Maria Eduarda— Duda? — Minha mãe me chamou.— Estou aqui na varanda.— O que está fazendo aqui, meu amor. — Ela saiu e me abraçou.— Ouvi um gatinho miando. — Foi a única coisa em que consegui pensar.— Não estou ouvindo nada. — Acho que me confundi. — Dei um beijo em sua bochecha. — Como foi o jantar?— Foi perfeito, seu pai conseguiu mais uns investidores para a empresa.— Que bom, Caleb deve ficar feliz com a notícia.— Tenho certeza que sim.Entramos e meu pai veio todo feliz me contar a novidade. Ficamos algum tempo sentados na sala, conversando e, em alguns momentos, me peguei pensando no que teria acontecido se meus pais não tivessem chegado.***Era sexta-feira e Elisa viria passar o fim de semana em nossa casa, estava morrendo de saudade dela. Ainda não havia contado para ela sobre o Caleb.A preguiça de me levantar da cama era maior do que eu.— Bom dia, meu amor — minha mãe falou enquanto entrava no meu quarto.— Bom dia, mamãe.— Animada? — perguntou, conform
Maria EduardaAndrés morava em um apartamento pequeno, na verdade, ele dividia o apê com um colega da faculdade, uma vez, ele me contou sobre isso, mas nunca dei muita atenção.— Elisa — falei, assim que entrei na cozinha. — Como eu estava com saudades de você — disse enquanto a abraçava.— Duda. — Ela retribuiu o meu abraço.— Que cheiro gostoso — Andrés disse. — Comida de verdade.— Cansado de fast food, irmãozinho? — Elisa me soltou e coloco minha bolsa no chão, próximo à mesa.— Nem me fale.— Falta pouco.— Vou tomar uma ducha enquanto isso. — Andrés falou e já começou a tirar a camiseta.— Ok. — disse apenas, enquanto Andrés saía da sala. — E aí? Vocês estão juntos? — perguntou toda empolgada.— É claro que não.— Mas o Andrés me disse que vocês estão saindo. — Elisa pareceu decepcionada.— Sim, mas não é nada de mais, pelo menos, não da minha parte.— Então, tá.— Aliás, tenho novidades — falei, toda empolgada. — Você precisa conhecer o chefe do meu pai.— Ui, ele
CalebUsei o meu autocontrole para não quebrar a minha promessa, na noite em que Duda foi até minha casa, por um segundo, pensei que ela não aceitaria o meu pedido.Na manhã seguinte, recebi uma mensagem do Roger, me convidando para o café da manhã e é claro que aceitei.Duda foi quem atendeu à porta o gostei da maneira de como ela quis me provocar, me chamando de “Senhor”. No começo, não aceitei muito bem, mas entrei na sua.***Passei o dia no escritório ensinando algumas coisas para o Roger, pois, em alguns dias, iríamos para Toronto e ele precisava ficar a par de tudo.— No máximo, em uma semana, iremos para Toronto — avisei.Estávamos em minha sala, revisando alguns contratos e processos.— Certo, só preciso avisar a Mel — disse. — O que é isso?— Geórgia — eu disse, quando os gritos começaram a ficar cada vez mais altos.A porta se abriu com tudo, Geórgia adentrou e, em seguida, Ayza apareceu com o rosto muito contrariado.— Senhor Stone, me desculpa, ela…— Sem problemas, Ayza.
Maria EduardaAcordei com a claridade que vinha da janela e senti minha cabeça muito pesada. Inspirei, inalando um cheiro que não era meu, mas sabia muito bem de quem era.— Droga! — murmurei para mim mesma quando as cenas da noite passada começaram a passar pela minha mente como flashbacks.Definitivamente, estava na cama do Caleb. Me sentei e percebi que estava usando uma camiseta enorme.— Droga! — Me repreendi mais uma vez.Será que tínhamos transado? Mas ele disse que não iria tocar em mim. E se transamos e eu agi feito uma idiota? Ergui a camiseta e vi que ainda estava usando a mesma calcinha de ontem.Fiqui feliz e triste ao mesmo tempo.— Com licença. — Caleb entrou no quarto com uma bandeja. — Como está a sua cabeça?— Latejando — confessei.— Trouxe algumas aspirinas, um sanduíche natural e um belo suco de laranja. — Ele se sentou na beirada da cama e colocou a bandeja no meu colo.— Meu Deus, tenho que avisar à minha mãe, ela vai me matar — falei, enquanto tomava uma asp
CalebNunca estive tão perturbado em uma viagem, como foi nessa última. A todo momento, a agonia de estar longe de Nova Iorque me invadiu a todos os momentos. Acho que, por querer estar a todo momento perto da Duda e seguir os seus passos, acabei ficando daquele jeito. Eu não via a hora de chegar em casa logo.Roger estava cuidando de tudo em Nova Iorque, era para ele ter vindo junto comigo, mas, como Jenny não poderia ficar de olho na empresa essa semana, preferi que ele ficasse em Nova Iorque.***Mal pousei no hangar e segui para casa, precisava de um banho, para depois ir à empresa, pois tinha uma reunião com Roger. Assim que cheguei na nossa rua, não acreditei no que estava vendo.A Duda estava em frente à minha casa com um sujeito que eu nunca vi em toda a minha vida. Eu havia ficado tranquilo, depois que vi Andrés com Vanessa, e pensei que não teria mais ninguém no meu caminho.E no momento, havia aparecido outro marmanjo para encher a minha cabeça de paranoias? O pior de tudo,
Maria EduardaEstou parada em frente ao espelho, após um banho gelado e nada demorado.Continuei pensando no que havia acontecido há pouco, meu coração ainda estava acelerado.Voltei para minha realidade quando meu estômago reclamou de fome e me lembrei de que precisava me vestir. Olhei meu guarda-roupa e optei por um vestido preto de alcinhas, é claro que não coloquei sutiã, mas para que não ficasse tão obvio, decidi usar uma calcinha, queria provocá-lo.Fiz um coque desajeitado e desci às pressas. O cheiro do hambúrguer invadia a casa, fazendo o meu estômago voltar a roncar.Fiquei parada à porta da cozinha e lá estava ele, preparando nossos sanduíches. Isso queria dizer que ele ficaria aqui?— Sente-se — disse em um tom sexy e autoritário, ao mesmo tempo.— Vai me acompanhar? — Ele simplesmente sorriu e me entregou o prato com o meu sanduíche. Então, se sentou ao meu lado. Já podia dizer que o meu corpo inteiro se arrepiou?Respirei fundo e comecei a comer. Fiquei observando enq
Maria EduardaAndrés e Nessa estavam cheios de amor, o que me deixou sem jeito quando entrei no carro.— O que aconteceu? — Nessa perguntou.— Nada, só estou com uma dor de estômago.— Sei. — Andrés disse e me encarou, ele já devia imaginar o que havia acontecido.— Aí, Duda, deixa eu te contar. — Nessa estava toda eufórica. — Semana que vem, tem o jantar de noivado da minha irmã.Senti como se alguém tivesse me dado várias facadas no peito, a vontade de chorar era imensa, mas eu não podia demonstrar. E, no final das contas, havia feito bem em afastá-lo, assim, sofreria menos.— Que legal. — Minha voz saiu num fio.— E você está convidada, leve o gato do Joseph.— Amor, olhe aqui... — Andrés tentou disfarçar e a chamou para mostrar algo, enquanto eu me perdi nos meus pensamentos.Por que Caleb não havia me dito que iria se casar?***As aulas passaram se arrastando. Se fui bem na prova? Acreditava que não. Não prestei atenção em nada. Estava sentada na cantina com o meu casal,
CalebVer a Duda beijando outra pessoa, me deixou completamente sem rumo. Sabia que havia sido errado pedir explicações a ela, pois ainda estava em algum tipo de relacionamento com Geórgia, ainda que eu nunca tenha querido rotular o que tínhamos.Duda me queria longe, estava determinada e não me opus, daria a ela o espaço de que precisava.Estava a ponto de explodir com Geórgia. Além de ter ido me visitar em Toronto, sem nenhum convite ou aviso; não aguentava mais ouvi-la falar sobre o tal noivado.Disse a ela que poderíamos conversar sobre o assunto e ela falou que prepararia um jantar, pois seus pais retornariam de viagem e queriam me ver, aceitei, apenas porque já havia defendido seu pai no tribunal, eram apenas negócios.***Os dias passaram agitados, até que um almoço que havia agendado com alguns colegas, que advogam no mesmo ramo que eu, chegou.— Com licença, Caleb. — Roger pediu quando entrou em minha sala.— Roger, já está pronto?— Sim, mas gostaria de saber se o convite co