NayanaVer essa menina de apenas 16 anos me lembra de mim no passado quando me casei com Shankar, a gente praticamente não tinha escolha nesses casamentos que as nossas famílias arranjavam pra gente, o homem podia ser feito ou velho, ou mesmo bonito, mas um agressor e abusador, a gente não devia contestar em nada, apenas aceitar de bom grado e caladas. Sobre casamentos prematuros era também um assunto no qual eu estou com planos de fazer algo acerca, pois quem entende realmente o que é aquilo apenas é a pessoa que já passou por aquilo."Arebaguandi, mal posso esperar para que o orientador chame o meu nome." Respondo a ela um tanto angustiada e apreensiva, ela dá uma risadinha. Ela já tem seu resultado e ela tinha conseguido ser aprovada em todas matérias, a invejava um pouco, não posso negar.Não tive que esperar muito após aquilo porque o orientador chama pelo meu nome finalmente, dou um pulinho do banco onde estou sentada e vou até a sala do homem. O orientador está sorrindo ameno p
Nayana"Amiga, você não está me entendendo. Aquele cara é um tremendo de um gato!" Hari está exclamando do outro lado do celular falando do novo namorado dela, finalmente Shankar tinha me dado permissão pra voltar a falar com a minha amiga, então ela estava me atualizando as novidades que aconteciam na vida dela enquanto eu fazia o mesmo. É o momento após o jantar daquele dia, estou no closet vestindo o meu pijama enquanto Shankar está sentado na cama lendo um livro e bebendo a sua tradicional taça de vinho antes de dormir."Quão gato?" A provoco dando risada, ela finalmente tinha decidido abrir o seu coração e tentar amar como nunca tinha feito antes na vida, me contava que esse novo namorado dela se chamava Wong Liu e que parecia bastante simpático e simples, ela dizia que se conheceram no meio do trabalho quando ela quase rejeitou a oferta da agência dele achando que eles fossem uns charlatões, mas Liu conseguiu provar a ela que a empresa dele tinha planos fidedignos, o que Hari ac
Anushka"... Tente dormir essa noite, algo que você não vai conseguir pois eu sempre serei o seu pior pesadelo..." Me lembro vagamente dessas palavras enquanto ouço os Suryavants falarem á mesa."Dizem que foi uma mulher grávida, ela estava tão no final da sua gestação que quando o tuk-tuk bateu nela, a bolsa estourou na hora, acabando por asfixiar o bebê dentro dela." Shankar estava contando enquanto todos nós, sentados a mesa de jantar, comíamos em família apreciando a companhia uns dos outros, ou pelo menos tentando fazer isso."Eu ouvi dizer que no meio de tanto sangue quando a coitada foi atropelada e estava estatelada lá no chão da estrada, as pessoas viram até a cabeça do feto pendendo sem vida pra fora da barriga, que foi brutalmente rasgada pelas rodas do veículo!" Dulari, que não consegue ficar por fora de uma fofoca, está também contribuindo demasiado com as especulações feitas sobre o tal acidente que aconteceu aqui perto da nossa rua na semana passada. Dulari não precisa
AnushkaTenho tanta vontade de contar pra ele sobre aquilo, mas consigo me segurar, não tenho certeza se ele não vai interpretar isso como um crime ou algo do tipo. É melhor que ninguém saiba de nada mesmo, nem a própria Deva não soube que fui eu, então é melhor enterrar esse segredo a sete palmos da terra do que deixar que mais alguém fique sabendo disso. "Mas enfim, sobre o que aconteceu no encontro entre as mulheres dessa casa..." Kabir começa. Bhadrasri tinha contado tudo o que tinha havido no salão cabeleireiro envolvendo ela, eu e suas amigas, até Nayana que não fez nada, foi incluída no assunto, parecia que Bhadrasri também estava brava com ela, a sua norinha predileta, e então ela foi reclamar pro marido dela. Garjan mandou chamar Shankar e Kabir para uma reunião ali mesmo no escritório de casa, quando acabou a reunião, meu marido veio me dizer que era sobre o que tinha acontecido no salão. Então hoje Kabir está aproveitando que todo mundo está sentado nessa mesa para falar o
AnushkaNão sei por que diabos Dulari relutava tanto em me deixar levar o café pra minha própria cunhada, ela nem ao menos é parte da família, eu que sou parte da família agora, não ela, eu podia muito bem levar o café da minha cunhada. Decido culpar a petulância dela, ela é uma garota que tem dificuldade em se pôr no lugar dela, está sempre se metendo em assuntos alheios que não são da conta dela, mas tudo bem, eu vou arrumar um jeito de cortar as asinhas dessa garota para fazê-la se lembrar a posição dela aqui na casa dos Suryavant. Não gosto de ver ela tomando decisões, gire e volta ainda vai querer se achar como membro da família.Quando chego na porta do quarto de Jeevika, vejo que a porta está entreaberta me dando possibilidades de ouvir e até ver (se ficar olhando pela fresta da porta) o que se passava lá dentro, Jeevika está olhando pela janela enquanto fala pelo celular parecendo muito concentrada no que fazia."Sim, eu sei disso... Atchâ, diz pra ele que o amo também..." Ela
Anushka"Como você..?" Está começando."Acabei ouvindo você dizendo 'eu te amo' de uma forma especial pra pessoa que falava com você pelo celular. Acabei escutando sem querer, foi na hora que eu estava trazendo seu café. Até quis ir embora pois o momento me pareceu íntimo demais, mas assim que eu me virava acabei me atrapalhando esbarrando com a parede quase derrubando o café, então você me notou e estou aqui agora " Invento improvisando na hora, mas parece que ela tinha achado aquela história convincente, pois suspira e olha pro chão um tanto apreensiva."Eh, então você ouviu certo... Gostaria que ele viesse comigo pra capital, pra gente começar do zero juntos com os nossos dois filhos, mas ele é muito agarrado a família e prefere agradar a eles do que a mim, que sou esposa dele.""Oh que pena, mas ele só parece que está cuidando da família dele, é normal que os homens façam isso.""Nahim, a família dele sou eu e as crianças, não seus pais. Ele precisa deixar eles pra vir viver comig
AnushkaAconteceu que eu não estava mais sabendo o que fazer pra reverter essa situação em que estava metida. Desde que tinha me casado com o Kabir que eu estava tentando engravidar para finalmente construirmos uma família grande e feliz, Antes de Deva ter vindo até a porta dos Suryavant se gabar pra mim dizendo que esperava um filho do meu marido, eu meio que queria sim engravidar e já estava trabalhando naquilo, mas estava deixando que as coisas acontecessem naturalmente, afinal, eu não tinha pressa de nada e nem Kabir tinha também, estava finalmente casada vivendo o sonho gostoso que antes eu só me atrevia a sonhar, agora eu estava vivendo tudo aquilo e tinha certeza de que um dia, cedo ou tarde a minha hora chegaria e então eu ficaria grávida e daria um filho ao meu marido, e depois outro e mais outro, filhos que a gente amaria certamente com todo o nosso ser. Filhos que nos encontrariam preparados financeiramente, fisicamente, familiarmente e psicologicamente para os recebê-los c
Amor..." Sentado do outro lado da cama, Kabir chama por minha atenção, levanto os meus olhos do livro que estou lendo e o olho. Já é de noite. Estamos nos preparando pra dormir, mas isso não ia acontecer antes que a gente fizesse um sexo, mesmo que eu não estivesse com muita vontade hoje e nem Kabir parecia estar também, mesmo assim a gente teria que fazer sexo hoje, pelo menos o básico para que quem sabe enquanto eu dormia o milagre da vida estaria acontecendo no meu ventre."Algum problema?" Pergunto a ele, que dá um suspiro e fala."É sobre isso... Acho que apenas sexo não está funcionando..." Dou uma risada sarcástica com aquilo."Mas marido, sexo é exatamente a solução pra isso." Não era necessário que a gente falasse as coisas com os seus nomes certos, pois a gente já sabia do que estávamos falando, aquele assunto era constante ali entre nós."Só que não está funcionando, minha vida. A gente já está tentando faz muito tempo..." Ele insiste."Kabir, você está me cobrando isso por