Meu Marido se Arrependeu Depois que o Seu Amor me Matou
Meu Marido se Arrependeu Depois que o Seu Amor me Matou
Por: Jessica HJ
Capítulo 01
Meu corpo foi encontrado em um prédio abandonado.

O trabalhador da construção vomitou enquanto ligava para os serviços de emergência.

Mark correu do tratamento renal de Emma para a cena do crime.

O perito forense franziu a testa, fazendo um gesto para que colocassem as máscaras.

Meu marido Mark era o detetive mais renomado da cidade. Ele havia resolvido inúmeros casos de assassinato, mas até ele estremeceu quando viu o meu cadáver.

O calor do verão fez seu trabalho. O corpo estava inchado, o rosto espancado, onde só havia sangue e uma massa de carne no lugar das feições.

Os ferimentos eram extensos e a cabeça mal pendia do pescoço por uma tira de pele.

O fedor de decomposição dominava o ambiente.

Mark fechou os olhos brevemente, respirou fundo e colocou as luvas para começar o exame preliminar.

Observei nervosamente enquanto ele tirava o colar manchado de sangue do meu pescoço.

Duas alianças pendiam da corrente, nossas alianças de casamento que eu havia feito à mão para nós com amor.

Me lembrei de como fiquei orgulhosa ao mostrar a Mark. Dias gastos cuidadosamente para que ficassem perfeitas.

Mas quando Emma o viu usando a, ela riu com crueldade. — O que é essa coisa feia? Você pegou isso de uma lixeira?

Mark tirou a aliança imediatamente, jogando de volta para mim. Seu rosto queimou de raiva.

— Você é minha esposa. — Ele retrucou. — Deveria me ajudar a ter sucesso, não me fazer parecer ridículo na frente dos outros.

Suas palavras frias ecoavam em meus ouvidos, que me fazia acreditar que ele já reconhecia essas aalianças agora.

O símbolo do nosso casamento, do meu amor por ele.

Mas Mark apenas instruiu impassivelmente seu assistente a ensacar os itens como evidência.

Seu colega trabalhou metodicamente, então de repente parou. — Mark… a vítima estava grávida. Cerca de dois meses de gravidez.

Eu assisti, com o coração partido, enquanto a expressão de Mark se tornava de raiva.

— Esses demônios! — Disse com raiva, batendo a mão contra a parede. — Como eles podem ser tão cruéis com uma mulher grávida?

Eu queria gritar e o sacudir.

Emma foi diagnosticada com insuficiência renal há apenas cinco dias. Os médicos disseram que ela precisava de um transplante urgentemente.

Mark correu para o hospital à meia-noite. No caminho, ele me implorou.

— Precisa ajudar ela, Alice. Você é a única compatível que eles encontraram.

— Estou grávida, Mark. Dois meses. É por isso que não posso doar meu rim para Emma. Espero que me compreenda.

A resposta dele foi instantânea e cruel: — Outra mentira? Primeiro, você se recusa a ajudar Emma, agora você inventa uma gravidez? Quão baixo você pode chegar?

Ele me abandonou na estrada e então fui sequestrada.

Agora, Mark estava sobre meu corpo, consumido pela raiva motivada por uma vítima desconhecida.

Mas ele se recusou a acreditar na gravidez de sua própria esposa.

Pediu ao seu assistente para anotar isso como apenas mais um detalhe no arquivo do caso. — Se certifique de destacar a gravidez no relatório. Isso torna o caso uma alta prioridade.

Eu não deveria ter esperança. Eu nunca estive no coração de Mark. Ele nunca acreditou em mim, nunca confiou em mim, nem mesmo no dia em que nos casamos.

No coração de Mark, cada palavra que eu falava era uma mentira e cada ação suspeita. Ele guardou sua confiança e amor para Emma.

Mesmo eu sendo sua esposa e o amando com tudo que eu tinha.

Minha amiga Sarah me avisou desde o começo: — Mark só se casou com você porque ele não podia ficar com Emma quem é sempre o verdadeiro amor dele.

Eu não acreditei nela naquela época. Pensei que nosso amor era real, que o tempo provaria que ela estava errada.

Mas depois do casamento, a verdade se tornou impossível de ignorar.

Eu percebi que eu não tinha lugar em seu coração. Cada cômodo da nossa casa tinha fotos dele e de Emma. Até mesmo as histórias que ele contava, de alguma forma, sempre incluía o nome dela.

Eu era apenas uma intrusa na história de amor deles. Uma substituta até que Emma pudesse retornar ao seu devido lugar.

Tirando as luvas, seu colega esfregou a testa franzida: — A vítima parece ter cerca de 25 anos. A causa preliminar da morte é corte na garganta e mostra sinais de tortura prolongada antes da morte.

— O método foi extremamente cruel. Isso causará indignação pública. Precisamos resolver isso antes que exploda na mídia. — Mark acendeu um cigarro e deu uma tragada profunda, aparentemente preocupado.

Mesmo na morte, eu estava causando problemas para ele.

O perito forense alertou: — O assassino continua por aí. Diga aos seus entes queridos para terem cuidado. Não deixe Emma sair sozinha à noite.

Mark respondeu irritado: — Emma sempre me escuta. Enquanto minha esposa, Alice, é uma mulher que não posso controlar.

O perito era um seu velho amigo e conhecia bem a situação dele.

Mark esfregou o estômago distraidamente.

O homem percebeu que ele estremeceu. — Seu estômago está doendo de novo?

Mark negou: — Está tudo bem. Alice comprou um remédio para mim e guardou em casa.

Ele parou de falar, de repente, em silêncio.

Sua esposa, supostamente teimosa, sempre se importou profundamente com sua saúde.

O especialista deu um tapinha nas costas de Mark: — Seja mais gentil com Alice. Ela é, na verdade, a sua mulher.

Mark balançou a cabeça: — Outro dia, Emma foi diagnosticada com insuficiência renal. Alice se recusou a doar um rim para ela, inventando mentiras sobre estar grávida de dois meses.

O homem hesitou. — Mark… talvez ela esteja realmente grávida?

— Impossível! — Retrucou. — Não toco nela há mais de dois meses.

— Mas lembra daquela noite, dois meses atrás? Quando você ficou completamente bêbado no bar…

Mark o interrompeu. — Emma ficou comigo naquela noite. Ela me disse que Alice não apareceu.

Minha alma doeu ao ouvir essas palavras.

A pessoa que ficou ao seu lado naquela noite fui eu.

Eu segurei sua mão enquanto você estava doente.

Eu limpei seu rosto com uma toalha fria.

Eu cuidei de você até o amanhecer.

Mas Emma distorceu tudo, convencendo você de que eu o abandonei naquela noite.

— Alice não volta para casa há dias e não faço ideia do tipo de encrenca que ela está causando. Eu nunca deveria ter me casado com ela. — Mark continuou.

Ouvindo as acusações e reclamações dele sobre mim, meu coração congelou.

Mark, não é que eu não quisesse voltar para casa.

Eu só… não podia mais voltar para casa.

Sua esposa morreu no dia em que você escolheu acompanhar Emma ao tratamento dela.

Meu corpo está diante de seus olhos, carregando a criança que você se recusou a acreditar que existiu.
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