Nina kandonDepois que fui trazida para os Emirados Árabes, a 4 dias, meus dias ficaram mais suportáveis. Estava sendo alimentada, não apanhava mais e tinha uma cama para dormir, entretanto, meu corpo estava muito estranho.Estava acordando enjoada pela manhã, qualquer cheiro de comida me causava náusea, não sei o que pode ser, mas estou me sentindo fraca, pode ser a anemia novamente.Fechei os olhos e tentei me recuperar da sessão de enjoos matinais, quando a porta do quarto em que eu estou trancada foi aberta abruptamente, e um homem acompanhado por uma mulher muito bem vestida entrou, e com um sorriso perverso, ela me olhou dos pés a cabeça e disse. — Vamos, querida. Irei prepará-la para a noite. Eu engoli em seco e me sentei na cama, com medo do que isso significa. — Anda, garota. Não temos todo o tempo do mundo. A mulher resmungou e saiu andando e eu logo levantei e me aproximei do homem que parecia ser um armário de tão grande. — Com licença… O que irá acontecer ess
Nina Kandon Olhei em direção a voz mas não consegui ver seu rosto e fechando os olhos, ouvi o martelinho bater, dando o leilão por encerrado e então fui direcionada para um corredor e aquela mesma mulher murmura me olhando fundo nos olhos. — Boa sorte, Valentina. Espero que sua vida melhore com esse ricaço. — E me levou até um quarto e fechou a porta atrás de mim, o quarto era luxuoso, então resolvi ir ao banheiro, para tentar manter a calma, pois ao menos, o meu comprador, não era um velho asqueroso, pois lembro-me da sua voz era jovem e estremeço ao pensar em ser tocada por qualquer homem além de Chease, mas se o meu comprador quis me levar daqui é por que provavelmente irá cuidar de mim longe desse lugar. Abri a torneira e lavei as mãos, na tentativa de me acalmar, meu estômago estava revirando e tudo se intensificou quando ouvi a porta do quarto ser aberta e em seguida se fechando. Tranquei o ar dentro dos pulmões, na tentativa de ouvir qualquer ruído, mas nada aconteceu
Chease Willians Depois que invadiram a boate, foi tudo muito rápido. Haviam homens mascarados e armados por todos os lados, eu e Nina saímos acompanhados pelo Bruno, e quando chegamos ao carro, Nina desabou em lágrimas e acredito que seja por alívio de finalmente estar indo para casa, e aliviado, a puxei em meu colo e a acariciei, tentando reconforta-la. — Calma, meu amor. — a apertei entre meus braços e beijei o topo da sua cabeça. — Agora vai ficar tudo bem. Vamos voltar para casa. — Horas depois Nina agora está dormindo em meus braços, pensei que nunca mais a teria assim, colada em meu corpo. Tocando em seu cabelo, senti ela suspirar num sono tranquilo e então apoiei minha cabeça no banco do carro e relaxei por um bom tempo. — Acordem, já estamos prontos para voltar para o Brasil. — Despertei ouvindo Pietro falar e ele sorriu para mim e continuou. — Tudo o que ela precisar já está na suite. — Eu confirmei com a cabeça e Pietro me entregou uma manta para qu
Nina Kandon — Você sabe que já faz 3 meses que não estamos recebendo seu aluguel, e preciso de dinheiro, Nina. Esbravejando, seu rosto virou uma carranca e ela murmurou se aproximando o suficiente para tentar me intimidar e prosseguiu. — Eu não faço caridades. A senhora Marta é uma senhora beirando aos 55 anos com cabelos ralos e grisalhos, me bombardeou com as informações assim que cheguei do meu trabalho às 23:49 da noite de ontem, e essas palavras estão martelando na minha cabeça freneticamente até agora, pois não sei como vou pagar os meses de aluguel atrasado. — Dona Marta, eu darei um jeito, eu sinto muito. Murmurei em resposta, já sabendo que no dia seguinte eu teria que resolver o problema ou iria acabar perdendo o único teto que conheci durante a minha nova vida na fase adulta. Assim que ela fez um gesto estranho com a mão e saiu andando diretamente para seu apartamento, eu girei em meus calcanhares, não querendo dar sorte ao azar pois ela poderia retornar
Nina Kandon E sem ter percebido a presença de outra pessoa no quarto, soltei um grito pelo susto. — Ai meu Deus, que susto — Pousei a mão em meu peito tentando controlar os batimentos cardíacos frenéticos que começaram a bipar no aparelho insistente que me despertou do sono a segundos atrás, o mesmo que estava me irritando. — Perdão, não foi minha intenção assustá-la. — O homem lindo que lembro de ter visto antes de desmaiar está bem à minha frente, me encarando com suas mãos dentro do bolso da calça e uma expressão extremamente sexy e imponente, se desculpando enquanto se aproximava da minha cama, ele abriu um sorriso gentil e eu engoli em seco com a sua aproximação... Droga, muito seco. Minha garganta doeu agora. Preciso de água. Essa tensão toda que estou sentindo na presença desse homem é ridícula, e está me deixando desconfortável, como é possível existir isso de verdade? Nunca vi nada igual em toda a minha vida e de repente o bip insuportável surgiu denunciand
Chease Willians Assim que ouço uma pancada no carro, logo desviei minha atenção da tela do celular para a rua e vejo a expressão amedrontada do meu motorista através do retrovisor e pulei para fora do carro, para entender o que houve e me deparo com uma mulher de cabelos escuros, sentada no chão murmurando algumas palavras desconexas e preocupado me aproximei dela, me ajoelhando ao seu lado pois ela não respondeu às minhas perguntas, na verdade, não parecia ter notado a minha presença até então mas assim que meus olhos passaram em seu rosto lindo e delicado por rápidos segundos algo dentro de mim despertou, o que me fez imediatamente adotar uma postura que eu não tinha a muito tempo. Um instinto protetor me tomou naquele instante e ali preso ao olhar daquela linda mulher, engoli em seco quando ela apenas perguntou em um tom muito baixo e que parecia de encantamento, sem desviar seus olhos de mim, com uma inocência evidente em seus olhos. — Eu morri ? Sem reação no momento, eu
Chease Willians Para ser sincero, faz um bom tempo que não tenho relacionamentos casuais. Eu conheci o relacionamento Sugar a uns 5 anos e desde então passei a me dedicar nesse tipo de troca de relação. Obviamente não é sobre sexo, tem a parte de companhia e descontração, como qualquer outra forma de relacionamento, precisa de uma troca mutua, ambos precisam fazer as suas partes para funcionar. Eu tenho atualmente 2 babys, nos encontramos sempre que preciso de atenção com meu estresse por conta do trabalho, e por um bom tempo, me relacionar com elas me ajudou muito, e em contrapartida, retribuo com carinho, mesadas e "mimos" como elas gostam de chamar, mas já faz um tempo que não estou mais conseguindo me tranquilizar ou até mesmo me saciar com nenhuma das duas. Já fiz até Ménage à trois com minhas duas babys para ver se ajudava a diminuir a sensação esmagadora de vazio que sinto, mas nada adiantou por isso estou prestes a cancelar nossos contratos, pois além de não me trazer mais b
Nina Kandon Não consigo acreditar que eu estava tão doente a ponto de ter anemia, e pior, fiquei 3 dias em observação, com toda a certeza perdi meu emprego, e dona Marta já deve ter encontrado um novo inquilino, e eu fiquei sem meu"apertamento". Levantei as mãos e apertei meu rosto em desespero, perdida em meus pensamentos, senti uma lágrima descer pelos meus olhos e outras logo desceram em sequência e chorei me sentindo angustiada e literalmente sozinha. Não sei o que vou fazer se perder tudo de uma só vez, como vou me recuperar? Como vou recomeçar sem um teto e um emprego? Meu coração acelerou diante dos meus medos, e puxando o ar para meus pulmões, fechei os olhos e tentei me acalmar. Preciso pensar positivo para acreditar que amanhã será melhor, e já me sentindo mais calma, começo a me preparar para sair quando de repente algumas batidas surgem e atenta, ouço a porta se abrir e rapidamente sequei os vestígios de lágrimas e me virei para ver a figura alta e elegante daquele ho