Mia o observou em silêncio enquanto ele falava. Fenício podia ver a mistura de emoções que cruzavam seu rosto: raiva, tristeza e talvez um lampejo de esperança.
—E como você planeja fazer isso? —perguntou ela com uma voz trêmula, mas curiosa. O Fenício respirou fundo; era hora de dar o próximo passo rumo ao desconhecido, rumo a um futuro que ele esperava compartilhar com Mia.—Deixe-me mostrar-lhe— disse ele, estendendo a mão para ela, —Vamos começar de novo, deixe-me planejar algo especial, algo digno de você. Mia olhou para a mão estendida e depois para os olhos dele. Havia sinceridade neles, um compromisso que ia além do dever ou da emoção do momento. Com um suspiro trêmulo, ela disse.—Eu o ouço.—Mia, você sabe que sou um homem dedicado ao trabalho, eLady Sabina era uma nobre com uma personalidade perversa e maquiavélica. Desde sua juventude, ela é conhecida por sua astúcia e sua capacidade de manipular os outros em benefício próprio. Seu casamento com Lord Henry não foi por amor, mas por conveniência e com um objetivo em mente: usar o ódio do marido pela própria família para assumir toda a fortuna dos Cavendish e se tornar uma mulher poderosa.Lady Sabina é especialista em esconder suas verdadeiras intenções por trás de uma fachada de bondade e cortesia. Ela é capaz de sorrir e conversar graciosamente em sociedade, enquanto, por dentro, planeja esquemas desonestos para alcançar suas ambições desmedidas.Sua mente é cheia de estratégias e conspirações, sempre procurando a maneira mais eficiente de atingir seus objetivos. Ela não se importa em p
O jovem senhor olhou para a mãe, com uma expressão fria e calculista no rosto. Um arrepio quase impercetível percorreu-o. Depois, voltou a desviar o olhar, lembrando-se do tempo em que eu ainda não sabia a verdade e vivia feliz, sentindo que tinha um lugar no mundo.—O que você quer dizer com casar com ela? —perguntou ele, virando-se para ver o olhar frio nos olhos dela.— Filho, não me decepcione— ameaçou-o com raiva Lady Sabina, que estava cansada de ver todos os seus planos falharem ultimamente. —Como você acha que faremos toda a fortuna dos Cavendish se você não se casaria com Sofía? Eu planejei isso por anos, você não vai estragar tudo. Ela fará o que Victoria não fez! A desgraçada, como se atreve a fugir de mim?—O que está insinuando, mãe? Fale claramente —perguntou o jovem Senhor, cerr
O Jovem Lord, após o retorno sombrio do cemitério, fechou-se no silêncio de seus aposentos. Apesar do traje impecável e do porte aristocrático, seu rosto era um espelho de gelo, refletindo uma alma que nunca havia conhecido o calor do afeto genuíno. Sozinho, ele permitiu que a máscara da indiferença caísse por um instante, revelando um vislumbre da turbulência que havia por baixo.Nesse espaço privado, as paredes testemunhavam o único lugar em que ele permitia que as rachaduras em sua fachada se tornassem evidentes. Aqui, não havia necessidade de se manter firme diante do olhar inquisitivo de Lady Sabina ou do desprezo velado de Lord Henry. Na quietude de seu quarto, o jovem Lord se permitiu contemplar seu reflexo no espelho, buscando em seus próprios olhos a resposta para uma pergunta que nunca havia feito em voz alta: o que seria dele se as circunstâncias
O jovem Lord, movido por um impulso repentino, arrancou a fotografia da parede. A imagem de Sofía, sua vulnerabilidade capturada em preto e branco, parecia queimar suas mãos. Sem cerimônia, ele a colocou entre suas roupas e pertences pessoais dentro da mala, fechando-a com um clique definitivo que soou como o selo de seu destino. A mala, agora um receptáculo para suas roupas e aquele fragmento de consciência, tornou-se o símbolo de sua carga emocional.Ele se dirigiu com firmeza para a saída, cada passo ecoando pelas vastas salas como um eco de sua determinação. Não havia como voltar atrás. O avião o aguardava, uma fera metálica pronta para subir aos céus e levá-lo para a realização do último ato de uma peça escrita por Lady Sabina, mas na qual ele desempenharia o papel principal.Quando sua silhueta se delineou contra a porta que d
Depois que César teve certeza de que seu filho estava em boas mãos, ele chamou alguns seguranças e os colocou em frente à porta, ordenando que ninguém entrasse naquele quarto sem sua permissão. Não satisfeito com isso, mandou vários deles se postarem do lado de fora do quarto do filho. Ele não permitiria que nada acontecesse com ele.Mais calmo, ele voltou para o quarto, onde Sofia já estava dormindo um pouco agitada. Tomou um banho rápido e, depois de tomar um uísque de um só gole, subiu na cama ao lado da esposa, abraçando-a em seu peito para que ela se sentisse segura e parasse de falar enquanto dormia.César ficou acordado na escuridão, ouvindo a respiração irregular de Sofia, que gradualmente se tornou mais suave e rítmica, um sinal de que ela havia encontrado paz em seu abraço protetor. Apesar do cansa&c
Aquela mulher estava mesmo a revelar-se muito estranha, com tudo o que o seu chefe de segurança lhe tinha dito. Respirou de alívio por ela ter sido afastada do lado do filho e agradeceu de alma cheia que Azucena tivesse estado atenta.—Tudo bem, mas tome cuidado— disse César, satisfeito com o fato de —Fenício estar sempre um passo à frente. Não sabemos se ela está sozinha nisso ou se há outras pessoas envolvidas.—Eu farei isso— respondeu Fenício e, depois de um breve aceno de cabeça, ele se esgueirou silenciosamente pelo corredor em busca da sombra errante da governanta.César ficou parado por um momento, sentindo que algo estava errado e que tinha a ver com seu filho. Em seguida, foi para seu quarto, furtivamente, para não acordar Sofia, e ativou um pequeno dispositivo de comunicação.—Azucena— ele sussurrou ao ativ&a
Enquanto César observava sua amiga íntima e confidente Airis despertar, ele sentiu uma sensação de controle preenchê-lo, algo de que precisava desesperadamente naquele momento de incerteza. Quando ele finalmente viu a imagem da mulher aparecer, os olhos dela se abriram e ela sorriu para ele, seu rosto se iluminou.—Olá, Airis, bem-vinda de volta, minha cara amiga, este é seu novo lar. Você estará seguro aqui —cumprimentou com um sorriso.—Obrigada, Cesar. Em que posso ajudá-lo? —perguntou a voz metálica de Airis.—Airis, preciso que você assuma o controle do sistema de operações e só me dê permissão para usá-lo. Ative todos os protocolos de segurança, examine as imagens do circuito interno de câmeras das últimas horas e alerte sobre qualquer atividade suspeita ou desconhecida dentro e ao redor da propriedade— ordenou César com firmeza.—Como você ordena, César— com uma piscada suave, todas as telas ao redor começaram a piscar a imagem de Airis, —pronto, controle adquirido, em que mai
César procurou na sua mente todos os possíveis inimigos que tinha e que teria de enfrentar desta vez. Ou talvez fossem os do seu pai, fosse quem fosse, era evidente que se tinha infiltrado na segurança da casa do pai.—Você pode rastrear o ponto de acesso que foi usado para desativar as medidas de segurança? —perguntou ele, revendo as imagens de CCTV uma a uma.—Sim, estou rastreando a origem. O ponto de acesso corresponde a um terminal na ala oeste da mansão, perto do escritório de seu pai —informou a IA enquanto continuava a executar as ordens.Ao ouvir isto, César pensou imediatamente que o ataque poderia ter vindo de alguém da família Cavendish. Do escritório do seu pai? Isso não fazia sentido, só eles tinham acesso a essa zona. Mas a sua IA não estava errada, ele confiava nela cegamente.—Airis, preciso que restaure as defesas imediatamente e localize todos os membros da equipe e minha família —perguntou cheio de expetativa.—Restaurar a cerca elétrica e as câmeras de segurança..