Milena Fernandes Assim que a porta fechou a expressão no rosto de LC mudou completamente, antes seu olhar era curioso sobre mim e agora, estava escuro, cheio de fúria. Comecei a suar frio com o arrepio que subiu a minha coluna quando me encarou, engoli em seco a saliva grossa que insistiu em descer rasgando. Me vi nervosa, num beco sem saída com um monstro me perseguindo, só que dessa vez, era real. Leandro estava ali, pronto para me estrangular tamanha a raiva que brotava em seus olhos. Fiquei em silêncio esperando qualquer sinal de agressividade, gritos ou até mesmo um tiro com a arma que carregava pendurada e que causava um rebuliço em minhas entranhas. — Você é a irmã da Mirela, né não? — foi o primeiro questionamento que me fez e congelei. A imagem da minha irmã morta em meus braços veio em mente, o choro dos meus pais quando souberam que não tinham mais sua filha viva e a dor dilacerante que senti por todo aquele tempo vieram me atropelando. Meu rosto mudou, endureci a pos
Leandro Caio (LC) A raiva que eu sentia não se dispou ao arrebentar a cara dessa vagabundä. Nunca deixaria alguém como ela me desrespeitar na minha casa, porque esse morro era o meu lugar e não tirariam minha autoridade em nada aqui, muito menos uma qualquer. Milena pagaria caro por querer me passar de otáriø e quando acordasse vai ver que seu inferno particular começou. Qualquer movimentação que eu fizesse já tava ligado que Coreano ou Marreta iam colar aqui. Pensei na possibilidade de descer ela no postinho, mas assim todos saberiam do que aconteceu e de julgamentos já estava cheio. Peguei meu celular no bolso discando o número do GG, chamou algumas vezes até que atendesse. Ligação on: — GG tá ligado na antiga casa da Melissa? — eu cortei qualquer cumprimento indo direto ao ponto. — Fala chefia, já tô ligado pô. O que tá rolando? — indagou ele. — Pega um carro e desce aqui na casa dela, sem alvoroço tá ligado?! Não conta para ninguém e vem na maciota. — encarei o corpo jo
Melissa Ribeiro Eu sabia! Leandro ia acabar matando minha amiga e isso era culpa do Marlon, a grande língua do Coeano, vulgo meu namorado. Quando ele citou o nome de Milena prestes a sair daquela casa senti um arrepio subir a minha nuca, mas não quis parecer paranoica porque o infeliz do LC não teve reação alguma para indicar que havia entendido os sinais. Estava na boate discutindo com meu Coreano gostoso quando abri o celular e a primeira coisa que apareceu foi um post no perfil de fofoca do morro dizendo que uma equipe médica tinha sido acionada para casa do "patrão" após ele sair da minha antiga casa. Curiosos como são, os moradores já ficaram espertos e estavam em busca de mais informações, mas arrastei Marlon para o morro enquanto tentava ligar com o celular dele e com o meu para falar com o filho da püta do Leandro. Até pelo rádio de comunicação meu namorado chegou tentar se comunicar com ele, mas fez questão de não atender nenhum dos dois depois de algumas tentativas n
Leandro Caio (LC) Me vejo em uma confusão de sentimentos contraditórios, a raiva pela ocultação da identidade de Milena com todos sabendo quem ela é e o que planejava durante todo esse tempo. E o arrependimento por ter arrebentado a garota na porrada. Fazia pouco tempo que vieram avisar que ela ia subir direto para sala de cirurgia e eu não tinha ideia como Coreano veio para cá trazendo Melissa junto, mas precisava me controlar para não arrebentar ele também. Todos sabiam que a morena era irmã da vagabundä da Mirela, ninguém quis chegar em mim mandado o papo e me deixaram passar como otáriø perante o morro já que fiquei como um filho da püta obcecado nela, desde o primeiro contato nosso. De cabeça baixa sentado num canto mais afastado do casal respiro fundo pensando nas consequências dos meus atos. Antes de sair de casa me planejei para após a sua recuperação levá-la para minha casa, colocando como uma empregada durante o dia e a noite, seria minha püta assim como Mirela foi. Mas
Fernando Pessoa (Falcão) Eu era um cara de boa, não curtia explanar pra geral as mina que eu pegava e curtia mais, deixava somente as piranhä de rolê serem expostas comigo. As que eu tinha um bagulho a mais, nunca ninguém soube de nada e pô, quando meus olhos viram ela, eu soube que era pra mim. Fiquei fascinado em seus olhos desconfiados em cada esbarrão que dávamos e foi assim que Milena virou meu objetivo. Me afastei das festas que eles davam, aos poucos deixei de cheirar como ainda fazia e o vício foi difícil de lidar, mas consegui. Burlei o quanto pude para ela não arrumar um emprego, para conversar comigo e nada aconteceu. Ontem pela noite, eu sentia que algo não estava certo e fui até a sua casa para tentar de uma vez me declarar, contar o que sentia por ela. Tudo que ficou preso aqui dentro. Bati na porta depois de pular o portão, chamei ela muitas vezes até que desisti percebendo que não estava. Meu cotação acelerou sabendo que ela tinha ido para a SexyGirl, aquele lugar
Leandro Caio (LC) A preocupação começava a me atingir, fazia três horas que Milena estava em observação após a cirurgia e isso foi a única coisa que avisaram, sem mais detalhes. Assim que chegou no hospital e a levaram não fizeram questão de explicar nada do que acontecia, mas depois que recebeu a transfusão de sangue ainda no centro cirúrgico, vieram informar tudo o que fizeram. A enfermeira maldita não voltou aparecer, parece que tinha tomado um chá de sumiço, no seu lugar veio uma novinha com o jeito todo delicado, fazia pouco tempo.Milena tinha tido uma ruptura no baço, três costelas fraturados e o mais preocupante para os médicos era o traumatismo craniano, onde não sabiam quais seriam as sequelas que teria ou até mesmo se acordaria. Ali meu mundo desabou com o olhar carregado de Melissa sobre mim. Além de uma infecção pulmonar que agravou a situação no meio da cirurgia e tiveram que fechar antes mesmo de fazer a descompressão craniana, iam esperar algumas horas para saber com
Milena Fernandes Tinha acabado de sair de uma loja com meu primeiro emprego no Rio garantido, era uma vida totalmente nova que estava levando aqui e justamente no segundo dia que chegamos já estava de carteira assinada. Precisava pegar um único ônibus que me deixava perto do Complexo da Maré onde atualmente morava com minha irmã, Mirela. Foi difícil sair do interior de Maceió para tentar uma vida nova aqui, nossos pais foram contra e queriam nossa permanência lá na cidade junto de todo restante da família. Eu bati o pé porque queria ter uma vida boa e lá eu sabia que não conseguiria ter, Mirela me apoiou nesse sonho e por isso a trouxe comigo, fora outros motivos. O trabalho foi dobrado como garçonete e atendente de padaria para poder pagar nossa viagem e moradia para uns meses. [...] Fazia uma semana que estávamos morando na Maré, não por escolha minha e sim, de Mirela que disse ser barato e que não teria riscos para nós duas. Eu confiava na minha gêmea e por isso não me opus.
LC (Leandro Caio) Pørra. A Ingrid era totalmente loucona de achar normal eu querer comer outras mina mesmo casado com elas. Tinha batido o pé que podia continuar comigo se tivéssemos um acordo, que mina doida que fui arrumar? Tá ligado que bandido é bicho solto, né não? Não sou diferente de qualquer outro, mas nois tem um tempo que quer um carinho e um bagulho de romance pô. Foi numa dessas que casei com essa doidona. Ingrid era a mina mais gostosa do baile e eu tava com os menor da resenha, foi coisa de aposta quando colocaram cinco mil pra quem conquistasse a filha rebelde do pastor. Não deu outra, os cara foram pra cima e eu só curtindo de canto vendo como ela recusava cada um deles. Meu ego ficou gigante quando a vagaba subiu pro camarote com o meu melhor amigo, o Marreta. Já acostumado a dividir as marmitas comigo, e chegou logo me oferecendo ela, que não negou a proposta, mas papo era de conquista então neguei a püta. Falei na cara dela que só queria o bagulho entre nós doi