KimUm suspiro, um sorriso pequeno e preguiçoso, uma espreguiçada relaxante e em seguida abro os meus olhos. No entanto, percebo que não estou no um quarto e lembrar da noite passada faz o meu coração disparar erroneamente. Portanto, me viro devagarinho para o lado o encontro bem ali do meu lado, dormindo como um anjo de feições duras. Dois pensamentos preenchem a minha cabeça imediatamente. Sair correndo daqui antes que ele acorde e me veja, ou... ficar e apreciar mesmo sabendo que depois ele vai me esculachar e me botar para correr para fora desse quarto.A segunda opção com certeza é a pior escolha, mas foi essa que eu escolhi. Portanto, me deixo ser absorvida pela sua imagem rígida e máscula, porém, linda. Cílios negros e cheios, e as sobrancelhas também, um belo maxilar quadrado e uma boca meio rosada.Me pego sorrindo. É a primeira vez que tenho uma chance como essa e confesso que estou ansiando tocá-lo.Não faz isso, Kim, só saia daqui e tudo ficará bem. A minha consciência ped
Artêmis— O que é isso? — pergunto assim que o meu irmão joga o jornal em cima da mesa, na minha direção.— O resultado da brincadeirinha do tal Vladmir. — Curioso, abro o papel que está dobrado ao meio e pressiono os lábios para conter um rugido. — Essa é a primeira mancha na história da Law e Order, Artêmis. — Ele rosna e esmurra a mesa em seguida.Advogado do grupo Law e Order perde caso importante e prejudica centenas de trabalhadores das indústrias Denver. Leio a manchete.— Eu sinto muito, Athos! — sibilo largando o papel no tampo.— Você se desculpa? — Ele me encara em fúria. — Nós fomos sabotados, Artêmis. Qual é a sua culpa nisso? — Meu irmão grita e logo escutamos algumas batidas na porta. — Ah, Andreas alguma novidade?— Nenhuma. Sem o seu sobrenome e o seu rosto fica difícil. É como encontrar uma agulha no palheiro. Sinto muito, meu amigo!— Ok, o plano é o seguinte. Você vai reabrir esse caso alegando sabotagem. A equipe de TI já está mexendo no seu computador para recup
Artêmis— Sorria, Artêmis todos estão nos olhando. — Kimberly pede sutilmente assim que adentramos o prédio onde uma gama da alta sociedade nos dirigem seus olhares cheios de surpresas e algumas mulheres iniciam um burburinho que chega a me incomodar. Não é para menos. Todos eles sabem o que me levou a esse lugar. Uma fatalidade, uma cadeira e o abandono de um amor que um dia eles apostaram alto. A final, faltava pouco para a celebração do casamento mais esperado.— Artêmis Mazza, confesso que a sua presença aqui essa noite é uma grande surpresa. — Jardel Moscow um dos nossos maiores adversários diz se aproximando e imediatamente ele me estende a sua mão.— Pois é, nunca é tarde para se levantar das cinzas.— Cinzas? Meu amigo você é um adversário em potencial. Já me pôs no chinelo por muitas vezes. — Sorrio me sentindo vitorioso. — Soube do caso Denver. Eu não esperava aquela reviravolta.— Eles não vão festejar por muito tempo.— O que você está dizendo, rapaz?— Que vou revogar.—
ArtêmisUm irmão. Eu sempre soube que haveria uma possibilidade a final os meus pais se separaram muito cedo e por algum motivo, Dominique Salazar, vulgo minha mãe evitou o contato com ele desde então. Não vou dizer que senti falta de uma figura paterna. Ela sempre cobriu essa nossa necessidade com a sua presença, mas saber que temos um irmão e que ele é o nosso inimigo declarado é realmente assustador. Quer dizer, ele sabe muito tanto sobre o Athos quanto sobre mim. Mas como ele sabe eu não faço a menor ideia.— Você está bem? — Desperto com o som doce da sua voz do meu lado e bufo ainda irritado.— Não — respondo seco e sem tirar os meus olhos da janela.Lembrar do seu olhar vitorioso me deixa puto da vida e saber que eu lhe dei essa chance é o que me deixa revoltado. Deus, o Athos vai pirar quando souber o que eu fiz. Um beijo suave no meu rosto me desperta outra vez e logo uma sequência deles me faz olhá-la.— Você precisa se acalmar, querido. — Ela sussurra docemente vindo para o
Artêmis— Eu não entendi. Nós fomos abandonados por esse homem, vivemos tempo difíceis sem contar com ele para nada. Por que o idiota do Vladmir quer nos atingir? — Procuro saber.— Eu não faço ideia. — Athos respira fundo. — Está na hora de fazer uma visitar ao Senhor Vidal Mazza. — Meu irmão fala se levantando da cadeira e vai para perto de uma parede de vidro. Ele encara o lado de fora em silêncio enquanto encaro o Andreas sem entender o que ele quis dizer.— Quando vamos lá? — inquiro.— Você não, eu vou! — O tom frio na sua voz me diz que ele está tentando se controlar.— Como assim?— Eu vou sozinho, Artêmis. — Uma batida na porta nos faz olhar na mesma direção e um dos advogados passa por ela trazendo um jornal na mão.— Senhor Mazza, o Senhor precisa ver isso. — Ele estende o papel e o meu irmão o segura. Contudo, à medida que lê algo nele a sua fisionomia endurece rigidamente, amassando o papel com tanta raiva que chego a me perguntar o que tem escrito ali.— Eu vou destruir
Kim— Kim, será que você pode... — Escuto a voz da minha irmã dentro do quarto e me forço a abrir uma brecha de olhos.— Ollie? — Solto um resmungo preguiçoso e olho ao meu redor, encontrando alguns raios solares invadindo o meu quarto através das brechas das persianas escuras. — Ollie, é você? — sussurro sonolenta e tento me levantar, mas sinto o peso do seu braço envolvendo a minha cintura. Só então percebo que ele está dormindo aqui do meu lado. Meu coração dispara de felicidade apenas com o fato de ele estar aqui e me pego sorrindo de boca fechada.Lembrar dos seus gritos no dia anterior me deixa angustiada. Eu sei que ele está com raiva e que está sofrendo também, mas também percebi que não será fácil me aproximar quando ele estiver assim. Devo dizer que isso é frustrante. Quanto mais eu tento me aproximar desse homem, mais distante me sinto dele. Penso e me viro devagar para ficar de frente para ele. Contudo, quando o calor da sua respiração bate suave no meu rosto me permito fe
Kim— O que é isso? — Artêmis inquire se aproximando e no ato, ele segura a minha mão que está sobre o mouse, o arrastando para qualquer direção. Pressiono os lábios para não rir, enquanto ele se aproxima ainda mais para aspirar o seu cheiro.— O que está fazendo, Senhor Mazza? — questiono baixinho mantendo o meu olhar na tela do seu computador.— Não é óbvio? Estou gravando o seu perfume dentro de mim. — Meu coração erra uma batida e dessa vez não seguro o sorriso bobo.— Gravando? Por que precisa gravá-lo?— Para eu não quero me esquecer dele nunca.— Você fala como se eu fosse para longe, Senhor Mazza, mas eu não vou a lugar nenhum — sibilo me virando para olhá-lo e a sua boca assalta a minha no mesmo instante. — O que você está fazendo? — ralho levemente exasperada, achando graça desse seu comportamento irreverente. — Alguém pode nos ver aqui!— Que vejam, eu não me importo! — Meu sorriso se amplia. Contudo, me levanto da cadeira. — Onde pensa que vai, bailarina?— Trabalhar na mi
Kim— Bom dia, Kim! — Minha irmã diz com alegria.— Bom dia, Ollie! — respondo-lhe um pouco desanimada.— Alguém viu o Artêmis hoje? — Athos pergunta e imediatamente fito o seu lugar vazio.— Ele saiu bem cedo. Disse que tinha lago para resolver. — Victória responde e logo eles entram em uma conversa animada sobre enxovais e bebês. Os observo sorri por alguns instantes enquanto conversam, porém, já não escuto mais nada além das batidas do meu coração.— Eu vou para Londres — digo de repente atraindo os seus olhares especulativos para mim.— Que conversa é essa, Kim? — Ollie pergunta atordoada.— É que... eu... recebi uma proposta e resolvi aceitá-la.— Que proposta?— É para ir para uma renomada escola de dança. Eles têm um projeto e me convidaram.— Kim, mas que notícia maravilhosa! — Forço um sorriso quando a minha irmã se levanta da sua cadeira para me abraçar e logo recebo o abraço de todos.— Estou feliz de saber disso. A Olívia me contou que esse é um grande sonho seu.— Verdade