O jovem lorde balançou a cabeça com uma tristeza que parecia consumir o pouco que restava de sua força.
—Ele não é meu primo, eu..., eu não sou um Cavendish —confessou o jovem Senhor, visivelmente angustiado. A revelação caiu sobre Sofía como uma placa pesada. A complexidade da situação a dominou. Esse homem, deitado diante dela, revelando uma verdade que a machucava, implorando por perdão com um olhar de súplica, a deixou perplexa. Sofia sentiu compaixão e confusão se entrelaçarem em seu peito. Ela precisava de respostas, mas também estava ciente de que o homem à sua frente precisava de ajuda médica. Resoluta, ela se levantou e falou com firmeza.—Vou ouvi-lo e tentar entender, mas primeiro você precisa de cuidados médicos. Não podemos falar sobre perdão eCésar assentiu, seu olhar se endureceu com a mesma determinação que ele viu refletida em Sofia.—Vamos descobrir o que eles estão escondendo, sem dúvida. Airis já desvendou quem eles realmente são, então conte conosco para estarmos com você em cada passo do caminho— César assegurou a ela, sua voz sendo um raio de luz que cortava a névoa de incerteza que envolvia Sofia. —E como você tem se sentido? E o bebê?—Na verdade, não tenho tido nenhum sintoma incomum, apenas um apetite mais voraz, nada fora do comum— respondeu Sofia, tentando manter o tom leve.—Aposto que é uma menina— exclamou César com um sorriso esperançoso. Você consegue imaginar? —Com um menino em casa, uma princesinha seria a coroa de glória. Sempre ouvi dizer que as meninas têm um vínculo es
Quando Sofia entrou nervosa na sala do diretor executivo, pôde sentir o olhar penetrante dele pesando sobre ela, como se estivesse julgando seu valor. Apesar de sua apreensão, ela se manteve firme com uma determinação feroz de conseguir o emprego. O CEO ficou olhando para ela enquanto lia seu arquivo. Embora tivesse excelentes qualificações, ela não tinha experiência de trabalho. Por que sua ex-assistente é a proporia? É verdade que ela tinha as características que ele exigia em seu físico, mas ela é uma mulher sem graça feminina escondida atrás de seus enormes óculos. Pela maneira correta e simples com que ela se veste, ele percebe que ela é uma garota boa e inocente, longe do que ele precisa, pensar ele. Mas, percebendo sua confiança e porque sua ex-assistente a recomendou a ele, ele decidiu entrevistá-la.—Sofia, você é casada?—Não, senhor.—Você tem namorado?—Não, senhor. — Família, amigos, conhecidos que impeçam você de fazer seu trabalho?—Não, senhor. Não, senhor. Se você
Sofia estava em seu escritório, olhando nervosamente para o relógio. Ela havia tentado ligar para a Sra. Imelda, a mulher que costumava arranjar mulheres para seu chefe, mas não conseguiu falar com ela. Estava quase na hora da consulta e ela não tinha ninguém para substituir a moça que havia cancelado.Ela ficou com medo de ser demitida e começou a suar frio. Ela sabia que seu chefe era muito exigente e não tolerava erros. O que ela iria fazer agora? Como iria explicar a ele que não havia encontrado uma substituta? Ela se sentia encurralada e não tinha saída. Foi então que ela tomou a decisão absurda de ir pessoalmente explicar ao seu chefe o que havia acontecido.Ela pegou sua bolsa e saiu correndo do escritório, sem pensar nas consequências de sua decisão. Mas quando chegou ao local onde seu chefe estava, ela não esperava que fosse assim. O lugar era estranho, com luzes vermelhas que mal permitiam que ela visse o rosto das pessoas. Sofia parou e olhou para o taxista incrédula, pergu
Sofia se perguntava o que estava acontecendo e como tinha chegado a essa situação. Ela se sentia vulnerável e assustada, mas era tarde demais para se arrepender. Ela tinha que dizer ao chefe que a garota não sobreviveria e que deveria encontrar outra pessoa. Ela esperou nervosa, ouvindo os sons estranhos que vinham de diferentes lugares. Ela se encolheu em seus braços, mas não podia perder o emprego. Ela não queria voltar para o orfanato e estava disposta a fazer o que fosse preciso para manter seu emprego.Naquele momento, a mulher retornou e, sem dizer uma palavra, agarrou-a pela mão e a arrastou quase a passos largos por um corredor estreito e ainda mais sombrio, enquanto lhe dava instruções.—Você só precisa seguir o papel que o cliente quiser que você desempenhe, não deixe que ele tire sua máscara, embora eu ache que ele não o fará. Nem mesmo nós sabemos quem ele é. Você só precisa fazer a vontade dele. Apenas faça a vontade dele. Quando terminar, volte para a sala e pegue suas c
Sofia nunca havia se sentido tão desorientada e confusa em sua vida como agora, enquanto cambaleava pelo corredor estreito e escuro daquele lugar sombrio. Ela se sentia completamente perdida após a provação que acabara de vivenciar. Ela havia crescido em um orfanato depois que seus pais morreram quando ela era pequena. Nunca foi adotada e teve de suportar o desprezo e a pena de todos por sua aparência pouco atraente. Ela usava óculos enormes que realçavam sua feiura. Desde muito jovem, Sofia decidiu se tornar útil e valiosa por meio de sua honestidade, integridade e bondade. Com o pouco dinheiro que ganhava trabalhando no orfanato, ela conseguiu comprar os óculos. Embora tenha tentado conseguir outro emprego, ela sempre foi rejeitada por nada mais do que sua aparência. Finalmente, ela conseguiu um ótimo emprego com um ótimo salário e morava em um belo apartamento. Então, ela não conseguia entender por que esse terrível infortúnio a havia atingido. E, pior, ela se sentia culpada pelo
Sofia sentiu-se afundar em um poço escuro de desolação. Ela não tinha mais forças para lutar ou seguir em frente. Ela havia perdido tudo. Só queria desaparecer para sempre desse mundo cruel que a maltratava desde o dia em que nasceu. O toque insistente do telefone a fez reagir e atender. Ela não sabia quem estava ligando, mas atendeu com medo.—Olá?—Olá— respondeu uma voz de mulher. —Você é a nova assistente do Sr. César López?—Acho que sim— respondeu ela, segurando a vontade de soluçar,—Você sabe onde ele está? —perguntou a voz urgente, ignorando sua resposta hesitante. Você sabe onde ele está? — perguntou a voz urgente, ignorando a resposta hesitante dela. —Isso é uma emergência, localize-o diga a ele para vir com urgência, o pai dele está morrendo.—Morrer? Para onde ele deve ir? —Ela perguntou ansiosa, esquecendo por um momento o que havia acontecido com ela e procurando desesperadamente o número de seu chefe, que atendeu com uma voz muito rouca e sonolenta.—Olá Sofia, o que
A segunda-feira chegou e, com ela, a obrigação de Sofia sair de casa. Desde seu retorno no sábado de manhã cedo, ela estava dormindo, tomando banho e chorando. O Sr. César López só havia lhe enviado uma mensagem dizendo que eles conversariam por vídeo da empresa.Quando o alarme tocou, Sofia acordou quase congelada. Ela havia adormecido chorando na banheira. Tremendo, ela se levantou e preparou uma xícara de café forte. Ela precisava acordar e encarar esse dia da forma mais normal possível.Ele vestiu seu habitual terno cinza sob medida e se olhou no espelho. Seus olhos ainda estavam inchados, mas ele havia conseguido cobrir as olheiras com maquiagem. Ela penteou o cabelo em um coque apertado e colocou os óculos. Parecia a mesma pessoa eficiente e competente de sempre.Saiu para o escritório, caminhando rapidamente com os olhos fixos na frente, evitando encontrar alguém. Quando chegou, trancou-se em seu escritório e se concentrou no trabalho. Respondeu diligentemente a e-mails e li
Sofia jogou tudo na mesa e correu para a farmácia para comprar vários testes de gravidez. Ela voltou correndo para casa e se trancou no banheiro, fazendo todos os testes. Um após o outro, os testes mostraram dois traços inconfundíveis. Sofia caiu de joelhos, balançando a cabeça, pois esse pesadelo não podia estar acontecendo com ela. Ela estava grávida de um estupro cometido por um estranho. Ela bateu com os punhos no chão, chorando inconsolavelmente. Como iria lidar com a situação agora? Como iria cuidar de um bebê sozinha? Ela mal conseguia cuidar de si mesma depois do que aconteceu. E quanto ao seu emprego, o Sr. César López confiava nela, isso ia arruinar tudo. Desesperada, Sofia avaliou suas opções. Ela poderia fazer um aborto, mas não tinha dinheiro, e fazê-lo clandestinamente era muito perigoso. Dar o bebê para adoção era outra possibilidade, mas ela não sabia se teria forças para carregá-lo e depois desistir dele. Talvez a única saída fosse fugir, ir para bem longe e com