Fernando Pessoa (Falcão) Eu era um cara de boa, não curtia explanar pra geral as mina que eu pegava e curtia mais, deixava somente as piranhä de rolê serem expostas comigo. As que eu tinha um bagulho a mais, nunca ninguém soube de nada e pô, quando meus olhos viram ela, eu soube que era pra mim. Fiquei fascinado em seus olhos desconfiados em cada esbarrão que dávamos e foi assim que Milena virou meu objetivo. Me afastei das festas que eles davam, aos poucos deixei de cheirar como ainda fazia e o vício foi difícil de lidar, mas consegui. Burlei o quanto pude para ela não arrumar um emprego, para conversar comigo e nada aconteceu. Ontem pela noite, eu sentia que algo não estava certo e fui até a sua casa para tentar de uma vez me declarar, contar o que sentia por ela. Tudo que ficou preso aqui dentro. Bati na porta depois de pular o portão, chamei ela muitas vezes até que desisti percebendo que não estava. Meu cotação acelerou sabendo que ela tinha ido para a SexyGirl, aquele lugar
Leandro Caio (LC) A preocupação começava a me atingir, fazia três horas que Milena estava em observação após a cirurgia e isso foi a única coisa que avisaram, sem mais detalhes. Assim que chegou no hospital e a levaram não fizeram questão de explicar nada do que acontecia, mas depois que recebeu a transfusão de sangue ainda no centro cirúrgico, vieram informar tudo o que fizeram. A enfermeira m*****a não voltou aparecer, parece que tinha tomado um chá de sumiço, no seu lugar veio uma novinha com o jeito todo delicado, fazia pouco tempo. Milena tinha tido uma ruptura no baço, três costelas fraturados e o mais preocupante para os médicos era o traumatismo craniano, onde não sabiam quais seriam as sequelas que teria ou até mesmo se acordaria. Ali meu mundo desabou com o olhar carregado de Melissa sobre mim. Além de uma infecção pulmonar que agravou a situação no meio da cirurgia e tiveram que fechar antes mesmo de fazer a descompressão craniana, iam esperar algumas horas para saber com
Oculto Esse era o momento perfeito para me infiltrar no morro, o único trouxa no comando era Marreta e era fácil de entrar lá dentro. Leandro sempre foi esperto e sagaz quando o assunto era aquele lugar, mas era aparecer um rabo de saia que o deixasse fissurado, tudo mudava. Ingrid foi a que mais durou e por pouco tempo chegou a ser seu ponto fraco, ele não era burro como os outros para cuidar dos negócios e era por isso que agora eu iria chegar de fininho naquele lugar. Meus colegas de trabalho tentaram diversas formas de encontrar Ingrid e tirá-la de lá, mas nenhuma das vezes tiveram sucesso. Vocês querem saber o motivo? Pois é, eu sei que sim. É banal para muitos, só que meu chefe não acha isso. Um golpe de uma adolescente mimada que tinha tudo o que queria dos pais, uma noite inconsequente que trouxe a consequência mais rápido que o esperado. Meu chefe sendo o mais velho daquela relação quis arcar com a responsabilidade, mas a imbecil foi por outro caminho e quando descobri
Melissa Ribeiro Uma semana depois... É mais um dia que troco de lugar com Jennifer para cuidar de Milena, nada mudou desde o dia que veio para o hospital. Os médicos não optaram por fazer a cirurgia dela mesmo após o tratamento para a infecção que foi um sucesso, seu traumatismo craniano estava ainda sendo avaliado a cada dia e não viam necessidade de cirurgia já que progredia com os dias que se passavam. Para mim e Jennifer era um pesadelo ver nossa amiga assim, não podia contar para família de Milena sobre isso porque eu sabia que assim que acordasse e se ela imaginasse que procurei sua família, ia querer me esfolar viva. A mãe do Leandro fazia constantes visitas para Milena e eu já tinha compreendido que seu filho a usava para vigiar a recuperação dela. Então, nós ficávamos de olho nela, não que fosse fazer algo contra a vida da minha amiga, mas para não falar ou influenciar ela com palavras sobre seu filho. Quando Milena acordasse seria ela a decidir se denunciará ou não LC,
Milena Fernandes Acordo meio desnorteada com a cabeça prestes a explodir numa dor latejante, sinto meus olhos cheios de lágrimas não derramadas e quando tento abrir uma luz forte invade meu campo de visão me cegando, aperto meus olhos com força e tento falar, mas minha voz não sai. Puxo na memória o que aconteceu para ter alguma ideia de onde estou e os flashes vem com força. Leandro me batendo, xingando e cada vez mais violento. Minha nudez aos seus olhos que passearam em todo meu corpo exposto, sua voz soando mais grossa e a dor constante de cada agressão que me causou. Me sinto agitada e tento respirar mesmo sentindo o ar se esvair dos pulmões, é em uma última tentativa que noto mãos no meu tronco juntamente com vozes agitadas me pedindo para me acalmar. Eu juro que tento, mas é difícil quando parece ter uma mão sufocando seu pescoço a ponto de não dar para respirar mais. Não sei quanto tempo leva para que eu vá afundando em completa confusão até uma calmaria profunda, entã
Leandro Caio (LC) Recebo a informação que Milena acordou do coma e não penso em mais nada que não seja ver ela com meus próprios olhos, saber como está frente a frente e não por recados da coroa, mas o que eu não esperava era chegar no hospital e ver minha mãe sendo acompanhada por seguranças até a porta de saída. Eu aumento meus passos com certa preocupação do porque está sendo retirada do hospital e assim que dona Glória me vê, sorri debochada para os dois homens que caminham do seu lado. — Filho, que bom que chegou. Estou sendo convidada a me retirar do hospital e esses brutamontes não quiseram que eu fizesse isso sozinha. — desvia o olhar me encarando seriamente. — Do qual foi que mandaram tu sair da parada? — questiono curioso por uma explicação decente. — Nem eu tô sabendo filho, o médico conversou comigo e pediu para que eu me retirasse, caso contrário chamaria os seguranças. Fui atrás dele para saber o motivo, mas ele só chamou eles que me trouxeram até aqui fora. — im
Milena Fernandes Eu conseguia me lembrar de tudo com exatidão, mas só contei a verdade para as minhas amigas quando tive a certeza que aquela mulher tinha ido embora de uma vez. Melissa conversou comigo no caminho das salas de exames explicando tudo o que aconteceu para que ela fosse para o hospital e falasse tudo que disse, eu não esperava saber que aquela era a mãe do Leandro. Fiquei pensativa por horas até decidir uma melhor saída para me livrar do LC. O apoio da Mel nessa história toda foi essencial para dar certo o plano que bolamos, mas quando ela saiu para conversar com ele e voltou toda sem jeito eu soube que alguma coisa tinha saído do combinado. — Fala logo o que deu de errado! — bufo impaciente e ela senta na poltrona ao meu lado. — Ele não te quer na boate, disse que se for lá não vai cumprir com a promessa de se manter afastado. — abro a boca para xingar e reclamar disso, mas ela não deixa — Ele vai te arrumar um emprego no morro para não te ver na boate! — revir
Leandro Caio (LC) Verificando as mercadorias que chegaram no galpão enquanto colocava os menor pra trabalhar quando minha mãe me ligou e me afastei para atender. Ligação on: — Fala dona Glória! — falo caminhando para longe dos menor. — Leandro, acabei de saber que a garota saiu do hospital. Porquê não me avisou? — estranho a rispidez na voz e balanço a cabeça incrédulo com a audácia. — Como assim? Tá de tiração?! O que tu tá querendo se meter no assunto coroa? Já não disse pra ficar de boa?! — sou grosso mermo e ainda pude escutar seu resmungo no fundo. — Eu só queria saber porque não me avisou, vim no hospital trazer algumas coisas para ela e perdi a viagem! — retruca brava e xingo baixo sem paciência. — Porra coroa, não tô te entendendo, o que tá querendo indo atrás a mina. Já te falei que tô resolvendo a parada e o que precisasse ia te acionar, mas parece que não entendeu isso ainda. Qual teu interesse nisso tudo? — pergunto na moral. — Leandro! — ralha — Se essa ga