Três dias se passaram e Bruna não viu mais Alex. Saia diariamente, mas não o encontrava na praia. Ralf também não estava com ele, pois havia passado o tempo todo na residência de Dani. Ela sentia uma sensação estranha e um medo de ele não querer mais vê-la. Não estava arrependida de ter feito amor com ele, pelo contrário, havia sido perfeito, mas também não queria que ele não a procurasse mais por causa daquilo. De forma alguma queria que aquilo os afastasse, mas infelizmente parecia que era o que estava acontecendo. Ele a estava evitando e isso era bem claro. E ela poderia procurá-lo na casa dele, mas não faria isso. Estava cansada de ir atrás dele e o tempo todo e ele nunca se preocupar com ela.
No final da tarde um vento mais forte começou a soprar, anunciando a chuva da noite. Bruna estava deitada no sofá, olhando a rua e tentando ler um
Alex tentou abraçá-la, as ela afastou-o. Ele insistiu e ela acabou aceitando o abraço quente e molhado dele. A chuva continuava forte, mas ela não se importava.- Você ainda ama o homem que a abandonou? – perguntou ele.- Você ainda acha que eu procuro você por pena? – revidou ela.- Você não respondeu minha pergunta...- Nem você a minha...- Eu não acho que você tenha pena de mim... Mas o que mais me preocupa é você. Não quero que sofra.- Ninguém quer que eu sofra... Mas esquecem de me perguntar o que eu acho disso. E eu não me importo... Eu só quero... Você. – confessou ela.Ele a beijou. Ela não se importava com mais nada, nem com o que havia acontecido anteriormente. Só tinha uma certeza: queria Alex. Queria seu corpo junto ao seu, sua boca junto da sua e o coraç&atil
Quando ela desceu para o café com Alex, Arthur já estava à mesa. Ela ficou um pouco sem jeito, mas respirou fundo e tentou fingir que nada estava acontecendo.- Bom dia. – cumprimentou ele tranquilamente.Ela respondeu ao cumprimento e permaneceu em silêncio. Logo que Alex serviu-se de café ele levantou e trouxe alguns comprimidos, colocando ao lado dele sobre a mesa.- E não adianta dizer que não vai tomar. – disse Arthur seriamente. – Bem sabemos como você passou estes últimos dias.Alex não falou nada. Tomou os medicamentos que o pai lhe dava sem questionar.Assim que tomaram o café da manhã Alex ofereceu-se para acompanhá-la até a casa de Dani. Ela aceitou. Ele subiu para trocar de roupa. E ficou somente ela e o doutor Adam.- Enfim, sós. – disse Arthur.Ela olhou preocupada para ele.- Está
Bruna acordou com a luz do sol quente dentro do quarto. Sentiu o braço pesado de Alex sobre seu corpo. Sempre que acordava ao lado dele parecia um sonho. O tempo passava e ela ainda achava que ele era o homem mais perfeito do mundo quando olhava para ele. Ainda tinha o jeito irônico e às vezes ríspido, mas ela compreendia cada vez mais aquelas atitudes dele pois conseguia ter empatia naquela situação. Não ter apego à vida e tentar acabar com ela é horrível, principalmente quando não se tem reais motivos para isso. No entanto querer viver, amar a vida e não ter como continuar com ela devia ser a pior coisa que poderia acontecer um ser humano. Assim era a relação entre ela e Alex: naquele momento o tinha em seus braços, mas não sabia como seria no dia seguinte. A única certeza é a dor que ele deixaria na sua partida. E ela torcia para que conseguisse superar, po
Bruna estava ansiosa, pois naquele dia iria conhecer a Vila da Praia do Portal com Alex. Estava há muitos meses na ilha e ainda não conhecia a civilização do local. Dani sempre dizia que era um lugar tão bonito quanto a parte das mansões e Alex também só tinha elogios ao local, mas ela queria ver com seus próprios olhos. E o melhor de tudo, estaria ao lado de Alex. Seriam um casal.Quando embarcaram barco que os levaria ela comentou:- Eu tenho medo deste barco.Ele riu:- É só um barco simples que faz poucas viagens.- Ainda assim precisaria de reparos. – observou ela. – Não me sinto segura aqui.- Não estamos seguros em nenhum lugar. – disse ele envolvendo-a com seus braços, dando-lhe segurança.Ela nem precisaria estar nos braços dele... Só o fato de ele estar ao seu lado ela já se sentia s
Bruna corria sem parar. Ralf a seguia, correndo atrás dela, às vezes passando pela sua frente. Quando ela chegou em frente à porta da casa de Alex bateu várias vezes, insistentemente. Quando ele abriu ela estava ofegante, quase nem conseguia falar. Estava com os cabelos desalinhados, suada e com a pele avermelhada.- Bruna, aconteceu alguma coisa? – perguntou ele quando a viu.Sim, aconteceu, eu estou aqui para dizer que eu amo você e acho que vou morrer junto quando você se for. Isso era o que ela queria dizer. Mas as palavras não saíam de sua boa. Ela ficou ali, parada, sem dizer nada, com o coração saindo de dentro de seu peito e batendo tão alto que ela achava que ele conseguia escutar.- Está tudo bem?Ela olhou para ele com uma bermuda larga estampada, sem camisa, com o peito à mostra, as curvas perfeitas, embora mais magro que quando o conheceu. Nã
Depois do almoço Bruna subiu para ler um livro. A temperatura estava amena e aquele dia não era uma boa ideia nadar. Olhando o sol, bem mais fraco e menos quente que no verão, ela acabou adormecendo.Ela acordou no meio da tarde. Quando desceu, Angela estava sentada na varanda.- Sua mãe deve estar preocupada com você. – disse Dani.- Por quê?Dani mostrou a carta na mão:- Ela lhe respondeu logo que você mandou a sua carta.Bruna pegou a carta, sem muita pressa em abrir:- Deve estar com saudade... Como eu.- Imagino que vocês três estejam sofrendo com esta distância.- Sim... Sinto muita saudade delas. Mas ao mesmo tempo não tenho vontade de voltar. Será que dá para entender?Dani riu:- Sabendo o motivo, creio que sim. Mas eu sou feliz em ter você aqui, Bruna. Assim como em ter conhecido Alex e Arthur.
As horas que Bruna ficou separada de Alex pareciam dias. Demorou muito para que ela o reencontrasse. Quando o viu, ela levantou-se e abraçou-o com força. Queria dizer tantas coisas, mas preferiu ficar calada.- Aguardar o médico chamar agora. – disse ele tranquilamente.- Alex... Desculpe-me. Estou arrependida de ter feito você vir até aqui.- Eu teria que vir, Bruna. Você só antecipou.Ela preferiu não falar sobre a conversa que havia tido com o médico dele. Confirmar o que ele já sabia não traria nada de bom.Eles sentaram na sala de espera para aguardarem o médico chamar. Alex balançava a perna o tempo inteiro, ansioso. Será que ele tinha alguma esperança também, como ela? Ela estava dilacerada por dentro.- Alex... – começou ela.Ele colocou a mão sobre os lábios dela, delicadamente e disse
Dani e Bruna planejavam como seria a cerimônia de casamento e a festa. Dani estava muito empolgada, anotando tudo em um bloco. Ela não queria que faltasse nada.- Já pensou no vestido, Bruna?- Na verdade, não.- Você não me parece muito feliz com tudo isso. – observou Dani.- Tia, por mais incrível que pareça, isto não faz muita diferença para mim. Amo Alex... Isso não vai mudar nada... Eu nem acredito que este pensamento vem de mim mesma às vezes, a mulher que só queria colocar um vestido de noiva e entrar na igreja...- Talvez por isso mesmo esteja assim... Lembranças ruins.- Não. – disse Bruna. – Estou casando com o homem que eu amo... É diferente.- Você tem noção de quanto dinheiro você herdará? Garantirá o seu futuro e o de toda sua família.- A qu