Minha mãe tinha me convencido que era melhor que Emma passasse um tempo sozinha para se acostumar à ideia de ter que voltar a frequentar a igreja, porém a todo momento meus pensamentos voltavam à ela. Talvez eu deva pedir que Jerkins a chame, eu posso convencer Kitty a abandonar o jogo e nos fazer companhia na biblioteca.Sim, essa é uma boa solução, eu segui em direção à porta me preparando para chamar a governanta, quando minha tia adentrou a sala de maneira furiosa. Eu senti o cansaço começar a tomar conta de mim, eu já tive uma longa conversa com ela à tarde e não gostaria de repeti-la.— Lady Kinghley.— Eu exijo aquela cigana fora dessa casa, Henry — Ela exclamou — Você precisa despertar dessa loucura!— Nós já conversamos sobre isso, Emma é minha futura esposa e não irá a lugar nenhum — Eu respirei fundo, tentando manter o tom respeitoso à minha tia.— Henry, não me ob
Henry — Se você não contar para ela, ela não descobrirá — Emma sustentou o olhar sobre o meu com firmeza, apesar de notar certo rubor em seu rosto enquanto eu descia os olhos por seu corpo. Seus seios eram exatamente como eu me lembrava, redondos e firmes. Seus mamilos estavam rígidos e convidativos, eu continuei descendo meu olhar por seu corpo até me fixar em seu abdome. Eu senti meu sangue gelar ao notar a série de hematomas espalhados ali, não é à toa que ela sente tanta dor nessa área. — Oh.. — Emma envolveu o abdome com os braços em um abraço improvisado, se encolhendo enquanto tentava esconder aquelas manchas — Talvez não tenha sido uma boa ideia, isso está horrível. Eu dei um passo em sua direção segurando seus pulsos, desfazendo aquela postura que ela havia assumido. — Eu já disse Emma, Você é linda. Não existe marca nenhuma que mude minha opinião — Eu garanti olhando em seus olhos. Guiei suas mãos até meu pescoço, incentivando-o a envolvê-lo antes de unir nossos lábio
EmmaEu estava tentando acalmar um pouco meus ânimos na sala de música enquanto aguardava todos, apesar de meus protestos Henry realmente insistiu que eu o acompanhasse à igreja. Por conta da ansiedade despertei antes do sol nascer, e assim que me arrumei fui para a sala de música.— Emma, está pronta pra isso? — Henry perguntou ao me ver sentada próximo a uma janela, observando o lado de fora.— Faria alguma diferença se eu falasse que não? — lhe lancei um olhar sentido.Por que ele não pode entender o quanto aquilo me assusta? Ele age como se fosse algo normal, mas não é! Eles me querem morta.— Emma, nós já conversamos sobre isso — Ele suspirou — Se você não for, apenas dará lado para que as fofocas aumentem.— Eles não me querem lá Henry — Eu apontei — Eles não querem que eu participe dessa sociedade.— Emma.— Eu cuido disso, Henry — Katherine pediu, nos observando da porta.— Mãe — Henry lhe lançou um olhar de aviso.— Eu sei o que eu preciso fazer, Henry — Ela garantiu.Ele sai
Emma Uma quinzena se passou, fazendo com que as coisas começassem a se acalmar. Christopher Kinghley decidiu partir após receber uma carta descontente da Lady Kinghley, ele porém garantiu que retornaria antes do nosso casamento que ocorreria no próximo mês, pouco antes do natal. Assim como Katherine previu, pouco a pouco as pessoas pareciam esquecer o que aconteceu, principalmente após o sermão do Reverendo Downey. Henry voltou a receber alguns convites para jantar ao decorrer daquela quinzena e hoje seria a primeira vez que eu o acompanharia depois de tudo o que aconteceu. — A senhorita parece agitada — Jerkins comentou enquanto me ajudava a arrumar o cabelo. Os hematomas que cobriam meu rosto tinham finalmente desaparecido, fazendo com que eu pudesse enfim começar a superar tudo o que tinha acontecido, a única coisa que permanecia era aquela mancha vermelha em meu olho direito, todos falavam que sumiria com o tempo, eu não via a hora que isso acontecesse. — Eu não sei o que esp