Philip Nosso almoço foi um tanto constrangedor. Nossas sobrinhas nos entregaram fácil, na frente de todo o resto da família. Claro que a Mônica e o Benjamim já sabem que estou perdidamente apaixonado pela minha vizinha, mas ainda não admiti isso para era. Mas se a Paulinha disse aquelas coisas, será que pode também ser verdade? Depois do almoço viemos para o quintal da casa da Mônica e ficamos conversando, até o clima pesar entre eu e a Sarah, e ela entrar na casa sem dizer uma palavra. Olho para a cadeira que ela estava e não consigo entender o que se passa. Por que ela reagiu assim? Ela leu o que estava na carta? Me declarei para ela, levei um puxão de orelha do seu amigo que me fez perceber que tinha que arrumar as coisas o mais rápido possível, que seria agora mesmo. Mas aí ele sugere que eu tenha feito uma lista, e realmente eu fiz. Fazer uma lista de prós e contras e da clareza das coisas, mas não queria que ela tivesse lido assim, se ela me ouvisse... Percebo que e
Paro de correr quando vejo alguém num canto resmungando algumas coisas em voz baixa. Desacelero a minha respiração. E foi quando a achei do mesmo jeito que a Samara a descreveu, falando sozinha, brigando consigo mesma, contando e respirando fundo, era desesperador para quem a via, imagina o que ela estava sentindo. E foi quando tive uma ideia louca de distraí-la, e no final deu certo. Disse fatos malucos que li esses dias em uma página nas redes sociais. Coisas que ninguém sabe porque ninguém quer saber. Mas funcionou, ela voltou a si depois de um tempo. Ouvi-lá dizer que achou que iria morrer cortou meu coração, o que você tem meu azul do céu? Não posso perguntar, poderia fazer tudo piorar, então faço o que ela quer, e levo de volta para casa. Coloco ela no carro e entro na casa. — Ela está bem, só quer ir pra casa — digo assim que entro e sou bombardeado por olhares. — Tudo bem, vamos então — Sami fala. — Acho melhor deixá-la sozinha — digo. — Não, quero estar lá se ela p
SarahDepois de uma noite totalmente mágica eu só estou pensando em uma coisa: Dormir!Assim que chegamos em casa, ele me deixa na porta do meu apartamento e logo entra no seu. Acho que temos a mesma ideia do queremos fazer, que é dormir.Mas chegando em casa já encontro a Sami acordada. Sorri ao ver que meu apartamento não estava mais vazio.Apesar de gostar do meu espaço e gostar de ficar sozinha, eu não gosto de me sentir assim. Eles fazem falta nos meus dias, assim como os meus vizinhos também fazem quando não estamos juntos.— Sami — falo assim que fecho a porta. Caminho até a sala ao seu encontro. Ela estava sentada, acho que me esperando.— Sarah! Isso são horas? — ela fala preocupada. — Espero que tenha uma história muito boa — ela diz mudando a sua afeição, para uma Samara curiosa.— Ah se tenho — digo me lembrando da noite. — Mas não sei se vou te contar.— Não deixa uma mulher grávida irritada — ela diz dando espaço para que me sente no sofá com ela.— Será? — digo sentando
SarahComo todos os dias, acordo atrasada e saio correndo do meu apartamento, não poderia acreditar que iria me atrasar para uma reunião.Eu trabalho em uma das empresas mais conhecidas desse país, e aqui na cidade ela é grande o bastante, do tipo que dificilmente você consegue conhecer a todos, temos escritórios em quase todos os Estados do Brasil, eu particularmente trabalho e resido em Sergipe. Sou formada e atuo como administradora, e estou concorrendo a uma grande promoção, e esse será esse o motivo da nossa reunião hoje. Assim que chego no escritório, vou direto para sala de reuniões. Assim que entro vejo no relógio que estava no horário exato na reunião, nem um minuto antes e nem um depois. — Pontual como sempre — meu chefe diz. Apesar de sempre acordar tarde eu tinha a estranha forma de chegar no horário, acho que devo ter muita sorte.— Bom dia, senhor Gomes — o cumprimento e me sento junto ao mesmo. — Bom dia — fala o Antony ao adentrar na sala de reuniões, sorri em cump
SarahEstou tão cansada com essa mudança, que nem sai de casa, na verdade, nem sei se posso chamar isso de casa.Estou em um hotel, isso mesmo, um hotel!A empresa disse que não conseguiu nenhum apartamento para alugar por apenas 5 meses, como foi uma mudança rápida eles não conseguiram fazer tudo no período curto de tempo, e agora eu tenho que morar no hotel até eles resolverem este problema.Eu nem desfiz as minhas malas, não consigo me acostumar a morar em um hotel, é tão impessoal. Hoje é meu primeiro dia no trabalho e não posso me atrasar, por isso, assim que me arrumo, pego minha bolsa e chamo um carro pelo aplicativo. Ele não demora a chegar e seguimos até o escritório. Assim que paro de frente ao prédio fico parada do lado de fora admitindo. Depois de tanto tempo, e pensar que foi aqui que as coisas começaram a mudar.Me vieram várias lembranças a mente, o passado aqui é tão presente.Decido afastar esses pensamentos e entrar na empresa. Foco Sarah!— Bom dia, sou nova aqu
Philip Acordo com uma gritaria no andar de baixo, e sei que as crianças já estão acordadas. Desço para ver o estrago da casa.Desde que a minha irmã e minhas sobrinhas vieram para cá, a casa de manhã cedo é uma zona, como esperando, havia comida espalhada pela cozinha e vários brinquedos no chão. É difícil estar acostumado a viver sozinho e na paz do meu apartamento, e agora ter três bagunceiras para desorganizar tudo. Mas as amo, e sempre ajudo quando precisam.Respiro fundo depois da minha pequena reflexão e vou até elas. — Bom dia, dorminhoco — diz a minha irmã segurando a bebê Liz. — Quando voltar arrumo tudo, vou deixar a Liz na creche, pode levar a Laurinha para a escola?— Claro — falo depois de ser bombardeado com tanta informação. — E bom dia.Me despeço da minha irmã e depois vou até minha sobrinha que já espera sentada no sofá. — Vou só tomar um banho, pequena — aviso antes de me retirar. — Quando voltar não quero um brinquedo no chão. Subo as escadas até o meu banhe
SarahAntes de ir ao trabalho passo na cafeteira perto do trabalho, sim, a cafeteira que ouvi meus novos colegas falando mal de mim. Peço um café expresso e um pão de queijo. Amo pão de queijo.— Aqui senhora — o atendente me entrega.— Grata — agradeço.Penso em apenas ir ao trabalho e comer lá, mas ao mesmo tempo, penso em ficar e socializar com as pessoas. Mas mudo de ideia assim que penso naquela garota falsa, Britney o nome dela. Reviro os olhos só de pensar.Vou ao trabalho, e lá realizarei minha refeição matinal, e dessa vez, tomo cuidado para não esbarra em ninguém.Assim que chego, subo ao meu escritório e sento na minha cadeira colocando o saquinho com o pão de queijo na mesa e o café no meu porta copos, na minha mesa também. Após me organizar, entre alguns goles de café, abro o saquinho onde o meu pão estava. Sorri logo que o vi.Uma curiosidade sobre o pão de queijo Sergipano. Ele é diferente a maioria dos pães de queijo do restante do país. Não digo todos, pois ainda n
SarahTerminamos de comer e eu peço a conta.Após pagar por nosso almoço, voltamos para o escritório. Ela estava super tagarela, brincamos, cantamos e conversamos o caminho inteiro. Acha que é cedo demais para me apaixonar por essa criança? Ela me lembra a minha afilhada, tão esperta quanto ela. Que saudade dela.Assim que chegamos ao escritório ela olha para mim com uma cara de dor.— Tia, minha biga tá doendo — ela fala alisando a barriga. — Vamos ao banheiro — digo pegando sua mão. Quando chegamos ao banheiro ela vomita tudo o que comeu. Seguro seu cabelo e a ajudo a se limpar depois. — Não deveria ter te dado macarrão, a Dani falou que você tinha passado mal na escola. — Acho que tomei leite estragado no café da manhã — ela resmunga enquanto a limpo. Coloco ela sentada no mármore da pia e limpo a sua farda que havia sujado de vômito. — Acho melhor trocar de roupa — digo vendo que o cheiro da roupa não está nada bem.— Só tenho essa roupa, tia. — Tudo bem, vamos dar um je