Luciana
— V-V-Vo-Você me ama? — Perguntei, tão nervosa que meus joelhos tremulavam. Por que ele disse aquilo? Ele está apenas acalorado pelo momento.
Amor é algo muito forte. Muito, muito sério.
Eu pensava nesse sentimento como algo que se adquire após anos de casado.
— Sim. — Ele disse, ruborizado, com os lábios já muito perto e se aproximando cada vez mais. Seus dedos insistentemente percorriam meus cabelos. — Eu te amo e nada vai apagar o que sinto.
Pensei em ter um desmaio. Senti minha pressão descendo, meus antebraços se eriçando. Cada poro doeu agudamente.
Eu nunca imaginei que poderia provocar o amor de alguém.
Eu não sabia como reagir a uma declaração dessas, e não sabia como corresponder, mas quando fui ver era tarde demais. Os lábio
LucianaEu acordei muito bem. Tinha ido dormir cedo no dia anterior e meu corpo parecia completamente revigorado.Olhei para o despertador prateado de Christofer. Eram 6:10 ainda, um recorde. Eu me espreguicei e soltei um gritinho. Olhei para o lado, Christofer ainda dormia.Eu nunca o vi dormir, ele sempre acordava antes de mim. Ele dormia como se estivesse meditando, e isso me assustou um pouco, parecia morto. Toquei a veia do pescoço dele para sentir a pulsação e, graças a deus, estava lá. Christofer abriu os olhos quando o toquei e eu dei um pulinho.— Bom dia. — Ele sorriu e me puxou para um abraço. Eu me despejei sobre o peito dele, sentindo suas mãos acariciando meus cabelos.— Bom dia. — Respondi, sorridente.Bem, tinha uma coisa que eu sempre quis fazer e nunca tinha me dado a oportunidade. Agora que éramos namorados, e um
LucianaChristofer encontrou o caminho bloqueado. Simplesmente não entrava. Acredito que era normal, pelo fato de eu ser virgem. Eu mordi o lábio de dor devido a esta investida, ainda que não tivesse entrado. Contudo, parecia impossível de abrir caminho, e eu fiquei sem ar.Antes que pudesse reivindicar que não ia dar, Christofer ofegou e se preparou para empurrar. Os dedos dele se entrelaçaram aos meus, e ele lambeu os lábios. Acho que estava sentindo um prazer enorme desde já.Será que eu nasci sem buraco? Não é possível. Bem, eu pensei em tentar suportar mais um pouco. Ele sabia o que fazer.Christofer foi o mais delicado possível, mas não tinha jeito, o caminho era árduo. Seu pau entrou muito pouco, mas saiu me arrebentando. Senti como se ele tivesse me rasgado toda.Eu senti vontade de chorar. Dei um pulo invo
Luciana— Você quer beber aqui? — Ele perguntou, chegando até a mesa onde eu estava. Ele tinha comprado alguns donuts, mas eu não consegui ficar empolgada.— Não! — Falei um pouco rispidamente, e depois me corrigi. — Digo, eu quero sair daqui o mais rápido possível.— Você viu, não é? — Ele indagou, enquanto saíamos do estabelecimento.— Não sei do que está falando. — Suspirei, evitando olhar nos olhos dele. Christofer sabia quando eu mentia, e eu não queria outra conversa, já tínhamos falado mais cedo sobre isso. Ele ia falar que eu sou a única pessoa que importa e etecétera.— Ok. — Ele disse. Nós comemos em um restaurante e fomos embora. A noite não foi, necessariamente, agradável. Agora os olhares das mulheres em
NarradorLuciana acordou naquele dia com o despertador. Ela se espreguiçou demoradamente. Tinha que ir para a faculdade.Ah, a faculdade. Acordar pensando nisso era uma frustração.Ela tinha dinheiro. Muito. Não precisava fazer faculdade. Mas, quando se formasse, ela poderia ser um ser humano útil à sociedade. Ela queria isso.Apesar de um padrinho distante controlar todos os seus gastos, por pedido do falecido pai dela, o valor mensal que recebia era inferior ao rendimento e mesmo assim sobrava uma pequena fortuna que ela guardava numa segunda poupança. Na verdade, ela tinha um valor muito maior acumulado no banco, não gastava muito porque já tinha um apartamento. Seu pai lhe deixou pronta para nunca precisar trabalhar.Por que, então, esse maldito despertador estava tocando? Por que acordou pensando nisso? Todas as manhãs, quando tinha que
NarradorCertas coisas nunca mudam.Todas as ex-namoradas de Christofer chegavam a esse ponto em algum momento.Ciúmes.Ciúmes quando alguém dava em cima dele, quando alguma fã se aproximava, quando ele terminava. Ninguém era capaz de sentir algo saudável por ele.Os ciúmes destruíram todos os relacionamentos anteriores de Christofer. Talvez a personalidade dele permitisse que algumas pessoas se sentissem donas dele.Ele não acreditou que Helena poderia ter tanta força, apesar de ela também ter faixa preta em Taekwondo. Depois, imediatamente arrependida, Helena levou as mãos ao rosto.— D-desculpe! — Ela viu que as marcas ficaram impressas no rosto pálido dele e retroced
Narrador— E-Eu fiz isso? — Luciana indagou, num tom choroso. Seu maior medo se tornou verdade.Christofer nem se deu ao luxo de confirmar. Ele não mentiria sobre algo tão sério, o que tornou a pergunta dela retórica.Luciana olhou para o canto da sala, decepcionada consigo mesmo. Agora ela entendia por que a insistência de Christofer em não dar mais um passo na relação, apesar de terem ido até o limite.Certamente ele tinha desejos, e demonstrou isso em vários momentos. Até abriu mão de seu orgulho, principalmente na noite passada, quando tentou se aproximar dela na cama. Porém, para ele ter perdido o tesão naquele momento, ela deve ter falado o nome de Otávio naquela mesma noite.Como poderia se defender? Será que ainda tinha forma de fazer isso?— Se eu fiz isso, foi sem quer
Luciana— Como? — Arregalei os olhos.— Ele é um rapaz muito bonito, Luci, e você sabe por que ele terminou com a ex, não sabe?Emudeci. Eu não consegui mais esboçar palavra. Que Christofer é lindo eu já sabia, mas o que tem a ver? São tantas opções que ele não consegue resistir à tentação?— Não sei e nem me interessa. — Falei.— Ele traiu a ex-namorada muitas vezes, Luci, inclusive comigo. — Ela revelou. — Não tenho orgulho nenhum em dizer isso, mas é que eu me apaixonei. Você sabe como é difícil não se apaixonar por ele, principalmente depois de fazer amor com ele.Gelei.Não, não sei. Nunca transamos. Sou virgem.Eu não podia deixar meu chão desmoronar sob meus pés daqu
LucianaAs pessoas da sala começaram a se mobilizar e chamar ajuda. Estela caiu no chão gritando e pedindo socorro. Eu não pensei que tivesse tanta força assim, mas na hora da raiva acabamos fazendo mágica.Eu não podia e nem queria fugir do que eu havia feito. Arrebentei a cara daquela escrota. Ela zombou de mim de novo, num momento completamente doloroso para mim.— Está doendo, não está? — Grunhi, vendo os amigos que restaram na sala ajudando-a a ficar de pé. Um fio de sangue escorria pelo nariz dela e entrava em sua boca. Nojento.— Chifruda! — Ela gritou para mim, enquanto era segurada pelos colegas.— Quer perder outro processo? — Falei. Naquele momento ela arregalou os olhos e ergueu os pés para me atingir com chutes. Então era isso, por essa razão ela me odiava. Eu acertei.Ela