Meu querido Titan (Cronos)
Meu querido Titan (Cronos)
Por: Kakau
Prolongo

Stella gritava entre suas contratações enquanto um trovão cortava o céu em sua expedição. A dor estava tão insuportável, que Stella daria todas as gemas do mundo, só pra não precisar senti lá. Maovesa a consola, dizendo que todas as mães passam por aquela mesma dor e que ela precisa seguir o curso da natureza.

Os trovões continuavam a preencher o céu, brutos, luminosos e estridentes em sua fúria. Então outra contração acobertou Stella, suor descia de sua testa. Seu rosto estava totalmente molhado, ela inspira e expira tentando amenizar aquela dor, sem sucesso. Suas mãos aperta o lençol, tentando encontrar forças, os gritos se misturam em meio aos trovões. Os trovões pareciam querer destruírem o céu, enquanto o lobinho de Stella lhe rasgava as entranhas.

__ Vamos Stella, seu lobinho está coroando, empurra que logo o terá em seus braços__ Stella ofega, o peito subindo e descendo, seus cabelos vermelho molhados de suor, grudavam em seu rosto e ombros. Suas pernas abertas, firmavam seus pés sobre o colchão macio, entre seus lençóis ensanguentados. A agonia era infinda, fazendo-a deslizar pra cima e para baixo, no lençol em agonia. O intervalo das contratações pareciam um sonho, acompanhado de um sono mortal.

Lá fora a tempestade ameaçava a cair, trovões continuavam a ecoar pelos céus. Se misturando aos gritos de Stella, ela junta todas suas forças, seus olhos lupinos brilham. Quando outra contração chega, ela grita em um rugindo, liberando a força necessária para a passagem de seu filhote.

Trovões estrondam como fogos de artifício, enquanto o recém nascido chora. Um choro limpo e estridente, por ter saído de seu abrigo confortável de proteção.

Maycon e Marcos vibram quando escutam o som que sai da garganta do recém nascido, ele tinha os pulmões fortes e comemoram a felicidade por tudo ter dado certo.

Antes a preocupação os assolava, o sofrimento de Stella já perdurava por mais de vinte quatro horas. Correm em direção do quarto para saudar o mais novo integrante da alcatéia Lua sangrenta.

O choro do bebê vagueia sonoro e audivel, até o mundo de Cronos. O vento o carrega atravéz de suas correntes, rompendo uma barreira invisível, lhe dando passagem até o palácio. O fazendo adentra através dos extensos corredores, invadindo os ouvidos de uma terrível fera, adormecida.

Que a muito aguardava ouvir aquele choro, as pálpebras se abrem. Revelando olhos negro, que ganham tons esbranquiçados nas íris, ao ouvir o choro de vida. O choro tão esperado. O de sua predestinada.

O Titã se ergue do seu descanso, caminhando em direção de suas termais. Precisava se apressar, queria conhecer e fazer parte das primeiras horas de vida da sua alma destinada.

Em seu caminho, contemplava as maravilhas de sua terra natal, através das imensas janelas do seu palácio.

Seu mundo era maravilhoso! Exótico, cheio de montanhas, rios, árvores frutíferas e animais que encantariam até mesmo o mais frio dos titã.

A água da termal, estava mas que agradável, quando Cronos mergulhou entre elas. Seu cabelo longo, negro azulado se espalhou enquanto ele nadava e relaxava, aproveitando os efeitos dos minerais em sua pele.

A água de Kritos era realmente milagrosa. Ao terminar seu aseio, sai da água translúcida, pérola. Seu corpo revigorado, ganha um brilho intenso, suas asas se abrem com a satisfação. Rapidamente ele as retrai e elas se adaptam sobre a sua pele das costas. Agora pareciam terem sidas pintadas pela ponta de um pincel em brasas, deixando uma pintura em relevo preta. Suas pontas descem pelos braços músculosos, findando em uma única pena, as costa de suas mãos.

Cronos começa a subir os degraus da termal, enquanto a água desliza por seu corpo, extremamente rígido em músculos. Em cada passo um aviso de dominância.

Lobos negros, foram esculpidos ao redor da extensão da termal, a água escorria de suas bocas, deslizando para dentro dela. No topo da escada, Cronos ergue seus braços e um roupão de seda o veste. Ele não gostava de servas o acompanhando em seu banho, achava inadequado, quando sua predestinada estivesse no tempo certo do acasalamento. Não tomaria mas seus banhos sozinho, ela seria a sua melhor e única companhia.

Ele adentra os corredores do seu palácio novamente, indo em direção de seus aposentos.

Lá seu servo o aguardava, sua calça negra em seda jazia sobre sua enorme cama com dossel. Suas botas ao canto, estavam exatamente onde ele as deixou.

Seu servo o sauda, Cronos nada muda em sua expressão, frio e passivo em suas passadas, caminha até sua calça a pegando. A vesti, colocando seu cinto em ônix, com uma lua crescente lapidado em rubi, como fecho.

Senta a beira da cama para calçar suas botas. Cronos poderia usar sua magia e se vestir em um estalo de dedos, mas gostava desse pequeno ritual, após séculos dormindo.

Titãs quando se sentiam intediados dormiam, deixando um governante cuidando de seus territórios enquanto hibernava.

Mas agora, com o surgimento de sua predestinada, não iria hibernar tão rápido. Pós teria muito a fazer, ele quer ser muito atencioso com sua alma gêmea, era algo impossível de se evitar.

Afinal, sua predestinada estaria ao seu lado pela eternidade, eram ligados por uma força muito maior que a dele. Pela grande deusa Lua. As duas partes eram atraídas como imãs e nas noites de lua cheia, a força se tornava triplicada. Já que em seu mundo existia três luas. Uma para cada Titã.

Cronos se ergue da beirada de sua cama, invoca sua adaga, a observa por alguns instantes, guardando a novamente com sua magia. Caminha até sua varanda, esticando suas asas, elas são a fusão perfeita de fogo e raios luminosos, dançando entre si. Cronos relaxa fechando seus olhos, sentindo a sensação do ar frio em seu rosto.

Alça vôo, desaparecendo na imensidão do seu reino. Seus irmãos ainda dormem, aguardando suas predestinadas. Cronos sabe, que logo será a vez deles acordarem e reclamarem suas almas gêmeas.

Acima do lago de cristal, um portal se abre, por onde Cronos desaparece. Reaparecendo no mundo mortal.

É um mundo bonito, mas que não chega nem perto da sujeira das botas dos Titãs.

Ele rasga o céu em forma de uma estrela cadente, em pleno meio dia, seus trovões estronda alertando sua chegada.

Pousa no centro da alcatéia Lua sangrenta, carregado de trovões e luminosidade. Todos correm para fora da mansão em alerta, pois o estrondo foi aterrorizante.

Os machos ômegas olham para o céu levemente escuro, com nuvens pesadas se formando. A sua frente, um homem de quase seus dois metros e meio de altura, alado. Envolto em uma aura poderosa, eletrizante, uma mistura de fogo e trovões.

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