Eu ri, Mike tentou segurar o sorriso mais eu o flagrei pelo reflexo dos espelhos que tínhamos nos corredores. — E você deveria na verdade esquecer essa ideia de que quer sair comigo, eu não tenho tempo nem mesmo para lavar o cabelo. Não sou uma boa opção.Ele agora riu alto e rasgou o pacote de balas.— Não provoque a minha imaginação, eu não quero ser processado por assédio em local de trabalho. — Eu contive a risada, eu já sabia que Mike não tinha limites e nem papas na língua. — Mas aceito "só um encontro" como suas desculpas, mas quero que você deixe a merda do clima rolar.— Você precisa se tratar, Mike, é sério. — Eu suspirei pegando a pilha de prontuários que estava me esperando em cima do balcão. — É a primeira vez que vejo pessoalmente alguém sentir tesão na rejeição.Mike me olhou incrédulo desistindo de mastigar a bala.— Desculpas recusadas, ruiva. Terá que me mimar ainda mais para obter esse privilégio que é ter a minha amizade.— Nada além de um encontro. — Afirmei, não
"Sou eu, Sarah, David. Se não sabe, o número de todos os alunos estão gravados em seus currículos. Não é um trabalho muito difícil encontrá-los."Eu suspirei, realmente, todos os meus contatos estavam ali para o caso de alguma oportunidade de estágio pela faculdade. Sorri enquanto Mike continuava falando e respondi rapidamente virando o celular para baixo."Sinto muito, David, estou com um amigo agora. Podemos marcar outro dia. Tenha uma boa noite!"Meu telefone não voltou a vibrar, o que me deixou aliviada ao contrário de Mike que estava mais perto do que eu me lembrava e não parava com os olhos quietos no meu rosto.— Agora posso me gabar para os seguranças, sabe quanto tempo passei tentando ter um encontro com você? — Mike já estava sentado ao meu lado e imaginei que ele deveria ter feito isso quando eu respondia as mensagens no meu telefone.— Desde que a Kassie te deu um fora. — Cantarolei recebendo um suspiro dele de volta, quebrei o clima que ele estava tentando criar e isso me
— Isso não é realmente da sua conta, David.— Está tudo bem aí, Sarah? — Mike gritou.— Já estou entrando! — Respondi antes que ele viesse até o corredor e me pegasse nessa posição vergonhosa.— Seu amigo do bar? — Eu não respondi, então ele fechou o resto da distância e guardou as mãos nos bolsos. — Só vim para ter a certeza de que você fique ciente, senhorita Taylor, não costumo dividir e quando se trata exclusivamente de você, tive a necessidade de expor isso para que você entenda minuciosamente.— Você é louco? — Suspirei falando quase como um sussurro, David estava perto demais para que eu pudesse manter meu controle.— Nem um pouco, mas não posso deixar que você esqueça... — Ele sorriu e abaixou o rosto para ficar na mesma altura que o
Sr. Matthew entrou na sala juntamente com o Sr. Clark, a sala ficou em silêncio, pelo menos até que Jess e suas víboras entrassem atrasadas, então o burburinho começou.— Eu deveria colocá-las para fora da sala. — David olhou fixamente para elas enquanto arrumava o próprio material em cima da mesa, Sr. Matthew assobiou fingindo não prestar atenção no que estava acontecendo.— Sinto muito pelo atraso, aconteceu...— Não importa o que aconteceu, senhorita Wilson, deveria ter mais responsabilidade com o seu curso.Eu não olhei diretamente para ele e sim para a loura na minha frente, Jess estava boquiaberta e sim, nesse mesmo instante, quando ela virou o corpo para trás literalmente na minha direção, eu sabia que sobraria para mim.— Como não houve punições por atrasos para a outra aluna, achamos que nã
Pedi folga para Mike que não conseguiu acreditar que eu finalmente estava pensando um pouco em descansar, ele riu mais do que me deixou falar e me deu dois dias sem questionar. Talvez eu tenha trabalhado demais esse mês.Eu não tinha carro, não achei que fosse necessário já que a faculdade e o hospital eram consideravelmente próximos do meu apartamento. Consegui economizar o suficiente com isso para eventuais emergências, como agora.Comprei uma passagem de ida e volta para a cidade vizinha, eu não tinha com quem conversar além de Mike e minha mãe. Na verdade, nem mesmo ela poderia me ajudar com toda a situação que eu estava vivendo, mas ao menos eu poderia descansar os olhos sem medo de que mais alguém perturbasse a minha vida.A casa dela não era longe, mas era necessária uma viagem de três horas. Então sempre prefiro ir confortável em um
Foi a primeira noite que finalmente consegui descansar depois de que minha vida virou essa bagunça, meu corpo relaxou e acordei com os poucos raios de sol que conseguiram atravessar as persianas da janela.O quarto silencioso, meu corpo descansado e minha alma em paz, pelo menos até que os garotos descobrissem que eu estava dormindo aqui. Eles iriam me infernizar como se realmente fossem meus irmãos de sangue.Mas pelo contrário, tudo ficou silencioso até que eu finalmente decidi levantar. Abri as janelas e o sol invadiu o quarto, troquei de roupa e coloquei um dos vestidos que minha mãe devia ter guardado para mim. Não tínhamos o mesmo corpo, mas ela sempre tinha algo no seu guarda roupa ou apenas comprava algo que ela sabia que serviria no meu quadril.Suspirei tomando coragem para enfrentar o dia e soltei os ombros, eu poderia voltar para casa dela, encontrar um emprego no hospital aqui perto e ficar em paz.
— Ah, querido você é um charme. — Minha mãe riu e Erick revirou os olhos.— Chega, Mary. Deixe-os em paz, eles precisam conversar e você precisa se ocupar antes que enlouqueça. — Minha mãe fechou a cara e bateu em Erick com o pano de prato.— Podem usar o quarto de hóspedes, e tranquem a porta, ainda tenho duas crianças em casa. — Ela disse apertando os braços dos meninos.Eles gritaram juntos me fazendo rir pela primeira vez no dia, David tentou tocar meu braço relaxado na mesa e eu recuei por impulso, não estava dando para lidar com essa situação tranquilamente.— Precisamos conversar. — Eu disse e me dirigi para o quarto de hóspedes esperando que dessa vez, ele me acompanhasse com a minha autorização.Entrei no quarto sem olhar para trás, corri para perto da janela e me encostei na cômod
Ele entrou novamente em mim, invadindo um pouco mais do meu interior o que o fez gemer comigo. Estávamos numa bolha que seria impossível descrever, de pensar em qualquer coisa que não fosse a sensação que compartilhávamos.— David, por favor... — A lentidão me enlouquecia, meus olhos já não tinham forças para permanecerem abertos e foi meu fim quando ele me penetrou completamente.O sorriso malicioso brotou nos lábios dele quando me dei conta que já estava implorando para que ele não parasse, revirei os olhos, não estava mais acreditando que eu havia cedido a ele dessa forma.— Morda a mão, Sarah. — Uni as sobrancelhas tentando entender o que ele havia dito. — Ou apenas a língua e tente não gritar.Era para o inferno o lugar que eu iria mandá-lo ir, para o fundo do inferno com toda a sua pose. Maldito.Eu