Mark Fletcher
É inacreditável a audácia desse cara. Vem até aqui, e ainda a abraça, como se nada tivesse acontecido.
E mais inacreditável ainda, é ela me pedir para deixa-los a sós. Como assim, ela ainda quer ficar "a sós" com ele? Ela realmente não deve se lembrar da merda que ele fez, só assim para ela ainda dar a chance dele se "explicar".
Depois do que pareceu ser uma eternidade, ele sai do quarto dela, e pela cara dele, a conversa não deve ter sido nada boa pra ele.
Essa sim, é a minha Alison!
Entro no qua
Mark FletcherFui até a casa da Alison busca-la pessoalmente, achei que seria mais confortável para ela, se chegasse até minha casa, acompanhada por mim.Durante o caminho, ela parecia bem descontraída, o que me deixou menos apreensivo. Era muito bom saber que ela estava a vontade em ir até lá.Ao chegarmos, os olhos dela percorriam todo o lugar com curiosidade.- Nossa, a sua casa é muito linda! - diz enquanto observa.- Parece que seu gosto não mudou nada. - digo brincalhão enquanto pego sua mochila no banco traseiro do carro.- Acho que seria inevitável não achar essa casa linda. - sorri enquanto caminha lentamente até a escada da entrada.- Bom, acho que já sei qual o cômodo que você ma
Alison Pines Eu estava em um sono inquieto, meu corpo se debatia na cama, e quando eu acordei, conclui que meu sonho, não era um sonho. Minha mente estava revivendo os momentos do acidente.Meu peito estava apertado, eu chorava calada. Sentia minhas mãos suarem, e meu coração bater acelerado.- Meu Deus, - as lágrimas percorriam meu rosto. - Que coisa horrível.Me sentei na cama, e abracei minhas pernas, e permaneci assim, por algum tempo.Me levantei, fui até o banheiro, lavei meu rosto, e ao encarar meu reflexo no espelho, me sentia como se estivesse sendo assombrada por essas lembranças ruins.Parte da minha vida, eu queria muito retomar as lembranças, mas essa, eu não queria de jeito algum.A sensação de medo que eu senti, e meu desespero em tentar tirar aqu
Alison Pines- Eu não menti pra você, Alison. - diz com um olhar triste.- Você se comportou como se nada tivesse acontecido naquela noite, fez parecer que estava tudo bem entre a gente. Quando na verdade...- sinto meu coração murchar com a lembrança de suas palavras.- Alison, deixa eu explicar pra você...- tenta novamente pegar minhas mãos.Eu me levanto, e me mantenho a uma certa distância dele.- Você me
Alison PinesQuando acordei, meus olhos estavam inchados, e não me surpreende me encarar no espelho, e ver essa imagem pálida que está sendo refletida.Tomo um banho, coloco um vestido, e penteio os cabelos. Volto para o quarto, e vejo uma bandeja em cima da cama. Assim que meus olhos se fixam nela, sinto minha barriga roncar. É ótimo poder ver que meu corpo já reage, na maioria das vezes, como costumava ser. Em poucos minutos, esvazio a bandeja, e até me sinto mais feliz com isso.Saio do quarto, e no corredor, encontro com Penny saindo do quarto do Mark.- Bom dia, sta! - me cumprimenta sorridente.
Daniel ThompsonSe há cerca de três meses atrás, eu achava que estava lutando para trazer meu amigo a realidade de que a vida tinha que seguir, agora eu já não sei o que realmente estou fazendo.Desde que a Alison deixou o Mark, ele simplesmente decaiu. Passou a ficar todas as noites em boates, e a beber como se não houvesse amanhã. E parece que para ele isso já não importa mais.Constantemente eu recebo ligações de pessoas estranhas do celular dele, me informando que preciso ir busca-lo, pois ele se nega sair do local, e a boate precisar ser fechada.A companhia constante dessas dançarinas, n
Mark FletcherAo longo dos anos, passei a não achar esse eventos beneficentes tão insuportáveis. Não sei dizer se foi porquê as pessoas já não puxam mais o meu saco como antes, ou se é pela companhia da Melanie.Ela é uma pessoa extraordinária.Quando a Wendy me colocou para dançar com ela, em seu casamento com Peter , seis anos atrás, eu ainda era um rabugento para essas coisas. Mas ela se mostrou ser uma pessoa bastante paciente.Depois daquele dia, eu não a vi mais, até o aniversário de um ano de casamento do Peter . Parecia até que nos conhecíamos há anos, dado ao jeito como ela me tratava. Sempr
Mark FletcherPassei as últimas duas semanas, tentando provar a mim mesmo, que não estava apaixonado pela Alison. Consegui não procurá-la, mas não pensar nela, foi algo impossível. Achei que se ficasse longe, e evitasse não pensar nela, chegaria a conclusão de que tudo não passava de algo físico, que era apenas uma atração intensa, e que não vê-la, ou pensar nela, isso me daria a resposta. Mas a única reposta que tive, foi a de que preciso mais dela, do que eu imaginava.A falta que sinto agora, não é do seu corpo nú, totalmente entregue a mim. Sinto falta mesmo, é de pelo menos vê-la, poder tocar seu rosto enquanto dorme, de seu olhar doce e inocente, de como ela sorri, de como seu rosto fica gracioso quando ruboriza, e principalmente, em como me sinto feliz quando estou com ela.Agora faz todo sentido pra mim, o porquê eu me senti tão agoniado e, de certa forma, triste quando ela partiu da minha casa. Eu tive medo de perdê-la. Mas
Mark Fletcher-Como assim você não vai poder ir?- Surgiram alguns imprevistos, compromissos inadiáveis na empresa, e eu não poderei discursar hoje. Então preciso que você vá.- Mas eu não costumo fazer isso. Ficamos combinados que eu faria presença nos eventos, e você faria os discursos nos lugares em que nossa empresa faz colaborações.- Eu sei, mas eu não posso adiar esse compromisso de hoje, e você está disponível.- Droga Daniel, eu detesto essas coisas.- Eu sei disso também, mas você vai se sair bem. Confio em você. - ele põe a mão no meu ombro me encorajando.- Quando eu tenho que ir? - suspiro pesaroso.- Agora!- Agora? - o encaro absorto.- Sim! O helicóptero já está pronto à espera. Você só precisa ir até o heliporto da empresa. Aqui está a pasta com tudo