— Tia, tô com fome — Laurinha fala alisando a barriga. — Então vamos ver o que consigo para vocês comerem — digo vendo a Paulinha fazer o mesmo gesto. — E depois, temos que ter uma conversa muito séria com vocês — Philip fala. Elas se entreolharam como se tivessem sido pegas por alguma travessura. — Não fui eu, tio — Laurinha fala me fazendo rir. — Nem eu — Paulinha diz. — Não dissemos que vocês fizeram alguma coisa — digo. — Só temos uma notícia para dar, e queremos que sejam as primeiras a saber. Sabe, uma conversa de adulto. Elas sorriem empolgadas. Vamos até a mesa que tinha algumas guloseimas e sirvo as duas, e elas saem correndo com a comida logo depois. — Acho que abordamos elas de maneira errada — digo a julgar pela pressa que saíram. — Ou só estão com fome — ele fala com as mãos no bolso da bermuda. Nego com a cabeça. — Não, acho que a minha teoria é a certa. — Ah, esquecei — ele diz tocando no meu nariz. — A dona da razão. Reviro os olhos e sorri. — Sempre! E
Sarah Minha tia se adaptou rápido ao ambiente, parece que estudou e pesquisou sobre todos os assuntos que estão sendo falados nesta conversa.Acho que eles gostaram dela, tia Safira tinha um jeito diferente de conquistar todo mundo.— E o bolo? — Paulinha aparece perguntando.— Verdade, vamos bater os parabéns — Sami diz.Bater os parabéns é uma expressão bastante usada que significa o mesmo que cantar parabéns, caso nunca tenha ouvido.Mônica chama a todos para a mesa do bolo, minha tia levanta sorrindo, mas consigo ver o seu olhar triste. Sei disso porque é o mesmo olhar que carrego, mas ninguém nunca percebeu.Sei que ela queria mesmo estar aqui, e se esforçou para isso, esse dia dói no coração de todos nós.— Se quiser posso te livrar dos parabéns — Phil fala no meu ouvido. Sorri para ele.— Tudo bem, vai ser rápido — digo e ele assente com a cabeça, mas não parece convencido. No momento que acendem a vela ouvimos orações, orações altas e em uníssono.Eles não parecem se importa
Sarah As horas se passaram e já estava ficando tarde, eles nos chamam para entrar em casa.Mas nossos amigos disseram que já queriam ir para casa, e eu também tinha compromisso.Ajudamos eles a arrumarem as coisas, tínhamos que ir embora porque íamos levar a Sami, Antony e Paulinha para o aeroporto.— Tenho que fazer uma coisa, mas não saiam daqui — digo me referindo aos nossos amigos que já queriam ir embora.Puxo o Phil comigo. Temos que contar as meninas antes de contar aos outros sobre nosso namoro, devemos isso a elas. E não teremos outro momento para contar a eles.— O que quer fazer? — Phil pergunta estranhando ter sido chamado para o canto desta forma.— Temos que falar sobre o nosso namoro — explico sorrindo igual uma boba apaixonada.— Então vamos — ele fala confuso. — Oh, as meninas — reviro os olhos.— Sim, primeiro elas e depois eles — ele sorri e pega minha mão para sairmos à procura.Ele me abraça por trás enquanto andamos procurando por elas, isso faz que andemos deva
SarahTudo o que mais quero agora é ir para casa e descansar, mas me parte o coração lembrar que meus amigos vão embora, mais uma despedida. Quero adiar ainda mais esse momento.Caminhamos até a casa, antes de entrar me preparei para as perguntas que íamos receber.Entramos na casa novamente, e já pudemos ouvir as vozes de todos.— Tudo bem por aqui? — Phil pergunta como se não soubesse o motivo.— Eles não estão acreditando, tio — Laurinha fala cruzando os braços chateada.— Ninguém acredita nas crianças — Paulinha revira os olhos.— As meninas disseram que vocês estão... — Dani fala logo depois das meninas, ignorando os seus comentários. — Vocês estão...?— Namorando — respondo com um sorriso enorme.— Não acredito! — Rebeca fala pulando em nós dois.— Parabéns — Dani e Jonathan falam.E assim foi o mais rápido dos comunicados. As meninas são melhores que nós nisso.Sorri boba com a reação deles. Meu amigos são os melhores do mundo.— Como isso aconteceu? — Rebeca quis saber.— Eles
— O que ele te disse? — Phil pergunta curioso. — Ele passou bastante tempo falando coisas em seu ouvido.Sorri.— Está com ciúmes? — pergunto rindo dele. — O Antony é o meu melhor amigo, e ele estava me ajudando com uma questão.— Não estou com ciúmes, mas seria bom se a minha namorada dividisse os segredos dela comigo também.— Talvez um dia eu te conte esse — sorri e pisco para ele. Ele não responde nada, mas não parecia chateado, acho que foi só o que ele disse mesmo, que quer que eu divida mais as coisas que penso e que estou passando.Pego em sua mão e o carrego para fora do aeroporto, vamos finalmente para nossa casa.- - ❤️ - -O fim de semana foi repleto de emoções e não tive muito tempo para mim ou para o trabalho. Voltar hoje a ativa foi dureza. Meu corpo só pedia a cama, e meu cérebro só pedia descanso, mas nada me impediu de dar o meu máximo no trabalho hoje.Depois de uma manhã longa de trabalho, vou almoçar com o Philip. Ninguém, além dos nossos amigos, sabe que estamos
Philip Depois de um final de semana agitado e cheio de surpresas, eu finalmente posso dizer: sou o cara mais feliz do mundo!Sei que parece clichê, mas a Sarah é a melhor pessoa, e, finalmente, minha namorada.Saber do passado dela e das feridas que carrega, me fez ficar ainda mais preocupado com a morena, ela sempre parece tão feliz, nem posso acreditar que passou por tantas coisas. Eu por outro lado, eu era um chato por causa da magoa que guardo dos meus pais, tenho muito o que aprender com a Sarah.Depois desse final de semana e dos acontecidos, não quero desgrudar da Sarah nem mais um segundo, e não sabem como é difícil fazer isso no trabalho. Ela passa linda pela minha sala, todos a olham e fazem questão de cumprimenta-la, ela não faz ideia o quanto é amada, e eu sei que é impossível não gostar dela. Ela é gentil, ajuda as pessoas, uma líder nata, ama o que faz e sabe ensinar, não tem medo de errar e nem de arriscar, ela se garante e sabe que é maravilhosa. Uma confiança assim,
SarahPassamos a noite juntos ontem, ele me faz se sentir melhor só de estar por perto.Com toda a pressão no trabalho está sendo difícil manter a calma e não surtar, mas me considero sortuda por ter o Phil para me ajudar.— Amor, a Mônica nos chamou para jantar com eles hoje, tudo bem pra você? — ele pergunta enquanto termina de nos arrumar para irmos ao trabalho. É estranho ouvir esse apelido carinhoso, mas fico feliz quando ele me chama assim.— Sim, adoro ir para casa deles — digo. — Mas vamos voltar para casa ou ir direto do trabalho?— Pensei em voltar para casa, a gente vai num carro só e dá tempo de nos trocar.— Tudo bem, acho melhor também. Tomamos o café da manhã juntos logo cedo, após terminar de nos vestir saímos em direção ao trabalho.Cada um no seu carro, para manter as aparências.Não é como se eu não quisesse que as pessoas soubessem do nosso relacionamento, só acho que no momento não seria o ideal, estou aqui para melhorar os números da empresa, para concorrer ao c
Philip Antes de sairmos para trabalhar sugiro a Sarah de irmos para casa da Mônica, que desde que começamos a namorar não para de nos chamar para ficar lá. Antes disso já tinha um vínculo de amizade com a minha morena, mas agora não quer sair de perto dela. Gosto da relação das duas, e fico feliz em ver que as duas mulheres mais importantes da minha vida se dando tão bem. A Sarah aceitou o convite e combinamos de ir juntos daqui de casa. Quando terminou meu expediente fui para casa sozinho como de costume, me arrumei e fui bater à porta para chamar a minha Sarah. Mas ela não atendeu, e foi aí que resolvi ligar e ver se estava tudo bem. Ela está ainda no trabalho a essa hora é uma coisa tão dela, que é impossível não achar graça. Ela diz que estava vindo, e pediu 20 minutos para se arrumar, e foi exatamente o tempo que ela precisou para me deixar de boca aberta ao vê-la toda arrumada. Mesmo não estando elegante com muita maquiagem, ela era ainda mais ela quando me olhava daquele j