204 UMA ESTRANHA AMEAÇA
Fenício reagiu rapidamente, sacando sua arma e disparando contra o drone. O drone caiu no chão, inerte, e um silêncio tenso se abateu sobre o local. Mia olhou para Fenicio com olhos preocupados, enquanto ele permanecia alerta, examinando o horizonte em busca de qualquer sinal de perigo.
—O que está acontecendo, Fenício? —perguntou Mia, ainda atrás do corpo de Fenício. Ele virou-se para olhar para ela e viu o medo nos seus olhos, pegou na sua mão e apertou-a, dando-lhe coragem.
Fenício voltou-se para o seu alvo, que tinha caído a alguns metros de distância, sem largar a mão de Mia, que sentia molhada e trémula na sua. Apertou-a de novo, tentando tranquilizá-la,
Elvira assentiu com um sorriso de gratidão, sabendo que seu amado entendia a importância de manter a autenticidade da experiência que haviam planejado. Todos precisavam parar e fazer uma pausa. —Mamãe, o que pode ser tão importante? —disse César.—E isso não é, César? —Elvira olhou para o filho com seriedade e continuou: —Ontem a sua casa foi incendiada e você correu um sério perigo. Sabe como ficamos assustados quando vimos aquele helicóptero sobrevoando a sua propriedade e os sons de tiros? Eu quase tive um ataque cardíaco assim que eles chegaram. —Mas mamãe, Bee...—Bee que espere, César. Nã
Por sua vez, Teresa Vivaldi observou com desconfiança o homem à sua frente, que a olho nu parecia ser um vagabundo. Entretanto, algo na maneira como ele se movia e em sua postura ereta revelava que ele não era um vagabundo qualquer. Intrigada, Teresa o convidou com um aceno de mão a se sentar. —Boa noite— começou o homem em um sotaque estrangeiro que Teresa não conseguiu identificar. —Sei que minha presença aqui em sua casa lhe parece estranha. Teresa Vivaldi o observou em silêncio enquanto ele e dois seguranças se aproximavam e se sentavam em frente ao estranho. Ela ainda continuava olhando para o homem, que se deixava observar com uma calma assustadora. Como seu criado o havia descrito, ele usava um adesivo no olho direito e suas roupas, embora limpas, pareciam bem gastas. No entanto, uma bengala reluzente parecia manter seu esplendor. Uma vez satisfeita com sua observação, Teresa decidiu responder. —Boa noite. Por mais que eu tente imaginar por que o senhor está aqui em minha
Teresa assentiu com a cabeça, preparando-se para enfrentar os desafios que estavam por vir. Ela sabia que estava entrando em um território incerto, mas sua determinação era inabalável. Com o envelope em suas mãos e o estranho ao seu lado, ela estava pronta para seguir o caminho da vingança. Teresa levantou a cabeça para encarar o estranho, com a determinação brilhando em seus olhos. Embora algo nele a alertasse sobre o perigo latente, ela decidiu ignorar. Se ajudasse o estranho, ela sabia que poderia se vingar. Mesmo que ele não pudesse eliminar os López, levá-los à ruína não parecia tão ruim. Afinal de contas, ela já os havia colocado na rua; César havia vendido a mansão de seu avô e ela mesma havia i
Teresa assentiu com a cabeça, preparando-se para enfrentar os desafios que estavam por vir. Ela sabia que estava entrando em um território incerto, mas sua determinação era inabalável. Com o envelope em suas mãos e o estranho ao seu lado, ela estava pronta para seguir o caminho da vingança. Teresa levantou a cabeça para encarar o estranho, com a determinação brilhando em seus olhos. Embora algo nele a alertasse sobre o perigo latente, ela decidiu ignorar. Se ajudasse o estranho, ela sabia que poderia se vingar. Mesmo que ele não pudesse eliminar os López, levá-los à ruína não parecia tão ruim. Afinal de contas, ela já os havia colocado na rua; César havia vendido a mansão de seu avô e ela mesma havia i
Em seu quarto, Fenício olhou para Mia com admiração, reconhecendo sua bravura e determinação. Apesar de seu desejo, ele manteve distância, lutando contra seus próprios medos e inseguranças. —Estou pronto! Venha cá, isso é uma ordem, cadete —Mia o chamou completamente nua, decidida a viver tudo com o homem que tinha mudado a sua vida e com quem estava decidida a viver toda a sua vida. Fenício sorriu levemente, mantendo a postura firme, mas com um brilho de admiração nos olhos. Lentamente, enquanto avançava em direção a ela, ele tirou as roupas, liberando seu animal, que saltou e se chocou contra o abdômen bem torneado dela. —Mia, você é corajosa e linda— Fenício começou a falar como era seu costume, direto ao ponto, embora não tenha passado despercebido por Mia que, apesar de estar um pouco tonto, ele parecia um pouco nervoso. — Mas olhe bem para mim, você deve entender que minha condição já causou dor no passado. Não quero que você se sinta desconfortável ou se arrependa disso.
Mia permaneceu em silêncio por mais algum tempo, reunindo forças para contar tudo ao homem que amava e que tinha medo de perder se não o agradasse como ele merecia. Tão determinada a mantê-lo por toda a vida, ela continuou. —Ela me obrigou a fazer alguns exames, que ela disse ter pago muito dinheiro, para que a mamãe pudesse fazer a terapia que ela disse que tinha, a terapia do câncer. Foi..., foi em uma dessas fábricas de aparelhos sexuais. —O quê? — Fenicio pergunta, incapaz de conter a sua surpresa perante o que ouve da sua amada.— Uma fábrica de quê?—Sim, era uma que desenvolvia dilatadores para mulheres que sofrem de vaginismo —explicou Mia toda envergonhada.—Dilatadores? Que tipo de dispositivo é esse? —perguntou o Fenício, muito surpreendido e porque não os conhecia.—São como pênis de silicone que ficam cada vez maiores e, como eu era virgem, sabe, eu tinha aquele bem apertado, ela me convenceu e, para a mamãe, eu fiz. Sofri muito, porque, ao contrário do que faziam com a
No dia seguinte, todos os rostos à mesa do café da manhã estavam sorridentes. Eles estavam satisfeitos e atentos um ao outro o tempo todo, de uma forma muito natural. A Sra. Azucena foi a única que pareceu notar isso e trocou um olhar conhecedor com o mordomo, que também havia apreciado o fato. —César— ouviu-se a voz de Fenício, —temos que ir ver a Bee, não sei quantas mensagens ela já me mandou. —Eu também, e quem sabe, ela passou a noite toda a telefonar-me. Não sei o que se passa com ela, deixei-a a dormir e ela acordou— disse César com um ar muito misterioso. Todos os olhares se voltaram para César quando ele disse isso. Especialmente Sofía, que franziu a testa porque ela também tinha sido acordada por essas ligações. —Quem é, quem você conhece, César? —Ela perguntou enquanto limpava a boca do pequeno Javier sentado ao seu lado. César olhou para ela, percebendo que havia falado sobre alguém que não deveria. Fenício estava olhando para ele com severidade. E ele levantou os omb
Agora ele entendia por que ela estava ligando para ele com urgência. Essa situação nunca havia acontecido antes. —Não tente entrar novamente, Bee, nem você nem sua equipe, até que eu avise. Estamos de acordo? —perguntou César, olhando para a mulher que acenou com a cabeça.—Você não vai me dizer do que se trata? —perguntou Bee, curiosa. —Quem tem esse poder sobre sua empresa se não você? César apenas olhou para ela e se afastou. Ele não podia dar essa informação tão facilmente. Ele havia passado noites em claro aperfeiçoando Airis, sua fiel amiga que alguém havia atacado. Ao chegar à entrada da empresa, ele encontrou as portas trancadas. Em vez de se sentir frustrado, porém, ele sorriu, sabendo que sua criação estava servindo ao seu propósito. —Olá, Airis— disse César suavemente, sabendo que ela podia ouvi-lo. —Sei que você está aí, minha amiga. —César...— a voz de Airis ecoou pelo ar. —Tomei medidas para proteger a empresa. É você mesmo? César aproximou-se da câmera de segur