Nina Kandon
E sorrindo em agradecimento, eu apenas confirmei com a cabeça e começamos a comer de verdade.
No fim do nosso almoço, eu e Bruno já havíamos falado sobre várias coisas, família, orfanato e dentre elas, o dia que fui hospitalizada no qual ocasionou minha provável demissão, olhando para o relógio de Bruno, vi que já era 17 horas e com isso ele me levou de volta para o carro e me entregou a minha mala e disse que provavelmente iria manter contato comigo mas que não iria me causar problemas por identidade.
Agora com a barriga cheia e cheia de expectativas em relação ao meu trabalho, voltei a caminhar para o mesmo banco onde eu estava a horas atrás. Me sentindo tranquila e confiante de que eu iria recuperar meu emprego quando alguém pegou em meu braço bruscamente e me puxou com força e vejo que não reconheço esse homem e então ele me levou a força para dentro do pub que até então estaria fechado e lá encontrei o senhor Jeremy amarrado em uma cadeira com sua boca amordaçada.
Ah merda. Me ferrei.
— O que está acontecendo?
Murmurei nervosa e olhando para os lados continuei a me debater, na inútil tentativa de me afastar daquele homem.
— Sr. Eu não fiz nada, por favor.
O homem que até então não disse nada, apenas me puxou pra dentro do pub, estendeu sua mão e me deu um forte tapa no rosto onde imediatamente lágrimas escorreram em meu rosto e sorrindo friamente ele disse quase cuspindo as palavras.
— Acha que não a vi espionando nós na semana passada, Vadia?
E completamente assustada, eu neguei veementemente e ele gargalhou em resposta ao meu desespero e logo disse.
— Todos vocês estão me devendo. Ou recebo o dinheiro, ou eu irei levá-la como lanche para meus 14 rapazes.
Me analisando de cima a baixo ele completou com seus olhos brilhando maliciosamente.
— Eles iriam se divertir muito com você, Gostosura.
Ele falou dessa vez se aproximando o suficiente para cheirar o meu cabelo e gemeu em resposta e logo em seguida disse enquanto se afastava.
— Jeremy, onde está o meu dinheiro?
Ele levantou as mãos como se fosse digno de gratidão e continua.
— Estou fazendo de tudo para continuar bonzinho com vocês.
E eu olhei assustada para o Sr. Jeremy sem conseguir pronunciar nada. Eu não sabia o que estava acontecendo, não tinha nada a ver com a situação, e o Sr. Jeremy em meio as lágrimas diz.
— Eu não tenho mais dinheiro, Malik, por favor, nos deixe ir.
E gargalhando mais ainda, o tal Malik se aproximou de mim, tocou em meu rosto de modo que o olhasse enquanto ele falava.
— Sabe, agora você levará um castigo toda vez que ele negar o que eu quero.
Ele estava com uma expressão extremamente diabólica no rosto e me colocou sentada e amarrou minhas mãos atrás da cadeira e nesse instante, lágrimas desceram incessantemente pelo meu rosto. Me dando a certeza de que nunca mais vou esquecer desse dia de merda, vou ficar com traumas psicológicos para o resto da minha vida. Não vou a droga de dinheiro para fugir daqui depois disso tudo.
Mais lágrimas desciam pelas minhas bochechas e pensei na sorte de ter encontrado Bruno hoje e então pensei na sorte que seria caso ele encontrasse minha mala abandonada na praça e viesse à minha procura.
Será que ele poderia desconfiar do meu sumiço, sendo que eu havia lhe explicado que tudo o que eu tinha vida estava dentro daquela mala e assim vir me procurar?
Senti um aperto no peito quando eu vi que o Malik estava prestes a me bater novamente, e pela sua expressão séria com mais raiva e força que a primeira vez e logo tentei me preparar para a dor, e então ouvi o senhor Jeremy implorar por nossas liberdades e o grotesco homem me soltou e se aproximou do homem amarrado a cadeira e perguntou retirando sua amordaça.
— Onde está meu dinheiro?
— Eu não sei, Malik. Estou falando a verdade, por favor.
E interrompendo Jeremy, Malik se aproximou de mim com uma expressão feia e desferiu um soco em meu estômago e um tapa forte em meu rosto onde acabou cortando meus lábios com brutalidade e sentindo gosto metálico de sangue em minha língua soltei um gemido de dor, me sentindo embaçada pela forte pancada no estômago e implorei.
— Por favor, eu não sei de nada.
E então ele sorriu e se aproximou do meu rosto e agarrou forte em meus cabelos. Meu couro cabeludo pedia por socorro, lágrimas desciam incessantemente pelos meus olhos e eu não estava mais com forças para implorar pela minha vida pois eu sabia que esses homens iriam me levar para acabar comigo e foi nesse exato momento que algo inacreditável aconteceu.
A porta de entrada do pub foi arrombada com toda a violência possível, e entraram muitos homens vestidos de preto e entre eles reconheci o Bruno e logo senti uma enorme sensação de tranquilidade me dominar mas antes de qualquer sentimento me atingir, eu vejo Malik gritar e tentar fugir enquanto arrastava a cadeira bruscamente mas alguns homens o capturaram e o algemaram enquanto eu tentava com muito esforço me manter em pé e me olhando diabolicamente, Malik proferiu.
— Vou destruir você, Sua vadia.
Alguns homens o levaram para fora e sumiram do meu campo de visão. Meus braços desceram livres ao lado do meu corpo quando soltaram a corda que me prendia a cadeira, me sentindo fraca, na verdade exausta física e psicologicamente, ergui a cabeça e olhei para a porta desejando sair daqui mas sem conseguir ter forças para levantar acabei encontrando os olhos verdes que tanto me cativaram, trazendo uma doce sensação de paz, e adentrando o local com uma expressão de extrema preocupação, ele veio em minha direção.
Como meu salvador, para me resgatar, entretanto, o alívio que senti a poucos instantes, foi substituído por um grande aperto no estômago, tentei levantar e me manter em pé, mas meus joelhos fraquejaram e então cai, minha visão ficou turva e tudo estava escurecendo ao redor mas Chease então me pegou do chão e me levantou em seus braços me apertando contra si. Naquele exato momento senti o quanto necessitava ser cuidada e principalmente, me sentir segura e protegida. Sentindo o seu cheiro amadeirado e sua pele quente e firme tão perto de mim, me deixando muito aliviada por ter sido escolhida por ele, meu coração gritava para que eu cedesse ao seu pedido, e no fundo, era tudo o que eu queria, ser cuidada por ele.
— Chease, eu aceito a sua proposta.
Murmurei em um fio de voz e então mergulhei na escuridão.
Chease Willians No instante em que Bruno me disse que Nina havia sido levada à força para o pub, não consegui conter minha fúria. Ele me explicou que ela havia passado informações importantíssimas para a nossa investigação e que com isso, iríamos conseguir prender os principais responsáveis pelos desvios de dinheiro, e tudo estava girando em torno do tráfico de drogas, mas a verdade é que minha mente estava apenas na informação em que Nina estava em perigo. No momento em que toda a operação já havia sido montada e arrombaram a porta, adentrei o pub feito um louco atrás dela, nem me importando se iremos prender os culpados ou não, eu estava ali por ela, precisava vê-la, saber como estava mas assim que a vi com seus lábios sangrando e inchados, senti meu coração vacilar algumas batidas e apressei meus passos para pegá-la em meus braços e conferir se estava bem de verdade mas quando ela caiu de joelhos, eu a alcancei e a levantei facilmente em meus braços, apertando-a contra mim, num m
Nina Kandon Observei Chease saindo com sua bunda linda andando em direção a porta da cozinha, e só pelo fato de eu estar tarando a sua bunda, já me deixou em alerta, pois ele é um homem bem grande, e mesmo sendo virgem, não sou 100% inocente, assisti muitas vezes a trilogia 50 tons de cinza e sei muito bem quando existe um tipo de tensão entre duas pessoas e sem dúvidas, entre mim e Chease existe muita tensão e química. E acredite em mim, quando um homem de aproximadamente 1,90 cm de altura, com músculos excepcionalmente definidos por todo o corpo, dono de um par de olhos verdes cativantes, com um sorriso de matar, se aproximar de você com um interesse em cuidar de você, apenas saia correndo e fuja para o mais longe possível, pois você irá se apaixonar por ele. Eu sei dos riscos que estou correndo de ter meu coração partido mas não tive escolha, ou aceitaria os cuidados de Chease ou ficaria na rua para morrer de fome entre outras coisas que poderia acontecer comigo, precisei abri
Chease Willians No instante em que Nina disse que aceitava a proposta, uma sensação agradável de poder me dominou, mas isso não quer dizer que ela aceitou a proposta a sério, já que ela não sabe muito a respeito e por isso precisei ressaltar. — Mesmo que você já tenha sua resposta, vou deixar o prazo de 2 dias em aberto e assim você irá me conhecer um pouco mais nesse período. Nina assentiu e levantou-se levando seu prato, talheres e taça até a pia, enquanto eu analisava todo o seu corpo perfeito. De costas para mim, olhei dos seus pés até a sua bunda maravilhosa e me levantei com todo silêncio possível, não conseguindo aguentar a vontade de beija-la a tantos dias e agarrando seu quadril, a virei para mim, colocando-a em cima da pia e levantando a mão e pousando em seu rosto, ela fechou os olhos quando recebeu meu toque, quase se derretendo toda para mim e muito satisfeito, eu disse. — Você é tão linda, Querida. Que preciso ter total controle para não tomar você agora mesmo.
Nina KandonDepois que falei para Chease que eu estava disposta a ser sua baby, eu sabia que iria passar por uma mudança drástica de vida. Poxa vida, quem tem um Chease na vida, sabe do que estou falando, não é mesmo?O homem é perfeito, e esta levando muito a sério sobre a minha preparação para ocupar o lugar de baby. Vou explicar o que eu fiz durante a primeira semana que com muito carinho apelidei de TS "Treinamento Sugar", vamos lá.Se antes eu só tinha uma opção de comida, hoje posso pedir duas refeições diferentes por dia e mais os lanches fora de horário. Tudo o que precisar entre roupas, acessórios e até mesmo para higiene pessoal é só pedir a governanta e ela resolve tudo mas como não quero exagerar, pedi apenas o necessário, ou seja, início de mês e estou menstruada.Estou tendo aulas diárias de etiqueta e moda, estive tão ocupada que não vejo Chease desde o dia em que ele me colocou para dormir, a única coisa que sei é que terei um evento em São Paulo para comparecer ao
Chease Willians No momento em que aterrissamos em São Paulo, já percebi que meu dia seria longo. Meu humor estava péssimo, recebi inúmeras ligações do meu gerente informando que uma de nossas lojas foi arrombada e com isso o prejuízo ultrapassa 500 mil reais, e além de tudo a minha mãe está me aguardando a mais de 2 horas, na mesma sala em que eu estou entrando, e o surto materno irá começar em 3..2..1.. — Isso não se faz, Chease. Ouvi dona Vivian Willians choramingar enquanto levantava-se da poltrona e andava em minha direção com mágoa nos olhos. — Como consegue deixar sua mãe dias sem uma notícia sua? Neste momento estou parado ao lado da minha mesa presidencial e encarando a minha elegante mãe, tentando não ser muito rude, então controlando a voz, eu respondo. — Mãe, não foi proposital. Sinto muito. Você sabe que não fui a diversão. E também não falei com você por apenas um dia. Ela cruza os braços na defensiva e reclama mais um pouco. — Mas ao menos me dê not
Chease Willians E então peguei meu celular e digitei uma mensagem, pois estava interessado em saber como ela estava, o que estava fazendo.“Oi, baby. Como estão as coisas por aí? Terminou suas aulas?” Eu já sabia que Nina levou nota máxima nas duas matérias em que a Carla iria ensiná-la. Nina é dedicada e até agora não me decepcionou em nada. “Oi, Daddy. Estão bem, hoje estamos no shopping.” Nina respondeu rapidamente e isso me deixou inquieto e então resolvi ligar para ela e ouvir a sua voz, que no segundo toque atendeu timidamente. — O..oii, Chease. — Sorri ao ouvir sua voz tímida ao me saudar, pois provavelmente Carla esta por perto. — Você não gosta de comprar roupas? Ou ir ao salão de beleza? Perguntei a ela e parece que a peguei desprevenida pois soltou um suspiro. — Não estou acostumada a gastar tanto em tão pouco tempo e acho que tenho o necessário. Ela me responde parecendo chateada. — Minha querida, você estará ao meu lado então é necessário. Se a
Nina Kandon Assim que Chease respondeu que iríamos de jatinho para São Paulo, parece que a minha ficha começou a cair aos poucos a respeito da minha realidade. Eu realmente estou mudando de vida, por ele, para ele e através dele. Nunca pensei que iria receber esse tipo de ajuda, e merda, sei que se eu não me cuidar, irei me machucar e feio. Deitada na minha cama, ouço um movimento no corredor quando algumas batidas me fazem saltar da cama e abrir a porta quando Carla entrou eufórica. — Nina, amanhã iremos fazer compras pela manhã e no período da tarde, iremos colocar as roupas nas malas, pois tudo que é seu será enviado a São Paulo para que esteja tudo pronto para quando chegarmos lá ainda amanhã a noite ou no início da madrugada. Confirmando com a cabeça eu sorri e permaneci em silêncio quando ela diz. — Você pode ficar descansando essa tarde, faça o que quiser para se distrair. Carla saiu do quarto e fechou a porta me deixando ali sozinha com dúvida do que eu posso faz
Nina Kandon Assim que voltamos para casa, fui direto para meu quarto tomar um banho, e assim que cheguei lá, vejo apenas as últimas compras em cima da cama dobradas sem um único amassadinho e então comecei a pensar no quanto a minha vida mudará a partir de agora, terei um relacionamento com um homem importante, terei uma casa gigante para morar, irei estudar e fazer oque eu quiser com um dinheiro que eu irei receber, o que mais uma garota poderia querer?Sorri ao pensar isso quando sou tomada pela tristeza e de repente uma onda de pânico me tomou fortemente.Meu Deus, e se eu me apaixonar por ele? E se ele se cansar de mim? pior, e se eu não suprir as necessidades dele? Minha cabeça começou girar em meio a tantas dúvidas cruéis. Tudo parecia ser motivo de Chease querer terminar nosso relacionamento, e só em pensar nisso, meu peito já pesou. Apesar de eu ser avisada para não se apaixonar, ainda assim, senti coisas desde a primeira vez que o vi, e isso não tive como impedir.Deus.