Antony, você foi o único homem da minha vida nos últimos três anos e também o único homem que eu tenho amado intensamente. Por favor, não se case com a Giovana.Roberta foi respirando algumas vezes até acalmar o choro. Mal percebeu que assim que avistou Antony entrando no local onde aconteceria o casamento, correu na direção dele se jogando em seus braços e implorando para que ele lhe desse uma nova chance.Naquele momento não havia nenhum traço de compaixão no belo rosto de Antony. A única coisa que o consumia era os obstáculos que apareciam em seu caminho o impedindo de se casar de uma vez por todas com Giovana.—Eu sinto muito, Roberta – essas palavras atravessaram o coração de Roberta até o amago e uma sensação de esmagamento atingiu o seu peito –, Giovana espera um filho meu e eu descobri que a amo.Quem poderia acreditar naquela história? A ruga que se formou no belo rosto de Roberta denunciou que nem mesmo ela acreditava que Antony amava sua ex mulher. No entanto, a falta de em
Giovana ficou sem reação por causa da maneira com Antony reagia ao casamento. Ela havia se preparado para uma situação dramática; nunca passou pela cabeça dela que ele fingisse tão bem assim.Antes que pudesse dizer qualquer coisa, logo foram envolvidos pelos convidados que jogavam chuva de arroz sobre a cabeça deles. Giovana evitava demonstrar qualquer felicidade e observava Antony, que parecia se divertir com toda a situação.Ao final do corredor, ela avistou uma figura por detrás das grades. Estava longe, mas Giovana conseguiu ver quem era. Matteo usava uma blusa de moletom e tinha o capuz sobre a cabeça, mas ela reconheceria aquele olhar em qualquer lugar do mundo. Quando ele percebeu que ela o avistou, se afastou apressadamente, desaparecendo logo em seguida. Ela sentiu um frio percorrer todo o seu corpo.— Está tudo bem, Giovana – a mão de Antony correu pela sua barriga, e ela se assustou com o toque dele.Achou estranha a sua preocupação em achar que algo pudesse estar acontece
Uma fina chuva começou a cair lá fora. Antony observava as pequenas gotas de água batendo no vidro da porta do seu quarto, sem conseguir tirar o olhar de Giovana da cabeça. Levantou-se agitado quando percebeu os pensamentos. Por vários minutos ele ficou de pé em frente à janela olhando para o tempo lá fora. Aquela deveria ser sua lua de mel e ele nem sabia por que estava dando tanta importância para aquilo.Saiu do quarto, irritado consigo mesmo. Quando percebeu, estava parado em frente à porta de Giovana. Não ousou perturbá-la. Tudo parecia silencioso ali dentro e a luz apagada indicava que ela já havia dormido.Enquanto Giovana descansava tranquilamente, ele não conseguia dormir devido às coisas que ela havia falado a ele.Desceu as escadas e foi direto para o seu escritório. Encheu um copo de uísque, sentando-se na cadeira e bebendo o líquido. Depois de alguns copos, Antony parecia calmo agora. Sentou-se na poltrona e adormeceu.Quando os primeiros raios de sol adentraram as janela
O rosto de Giovana se iluminou quando viu Ricardo entrar na mansão. Correu depressa para cumprimentá-lo. A verdade era que, Giovana sentia-se tão entediada estando naquela casa que mal esperava para ver um rosto familiar.— Que bom que está aqui – suspirou aliviada enquanto o abraçava –, achei que não o veria aqui tão cedo.— Eu achei que não precisava vê-los pelos próximos dez dias – observou o ambiente ao redor, como se procurasse por alguém –, o que aconteceu com a lua de mel?O sorriso foi desaparecendo do rosto de Giovana até não restar mais nada. Ela abaixou a cabeça e pensou no que deveria dizer a ele, quando passos apressados vieram na sua direção. Quando Giovana se virou para olhar quem era, se deparou com Antony de banho tomado e vestido como se estivesse pronto para trabalhar.— Obrigado por vir até aqui, Ricardo – a voz dele soou de longe, Antony não ousou se aproximar –, estou esperando você no meu escritório.Com um único olhar, Ricardo soube no mesmo instante que algo d
— Eu sinto muito. Eu simplesmente não consigo encontrar um ombro para me apoiar."Foi uma frase simples, mas que comoveu o coração de Antony ao ponto de todo o gelo derreter.Ela tinha o rosto afundado no peito dele, que logo ficou molhado com as lágrimas. O corpo dela tremia. A pele clara do seu rosto estava corada devido ao choro, mas isso só a fazia parecer mais sedutora e adorável.Antony acariciava os seus cabelos, ansioso por saber o que havia acontecido com ela.— O que aconteceu Giovana? — O sussurro calmo dele fez ela se afastar e perceber o que estava fazendo.Enxugou as lágrimas rapidamente. Quanta bobagem, ficar em prantos pelo sonho bobo.— Foi alguma coisa com o nosso filho?Ouvi-lo dizer aquilo fez um arrepio percorrer por todo o seu corpo. Sentindo o silêncio dela, ele a olhou fixamente se perguntando se Giovana estava com medo dele.— Não foi nada com o bebê — ela também sussurrou, abaixando a cabeça evitando olhar nos olhos dela, — eu tive um pesadelo horrível, por i
O coração de Giovana errou uma batida ao presenciar aquela cena. Algumas horas atrás, Antony estava deitado ao seu lado agindo de modo incomum, sendo amoroso e compreensível. No segundo seguinte estava agarrado com a mulher que, provavelmente, ele ainda amava, quase nu.O rosto de Giovana se contorceu em uma careta sinistra e as veias do seu pescoço se dilataram. Como ela pôde ser tão ingênua ao ponto de acreditar que Antony mudaria algum dia? Sentia-se uma tola. Ela nunca havia visto Antony agir de uma forma tão insolente antes.Sua vontade era sair dali e voltar para o seu quarto fingindo que nada estava acontecendo, mas ela caminhou até eles e com uma voz alta disse:— O que essa mulher está fazendo aqui?Antony se virou rapidamente e olhou nos olhos dela, assustado.Mas Roberta se resumiu a responder, cheia de indiferença.— Senti saudades do Antony e resolvi vim visitá-lo.Após ouvir essas palavras, só restou a Giovana revirar os olhos e bufar para a mulher.— Veio fazer o que fa
Giovana lutou para se manter consciente. Enquanto estava meio acordada, sentiu as mãos quentes de Antony agarrá-la e levá-la para algum lugar que ela não conseguiu ver.No fim acabou desmaiando e quando acordou já estava no hospital. O cheiro de desinfetante a deixou enjoada. Imediatamente colocou a mão sobre a barriga e assim que abriu os olhos, o primeiro rosto que viu foi o de Antony.Ele estava conversando com o médico e não percebeu quando ela acordou. Logo ela não o viu mais. Quando conseguiu se erguer para se sentar sobre a cama, viu uma figura masculina correr na direção dela para ajudá-la. Era Andreas. Giovana se lembrava de te-lo visto antes de tudo acontecer, ela só não se lembrava o motivo de ter ido parar naquele hospital.Andreas segurou na mão dela antes de dizer:— Você está bem?A dor em sua cabeça era tão intensa que ela mal conseguia pensar.— O que aconteceu? — As mãos dela tremiam, — como está o meu bebê?Quando se lembrou do bebê, a dor em seu peito se intensific
Quando os seus olhos abriram, Giovana sentiu a visão ficar embaçada. Ela amassou o cobertor branco do hospital em suas mãos e mordeu o lábio inferior com tanta força e irritação que poderia machucá-los.Estava tudo escuro e silencioso. Ela não sabia por quanto tempo havia dormido. Sua cabeça já não doía tanto, mas ela precisava se levantar e ir ao banheiro imediatamente. Ergueu o corpo com dificuldade e sentiu sua coluna estalar. Quando se colocou de pé, quase caiu para trás. Sua cabeça girou e suas pernas perderam completamente as forças.Não havia ninguém ali para socorrê-la. De repente ela viu vagamente alguém do lado de fora. A sombra parecia ser de uma mulher. Seu coração se aliviou quando ela pensou poder ser a enfermeira que veio para ajudá-la, mas quando a porta do quarto se abriu, Giovana empalideceu e segurou o lençol da cama com tanta força que suas mãos ficaram sem cor, enquanto encarava a mulher a sua frente com raiva.Irma vestia uma roupa de enfermeira e tinha uma bande